Inocência Roubada escrita por Lêh Duarte, Annia_Novachek


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Olá Kizlars...
Como vocês estão?
Boa Leitura...



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A criada observava a chuva bater em sua janela com o coração na mão. O feudo estava em polvorosa. Haviam encontrado destroços do barco de seu senhor perto da Baía. Ninguém sabia que providencias e atitudes tomar.

Pavel seria quem deveria tomar alguma atitude e orientar todos os servos e pessoas daquele feudo, devido ao seu parentesco com Ibrahim.

Mas este era outro que ninguém encontrava. Anna o havia visto pouco antes do pôr-do-sol. Quase no mesmo instante em que... Janine desaparecera.

-Santo Deus. –murmurou a pequena serva.

Eles surrariam Janine quando a encontrasse por cometer tal ato. E logo depois surrariam todos os outros do feudo que ousaram ajudá-la. Ela sabia como era seu senhor. Lorde Ibrahim não costumava perdoar aqueles que não faziam algo de seu agrado.

Anna sentiu pena da pobre menina. Mas ela fora avisada. Ninguém nunca conseguiu fugir de Longford. Mas a pequena escocesa era tinhosa e rebelde. Ela definitivamente não sabia com quem estava brincando.

Um raio passou iluminando o rosto de todos os presentes no salão. Alguns escudeiros estavam ali esperando ordens. Marie se aproximou de Anna sem que a mesma percebesse.

- Onde estará a bruxa de cabelos vermelhos? – Marie perguntou dando um sorriso

Quando ainda criança Marie fora levada a aquele castelo, ela se tornara a amante favorita do pai de Ibrahim. Antes de Ibrahim conhecer Kathleen, era Marie quem o esquentava nas noites frias.

Anna não a encarou, mas mesmo assim respondeu em voz baixa.

-Ora Marie, não conheço nenhuma bruxa de cabelos vermelhos. Mas se estiver referindo-se a dama Janine, ela se encontra em seus aposentos.

-Ela não é uma dama! –falou elevando um pouco voz e recebendo um olhar de aviso de um dos escudeiros. Dirigiu-lhe um aceno com a cabeça como quem pede desculpas e abaixou o tom de voz. – Saiba que foi aquela bruxa quem fez isso com nosso senhor. Ela deve ter usado de alguma magia negra, mas quando a encontrar, eu mesma –

Ela não terminou. A chegada de Lady Kathleen a interrompeu.

- Parem de mexericos ou eu mandarei que tranquem as duas no calabouço!

Marie mordeu a língua antes que respondesse algo inapropriado. Já Anna, apenas curvou os ombros e abaixou a cabeça em sinal de respeito.

-Marie, vá e me prepare um chá. E lembre-se de colocar as ervas.

Kathllen provavelmente teria uma crise se descobrisse o que além das ervas a serva colocava em seu chá...

Marie deu um olhar de aviso a Anna e foi fazer o que a senhora tinha dito.

Kathllen avaliou mais um pouco a outra serva e voltou para o seu posto de antes como uma dama que chora a morte de seu senhor.

Não. Ninguém sabia onde estava Ibrahim, mas aquela cobra ardilosa já se imaginava em luto completo.

Heinz chega a sala. Ele está com um olhar preocupado, faz uma curvatura para Kathleen e anuncia.

-Os cavalos estão prontos, milady.

Kathleen olhou em volta procurando por Pavel e não encontrou. Sendo assim, outro escudeiro foi quem tomou a frente das buscas.

Kathleen achava prudente começarem as buscas somente quando o sol nascesse, mas todos os outros fiéis servos protestaram. Não achava muito digno deixar o senhor deles sozinho. Todos estavam preocupados, com a exceção de Lady Kathleen.

As tochas iluminavam o caminho, e o som dos cavalos galopando quebrava o silencio da noite. Varreram todo o feudo de Ibrahim. Florestas e pontos de vigia eram inspecionados. Alguns soldados ficaram próximos ao porto, onde os destroços do barco ainda se encontravam. E aquela visão forçava Anna a fazer algumas preces para que seu senhor voltasse são e salvo.

O céu começava a adquiriu uma cor púrpura. Outro dia nascia.

Alguns voltaram para dentro do castelo com mais esperanças. Seria mais fácil encontrar algum vestígio de Ibrahim com a luz do dia. Anna e Marie foram a conzinha preparar algo para os soldados, afinal, tinham de estar recuperados para outra busca.

Kathleen foi a conzinha verificar como tudo estava indo, como boa senhora ela era. Fora quando Kathleen percebeu.

-Onde está a outra criada?

Marie olhou para Anna e deu um sorriso.

-Eu não a vejo desde ontem antes do jantar, milady. – a criada nunca antes teve tanto prazer em chamar Kathleen de milady.

-E você mulher? Não tens nada para me dizer? –Kathleen falou olhando para Anna.

O coração da pequena palpitava como se 100 cavalos estivessem galopando ao mesmo tempo. Não queria mentir. Céus, isso era pecado. E a mãe de Anna não gostaria que ela mentisse. Mas Jane era sua amiga. A única que tinha desde que fora levada a aquela casa.

- Não milady. –falou em um fio de voz.

A pobrezinha não tinha culpa de estar com tanto medo.

Kathleen deu alguns passos, parando em sua frente. O vestido feito todo a mão de seda parecia delicado demais para alguém como ela.

- Esta mentindo para sua senhora? – o tom de voz mais parecia uma parodio do de Ibrahim.

