Anjo Negro escrita por GLFeehily


Capítulo 16
Surpresas... Boas, ou seriam ruins?


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo gente... espero que gostem e, desculpe a demora em postar, mas como eu disse nos capítulos anteriores, eu ando meio desanimada com essa fic, pois muita gente lê, mas apenas TRÊS leitores tem deixado reviews... (Ç.Ç) De qualquer forma, eu não vou desistir e vou postar até o fim...
Eu agradeço muito 'Np_Cullen', 'd_oliiver' e 'Jeune Rêveur' pelos reviews... vcs são uns amores... capítulo dedicado especialmente para vocês.
Quanto a vcs, leitores fantasmas... eu já desisti de pedir para deixarem reviews... (ç.ç) de qualquer forma, espero que gostem do capítulo.
Boa leitura.



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Ethan



– Clarisse. – Gritei, chamando a sua atenção.

– Ethan? Aconteceu alguma coisa?

– Onde está a Nina?

– Ela estava com você...

– Ela estava, mas aí a Letícia apareceu me agarrando e quando eu consegui livrar-me dela, a Nina havia sumido... Já a procuramos por toda a escola e não conseguimos encontrá-la.

– Ai meu Deus... Onde ela pode ter se metido? Ela sabe que não pode andar por aí sozinha.

– Tenta ligar para o celular dela.

– Não dá, o celular dela está dentro da bolsa e a bolsa está comigo.

– O que faremos agora? Eu não consigo senti-la e o pior é que eu estou com um mau pressentimento.

– Céus... Precisamos encontrá-la logo. – Ela disse nervosa e com uma expressão preocupada.

– Clarisse! Ethan! – Olhamos para trás ao ouvirmos alguém nos gritar.

– Laura? Está tudo bem? – Ela estava com uma expressão assustada e completamente ofegante, sinal de quem havia corrido e muito.

– A Nina... Ela precisa de ajuda... – O meu coração parou ao ouvi-la pronunciar tais palavras.

– O que aconteceu com a Nina? – Ela olhou-me, enquanto tentava normalizar a respiração. – Fala Laura. O que aconteceu com a Nina?

– Eu e a Melissa a vimos sair correndo entre as pessoas e resolvemos ir atrás dela, para descobrir o que havia acontecido... Quando estávamos quase a alcançando, vimos um cara mal encarado a abordando... Eu vim pedir ajuda, mas a Melissa ficou para ajudá-la.

– Onde ela está? – Eu comecei a sentir a ansiedade tomar conta do meu corpo.

– Perto da igreja que fica a duas quadras daqui.

– Nós vamos buscá-la. – Eu disse enquanto começava a correr em direção ao meu carro e pude ver o Daniel me seguindo.

– Eu vou com você. – Ouvi a Clarisse gritar, enquanto nos seguia.

– Eu também vou. – Ouvimos a Laura dizendo, enquanto tentava nos acompanhar.

– É melhor você ficar Laura... Nós vamos trazer a Melissa de volta.

– Ela é minha irmã... Eu vou junto.

– Laura... – A Clarisse tentou argumentar, mas a Laura estava determinada a ir com a gente e eu tinha a impressão que ela iria nem que fosse sozinha.

– Eu já disse que vou junto. – Ela repetiu.

– Tudo bem, mas você vai ter que prometer que não vai sair do carro.

– Eu prometo.

– Ok! Então vamos.

– Ethan?! – Ouvi a Clarisse protestar... Eu entendia os motivos dela em não querer que a Laura fosse com a gente, mas eu tinha a impressão que a Melissa já havia visto demais, e dificilmente ela iria guardar qualquer segredo da irmã.

– Clarisse, o mais importante agora é encontrá-las e trazê-las de volta a salvo.

– Eu sei, mas mesmo assim... – Continuávamos discutindo enquanto entrávamos no carro.


Dei a partida e em menos de cinco minutos eu saí da escola e cheguei ao local indicado pela Laura. Saímos do carro e corremos até onde elas estavam...


As duas estavam caídas, próximas uma da outra e de frente para a igreja, mas um pouco distante. Eu corri até a Nina, mesmo sabendo que a minha prioridade deveria ser a Melissa... Ela estava desmaiada e havia várias marcas roxas pelos seu corpo, principalmente no pescoço... Também havia muito sangue por todo corpo e um corte enorme em sua cabeça... A sua respiração estava lenta demais e por mais que a chamássemos, ela não acordava... Eu senti o desespero tomar conta de mim e tentei manter a calma, pois ficar nervoso não iria ajudar em nada

.

