Presente De Aniversário escrita por Nanda Saint Annie


Capítulo 1
Presente de Aniversário


Notas iniciais do capítulo

Bem pessoal, esta foi uma one que escrevi num surto de criatividade no dia do meu aniversáio que foi terça feira ;D
Me inspirei um pouco num garoto da minha escola, "meu sonho de consumo" kkkkk'
E dedico a one a NielleMalfoy por estar me incentivando a postar mais cap's na minha fic!
esse é um presentinho meu a todas vocês que acompanham a fic e espero que gostem.



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Presente de Aniversário

Droga! Eu estava tão feliz, mas ele tinha que faltar hoje. Justo hoje! O meu dia. O dia do meu aniversário. Aquele que deveria dar tudo certo. Ser o mais alegre. O dia memorável que eu lembraria eternamente.

Porém, eu o esperei ansiosamente até o sinal tocar e nada dele. Enrolei alguns minutos antes de entrar na sala de aula e nada também. Por fim, desisti e entrei, tristemente, para a sala sem esperanças de que aparecesse.

Meus amigos conversaram comigo, desejaram-me parabéns e, ao perceber meu desânimo, questionaram-me o que estava havendo. Como sempre menti. Disse que não havia nada, era apenas impressão. Mas por dentro eu sabia que meu dia perfeito havia desmoronado e nada me animaria tão cedo.

Eu sabia que ele não tinha culpa, que não havia me prometido nada. Afinal mal nos falávamos. Mas eu tinha tanta esperança de que aconteceria algo especial hoje, depois dessas semanas em que ficamos trocando olhares e sorrisos... Doce ilusão.

Passei o primeiro período tentando agir normalmente. Conversei com todos, ri e brinquei como sempre, mas meus pensamentos estavam nele. No que estaria fazendo para ter faltado à aula e com quem estaria.

Fiquei divagando muito tempo até que o sinal tocou anunciando o intervalo. Sai junto com meus amigos e o procurei pelo salão, numa vã esperança de encontrá-lo rindo entre os amigos. Mas nada encontrei e assumindo uma máscara de aniversariante feliz almocei junto de meus amigos.

Quando, enfim, terminei de almoçar, dei uma desculpa aos meus amigos e sai para ficar um pouco sozinha. Curtindo o estranho desânimo que me tomara.

Enquanto caminhava por um dos escuros e desertos corredores, ouvi me chamarem. Virei-me um pouco surpresa e me senti prensada na parede por um corpo maior e mais forte que o meu. Estava pronta para gritar, já que meus amigos não deveriam estar longe quando senti o conhecido e delicioso aroma de limão com chocolate.

Relaxei meu corpo que até então estava tenso e permiti-me sorrir enquanto sentia sua mão acariciar meu rosto.

- Pensei que não havia vindo – sussurrei.

Ele enlaçou minha cintura e puxou-me para mais perto de seu corpo.

- Tive alguns problemas e acabei me atrasando – murmurou – Mas agora estou aqui.

Deslizou o nariz pela minha clavícula inalando o perfume que desprendia do meu corpo e eu suspirei.

- Isso está nítido – falei sarcástica.

- Não seja má, caveirinha – disse sorrindo – Ou então não vou te dar meu presente de aniversário.

- Você sabe? – perguntei surpresa.

- E porque não saberia? – respondeu com outra pergunta, colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

- Não sei – dei de ombros – Talvez por nos falarmos raramente e por intermédio de outras pessoas?

- Isso não é justificativa.

- Talvez sim, talvez não. Isso não importa realmente – falei franzindo o nariz – O que importa é o agora.

Ele sorriu novamente e tocou com as pontas dos dedos meu nariz, fazendo com que eu desmanchasse o franzido.

- A cada dia você me surpreende mais – disse aproximando-se de mim lentamente – Mas vamos ao seu presente...

