Cidade Maldita escrita por Duuuuds


Capítulo 12
- É o fim?




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 Jessica, Brandon e Bruna. Estavam ali, mas não eram eles, na verdade. Seja lá o que fosse aquilo de verdade – Monstros, zumbis, demônios – nenhum dos três eram seus amigos de infância.
 Ele pensou. Pensou na vida de seus amigos, no que eles haviam passado anos atrás.

Jessica, a medrosa, viu seus pais serem mortos por um maníaco que fugira de um hospício dias antes do ocorrido. Conseguiu sobreviver pois se escondeu debaixo da cama. Acordou com sua mãe entrando em seu quarto e dizendo:
- Filha, se esconda de baixo da cama, rápido. – E depois viu, um homem entrar e matar sua mãe.
 Depois disso, ela nunca mais foi a mesma. Sempre com medo, nervosa, atônita.
 E Brandon, o irritante e mau educado. Era desse jeito por esconder a dor que havia em seu peito. A dor de ver o amor de sua vida morrer em seus braços, e ele sem poder fazer nada.
 Carla, uma garota linda com seus 14 anos, se viu gravida e sem nenhuma saída a não ser abortar o bebe. Brandon seria pai, e estava feliz com isso. Mas os pais da garota estavam furiosos com ela, e com a vida que crescia dentro dela.
 De tanto ser pressionada a abortar o bebe, Carla decidiu tirar uma vida, a sua vida. Escrever uma carta a seu amor, e ser pensar, cortou os pulsos. Morreu aos poucos, mas Brandon chegou e a viu perto de morrer.
- Eu te amo – Foi a ultima frase da garota.
 Bruna, que sobreviveu a um horrível acidente de carro, que matou três amigos da garota. Mas o “pior” não foi isso, foi o fato de acordar em um lugar escuro e fedido, e ser violentada por dois dias. Sorte sua que encontraram o casebre no meio do mato. Isso, mudou sua vida, mas pra pior.
 Os três estavam ali, com suas dores e angustias, vivendo por viver mas sem motivo algum.
Fellipe, então, pegou duas armas e começou a atirar. Um a um foram caindo. Com um tiro certeiro na testa.
- Me perdoem – Fellipe disse. – Eu sei que vocês gostariam disso...
As lagrimas escorriam pelo seu rosto. Devagar, começou a se mover. Em direção ao comodo onde vira a fonte.
Ouviu um barulho quando já ia chegando na sala, se espreitou ante a porta para ver o que era. Não conseguiu ver nada, então, entrou.
 Gritou ao ouvir o som e a dor em seu braço. Caiu no chão em seguida.
- Desculpa, eu achei que fosse...- Edward havia atirado em seu amigo. Por sorte, acertara o braço.
- Estou bem, mas você podia ter me matado. – Berrou, segurando seu braço esquerdo.
- Desculpa, cara. Olhe, foi por ali que eu cheguei aqui. – Apontou para uma porta no chão. Não haviam visto antes pois estava coberta por um tapete.
 Fellipe se levantou e olhou para a fonte.
- Ela esta cheia. Quem fez isso?
- Não sei. Mas eu estava dando uma olhada no livro, e essa fonte é que dá vida aos mortos. Quando esta cheia de agua, é como se enchesse a cidade de vida, mas não “vida” necessariamente. Dá vida aos mortos, e tudo causado por aquela maldita pesquisa.
- Como assim?
- Lembra do garoto que te contei? Ele tinha uma doença, pensavam que era uma doença, mas era um demônio. Como tiraram sangue do garoto para fazer pesquisa em outras crianças, elas ficaram “infectadas”, ou seja, possuídas. Esta tudo no livro.
- E essa fonte?
- Lembra do velho, aquele que nos assustou?
- Sim.
- Ele a construiu, e fez um ritual para que quando estivesse vazia, os corpos dos mortos também ficassem, ficassem sem vida. E ele escondeu aqui em baixo. Como nos, sem querer, trouxemos ela pra cima, ela começou a se encher de novo.
- Isso ta no livro?
- Esta sim. – Sorriu. – Mas alguém encheu a fonte. Talvez foi...
- Eu – Uma voz disse.
Os garotos se assustaram, e olharam em direção a voz. Ali estava, o garoto, o possuído. Os olhos brancos e a boca cheia de sangue, as roupas rasgadas e a pele acinzentada.
- Você. – Edward disse.
- Sim, eu.
- Mas como? – Fellipe disse.
- Bom, eu fui o primeiro. Então minha vida não pode ser tirada. Alias, quando a fonte esta “desativada”, apenas a vida desse garoto some. Eu continuo aqui. Vagando com o corpo dele. Quando vocês encontraram a fonte, essa maldita fonte a qual procurei por anos, foi a chave de todos os meus problemas.
- E por que não saiu daqui e foi para outras cidades?
- Tudo culpa daquele velho, ele construiu tuneis subterrâneos, e eles dão a volta em toda a cidade. Como ele aprendeu um pouco sobre magia e rituais, fez um feitiço para que eu ficasse aqui dentro. E interligou esse feitiço com a fonte. Essa maldita fonte.
 O menino começou a andar, Edward e Fellipe apenas o olhavam.
- Bom, mas agora esta tudo bem. Pois, se eu conseguir tirar essa fonte daqui, eu posso dominar o mundo.
- Nunca. Você não conseguiria.
- Vocês irão fazer isso pra mim. – Ele riu ao dizer isso.
- Ou vocês fazem, ou morrem. A escolha é sua.
 Edward e Fellipe se entreolharam, o que fariam?
- A fonte precisa estar vazia, certo? – Fellipe disse.
- Sim.
Então, Fellipe pegou suas armas e começou a atirar na fonte. Edward logo entendeu, começou a atirar também.
- Parem ! – O garoto gritou.
Logo, a fonte foi secando, pois os furos de bala faziam a agua se esvair pouco a pouco.
- O que vocês fizeram? Seus idiotas.
Edward, apontou sua arma para a cabeça do garoto a sua frente. O garoto, arregalou os olhos. Era seu fim.
- Me ajuda – O garoto disse com a voz normal. – Por favor, me ajuda.
Edward abaixou a arma. Sem coragem de matar aquela pobre criatura.
- SEU IDIOTA – O jovenzinho disse, com sua voz grave de novo. Pos se a correr.
- Não acredito que o deixou escapar. – Fellipe disse.
- Ele não pode mais fazer nada.
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Os garotos pegaram alguns papeis, fitas, gravações e saíram daquela cidade maldita. Levaram tudo a policia, mas só depois que Fellipe foi para o hospital. O assunto foi muito comentado na cidade onde moravam, as imagens logo foram passadas na Tv, vazaram na internet e todo o resto. O assunto logo se propagou pelo mundo. Só se falava naquilo. Mas so se falava nos zumbis, e não na causa do ocorrido, o por que e o como de tudo aquilo. Então, não ficaram sabendo do final completo da historia. O prefeito, então, decidiu entregar prêmios para os dois rapazes sobreviventes e construir um monumento em memoria aos que morreram.

