Minha Vida Em Malviwood escrita por Joy


Capítulo 7
Capítulo 7 - Dormitório, aí vou eu!


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é muito bom, pois personagens novos entram na história.
Gostaria de saber se vocês gostariam que eu prolongasse a história o suficiente para fazer duas temporadas de 20 capítulos ou somente uma de 30.
Quero sugestões ;)
Bjs
Joy



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Capítulo 7 – Dormitório, aí vou eu!

Depois de dias, nada de importante aconteceu. Já tinha chegado o dia de nos mudarmos para os dormitórios. Era quinta-feira. O meu dia de saber mais sobre meus antepassados. Bem, mais ou menos, né?

Tivemos que ficar novamente em volta do palco, para que pudessem nos orientar direitinho # novamente.

Nada de importante foi dito, até eu deixar, em um só momento, de prestar atenção, virando a cabeça para o lado, fazendo com que Grodger visse. Aí, ele me colocou como líder do grupo feminino da minha sala.

Estava totalmente perdida. Nem sabia que tinha esse troço de “líder do grupo feminino”.

Pedi informações a alguns professores e eles me ensinaram o que eu devia fazer. Não, eu não tinha pedido ajuda a Grodger.

A função do líder, ou seja, minha função, era guiar as outras meninas até o nosso dormitório.

– Dormitório 193, aí vamos nós!

Como Malviwood era um “pouquinho” longe de tudo, (tipo, ele ficava no “meio do mato”), tivemos que nos direcionar para 5 quarteirões seguintes, onde também não havia nada.

Era como se fosse uma estrada deserta, só tinha mesmo os dormitórios de números mais baixos. E, como o meu número era 192, tivemos que andar mais.

Nenhum animal era visto quando se olhava para as plantas secas e sem vida daquele lugar.

Realmente, era complicado.

Tive que fingir que sabia o que estava fazendo, né?

Por que essas coisas só acontecem comigo?

Enfim chegamos.

Nosso dormitório de número 192 era grande. Tinha dois andares, uma escada com três degraus antes da porta e uma placa, meio que escondida que provavelmente só eu consegui ver já que estava entre os matos, que dizia: Fuja de Malviwood, 76.

Meu coração gelou.

Pensei então que seria alguma mensagem de Elizabeth...

Mas logo descartei essa opção.

Subi ou degraus com cuidado, já que pareciam meio velhos e que quebrariam a qualquer hora.

Paty ficou o tempo inteiro do meu lado, exeto quando tivemos que chegar perto da porta, ela deu um passo para trás dizendo: “Você é a líder”. Acho que ela estava mais com medo que eu.

Antes que pudesse abrir aquela porta, ela se abriu sozinha até a metade, fazendo um leve som de que agarrava quando a empurravam.

-Olá...? – sussurei terminando de abri-la.

Avistei um garoto, que por sinal muito bonito, forte, musculoso... Não posso falar todos os adjetivos que vieram a minha mente quando o vi pela primeira vez.

Enfim, ele estava vindo em minha direção. Não. Em nossa direção.

-Oi, sou Lilya, a líder desse grupo (apontei para as garotas) da turma 901.

-Ah, é para vocês entrarem. – o garoto respondeu, fazendo sinal para que entrássemos.

-Uau... – Paty disse logo que viu todas aquelas coisas históricas espalhadas pela sala, quer dizer, eram “enfeites”, mas também dava para entender que esse “uau” era para o garoto mesmo.

-É, sempre dizem isso... – o Ah, sou Steven. Derek Steven. – ele apertou minha mão, quando dei uma risadinha de lado.

Gente, nessa hora Paty já tinha percebido o clima e tentou dizer disfarçadamente:

-Você está corando.

Ele ouviu e eu logo soltei sua mão.

-Então, onde iremos dormir? – Soyer fez uma pergunta dando em cima de Derek.

-Podem subir as escadas. Temos 5 quartos com 4 camas cada um. As malas de vocês serão trazidas pelo serviço de Malviwood assim que der 15:00h. Ah, e quando escolherem direito quem vai ficar em qual quarto, podem vir me chamar - ele olhou para mim- para eu explicar coisas que vocês não podem deixar de saber.

Own, ele era tão fofo ♥

Antes de subir, percebi que havia uma peça de quebra-cabeça.