Assim que nossos rostos estavam a poucos centímetros um do outro, seus lábios roçaram levemente nos meus apenas para sentir a textura e então aprofundar o beijo. Enrosquei minhas mãos em seu cabelo e enlacei seu corpo com a perna direita, puxando-o para mais perto quando sua língua infiltrou-se nos meus lábios entreabertos e iniciou uma dança sensual com a minha. Uma de suas mãos foi para a minha nuca e a outra se infiltrou na minha camiseta, ambas acariciando o pedaço de pele exposta e causando-me deliciosos arrepios.

Eu já havia beijado vários garotos que beijavam extremamente bem, mas com ele tudo era novo. Sensações deliciosas e inigualáveis que me jogavam num redemoinho de sentimentos antes nunca conhecidos por mim.

Nos separamos apenas quando o ar se fez necessário, ambos ofegantes. Ele ficou com os braços envolta da minha cintura e eu co os meus no seu pescoço, mantendo nossas testas coladas, um ouvindo a respiração irregular do outro.

- Isso é estranho – murmurei fechando os olhos.

- Discordo – protestou – Isto é o que deveria acontecer todo dia.

Abri os olhos surpresa.

- Como assim? – perguntei.

Ele ia responder, porém foi interrompido por vozes nos chamando. Pareciam ser nossos amigos e eu me preocupei que eles nos vissem.

- Acabou o nosso tempo – falei.

- Nem vi o tempo passar – comentou sorrindo e colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha – Com você tudo fica mais gostoso e a hora passa rápido.

Escondi meu rosto em seu ombro envergonhada. Era estranho ouvi-lo falar aquilo estranho ouvi-lo falar aquilo e para o meu, e o dele próprio, afastei-me na intenção de ir embora ou não teria mais forças para esconder o que estava sentindo. E se ele soubesse, tudo se tornaria muito constrangedor, porém conheço sua fama de solteiro convicto, assim como eu me via antigamente.

- Onde pensa que vai? – perguntou quando notou que eu me desenroscava de seus braços.

- Para a sala – falei e dei-lhe um suave beijo na boca. Mais para um singelo roçar de lábios.

- Ma eu ainda não te falei o que gostaria de falar – protestou.

- Não precisa – disse sorrindo falsamente – Eu já conheço o discurso e pode confiar, não irei importuná-lo – virei-me de costas para ele e comecei a andar para o fim do corredor – Será como se nunca houvesse acontecido.

- Rose, espere, eu... – não terminei de ouvir o que dizia, pois já havia virado o corredor e caminhava para perto dos meus amigos que me chamavam a pouca distância.

Assim que me viram, perguntaram-me onde eu estava. Inventei uma desculpa e todos aceitaram menos Manu que me olhava demonstrando que não havia acreditado. Fiz um sinal de “depois” e ela assentiu.

Entramos na sala para assistir o último período e durante todas as aulas meu celular vibrou avisando que havia novas mensagens. No final, minha caixa de entrada estava lotada e quando sai da sala apaguei todas as mensagens sem ao menos lê-las. Não queria ler os seus pedidos para não contar o que houve para ninguém e ferir ainda mais meu coração.

Assim, evitei vê-lo, saindo por última junto de Manu que me olhava inquiridora. Durante todo o caminho até nossas casas contei o que havia acontecido e o que estava sentindo. Ela me deu um tapa, um beliscão e me chamou de burra.

- Vocês vão ter que se acertarem sozinhos – disse por fim – Quem sabe você deixa de ser idiota?

- Manu, você deveria me apoiar – resmunguei.

- Não quando você é tão tapada a ponto de fugir do garoto que ama – retrucou.

Discutimos ainda um pouco até que ela foi embora, desistindo quando percebeu que eu não mudaria a idéia de evitar Scorpius.

Quando enfim deitei a cabeça no travesseiro e fechei os olhos, fiquei relembrando o melhor aniversário da minha vida até adormecer.

