Minha Vida Em Malviwood escrita por Joy


Capítulo 3
Capítulo 3- Oito Peças




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-Robert? O que houve?

-Nada, por quê?

-Você estava... Meio que me olhando estranho... Deixa, vai!

-O quê? Eu te olhando estranho? Você está ficando maluca, Lilya?

O que estava acontecendo com ele? Estava agindo diferente...

-Vamos logo para a biblioteca?

Esperei ele concordar e sair na frente. Olhei para trás procurando a Paty, cadê ela?

-Olá!- Paty deu um berro no meu ouvido.

-Quase me matou de susto, Paty!

-Desculpa! Vamos para a biblioteca?

-Eu estava indo com o Robert... ­­-olhei de um lado para o outro...Onde estava ele?

-Vamos. Lá o encontraremos!

No caminho, encontramos uma sala pequena com a porta entre-aberta... O Grodger e a Grizelda estavam conversando... E o mais estranho é que era sobre mim... E sobre minha tataravó...

-Essa garota está arruinando meus planos... Será que ela só está querendo saber por causa de sua avó no panfleto? Ela não vai saber o porque dela estar na propaganda...

-Deixa a Lilya... Ela vai desistir rapidinho de desvendar os ‘’Mstérios de Malviwood’’!

Eles caíram na gargalhada... Agora é que não tiro minha cabeça desse mistério!

-Lilya, vamos? O Robert está nos esperando...-Paty me destraiu..

-Espere um pouco, por favor... Eles estão falando sobre mim...

CRACKT!

Pisei em um graveto. O que isso estava fazendo ali?

-Corre, Paty! Já sabem que estamos aqui!

Saímos correndo pelo corredor a fim de encontrar a biblioteca em que Robert estaria esperando por nós...

Esbarramos em Grodger! Meu Deus! Como ele foi parar ali? Não estava com a Grizelda há pouco?

-Co-como você veio parar aqui?-Paty estava assustada então falou o que veio a mente.

-Bem, para começar eu sou um professor. Também tenho direito de andar pelos corredores...

Patrícia o interrompeu:

-Mas o vimos com a Grizelda na sala...-percebeu no meio de sua fala que tinha escapulido algo que não podia...

-Senhorita Patrícia McCurdy, você anda me espionando?

Entrei no meio para protegê-la:

-Não, ela estava comigo, e, passamos por uma sala e ouvimos a voz da Grizelda e sua também...

-Puxa, Senhorita Mendler, você mente bem...-disse ele em um tom sarcástico- Mas, tenho que continuar meu caminho... E você se parece muito com a Elizabeth...- disse me olhando brevemente nos meus olhos e saiu em seguida.

Nossa! Que estranho... Como ele veio parar aqui?

-Paty...

-Oi... Antes que fale alguma coisa... Obrigada por me acobertar naquela hora... Você é uma boa amiga...

-Obrigada, mesmo eu não tendo conseguido direito...-Ri brevemente.

-Como ele veio parar aqui?

-Me fiz a mesma pergunta...

-E por que ele te comparou com a ‘’Elizabeth’’? Quem é ela?

-É minha avó...

-A que estudou aqui, certo?

-Sim... Mas agora chega de papo e vamos encontrar com o Robert!

-Vamos se não o recreio vai acabar...

 Fomos em direção a biblioteca, quando o sinal tocou novamente... Deixamos o Robert na mão...

Quando chegamos na sala tive de me justificar:

-Não conseguimos chegar a tempo porque...

-Me conte depois...-ele me interrompeu

-...

-A aula já vai começar...

-Ah, claro... Se é isso que quer...

-É o que eu quero sim...

Fomos em direção aos nossos lugares... Ele estava agindo estranho... Mas por quê?

-Agora é aula de quê?- perguntei a Marisa, uma amiga.

-Literatura!

Agradeci e fiquei esperando a hora passar... Vou ter de contar ao Robert o que aconteceu...

-Oi... Não deu para irmos a biblioteca porque...

-Não precisa explicar...

-Robert, por que está agindo assim?

-Não é nada.

-Quer conversar?

-É que... Meu pai...

-O que aconteceu com ele?

-Recebi uma ligação ontem...

-...

-E era minha mãe dizendo que ele não resistiu...

Abracei-o enquanto uma lágrima escorria sobre seus olhos...

-O que ele tinha?