– Anda Nina, acorda amor... Você consegue, eu sei que consegue... Você é forte... – Eu falava isso para Nina, mas na verdade, eu tentava convencer a mim mesmo de que ela era forte o bastante para sobreviver.

– Ela vai ficar bem não vai? Por favor Ethan, você é um anjo, me diga que ela vai ficar bem...

– Eu... Eu não sei, não posso te dizer com certeza que ela vai ficar bem, mas precisamos ter fé...


Ela chorava desesperada e eu tentava não chorar também... Se a Nina morresse, eu iria perder a razão da vida, a pessoa que eu mais amo no universo. Era assim que as coisas funcionavam para os anjos, uma vez apaixonados, esse sentimento permanecia para sempre, por toda a eternidade e se a Nina morrer, eu continuarei a amando por toda a eternidade, mesmo que apareça milhares de outras mulheres em minha vida, ela continuará sendo o amor da minha vida, para sempre... Eu não podia deixá-la morrer, simplesmente não podia.


– Ela vai ficar bem... Ela tem que ficar... – Eu continuava repetindo para mim mesmo.

– A igreja, precisamos levá-las para a igreja. – Ouvi a Clarisse dizer... Ela só podia estar ficando louca. A Nina é meio demônio, ela não pode entrar em uma igreja, caso contrário ela morre.

– Você enlouqueceu? Não podemos levar a Nina para dentro de uma igreja. – Eu disse para a Clarisse.

– Podemos sim.

– Se entrarmos lá com a Nina, ela vai morrer.

– Será que você ainda não percebeu que a Nina não é como os outros demônios Ethan? Ela é diferente, ela é especial.

– Mas...

– Ela já entrou em uma igreja antes, quando ela tinha uns três anos... Eu e a Ana a vimos entrando em uma igreja que tinha perto da nossa casa, na hora nós ficamos apavoradas, achando que ela iria morrer, mas nada aconteceu com a Nina, nada, absolutamente nada... Ela pode entrar em uma igreja quando bem quiser e sair ilesa, sem nenhum arranhão ou queimadura.


Eu simplesmente não conseguia acreditar no que eu havia acabado de ouvir... Só podia ser um sonho, ou pesadelo... Um demônio dentro de uma igreja?! Como isso pode ser possível? Ela pode ser uma grande arma contra os anjos... Um demônio que pode entrar na igreja, nunca imaginamos nada parecido. Será que existem outros como a Nina? Essa era a pergunta que não queria calar.


– Ela sabe disso? – Perguntou o Daniel, ele parecia realmente assustado com isso e, ele tinha motivos de sobra, eu também estava assustado, nunca havia acontecido nada parecido.

– Não, ela não sabe, ainda.

– Precisamos sair daqui. – Eu disse enquanto pegava a Nina no colo e caminhava em direção à igreja.


O Daniel pegou a Melissa e fomos para a igreja... Era a primeira vez desde que chegamos aqui, que eu realmente percebi a Melissa e isso me fez sentir-me muito mal... A minha prioridade deveria ser a Melissa e não a Nina.


A Laura chorava desesperada, mas apesar de muito machucada, a Melissa estava acordada e isso era muito bom. Isso me deixou aliviado.


Ao chegarmos à igreja, batemos na porta e fomos atendidos pelo padre, um senhor de cabelos brancos e uma aura bondosa, ele nos olhou assustado, provavelmente ele não esperava por um bando de adolescente batendo à sua porta, ainda por cima com duas garotas do grupo terrivelmente machucadas.


– Precisamos de ajuda padre.

– Jesus, o que aconteceu crianças?

– Elas foram atacadas por um bandido padre.

– Vocês precisam levá-las para o hospital ou vão acabar morrendo.

– Não padre, nós podemos ajudá-las, mas precisamos fazer isso logo, o mais rápido possível... Elas não vão aguentar chegar até um hospital.

– Mas...

– Por favor padre, confie em mim.

– Está bem, me acompanhem.


O seguimos até um quarto com duas camas de solteiro e deitamos as garotas com bastante cuidado, elas estavam machucadas demais.


