Para Sempre Com Sesshoumaru-sama escrita por Lais


Capítulo 52
Memórias Póstumas


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, tudo bom com vocês?
Bom, o capítulo de hoje será um tanto.. interessante :)
Não vou nem falar muita coisa! rs
Boa leitura!



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[Rin POV]


            Dizem que quando vamos morrer a nossa vida inteira passa diante de nossos olhos como se fosse um filme de toda uma vida. Eu não sabia se aquilo era um sonho ou uma triste realidade. Mas quando eu senti aquela imensa dor atravessando meu corpo tudo em que conseguia pensar eram nas coisas boas que tinha vivido. Foi naquele instante que senti que já não tinha mais volta. Eu queria e muito pelo menos me despedir de Sesshoumaru, mas eu sabia o quão seria difícil para ele. Além disso, eu estava feliz por estar com ele, mesmo que aquela fosse a última vez..

De fato eu já havia morrido duas vezes e retornado por intermédio de Sesshoumaru. No fundo eu não queria admitir, mas dessa vez, sim, seria para sempre. Era horrível ter que admitir isso, mas eu não tinha mais nenhuma esperaça. Era algo que, inexplicavelmente, eu sentia. E eu estava em meio a uma escuridão profunda, vendo algumas imagens de minha vida que nem mesmo eu lembrava-me mais..

Estava brincando com meu irmão mais velho em um rio que tinha perto do casebre em que morávamos. Ele estava sempre atento para que nada me ocorresse. As correntezas eram um pouco fortes, mas eu adorava me arriscar, além do mais, meu irmão mais velho sempre me passou muita segurança. E derrepente aquela sensação nostalgica tomou conta de mim.. Como eu sentia falta de meus irmãos.. Mesmo tendo pouco tempo com eles, guardei lembranças que preferia não recordar dentro de mim.. Eu não gostava de sentir a alegria de minhas recordações e logo em seguida a dor de jamais poder revivê-las.. Aquela era uma parte tão importante de minha vida! Minha verdadeira família.. Mamãe, papai.. Como eu queria vê-los novamente..
Para onde olhava, me via em momentos de minha vida. Aquilo era bom e ao mesmo tempo tão torturante! Eu não queria mais olhar para aquelas imagens. Não queria ter aquela sensação de que perdi tudo, de que jamais verei as pessoas que amo! De que não poderei dar continuidade ao que construi.. Eu não queria perdê-los..

Ah, como eu queria que tudo voltasse. As coisas seriam tão diferentes! Seriam melhores.

Primeiro eu voltaria para Sesshoumaru. Iria gastar um bom tempo tentando convencê-lo de que nada daquilo fora sua culpa. Ele me diria algumas frases como: "Fora tudo minha culpa." "Você não pode ficar perto de mim." , com aquele terrível tom de angustia. E eu sabia que no final das contas -depois de muito convencê-lo- iríamos ficar juntos..
Kohaku, naturalmente, não aceitaria. Iríamos brigar e pararíamos de nos falar. Depois de pouco tempo, nós voltaríamos a ser os bons e velhos amigos que sempre fomos. E Kohaku reconheceria - mesmo que para si mesmo - que não adianta tentar me afastar daquele que amo. Se me quisesse por perto, tería que ser sobre minhas condições.

E finalmente, eu conheceria a pequena Izayoi. Eu a chamaria de sobrinha, já que Kagome-sama sempre fora como uma irmã para mim.. Uma irmã de coração. Eu levaria a pequena para passear em volta do lago e Inuyasha - protetor e ranzinza como sempre - estaria por perto caso algo acontecesse. Mas é claro que eu não deixaria que nada acontecesse a Izayoi..
E então.. Eu voltaria para o outro lado do poço. Porque este me permitiria o livre acesso entre os dois mundos.. Entre minhas duas famílias.

Ao chegar, encontraria jii-chan já recuperado, tomando conta do templo. Contando histórias longas e tediosas para as pessoas que vinham visitá-lo.. Souta estaria atento a minha chegada, como sempre fazia. Me receberia com um abraço e faria suas típicas piadas que implicava em me chamar de velha! Eu iria até meu quarto onde encontraria minha querida mãe arrumando minhas coisas. Ela me receberia com o sorriso mais lindo e o abraço mais caloroso do mundo. Lhe contaria tudo que acontecera. No começo ela ficaria preocupada, mas depois, como esperado, ficaria feliz por eu ter conseguido o que sempre quis.
Também daria continuidade aos meus estudos. Seria mais dedicada e não precisaria frenquentar as aulas extras de Toya-sama. É claro que teria vezes em que eu relaxaria um pouquinho, mas Mayumi-chan estaria ao meu lado sempre me incentivando. Diria coisas como: "Os estudos são muito importantes!" "Se você não se dedicar jamais poderá ser alguém na vida!". Minha querida amiga Mayumi-chan..

E depois de um dia cansativo de estudos, eu voltaria para Sesshoumaru.. Essa seria a vida que levaria caso.. Aquilo tudo não acontecesse..

Eu adoraria voltar a ter a minha vida de volta. Adoraria..


xx

– Rin! Rin! Vamos, acorde você vai perder a hora! - ouvi uma voz conhecida. - Ele está esperando por você, é melhor se apressar!

Abri meus olhos na mesma hora.

– Souta!

Ele me olhou, espantando.

– Ouviu o que eu disse! Vá logo!

Não encontrei forças para impedí-lo de se retirar de meu quarto. Meu quarto? Olhei em volta, estava em meu quarto!

Um batida na porta me chamou a atenção.

– Rin, bom dia. - disse minha mãe com aquele sorriso de sempre.

