Minha Vida Em Malviwood escrita por Joy


Capítulo 5
Capítulo 5 - O Livro Enorme


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é dedicado a 'AlexandraUdinov', Guta. Que estava esperando um tempão para eu postar.
Pronto, Guta!
Bjs
Espero que curtam esse capítulo!



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Não, não... Isso era um delírio...

Enfim, agora tinha que ir para sala sem que eles me vicem e, chegar antes deles.

Corri.

Consegui chegar na sala de aula.

Antes de sair da famosa “Biblioteca de Malviwood”, vi os dois se abraçando e se beijando também.

Os braços dele a rodeava, e, não sei direito, mas aquilo me incomodava de um certo modo que... Mesmo assim, só queria a alegria deles, até sem eles me contarem o maior segredo de todo o tempo!

Mas voltando ao assunto...

Entrei na sala fingindo que nada tinha acontecido. Até que ouvi a Paty:

-Lilya! Preciso te contar uma coisa!

Dava para perceber sua felicidade só mesmo pela sua voz...

Saí da sala de novo... Junto com ela. Ficamos no final do corredor.

-Oi. Por que está tão feliz, Paty?

Falei e percebi que Robert entrou em nossa conversa a abraçando e, Patrícia ainda não tinha tirado o sorriso estampado do rosto...

-Gente... Vocês por acaso estão namorando?- ri fingindo que não sabia de nada, mas não colou.

-Estamos! Não é legal?- Paty falou colocando seus braços em volta da cintura dele, completando o abraço.

-Ah, claro!- acho que não convenci.

-Lilya, não está feliz pela a gente?

-Sim, sim. Estou. Afinal, vocês são meus melhores amigos.

-Lilya?- Robert perguntou olhando firmemente em meus olhos e, me fazendo ficar com aquela cara de quem está dormindo acordada, ou melhor, apaixonada...

-O-oi?

-Achei que ia ficar feliz com a notícia...- Paty respondeu, apesar de Rob ter perguntado.

Rob não. Robert. Esse apelido!

-E fiquei...

-Não tá parecendo- Robert desviou o olhar.

-Desculpa, gente. É que eu não sei expressar minhas felicidades.- menti.

-Tudo bem, já que você diz que está contente com a notícia, eu acredito.- Paty sorriu, e beijou a bochecha de Robert, deixando uma marca de batom nela, batom rosa.

Paty jamais saía de casa sem passar seu batom rosa pink.

Vimos a professora Scarlet, nossa professora de Ciências, do outro lado do corredor, e, finalizamos nosso papo ali.

Sentamos em nossas mesas, que sempre ficavam perto uma da outra, só que nesse dia eu resolvi ficar do outro lado da sala.

Hora do recreio.

-Paty! Robert!- chamei-os quando a professora liberou. Eles estavam de mãos dadas

-Oi.- ambos responderam juntos.

-Precisamos terminar de ver o anuário, né?

Paty não tinha prestado atenção no que eu tinha dito, ela estava totalmente perdida nos olhos de Robert, que eram como pérolas negras.

Mas ele tinha:

-É mesmo! E, continuar debatendo o assunto das “oito peças”.

-Isso, tinha me esquecido.- falei- Paty!- tive que chamar sua atenção, já que não parava de olhar para Rob.

-O quê?- ela definitivamente estava perdida na conversa.

E Robert, claro, que foi explicar tudinho para ela:

-Ela só veio nos falar para terminarmos de ver o anuário agora no recreio, amoreco!

“Amoreco”? Tudo bem, isso aí me incomodou demais. Estava com ciúme de Paty com Robert, digo, de Robert com Paty.

Eu estava gostando sim, do namorado da minha melhor amiga.

Contava para ela ou não?

Não.

Ela vai acabar sabendo. Logo. Já que não consigo segurar minha boca, e, meu ciúme.

-Sim, claro! Vamos para a biblioteca? –Paty finalmente parou de olhar para Robert e, olhou para mim.

-Aham.- eu respondi.

Fomos, mas no meio do caminho, mais detalhadamente no corredor em direção a biblioteca, uma mulher, com a aparência de uns 65 anos, segurou meu braço:

-Algum problema, moça?- perguntei olhando em seus olhos inocentes.

-Lizie?- ela passou a mão em meu rosto.

Paty e Robert continuaram o caminho para a biblioteca, ou melhor, eles nem perceberam que eu parei.

-Não não, meu nome é Lilya.

Ela não tirou seus olhos do meu em um só momento.

-Lizie...- sim, ela repitiu.

-Você deve ter me confundido com alguém. Mas quase acertou! Lizie e Lilya começam com a mesma sílaba!- puxei meu braço devagar, tentei fazer com que ela me largasse, mas isso não foi uma boa tentativa.

-Lizie!Lizie!Lizie!-ela só dizia isso.

-Senhora... Meu nome é Lilya, tudo bem?

-Elizabeth? É você? Elizabeth Mendler?- ela me olhou, como se tivesse reencontrado o “amor da sua vida”.

-Eu tenho que ir agora...-puxei meu braço e, finalmente, fui para a biblioteca.

Aquela moça, digo, mulher, me confundiu com minha avó. Ela era tão parecida comigo assim?

