– PARA! – Gritei.

  – Suze admita que gosta de mim – Falou Paul.

  – Não, eu não gosto de você. Eu amo o Jesse e só ele.

  – Eu vou fingir que acredito.

  – Olha foi um erro meu pensar que você podia ser meu amigo.

  – Não, não foi. Eu te amo Suze, amo mesmo.

  – Paul... Eu gosto do Jesse.

  – Eu sei e é por isso que eu vou me conformar em ser só seu amigo, por hora.

  – Mais nem isso eu quero que você seja.

  – Decisão sua.

  E ele foi embora, como Jesse.

  Eu tenho certeza de que eu não estava no meu normal esses dias, isso era certo. Mas uma coisa também era certa, eu estava afastando Jesse cada vez mais de mim, eu não deveria aproveitar cada momento meu com ele? Eu tinha até tentado, mais o Paul, como sempre, atrapalhou. Meu maior questionamento era se eu deveria contar a Jesse sobre ele poder morrer, ou... bom, as conseqüências ainda são desconhecidas e isso era o que mais me matava.

  Era quase meia noite e a festa ainda estava rolando. Olhei pela minha janela e vi todos se divertindo e bebendo muito, ao contrario de mim. Por que sempre que tinha uma festa aqui em casa alguma coisa ruim acontecia?

  Eu estava derrotada, mais alguma coisa tinha que ser feita. Olhei-me no espelho e estava totalmente... Eu estava HORRÍVEL. Bom, a festa estava rolando e eu estava trancada no meu quarto, será que Jesse ainda estava lá? Eu tinha que descobrir e me desculpar. Vesti o mesmo vestido que tinha usado para resgatá-lo quando o Jack o exorciza e umas sapatilhas da Jimmy Cho. Eu só não podia me esquecer de que foram aquelas sapatilhas me deram enormes calos nos pés, então para me prevenir enchi meus pés de Band-Aid.

  Assim que voltei para a festa, ignorei os milhares de olhares que me cercavam e fui até Cee Cee.

  – Agora o Paul é seu amigo o bastante para você chamar ele e não eu? – Falou Cee Cee indignada.

  – Lembra de que o problema era o Paul, achei que o chamando ia abalar mais o Jesse.

  – Tudo bem, eu te perdoou.

  – Jesse ainda está aqui?

  – Não sei mais da última vez que eu o vi ele estava sentado em frente a sua casa, olhando para o céu.

  – Eu vou lá falar com ele.

  – Ok, mais cuidado para que a Alice não te veja, ela está furiosa.

  – Eu não tenho medo dela – Falei saindo.

  Cee Cee tinha razão Jesse estava na frente da minha casa. Devagar fui me aproximando dele.

  – Cee Cee me falou que você estava aqui – Disse devagar.

  – Hm... – Respondeu.

  – Jesse eu sinto muito mesmo, eu não sei o que aconteceu comigo.

  – Mais eu sei, ciúmes.

  – É...

  – Suzannah o que está acontecendo com você?

  Essa era a hora que eu falava tudo para ele, mais simplesmente não deu.

  – Nada.

  – Eu sei que alguma coisa está acontecendo para você estar agindo tão... Impulsiva. Você sempre tenta esconder os fatos de mim, por quê?

  – Eu tento te proteger...

  – Eu não sou uma criança, você não precisa cuidar dos meus problemas por mim.

  – Não é isso.

  – Você se sente segura contando pro Paul, e por que não para mim?

  – Para! Não é bem assim...

  – É sim, lembra de quando Paul falou de como a nossa relação é cheias de mentiras e fatos escondidos?

  – Jesse...

  – Ele está certo – Falou saindo de perto de mim.

  – PARA! Sabe por que eu não quero te contar? Porque depois disso você vai ficar triste, com medo de não levantar todo dia, eu não quero isso para você. Você quer? Sabe o avô do Paul me disse que tem medo de acontecer alguma coisa com você, você pode morrer ou desparecer, eu não sei, e isso é o que mais me assusta. Você fica me pressionando a falar o que eu não quero, sabe deve ser horrível você... – Falei quase chorando. – Ah Jesse...

  – Eu não vou a lugar nenhum sem você mi hermosa.

  E ficamos lá, em frente a minha casa horas e horas abraçados.