Os jovens pegaram algumas armas, as carregaram e se prepararam.
Fellipe colocou munição em algumas armas, colocando algumas em seu cinto e outras nos bolsos de trás de sua calça. Edward, apenas olhava o garoto se preparar para sair dali, sentia uma sensação estranha. Fellipe, então, entregou duas armas ao menor.
- Pegue, talvez você precise de algo para se proteger.
- Não sei como usar uma dessas – Disse, largando o livro que segurava a pouco.
- É fácil, você mira e puxa o gatilho. Entendeu?
Edward fez que sim com a cabeça. Ele não teria tempo pra treinar.
 Já estavam na porta daquele lugar, respiravam fundo, tentando acalmar o medo.
- Vamos! – Fellipe disse.
- Esperem! – Uma voz disse. Os garotos se assustaram, e isso fez com que Edward, acidentalmente, atirasse no homem que ali estava. Correram em direção ao corpo caído, vendo que se tratava do velho que viram na igreja.
- Como ele entrou aqui? – Fellipe perguntou.
- Ouçam – O velho começou a dizer. – Vocês só terão uma chance. Não desperdice-a.
- Do que você esta falando?
- Durante anos eu tentei parar essas coisas. E tudo foi em vão, pois eu não conseguia achar o livro – Ele tossiu. A bala acertara em seu abdômen, em poucos minutos ele morreria. – Esse livro contem todas as instruções necessárias para “matar” essas coisas. Vão para a igreja, levem o livro e ... – Ele respirou fundo, e sua cabeça caiu para o lado.
- Ele esta morto. – Ed disse. – Mas como entrou aqui?
- Olhe – Fellipe apontou para uma porta no chão. – Ele deve ter feito tuneis para andar por essa cidade sem ser visto pelos mortos.
- Podemos usar esse túnel para chegar a igreja.
- Mas como saberemos o caminho até lá?
Edward pensou, não sabendo o que responder.
- Olha, você entra no túnel e tenta chegar a igreja. Eu vou pela rua, e te encontro lá.
- Não, você vai se matar. Não vai conseguir chegar lá, são muitos!
- Temos que tentar. E mais, se eu não conseguir... você chega lá e resolve tudo isso. É mais seguro que nos separemos.
- Esta bem. Mas tome cuidado, ok?
- Beleza!
 Os garotos se abraçaram, Edward pegou o livro e entrou no túnel. Fellipe foi ate a porta, abrindo-a e saindo dali.
 Logo ao sair, Fellipe sentiu o ar frio lhe encher os pulmões. Segurava uma arma em cada mão, sentindo-se pronto para qualquer coisa que lhe pudesse acontecer. Via, alguns mortos andando sem rumo. Começou a andar devagar, olhando para todas as direções possíveis. O medo tomava conta de seu peito naquela hora.
 Dentro do túnel, Edward mal conseguia enxergar um palmo a sua frente. Mas levava consigo uma arma, e estava confiante de que conseguiria sair dali vivo. Andava devagar, tomando o máximo de cuidado para não cair. Já caminhava algum tempo quando viu uma luz ao longe, era fraca mas ele conseguia enxerga-la em meio a escuridão. Apressou o passo, querendo chegar depressa a fonte de luz. Apenas alguns passos e ele estaria lá, apenas alguns passos.
 Fellipe não tivera problemas, conseguia andar em meio aos monstros comedores de carne numa boa. Pois não fazia barulho, não chamando atenção para si. Decidiu andar mais depressa, foi quando derrubou uma de suas armas no chão, fazendo um barulho.
 Os zumbis pararam e olharam para ele. Mas continuaram em silencio, nem se moviam.
- Ufa – Pensou.
De repente, os zumbis gritaram e começaram a andar em sua direção. Ele, mais que depressa, pôs-se a correr. Entrou na igreja, fechando a porta.
- Foi por pouco – Disse. Ia andar, e viu a sua frente, seus amigos, o olhando.
Ele tocou nas armas que carregava, parou, ao ver que não se tratava de um zumbi qualquer. Mas sim de seus amigos, os quais crescera junto, brincou, chorou e todas as coisas bobas.
O que ele faria agora? Mataria sua gente para sobreviver? Mataria seus amigos?