Anna teve ímpetos de gritar que ela não era sua senhora. Diabos, ela não era casada com Ibrahim. Apenas estava na mesma posição que todas as outras mulheres daquele feudo. Era amante de Ibrahim. Só. Nada mais.

-Não, minha senhora. –disse tomada por uma coragem inexplicável erguendo a cabeça e olhando nos olhos verdes de sua senhora.

Kathleen ficou possessa. Ergueu a mão e estapeou a face de Anna.

Seu rosto delicado com aparência de porcelana adquiriu uma cor avermelhada. O tapa ainda ardia na face de Anna, mas ela não abaixou a cabeça. Ela não diria uma palavra sequer.

Kathleen ergueu a mão novamente pronta para desferir outro tapa na pobrezinha, mas foi interrompida por um aperto forte em seu pulso.

-Já chega Kathleen!

A voz poderosa fez Kathleen recuar. Mas não muito. Assim que ela viu quem falava, ergueu o queixo arrogante.

-Como ousa tocar em mim seu bruto?

Pavel soltou seu pulso e Kathleen levou a mão até ele, massageando. Aquilo iria deixar uma marca.

-Toque em Anna novamente, e não será só em seu pulso que deixarei uma marca! –ele falou. Tão parecido e ao mesmo tempo tão diferente de Ibrahim...

- Defendendo criadas? Mas você não será capaz de defender aquela escocesa prostituta quando eu colocar a mão nela.

Pavel deu um passo à frente perigoso. Foram interrompidos pelos gritos felizes de Marie.

-Ele voltou! Meu senhor voltou! –gritou aparecendo no portal da porta e voltando para o hall de entrada.

Kathleen e Pavel se entreolharam e seguiram na direção de Marie.

Anna fez o mesmo, não sem antes beijar a pequena cruz que balançava em seu delicado pescoço e agradecer a virgem Maria por ter protegido seu senhor.

Quando mais se aproximavam do hall, mais gritos ouviam.

Foi só quando parou próxima a escada percebeu o que estava acontecendo.

Ibrahim se encontrava furioso e esbravejando com Janine. Já está, tinha uma corda nos amarrada ao pescoço e lágrimas saiam de seus olhos manchando o belo rosto. Seus cabelos estavam uma lástima. Todo desgrenhado com algumas folhas nele. Seus olhos demonstravam toda a fúria que a jovem escocesa sentia.

-Ai está você! – ele falou alto.

E surpreendeu a todos quando foi em direção a Anna, arrastando Janine consigo.

Todos estavam muito confusos. Ninguém entendia o que estava acontecendo. Os soldados nunca viram Ibrahim tão furioso.

-Eu já lhe disse Ibrahim-

Ibrahim a interrompeu e voltou se para Anna.

Com a mão livre segurou a serva pelo braço, lhe aplicando um safanão.

-Eu vou surrá-la por isso escrava. Você se arrependerá por ter ido contra minhas ordens.

Anna arregalou os olhos assustada.

- Do que está falando meu senhor?

-Não se faça de inocente Anna. – Ibrahim falou lhe sacudindo.

-Ibrahim, Anna não teve nada a ver com minha fuga.

-Eu mandei que se calasse - Ibrahim soltou Anna e ergueu a mão.

Ele não ia esbofeteá-la. Isso nunca. Apenas queria amedrontá-la. Mas Anna não pensava assim.

Ela segurou o braço de Ibrahim da mesma forma como Pavel tinha feito com Kathleen instantes antes. Mas tinham duas peculiaridades.

Anna não era tão forte como Pavel. E ela estava segurando na mão do poderoso Duque de Longford.

- Como ousa levantar a mão para uma dama? – a pequena falou alto.

Ibrahim a olhou surpreso.

-Como ousa tocar em mim, mulher? –Ibrahim devolveu soltando a corda de Janine que caiu fraca no chão.

Anna deu um passo atrás. Oh!, Havia sido uma tola por ter cometido tal ato contra seu senhor. Pensava que algum dos nobres homens ali presentes a defenderiam. Não.

Mas já era muito tarde para recuar. O mal estava feito.

-Perdoe-me Vossa graça. Mas não é essa a maneira correta de se tratar uma dama. – Anna disse fazendo uma reverencia como se isso fosse aliviar tal atrevimento cometido.

Ibrahim achou graça.

-Explique-se melhor Anna. –Ibrahim falou.

O Duque não era muito de chamar suas servas pelo nome, mas ele estava achando graça da atitude da criada.

Anna estufou o peito para ganhar mais coragem. A pequena tremia de medo. Janine ainda a olhava do chão. Não tinha forças para se levantar. Pavel pensou em dar um passo em sua direção, mas definitivamente não estava em condições para defender uma donzela quando o efeito da bebida ainda não havia passado.

-Ora meu senhor. Apenas estou dizendo que essa não é a maneira de se tratar uma mulher. Lady Augustine provavelmente está se revirando em sua cripta por tal brutalidade de sua parte.

-Esta me insultando Anna? –ele deu um passo em direção a ela.

A coitadinha entrou em desespero. Ibrahim mandaria surrá-la. Ela tinha certeza.

Em um gesto de defeso, dela e de Janine, a pequena apontou para a escocesa caída no chão e gritou a plenos pulmões para que todos do castelo pudessem ouvir.

-Janine está grávida de vossa graça... - Agora sim o mal estava feito e não teria como voltar-se atrás...

Continua...

Annia - (essa foi pra No-chan que sempre faz isso HUM)


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam?
Bom espero que tenham gostado...
Bom créditos para Annia...
srsr...
Como sempre...
Beijos e até semana que vem...
srsr...