Aquela estória das sete peças me veio à mente. Seria uma delas?

Ignorei e fui logo para a escada, já que só tinha eu e Derek na parte de baixo da casa.

-Lilya, vem logo! – Paty me chamou, quer dizer, me gritou.

-Já estou subindo. – respondi – Então, tenho que ir. – estava falando com Derek.

-Tudo bem. Prazer, Lilya.

-Prazer, Derek.

-Steven, por favor. Não curto muito Derek.

-Mas por que não? Derek é maneiro. – falei com um ar descontraído.

 -Sei lá, Steven é mais dá hora. – rimos. – mas pode me chamar de Derek se quiser.

Pensei: “Caramba tenho privilégios, posso chamá-lo de Derek!”

-Ok.

Encerramos nossa conversa. Subi. Fui ver o meu novo quarto.

Era cor de pêssego. A suíte tinha duas cômodas, um tapete marrom estranho, e uma janela com vista para a rua.

No momento, só tinha eu e Paty no quarto. Milena e Laíza, as outras duas amigas minhas que ficariam no quarto conosco, estavam do lado de fora.

-E aí? Está a fim dele, né? – Paty já foi me empurrando para a cama da janela, a que tinha sobrado e a que seria minha. – Me conta tudo!

-Bem, eu sei lá...

-Não, você sabe sim! Dá para ver! Você está gostando dele! Olha, eu te dou o maior apoio, tá?

-Patrícia, calma! Pára de falar!

-Não paro não, Li! Estou empolgada com o seu romance!

-“Romance”? Tá louca? Nós somos só amigos. Quer dizer, acabamos de nos conhecer, somos só conhecidos...

-Aham, sei...

-É verdade! – peguei o travesseiro e bati nela.

-Você não vai descer para chamar o gato para ele terminar de dar as instruções, não?

-Paty, dá pra parar?

-Ok, por um tempinho.

-Quem vai dormir aqui com a gente?

-A Milena e a Laíza.

-Estranho... A gente nem fala muito com elas.

-Aham, eu que pedi para ficar aqui com você junto com elas.

-Ai, só você. Vou ver com as garotas se elas já terminaram para eu ir chamar o Derek.

-Sei, Derek, Derek e mais Derek!

-Paty, vai ser rápido. Volto num minuto.

Assim que conferi se todas estavam prontas para que eu fosse chamá-lo, desci logo. Assumo.

-Derek? – chamei-o meio que verificando os cômodos da parte de baixo, sem saber onde ia.

-Oi! Aqui fora! –ele respondeu.

Abri a porta da frente. Ele estava com um martelo, consertando uma parte do corrimão da escada, que estava quebrado. E adivinha? Ele estava sem camisa.

Também não acreditei. Era meio estranho ve-lo desse jeito. Parecia mais velho.

-Estão prontas?

-Para...?

-O resto da explicação.

-Ah, sim. Claro!- tentei disfarçar que tinha esquecido o que eu teria que fazer naquela hora quando o vi.

-Já estou subindo, ok?

-Aham... Derek, posso te fazer uma pergunta?

-Além dessa? Pode sim.

-Qual é a sua idade?

-Achei que fosse me perguntar se eu tenho namorada ou algo parecido.

-Ah, já que você insiste em responder as duas, eu não nego que estou curiosa sobre você – ok, passei um pouquinho dos meus limites, eu sei.

-Olá, sou Derek Steven Pattinson, tenho 17 anos e estou disponível.

Nessa hora eu ri, né? Iria fazer o quê? Estava tentando agir naturalmente.

-Pattinson? Tipo Robert Pattinson? – rimos novamente.

-Quase, mas numa versão melhor.

-Sei. Os olhos então são idênticos! – fiz uma brincadeirinha. – vou avisar as outras garotas, Steven.

-Olha, já me chamando de Steven!

Uau²! Cara, estávamos ficando íntimos, acredita?

Subi, e, antes que pudesse falar com as meninas, Paty me puxou e exigiu satisfações, pois tinha demorado mais que um minuto. #aff, Paty!

Tive que explicar tudo. Tintin pot tintin.

E então, Steven subiu e nos explicou tudo:[Ah, ele já tinha colocado a blusa, ok?]