NA NOITE SEGUINTE

Cheguei à escola atrasada e para meu azar encontrei com a diretora bem na porta. Resultado: não pude entrar na primeira aula e tive que ficar esperando até a segunda na biblioteca.

Conversei alguns minutos com um amigo meu e depois me enfiei entre as estantes e prateleiras quando vi que os alunos da sala dele, que incluíam Scorpius, estavam entrando.

Procurava um livro para me distrair enquanto esperava o tempo passar, quando de repente fui prensada e encurralada numa das estantes por Scorpius e, para meu total delírio, beijada ferozmente.

Nos separamos quando ficar sem respirar se tornou impossível e eu me apoiei em seu peito arfando.

- Você por acaso tem algum fetiche por agarrar garotas de repente e prensá-las em superfícies retas? – perguntei sarcástica.

- A culpa é sua, eu fico louco quando a vejo com aquele seu amiguinho – resmungou acariciando meu rosto.

Ele estava com ciúmes? Não. Isso seria impossível!

- Disse certo – resmunguei também, brava com minha consciência traidora – Ele é apenas meu amigo.

- Não é o que parece – retrucou emburrado.

- Não me importo com o que pensa ou deixa de pensar – falei brava – Afinal não lhe devo satisfações.

- Não é bem assim, caveirinha – disse sorrindo torto e com cara de safado – Vou ter que fazê-la recordar-se de ontem?

Não pude responder, pois mais uma vez ele me beijou e como sempre correspondi.

- Scorpius... – ouvimos chamá-lo e nos viramos num rompante temendo ser a bibliotecária.

Ao olharmos para o lado vimos seu melhor amigo nos olhando surpreso, porém sorrindo como se tivesse descoberto um segredo desconhecido para mim. E como se não fosse o suficiente estranho, Scorpius correspondia o sorriso abraçado a mim e totalmente relaxado.

Sentindo-me constrangida e deslocada tentei fugir.

- Então – comecei a falar me soltando – Já deu a minha hora e tenho que ir.

- Não precisa sair – contestou o garoto ainda sorrindo sinistramente – Não quero atrapalhar.

- Não está atrapalhando – menti – Isso foi apenas o final de um presente interrompido.

Estava saindo quando Scorpius me parou olhando-me sério.

- E se eu quisesse que esse presente durasse para sempre? – perguntou mantendo-me cativa pelos seus olhos.

- Seria impossível – murmurei – Você mesmo disse que nunca teria uma relação séria.

- Eu ainda não havia encontrado a pessoa certa – confessou.

- Você quer dizer... – comecei esperançosa.

- Sim, caveirinha – afirmou me puxando para o conforto de seus braços – Você é essa pessoa – deu-me um selinho – A garota que eu amo e que me faria o cara mais feliz do mundo se aceitasse namorar comigo.

Sentindo as lágrimas deslizarem por meu rosto, tamanha era minha felicidade, puxei sua boca para a minha e o beijei demoradamente.

- Isso foi um sim? – perguntou ofegante quando nos separamos.

- Sim – disse feliz e beijando seu rosto – Mil vezes sim.

- ALELUIA! – ouvimos e nos viramos, como anteriormente, para o lado.

O amigo de Scorpius estava ajoelhado no chão com as mãos para cima como se estivesse fazendo um agradecimento e cantava uma música parecida com “até que enfim”. Não pudemos deixar de rir com a cena e logo, nós três, havíamos chamado a atenção de todos que estavam na biblioteca.

E quando as pessoas lançaram olhares incrédulos as minhas mãos e de Scorpius juntas, eu não me importei. Afinal estávamos juntos e nos amávamos, nada mais importava.

Quem diria que um presente de aniversário resultaria no início de vários “melhores dias” em minha vida?


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Notas finais do capítulo

E então minhas flores? Gostaram?
Mereço review's ou recomendações?
Beezoos
Nandáh