Tirania - Illusion Life escrita por KatzStark


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Rio de Janeiro, 27 de setembro do ano 62 NWO.



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Foi aqui onde minha vida começou a mudar... Hã? Alguma coisa errada? Você não sabe o que significa NWO? Faltou a aula de história né? hunph... Vou explicar então. Há 62 anos atrás, os Protetores salvaram nosso planeta dos anjos que quiseram impor o “Fim do Mundo” no qual todos os seres vivos iriam ser destruídos. Depois de muitos inocentes mortos defendendo a terra, conseguimos conquistar nossa indepêndencia e não somos mais uma colônia explorada pelos anjos. Após essa intensa batalha, e consequentemente da nossa vitória foi estabelecida a New World Order, ou Nova Ordem Mundial. Agora o mundo está bem mais desenvolvido, para vocês terem uma noção, eu falo illuminati, é a lingua oficial do planeta, mas a tecnologia de hoje nos permite usar uma ferramenta para traduzir nossa linguagem para qualquer outra, por isso vocês me entendem. Além disso, com a instauração do Poder Supremo Universal, o mundo vive em completa paz, exceto por alguns vândalos inúteis que se acham rebeldes, porém, quando são pegos, nunca mais são vistos.

Pronto, já falei demais desse mundo, vou partir pra minha vida agora. Me chamo Fillipo, tenho 16 anos e estou no primeiro ano do colégio, e é pra lá que eu estava indo, quando no caminho encontro meu amigo Leones, ele é um cara legal, mas tem umas idéias meio loucas.

- Cara, eu sempre quis entrar naquele Lep (lugares extramamente proíbidos) - disse ele, apontando para uma montanha alta, com algumas ruínas em cima. Era um Lep estranho, diziam que era uma estátua do Conquistador que agora estava completamente destruída, só conseguia-se ver algumas partes, como um antebraço estendido, uma cabeça com cabelos longos, e uma parte que parecia ser um manto pendendo sobre um ombro.

- Que alucinação, você sabe que não deveríamos chegar nem perto daquilo.

- Para de ser medroso Lipo, ninguém vai pegar a gente, você tem medo do quê? Conquistador pegar no nosso pé? – Leones sempre foi meio palhaço, e também sempre arrumou problemas – você, afinal, é um homem ou um rato!?

- Ok, então vamos, só nós dois ou você precisa de mais guarda-costas? – desafiei ele.

- Que nada! só vou te levar por que você é meu amigo, não fique pensando que não iria sem você.

- Tá marcado então, duas horas após o toque de recolher, em frente a sua casa, leva sua câmera, que a gente vai saber o porque eles protegem esse bando de pedra velha – terminei a conversa entrando, na frente dele, na sala de aula.

Na escola, possuíamos local certo para se sentar, enquanto eu sentei na frente, perto da entrada, ele ficou no outro canto da sala, no intervalo, falamos de outras coisas, não sei ele, mas eu estava nervoso em aparecer naquele Lep.O dia lentamente foi passando, as aulas acabaram, já em casa, passei a tarde desperdiçando meu tempo com jogos.

Finalmente, passou o toque de recolher, coloquei o máximo de roupas pretas possíveis, seria melhor para se esconder caso algum sentinela aparecesse. Apareci na casa do Leones no horário marcado. Ajoelhei, peguei uma pedrinha e taquei na janela dele, quando ele apareceu, também estava todo de preto, e vinha com uma mochila que parecia ter bastante coisa.

- O que tu tá trazendo aí? – com tanta curíosidade, aumentei o tom de voz.

- Tá maluco? Você quer ser pego antes de sair da minha rua? Cala a boca e vem!

No caminho, ele me disse que trouxe alguns biscoitos e bastante Coca Cola, tipo de líquido feito de cola, que nos instruíam a tomar dizendo que possuía uma alta quantidade de proteínas indispensáveis para viver. Depois de algum tempo caminhando, paramos cerca de um quilômetro do Lep, parecia movimentado, tinha um helicóptero com uma luz muito forte saíndo debaixo dele.