-Garotas, estão vendo essa porta? – era a porta do final do corredor, que ficava trancafiada e tinha a passagem impedida por uma mesa. – Ela é de extrema importância. Aqui, são guardadas coisas, estátuas... Enfim, tudo o que Grodger ama. É, é tudo histórico. Vocês estão proibidas de chegar até mesmo perto daquela porta quando ele estiver aqui. Caso vocês queiram virar picadinho, tudo bem.

-Mas qual é o problema de entrarmos lá? – Milena perguntou.

-Grodger. Ele é o problema. Não são capazes de imaginar o que ele

Fez com alguém que ousou entrar lá.

-Mas afinal, onde Grodger está? – disse Paty.

Antes que Steven pudesse responder, a “porta”, que abria para dentro, se abriu. Demos um pulo para trás. Grodger saiu de lá. Arrastou a mesa que bloqueava a sua passagem e andou pela ala que foi aberta por onde passou.

Todas trememos. Ele se quer falou algo. Desceu pelas escadas e se direcionou à sua sala.

-Bem, aquilo foi só um sustinho básico, que meu tio adora dar em suas hóspedes... – ele tentou consertar.

-“Tio”? – perguntei, pois se aquela delirante estória fosse verdade, ele seria meu parente... Enfim... Entende, né?

-Sim, ele é meu tio de consideração. Mas voltando... Então, gente, a louça e as tarefas domésticas serão revezadas. Cada dia uma dupla irá lavar.

-E quanto cozinhar? – Paty perguntou.

-Isso é comigo mesmo.

-Sério? Você cozinha? – foi a vez de Soyer falar.

-Aham... Mas assim, caso não gostem, tem como vocês mudarem de segundo monitor. É minha função aqui. Eu que batizei de “segundo monitor”. Legal, né?

-É sim. – alguém respondeu.

-Ah, e uma coisa muito importante também, não sei se comentei. Mas, além de vocês terem que ficar bem longe do “quarto” das coisas do Grodger, é importante a distância da sala dele também, que é bem ali. – ele apontou para uma sala de vidro na frente, mas o vidro era só da cintura para cima.

//Ou seja, a sala do Grodger estava em um local que ele conseguia nos observar a qualquer momento desde que saíssemos do quarto.

-Na sala dele, tem coisas misteriosas... Segredos... Mas tudo o que vocês não podem saber...

-Tá blefando... – Laíza falou.

-Se é o que você acha, quem sou eu para discutir? Mas o importante é que vocês fiquem longe, ok?- uma pausa- Recebi uma ligação que falava que as malas estão a caminho. Alguma dúvida? Qualquer coisa é só falar, ok?

Ele então voltou à varanda para terminar a escada. Tirou novamente a blusa! Pude perceber uma coisa que não tinha percebido.

Enquanto ele estava descendo as escadas para testá-las, vi que tinha uma marca, mais para uma mancha... Bem, não tinha certeza, mas poderia ser uma tatoo.

Tinha uma forma estranha. Aquilo era um número? Era o que parecia. Realmente, uma tatuagem.

Eram vários números. Uma sequência repetitiva. Deviam ser uns 9. Só me vinha a cabeça ‘8._._.4._.5.6.6.6.’. Não consegui destingui os outros.

Muito misterioso. Ainda mais que era na costela.

Não gostei muito daquela tatuagem não. Sinceramente era meio ‘breguinha’.

Fui falar com ele.

-E aí? Vai demorar muito?

-Pra eu acabar?

-Lógico, né, seu bobinho?

-Um pouco. Talvez mais alguns dias.

-Que bom.

-“Bom”? É por causa da vista que você vai ter durante esse tempo?

-Que isso?! Tá doido? Eu não posso ficar olhando...

-Me olhando?

-É que eu...

-O quê?

-Já tenho namorado. – menti.

-Bem que eu vi. Uma ‘mina’ dessa não iria sair dando mole assim para um cara feito eu.

Ri.

-Não sabe o que é ‘mina’? É uma menina bonita. Mas você é mais que isso. Não é só bonita.

-Não é isso. É que eu não tenho namorado! Tava brincando! E você caiu. – ri novamente – Mas agora eu já sei que você me acha bonita e ‘’mais que isso’’.

-Sério? Mentira! Você acreditou? Não te acho isso!

-Hã?

-É. Você, Lilya, não é bonita. – estava me segurando para não chorar – Você é perfeita. – ele alisou meu rosto como nos filmes.


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