O palco estava montado. Equipes de reportagem e pessoas de todo o mundo estavam ali para parabenizar os garotos. Fellipe, ainda com o braço enfaixado e Edward ao seu lado. O prefeito Steve começou a dizer:
- Esses dois rapazes, fizeram um grande trabalho ao descobrir os segredos daquela cidade. Eles merecem todo o nosso apoio e todo a nossa admiração. Eles conseguiram salvar o mundo.
 As palmas foram dadas para os garotos. O prefeito entregou medalhas para os dois, que sorriam.
- Agora – o prefeito continuou – Aos que morreram, nos decidimos, não construir um novo, como havíamos dito. Mas sim reconstruir um novo.
Edward e Fellipe se entelharam, e o medo tomou conta dos rapazes. Eles não teriam...
- Nos decidimos reconstruir uma fonte que foi encontrada toda perfurada a balas. E nesse momento estamos enchendo-a na praça principal daqui da cidade.
 Edward começou a chorar, e Fellipe não sabia o que fazer.
- O que foi? – O prefeito disse.
- Tudo de novo. Mas agora pior. – Fellipe disse.
- Vocês não podiam ter feito isso. Não podiam. – Edward falou, entre um soluço e outro.
 Não havia pra onde correr. Realmente não havia. Logo eles estariam ali, e em todos os lugares. Pois a cidade maldita não é mais Cleep City. Agora é o mundo. Se prepare pois logo você recebera a visita de amigos indesejados. Boa sorte e prepare suas armas.
  FIM


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