Inocência Roubada escrita por Lêh Duarte, Annia_Novachek


Capítulo 2
Conflitos


Notas iniciais do capítulo

Bom Kizlars, fiquei muito feliz pelos comentários...
Sobre o tamanho dos capitulo, me desculpem, é que esses capítulos já estavam prontos, por isso não quiz mudar muito do original...
Mas prometo que vou aumentá-los...
Bom aproveitem a leitura, conversamos lá embaixo...



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-Pai, por favor, eu não quero ir. Eles dizem que um homem mau mora lá.

-Vamos minha filha, não seja boba. Você não me ama?

A pobrezinha nem piscou.

-Muito papai.

Ele sorriu, como se aquele sorriso fizesse seu coração se acalmar.

-Então vamos. Se você não for, coisas ruins vão acontecer com teu pai, e sei que você não quer isso. Agora vamos.

A menina foi o resto do caminho sem dizer uma palavra. As lagrimas desciam de seu rosto silenciosas. Seu pai havia dito para que ela arrumasse suas coisas e que ela iria para um lugar melhor. Todas as suas coisas estavam em um pequeno baú. Ela não tinha muitas roupas ou pertences, a maioria de suas coisas eram as que haviam pertencido a sua mãe. Cassandra. Ela lhe fazia tanta falta. Se ainda estivesse viva, nunca deixaria isso acontecer com sua filhinha. Nunca deixaria seu pai nem ao menos apostar algo. Quem dirá sua própria vida.

Quando chegaram ao castelo, Janine sentiu um arrepio gelado na espinha. Teve ímpetos de sair correndo. Mas não podia, seu pai é quem pagaria as conseqüências. O portão dava uma sensação de prisão, e o jardim parecia que estava congelado. Janine pode distinguir que a maioria das flores estavam mortas. Ao longe ela podia ouvir alguns sons de corvos. O que mais ela poderia esperar de um lugar que exalava perigo e maldição?

Gordon viu que alguns homens se aproximavam e tratou de se despedir logo da filha. Deu-lhe um beijo modesto na testa, disse que a amava e saiu. Janine olhou para trás esperando que ele se voltasse e acenasse. Isso não aconteceu.

Janine finalmente notou os outros homens. Eles pegaram o baú que seu pai havia depositado no chão antes de partir e o levaram para dentro. Eles não disseram nada a Janine, mas avaliou que era para segui-los, e foi o que ela fez.

Lá dentro tudo era frio, os móveis, as paredes com pinturas de um homem que parecia estar sempre pensando em algo mau para se fazer. Uma mulher pequena com um sorriso gentil se aproximou de Janine.

- Você deve ser Janine, sou Anna, a governanta. Venha comigo, vou lhe mostra seus aposentos.

Janine a seguiu sem a mínima vontade. Ela tinha certeza de que sua vida jamais seria a mesma.

O quarto era simples. Só uma cômoda pueril e uma cama de casal no centro. Alguém já havia colocado seu baú no quarto e havia o aberto.

-Quem o abriu?

-Os guardas do senhor Mazur. Estavam procurando algum tipo de arma. Não se preocupe. Eles vivem fazendo isso.

Janine se sentou na ponta da cama. Ela era macia e realmente grande. Passou os dedos levemente pelo bordado da colcha. Era bonito. Provavelmente fora bordado a mão por alguma costureira muito boa.

-Bem, agora se levante daí e venha comigo. Irei lhe mostrar o tipo de trabalho doméstico que irá fazer aqui quando não estiver com o senhor.

Janine saiu com ela e foi conhecer a Castelo que era enorme. Anna lhe mostrou cada cômodo menos um.

-O que tem atrás destas portas?

- Um quarto. Mas não se preocupe. Este você não vai precisar fazer nada com ele. Kathleen não iria gostar que uma menina como você entrasse nele.

-Quem é Kathleen?

Anna olhou para a menina.

-Alguém que você deveria tomar muito cuidado. Agora vamos, tem muita prata para você poluir e poeira para tirar.

Anna mandou Janine limpar alguns móveis e algumas prateleiras. Janine ajudou a tirar a poeira de todos os quarto e no fim, cortou alguns legumes para o jantar.

Ela não tinha comido nada, e sentia que a qualquer momento desmaiaria.

-Vamos menina. Ande mais rápido com isso. Estão esperando na sala de jantar. -Anna apontou para um caldeirão cheio de feijão que estava sobre o fogão.-Pegue este e leve pra lá. Pergunte se alguém precisa de mais alguma coisa e então volte pra cá. Rápido.

Janine largou a faca e pegou o caldeirão com um pano. Ele estava pesado e até chegar à sala, a ruiva sentiu que a qualquer momento ele cairia no chão. Finalmente chegou ao seu destino. A mesa estava cheia de homens. Todos comiam e conversavam ao mesmo tempo. Na ponta da mesa estava um homem muito bonito. Ele tinha os cabelos meio bagunçados e uma barba que lhe dava um toque assombroso. Não parecia estar muito envolvido na conversa dos outros, mas os olhos eram atentos.

Janine se aproximou da mesa e se debruçou sobre a mesma para colocar o caldeirão fervente em cima. Assim que o depositou sentiu um forte e estalado tapa em suas nádegas. Ouviu se mais risos até que Janine se virou e esbofeteou o homem que havia feito tal ato desrespeitoso. As risadas cessaram.

Todos encaravam enquanto Ibrahim colocava a mão sobre a face que estava ficando cada vez mais vermelha.