– Mamãe!

Corri até ela e dei-lhe um forte abraço.

– Vamos minha querida, se apresse para o colégio. Você terá a vida toda para me abraçar. - sorriu.

A vida toda?!

Estava perplexa. Não tinha como descrever o que estava sentindo naquele momento. Respirei fundo para tentar me acalmar, afinal eu já havia levado esses sustos momentâneos diversas vezes e não era lá uma sensação agradável a se sentir. Provavelmente "isso" fazia parte do processo da morte. Quer dizer, a pouco tempo eu estava vendo cenas de minha vida e imaginando como ela seria se eu ainda a tivesse. Talvez fosse algum 'rito de passagem' para que aceitasse minha morte e fosse em paz..

Mas que coisa horrível a se pensar! Era melhor parar com isso, antes que enlouquecesse!

Então, fiz o que me mandaram, tomei um banho e rapidamente vesti meu uniforme. Ao descer as escadas logo me deparei com uma linda mesa de café da manhã. E lá estavam jii-chan, mamãe e Souta.

– Até que enfim, heim! - disse Souta.

– B-Bom dia..

Sentei-me a mesa com todos. Estava um pouco acanhada. Afinal, não era fácil esquecer que já estava morta. Aquilo era tão torturante!

– Dormiu bem? - perguntara minha mãe.

– Sim..

– Tome logo seu café-da-manhã, seu amigo chegou cedo hoje e está esperando por você lá fora.

– M-Meu amigo?

Mas é claro, na hora estava tão atordoada que não prestei atenção quando Souta dissera: Ele está esperando por você.
Então, levantei-me e dei uma espiada pela janela da cozinha. Meu estômago gelou.

– Seya! - gritei. - M-Mas o que.. O que ele está fazendo aqui?!

– Ficou louca? Como assim o que ele está fazendo aqui? - indagou Souta.

– Ele não pode estar aqui! Sesshoumaru.. Ele voltou para Sesshoumaru! Eu estava lá, Toutousai-sama me contou tudo e..

– Contenha-se, Rin. - interrompeu-me minha mãe. - Acho que sonhou demais esta noite.

Sonho?!

– Não foi um sonho!

Na mesma hora corri até onde ele estava.

– Seya! - gritei.

Ele abriu um lindo sorriso ao me ver.

– Bom dia pra você também. Ah, e estou ótimo! - disse com aquele sarcasmo de sempre.

– Que bom dia que nada! O que está fazendo aqui? Você devia ter voltado para Sesshoumaru! Isso não pode fazer parte do meu rito de passagem para morte, não pode!

– Ei, ei! Fica calma, sua louca! Do que você está falando? Está passando bem? - ele disse, colocando sua mão em minha testa.
Cai de joelhos na mesma hora.

Você não devia estar aqui.

Ele se agachou para ficar na altura de meu rosto.

– Se não queria que fosse buscá-la como faço todos os dias, deveria ter me dito.

– Não é isso.. Você não pode ter se separado de Sesshoumaru. Não pode! Se isso aconteceu signfica que..

– Eu acho que ou você definitivamente está ficando louca ou você teve um sonho incrível e ainda acha que está sonhando. - disse interrompendo-me. - Embora eu descofie um pouco de sua sanidade..

O que estava acontecendo? Porque Seya estava ali, como se nada tivesse acontecido? Não parei para esperar que alguma resposta caisse do céu, corri em direção ao poço e de lá me joguei.

– Ei! Rin, é sério você está me assustando! - olhei para cima e lá estava Seya.

Será que tudo aquilo fora.. Eu não queria ter que pensar naquilo, mas era inevitável! Será que fora tudo um sonho? Meu retorno a Sengoku Jidai, meu reecontro com Sesshoumaru, todas aquelas revelações e minha morte faziam parte de um sonho?!
Senti-me tão frustrada! Ao mesmo tempo que minhas lágrimas caiam pude ouvir o barulho da chuva começando a cair lá fora.

Chorava feito uma criança.

– Rin, você está bem? O que aconteceu?

Estava tão desesperada que mal percebi quando Seya carregou-me em seus braços para fora do poço.

– Ei, pare com isso já! Parte meu coração vê-la assim.

Enterrei-me nos braços de Seya dando-lhe um abraço apertado que fora correspondido intessamente na mesma hora.

Eu não podia ter sonhado aquilo tudo, não era possível! Eu senti quando a katana de Sesshoumaru atravessou meu corpo e o mais importante.. O que senti ao nos beijarmos era algo tão intenso e indescritível que era impossível ser inventado em um simples sonho. Me doia tanto se quer pensar que nada daquilo fora real! Eu.. Eu.. Preferia morrer de vez ao passar por isso sabendo que nada daquilo fora verdade!

"Rin."

Essa voz.. Sesshoumaru!

Levantei-me e debrucei-me por sobre o poço. Era a voz dele, disso eu tinha certeza! Ao virar-me para tranquilizar Seya percebi que ele não estava mais lá. Nada estava mais la. A escuridão tomou conta de tudo novamente, apenas conseguia ver o poço que aos pouco ia se apagando também..

"Por favor, volte para mim."

Novamente ouvi sua voz. Ah, como aquela voz acalmava meu coração!

Foi então que ouvi meu despertador tocar. Tentava a todo custo desligá-lo. Quando finalmente consegui ouvi algumas vozes conhecidas gritando meu nome. Mas uma se destacou em meio a todas.

"Rin, acorde.."

E então, abri meus olhos.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram?
Achei que seria legal mostrar como a Rin se sentiu durante e dpeois sua morte :B
Vocês gostaram?
Bem, até a próxima!
Beijos!