-Não foi diagnosticado...

-Perdi uma amiga assim...

-Sabe como é...

O sinal tocou. Hora da saída.

-Amanhã conversamos?

-Sim...

-Até amanhã!

-Até...

Coitado do Rob... Ele estava muito abatido... E nem pode se despedir...

No outro dia fui ver como ele estava:

-Melhor?

-Um pouco... Sabe, eu e meu pai não tínhamos uma relação forte... Não nos falavamos...

-É triste saber que alguém querido se foi e não pode se despedir...

-Sim, mas tenho que esquecer isso...-disse enxugando seus olhos

Paty chegou...

-Oi, gente!

-Oi.-Robert falou ainda com expressão de tristeza.

-Por que está assim, Rob?

-É meu pai...

Pausa... Rob continua...

-Se foi...-Nessa hora Rob assoou o nariz com uma lenço que havia tirado de sua calça.

-Chega a hora de todos, né? Mas temos que superar...-Paty tenta...

-Pois é...- falei tentando consolá-lo.

-Podem ir... Não precisam ficar aqui...-Robert estava se sentindo mal e ao mesmo tempo envergonhado.

-Claro que precisamos! Você é nosso amigo!- Paty falou dando um leve empurrãozinho em seu ombro.

-Vamos, Rob... Você não pode ficar assim para sempre, vai?-disse tentando fazê-lo esquecer.

-É! Temos que ver qual livro que Patrícia disse que Grodger e Grizelda pegaram...-Disse novamente enxugando seus olhos, mas dessa vez enxugou com os dedos.

-Só me lembro que foi da prateleira ao lado da recepção...

-Não se lembra a capa?-Rob já parecia ter esquecido um pouco...

-Acho que era alguma escura, tipo azul marinho, preto...

O sinal tocou. Aula com Grodger.

-Mal, digo, bom dia, classe!- ele disse isso e não foi em tom de brincadeira.

E ninguém retrucou-o com um ‘’bom-dia’’...

-Senhorita Mendler...

-Sim...-‘’O que seria agora?’’, pensei.

-Pode vir aqui na frente?

-Claro!-estava com medo... O que ele queria?

-Soube que você e a Patrícia estão atrás de algo...

-Hã?

-Por acaso... É sobre a sua avó no panfleto de divulgação de 1876?

-Eu só vi a foto dela, mas...

-Aquilo foi um trabalho que sua avó tinha que fazer com o tema de divulgação para alguma escola de feitiços ou magia, em que, a ideia dela foi usar o nome da própria escola...

-Ok, mas... Por que está me dizendo isso?

-Ham, só para você saber... É difícil termos contato com algum parente de alunos que passaram pela escola. Ainda mais a Elizabeth...

-Por que ‘’ainda mais a Elizabeth’’?

-Ela era uma aluna exemplar...

-Como sabe disso? Afinal, ela já faleceu há muito tempo... E faleceu por parada respiratória, e foi nova...

-E-eu estava olhando alguns registros passados assim que soube que era parente dela...

-Sei...-disse meio desconfiada, acho que ele notou. Como Grodger estaria no panfleto? Já que foi em 1876, pensei, mas não perguntei.

Óbvio, poderia muito bem ser uma montagem...

Grodger se virou e avisou a turma para fazerem o exercício, enquanto eu voltei ao meu lugar. Em seguida, ele saiu de sala. Foi falar com Grizelda, que estava no corredor:

-Grizelda? Podemos falar um minuto?

-Grodger... Estou ocupada...

-É importante!

-Fale...

-Aquela garota já está desconfiada...

-Grodger ela vai desistir logo logo, já que não vai achar nada...

-E ela nem pode pensar em saber e achar as oito peças...

-Grodger, que oito peças?

-As oito peças do quebra-cabeça, que cada uma tem um código, que, juntos formam a senha para abrir o cofre... Lembra?

-Ah, claro. Tinha esquecido... Ela não pode saber disso...

Grodger não percebeu que Grizelda estava em frente a nossa sala de aula e, que falou alto demais... E sem falar que eu tinha sentado na fileira da frente perto da porta. Deu para escutar tudo alto e claro...

Oito peças de um quebra-cabeça... Tenho que falar com a Paty e com o Robert sobre isso. E onde podem estar escondidas? E o cofre deve ser o de sua sala no dormitório. Ou da sua sala da escola, mesmo...


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