-Como ousa tocar em mim sua insolente?- o sotaque turco era bem expressado.

Janine o olhou com atrevimento.

- Não lhe dei liberdades para me tocar de tal forma. - ela respondeu realmente como se não soubesse com quem estava falando. O sotaque escocês acentuado. Sempre acontecia quando ela realmente estava nervosa.

Tal pergunta foi feita por Ibrahim:

-Sabe quem acaba de esbofetear?

-Alguém que não sabe respeitar uma dama!

Ibrahim riu e todos os seus homens riram também.

-Dama? Ora, não seja tola menina! Sou Ibrahim Mazur, o senhor destas terras.

Os olhos de Janine se alargaram em espanto. Ela havia batido na pessoa mais temida. No homem que ela havia sido ensinada por todos a ter medo. O tal homem que obrigou seu pai a entregá-la para ele. Janine

sentiu mais ódio e achou à bofetada muito bem merecida, ela só não precisava colocar seus pensamentos para fora, como ela fez.

-Então neste caso, o senhor a merecia muito mais do que eu imaginava.

Em um súbito impulso Ibrahim se levantou da cadeira e pegou a pequena pelos ombros.

Só então Janine pareceu se dar conta do quão perigoso e alto ele era.

-Como ousa dizer tal coisa mulher?

Janine estava com medo, muito. Mas a vontade de enfrentá-lo era maior.

Antes que ela pudesse abrir a boca e dizer algo que poderia acabar com o resto da paciência de Ibrahim, Anna apareceu e ficou ao lado da pequena que tinha um olhar selvagem no rosto.

-Desculpe meu senhor, ela não sabe o que diz. Solte a para que ela possa me ajudar com o jantar e eu lhe dou minha palavra de que ela não saíra mais da cozinha.

Ibrahim não parecia tão certo de que queria solta-la. Pela primeira vez ele pareceu notar o quão bela era a menina. Os lábios pareciam um botão de rosa, os cabelos eram ruivos e sedosos, caiam em belas ondas em suas costas. Os olhos eram ferinos e audaciosos. Apesar dos seus olhos não aparentarem medo, Ibrahim tinha certeza de que ela sentia. Ela usava um vestido meio rosa e completamente surrado. Apesar de suas vestes estarem um trapo, isso não diminuía a beleza de seu corpo. Ela tinha belos seios, Ibrahim pode notar, e uma bela bunda ele percebeu quando lhe apalpou o traseiro.

Enquanto Ibrahim examinava minuciosamente Janine, ela fazia o mesmo com ele. Enquanto ele a segurava pelos ombros, Janine viu o quão ele era forte. Seus olhos eram de um castanho profundo e pareciam guardar muitos segredos. Ele vestia roupas caras o que só tornava sua figura ainda mais bonita e imponente. Os lábios pareciam ser macios, e Janine se imaginou tocando os e os acariciando com sua própria boca. Qualquer pensamento pecaminoso foi desfeito quando seu cérebro a lembrou de que ela estava admirando o culpado por ela estar ali.

Ibrahim a soltou e ela foi correndo para a cozinha com o queixinho erguido com altivez. Ah... Ter uma jovem orgulhosa como aquela para domar e transformar numa gatinha ronronante...

-Com licença meu senhor, pode continuar com seu jantar.

Anna disse e abaixou a cabeça.

-Anna, quem era a selvagem?- perguntou Ibrahim apontando a cabeça para onde Janine havia acabado de sair.

-Oh, meu senhor. Ela é Janine, a filha de Gordon. Ele a trouxe esta tarde.

Ibrahim coçou o queixo de forma pensativa e olhou rapidamente para Pavel. Ela realmente era a mais pura personificação da beleza. Bem, era hora dela se apresentar a ele.

- Diga a ela para se banhar e vir ao meu quarto esta noite. Kathleen foi à cidade com a irmã e só voltará em dois dias, não quero passar todo esse tempo só.

Ibrahim fez um gesto de dispensa com a mão e Anna se retirou para a cozinha.

-Ele quer lhe ver. Esta noite.

Janine a olhou perturbada.

-Para que? Você acha que ele irá me punir?

-Não. Mas tome um banho e vá se encontrar com ele.

E então Janine soube o que ele queria com ela. Ela terminou de ajudar Anna com gestos automáticos. Ela não saiu da cozinha. Anna não queria correr o risco de seu senhor se irritar novamente com ela. Comeram um pouco, terminaram de limpar tudo e Anna a acompanhou até seu quarto.

-Quer um conselho menina? Seja obediente. Faça tudo o que ele disser, não importa o que seja. E agora vá!

Janine entrou em seu quarto e se banhou. A água estava refrescante e ela se enxugou com uma toalha um tanto quanto rústica. Vestiu uma camisa de dormir e se deitou. Mas estava muito cansada. O sono veio rápido, tamanho era o cansaço da pequena.

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Enquanto isso, em outro quarto, muito mais luxuoso estava Ibrahim. Ele estava esperando Janine nu da cintura para cima e andando de um lado para outro. Já estava ficando muito nervoso, pois ela estava demorando muito para aparecer. Mesmo assim ele não desistiu e continuou esperando


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam...
Espero realmente que tenham gostado, pois estou adorando postar essa fic...
Bom não me lembro se avisei antes, é que ando esquecida ultimamente, mas se já vou falar de novo...
Vou postar só de domingo, esta fic...
Mas pode ocorrer mudança no dia, se ocorrer, prometo avisar vocês...
Beijos...
Comentem deixe uma escritora muito feliz...
srsrsr...



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