O Daniel e eu fizemos o máximo que pudemos para curá-las, mas elas estavam machucadas demais eu alguns ferimentos teriam que ser cicatrizados por elas mesmo, com o tempo, o máximo que podíamos fazer era curar os ferimentos mais superficiais, era contra as regras, interferir no destino das pessoas dessa forma, portanto, deveríamos apenas fazer o suficiente para elas agüentarem firme e lutarem pela sua vida. Tivemos que curá-las na frente do Padre e da Laura, pois tentamos fazer eles saírem do quarto para que pudéssemos fazer todo o processo de cura, mas eles se recusaram a sair do quarto e não tínhamos muito tempo, por isso resolvemos fazer na frente deles mesmo... Isso está ficando cada vez mais complicado... O padre e a Laura pareciam não acreditar no que os seus olhos estavam vendo.


– Como... Vocês fizeram isso? Quem são vocês? – Eles nos olhavam como se fossemos um bando de alienígenas.

– É uma longa história padre.

– Então resuma, nós merecemos uma resposta... A minha irmã quase morreu por causa da Nina e vocês acabaram de curá-las.

– Tudo bem, eu explico para vocês Laura, mas primeiro eu preciso saber o que aconteceu antes de chegarmos.


Precisávamos saber o que havia acontecido e como a Nina ainda estava desacordada - mas felizmente ela estava estável – tivemos que perguntar a Melissa, ela ainda estava muito assustada, mas era necessário.


– Melissa, eu sei que você está cansada e assustada, mas precisamos saber o que aconteceu.

– Ethan! O que ela é?

– Como assim, do que você está falando?

– Ela... Ela matou aquele cara, ou melhor, ela o fez virar pó...

– Virar pó? Do que você está falando?

– Aquele cara, ele queria matá-la...

– Que cara? – Perguntei.

– Ele disse que seu nome era Luiz e que ele era irmão da Nina, também disse que era um demônio... – Ela parou de falar por alguns segundos e depois continuou. – Ele disse que a Nina também é um demônio... – Ela fechou os olhos, respirando fundo, tentando segurar as lágrimas, antes de continuar. – Depois ele tentou nos matar, mas aí aconteceu uma coisa muito esquisita com a Nina... Os seus olhos ficaram vermelhos e os seus cabelos ficaram muito negros... Ela tinha um olhar mortal e do nada... Do nada apareceu asas em suas costas, grandes asas negras... – Eu não podia acreditar no que eu estava ouvindo. Asas? Ela disse que a Nina tinha asas? Como? Porque? Ela não é um anjo e nem filha de um anjo... É verdade que ela é filha de uma fada, mas mesmo assim... Eu não entendo como isso pode ser possível. – E não apenas isso, ela fez sair água de dentro da igreja e... Ela nos protegeu usando a água... Eu não tenho certeza, mas... Eu acho que era água benta, pois ela nos cobriu com a água e depois direcionou todo o fluxo até o cara que estava tentando nos matar... Ele começou a gritar e depois desapareceu, como se tivesse virado pó, aliás, ele virou pó.

– Ele ainda está vivo! – Ouvi Daniel falar pela primeira vez depois de um bom tempo sem falar nada.

– O Daniel tem razão... Ele ainda está vivo e vai voltar.

– O Lúcifer não vai desistir de matá-la assim, tão facilmente... Eles vão voltar... Eles sempre voltam. – Completou a Clarisse.

– Lúcifer?

– É o pai da Nina. Ele está tentando matá-la desde que ela era apenas um bebê. – Respondeu a Clarisse.

– Mas porque? – Perguntou a Melissa.

– Porque ela é a única, além de Deus, capaz de matá-lo. – A Clarisse respondeu.

– Como assim? Ele não seria Lúcifer, o senhor das trevas, seria?

– Sim.

– Mas se ela é filha dele, como ela conseguiu entrar na casa de Deus? Eu não entendo. – O padre sussurrou assustado.

– Porque ela tem um coração bom, um coração puro... Ela jamais aceitaria se juntar a ele e ele sabe disso, por isso ele teme que ela possa tentar matá-lo.

– E vocês, o que são? Como conseguiram curá-las daquele jeito? – O padre perguntou, olhando para mim e para o Daniel.

– Nós somos anjos. – não tinha o porque mentir naquela altura no campeonato.


Depois disso, nada mais foi dito e eu resolvi voltar para onde a Nina estava.


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Notas finais do capítulo

Então, ficou muito ruim???
Se alguém quiser indicar, eu prometo que tentarei postar mais rápido o próximo capítulo.
bjoooooooooooos



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