- Estão procurando algo - sussurrei ao Leones, que estava imóvel observando aquela cena, esperamos quase uma hora, quando desistiram de procurar e foram embora.

- Vamos, achar o que eles estavam tanto procurando – Falei entusiasmado, aquilo tinha me deixado com muita adrenalina.

- Nem morto! Vou voltar para casa agora, imagina se eles nos pegam? Meu pai vai me matar! – Se virando para longe do Lep.

-Ei, volta aqui, você não vai fugir agora, vamos subir lá e descobrir o que tem de tão bom nesse lugar.

Quando chegamos, entendemos o porque deles terem desistido da busca... além das ruínas não havia mais nada, paramos em cima de um pé grandioso, e estavamos procurando indícios do que tinha sido aquilo. Somente com a luz da lua, estava difícil achar alguma coisa ali, estavamos pensando em desistir quando Leones assobiou, e em um pulo, estava do lado dele. Procurando a câmera na mochila, apontou para o chão, aonde pude ver uma placa de mármore quebrada na direita, porém, o início estava legível. Estava escrita da seguinte maneira: Cristo Reden.

- Esse tal de cristo seria o Conquistador? – Perguntei perplexo, algumas pessoas mais velhas aqui do Rio de Janeiro contavam algumas histórias sobre um tal de cristo que viveu nos anos de discórdia, mas era só uma lenda. ninguém nunca contou que essas ruínas seriam uma devoção a ele.

- Deve ser – Leones estava tremendo muito, mas depois de muito esforço achou a câmera, quando posicionou-a para a placa, um vulto negro passou muito rápido, puxando-o para dentro de um pedaço de rocha da ruína.

- Uma porta falsa! – Pensei, correndo atrás do vulto, apesar de estreita, consegui passar pela passagem que se seguia de uma longa escada em espiral descendo quase como infinitamente, depois de um tempo descendo, vi uma luz baixa se aproximando. Fogo! – pensei, comecei a descer mais rápido. Me aproximando percebi que era apenas uma vela, olhei para o canto direito, e lá estava Leones.

- O que aconteceu? você está bem? – Gritei, estava preocupado, apesar de estar com medo do vulto, percebi que ele não tinha feito mal ao Leones.

- Shhhhh! – Leones virou pra mim, aqueles olhos cor de mel estavam brilhantes, e não consegui decifrar se era uma miragem causada pela baixa luminosidade da vela ou eles estavam úmidos, como se ele tivesse chorado e se acalmado. Quando dei um passo em sua direção, percebo o vulto saíndo da sombra, não conseguia ver seu rosto, mas pelo seu corpo parecia ser adulto, era alto e atlético.

- Vocês sabem que não deveriam estar aqui – perguntou com uma rouca, como se não a tivesse usado fazia muito tempo.

- S-sim! – Respondemos em coro.

- Não vou fazer mal à vocês, fiquem cientes disso, porém, preciso dar duas alternativas a vocês. – Com uma pausa forçada, para recuperar a voz – Vão embora não contando para ninguém que estiveram aqui e, portanto, continuarão a viver a vida medíocre de vocês. – Outra pausa – Ou querem a verdade, não só a história de como eu vim parar aqui, e sim a história desse mundo em que vivemos, quem são seus “Protetores” e o que realmente aconteceu há 62 anos atrás. Acreditem, vocês não sabem de absolutamente nada.

Desceu lentamente uma gota de suor gelado pela minha nuca, nesse ponto, já estava completamente arrepiado. Eu e Leones nos entreolhamos e, novamente, respondemos em coro.

- V-verdade!


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Notas finais do capítulo

Obrigado por ler até o fim. E ae? O que achou? dá um review e me diz o que está bom e o que está ruim!