Qual é? De 1876 para cá já se passaram mais de 130 anos!

Entrei na biblioteca.

Antes que pudesse encontrar Paty e Robert, ouvi, e justamente do Grodger no radio da escola:

-Lilya Mendler compareça a diretoria agora!- ele estava nervoso.

-Fala sério!

Disse um pouquinho alto, para alguém que está na bibliioteca. A moça de recepção fez aquele famoso “Xiiiiu” para mim.

Respeitei, né? Afinal, era o Grodger.

Entrei na diretoria e estava com medo. Por que essas coisas só acontecem comigo?

-Oi? Me chamou, Grodger?- disse logo em seguida que abri a porta.

Sim, tinha esquecido de bater.

-Mocinha, vejo que você vai muito bem na escola.

Não esperava que fosse sobre isso que Grodger queria falar comigo.

É... Não tento não me gabar por isso, mas eu tirava notas muito boas, sim.

-É... Você me chamou aqui na hora do recreio para falar das minhas notas?

-Lilya, todo ano chamamos um aluno para comunicar sobre os dormitórios, os monitores e etc.

-Você quer que eu seja esse aluno?

-Sim. –Ele me encarou.

-Olha, não sei se foi uma boa ideia, já que eu sou nova na escola...

-Eu escolho. Você não pode palpitar na minha escolha.

-... Claro. Já entendi.

-Você, na frente de toda escola, deverá explicar sobre isso tudo.

-Mas...

Ele me interrompeu:

-Leia esse livro.- Grodger me entregou um livro muito grosso, muito mesmo.- Ele explica tudo.

-Tá.

-Você tem um prazo de dois dias.

-O quê?! Dois dias? Eu não consigo. Temos provas essa semana. Na verdade, amanhã.

-Mas é depois de amanhã. E você foi a escolhida.

-Olha, Grodger, eu não consigo. Por mais que eu tente...

-Lilya! Sem mais nem menos, estamos entendidos?

-Vou tentar. Mas não garanto nada.

-Você tem que ter certeza disso, se não as coisas vão piorar para o seu lado.- e ele fez cara feia.

Acho que realmente eu não tinha escolha.

-Aham.

Fui encontrar Paty e Robert.

-Gente, dá uma olhada no livro que eu tenho que ler para depois de amanhã.- mostrei o livro para eles.

-Uau, ele é imenso?! Que professor passou esse livro para a gente ler?!- Paty ficou preocupada, o livro era grande mesmo, sem exagero.

-Não, o Grodger me escolheu para explicar esse negócio de dormitórios, monitores e essas coisas, na frente da escola inteira.

-Mas o que tem a ver como livro? E por que ele te escolheu? Você é aluna nova.-Patrícia estava tentando entender.

-Pois é, foi o que eu disse, mas sabe como é, né? Com ele não tem brincadeira, deve-se obedecer o Grodger. –rimos.- E quanto ao livro, como eu sou aluna nova e tenho que saber de tudo, ele me deu essa coisa enorme.

-Ah, no ano passado eu fiz esse papel! Mas não tive que ler isso.- Robert riu.

-Sabe quando é isso? Daqui a dois dias!- perguntei e eu mesma respondi.

-Acho que nem eu consigo ler isso tudo em dois dias e ainda estudar para os testes.- Robert arregalou os olhos.

O bendito sinal tocou novamente.

-E mais uma vez não conseguimos ver esse anuário.- Paty disse se levantando da cadeira ao mesmo tempo que eu e Rob.

-É, mas amanhã podemos ver, certo Lilya?- Robert me perguntou.

-Claro. Eu tenho que ler esse livro gigante, e, se quiserem podem ver só vocês dois.

-Não, claro que não, Li. Vamos ver todos juntos. Por uma questão de honra.

-“Por uma questão de honra”?- Robert riu.

-Ai, eu só queria mudar um pouquinho meu vocabulário.

-Aham, sei.- dessa vez eu e Robert rimos juntos.

No final daquele dia Grizelda me procurou para perguntar se tinha começado a ler, e minha resposta foi não. Qual é? Grodger tinha me entregado aquele livro há pouco tempo.

Ela me disse para me apressar com a leitura e tomar muito cuidado, porque tudo que tinha ali era de extrema importância.

Tudo bem, agora estava enrolada.

Teria de estudar para uma prova e ler um livro imenso para dois dias depois.

No dia seguinte a prova foi um horror. Era de história, a matéria do Grodger.

Não tinha conseguido estudar direito por conta desse livro chato.

Ele deve ter feito isso de propósito só para diminuir minas notas.

O professor corrigiu no mesmo dia. Conforme iam acabando, ele ia corrigindo.

Adivinha minha nota? Um F bem feio. Isso estragou minha média.

-Achei que iria bem nessa prova. – Paty veio “me consolar” - Foi a mais fácil do ano! Até eu que só tiro na máximo C, tirei A.

-Não tinha como eu estudar, tá legal? Tive que ficar lendo aquele livro idiota.

-Foi mal, tinha esquecido. É para amanhã, não é?

-Uhum. E o pior, nem cheguei na metade ainda.

-Se pudesse te ajudava.

-Obrigada, mas tenho que confiar em mim mesma.

-Boa sorte, Li.

-Valeu! Até amanhã.


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