Sobre A Pele escrita por Selena West


Capítulo 17
Scuza se te amo...


Notas iniciais do capítulo

Gataaaas, descobri que existe um filme do livro original ( a solidão dos números primos) Recomendo. O ator que faz o Mattia mais velho é liiiiiindo (Luca Marinelli), tá legal que no filme ele tá com um cabelo horrivel e cara de doido AUSHAUS. A Alice é muito feia, só ela quando é mais nova é bonita. Enfim assitam.
Vamos ao que interessa, acho que voce~s vão gostar deste capitulo hein. #ficadica.
Dedico este capitulo para as minhas gatas LauraElesis, Gaabs e a Tory Ster, que sempre comentam a história. Leitoras fantamas se vocês não mandam Reviews não tenho como adivinhar o que vocês estão achando, não tenho bola de cristal.



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Centenas de pessoas passam pelo aeroporto todos os dias. Indo ou voltando, matando as saudades ou se preparando para o adeus. Mattia observava os passageiros que passavam apressados por ele. Todos iriam deixar algo para trás, no caso de Mattia seria Alice. Seu coração se apertou, seria difícil simplesmente virar as costas para tudo e começar de novo nos Estados Unidos.

A mãe de Mattia chorava compulsivamente. Seu menino não pertencia mais somente a ela. Mattia abraçou a mãe e encostou o queixo sobre sua cabeça. Já fazia algum tempo que Mattia havia passado sua mãe em altura. Agora ela parecia ser ninada pelo filho. Pietro assistia a cena emocionado, porém se negava a chorar em publico como sua esposa. Ele apenas deu alguns tapinhas amistosos nas costa do garoto. Denis esperava a sua vez de se despedir do amigo. Mattia apreciava a amizade que Denis dispensava a ele. Com certeza aquele era um tipo de amizade rara.

“Sentirei tantas saudades!” Adele secou uma lagrima insistente. “Prometa que virá me ver.”

“Claro.” Mattia afirmou.

Pietro se aproximou e bagunçou os cabelos rebeldes do filho.

“Comportasse garoto. Os Estados Unidos pode lhe dar falsa impressão de liberdade. Garotas fáceis, drogas ainda mais fa...”

“Pai!” Mattia interrompeu.

“Estou brincando rapaz!” Pietro deu uma gargalhada alta.

Denis se aproximou para falar com Mattia. Como os pais de Mattia, Denis não queria que ele fosse para tão longe.

“Você sabe que por mim você não iria.”

Mattia riu e abraçou o amigo.

“Por você e a minha mãe, eu não sairia da cidade. Nunca!”

Uma moça loira passou e acabou esbarrando em Mattia. O rosto dele que antes sustentava um sorriso agora havia se tornado triste e sem o menor sinal de alegria.

“Ela não veio até agora, duvido que ainda venha.” Denis disse percebendo a moça se afastar.

“Não estava pensando em Alice.” Mattia negou.

“Mas eu nem falei nela. Você se entregou meu caro.” Denis sorriu.

“Cala a boca.” Mattia voltou a rir.

“Passageiros do vôo 356, por favor, se dirigir ao portão 2B. o avião partira em vinte minutos.”

“Acho que é hora de ir.” Mattia disse olhando ao trio parado em sua frente.

“Meu bebê.” Adele choramingou.

“Mulher se controle!” Pietro disse a abraçando.

Por alguns segundos Mattia permaneceu parado olhando aqueles que ele iria deixar. Gravando os seus rostos em sua memória.

“Vá ou vai perder o vôo.” Pietro apressou.

Mattia pegou sua mala e foi para o portão de embarque indicado para os passageiros.




Alice corria mais do que realmente poderia agüentar. O ar estava frio, era inverno. Agradeceu mentalmente por estar usando galochas e não chinelos com meias. Alice deixou sua bicicleta largada na porta do aeroporto e correu para dentro.

Procurava por Mattia, sem encontrá-lo em lugar algum. O pânico tomou conta de Alice. E se ele já tivesse partido. Alice afastou o pensamento e continuou procurando. As pessoas em volta a encaravam como se ela fosse uma maluca, não era para menos ela estava usando galochas e um roupão cor de rosa por cima de um pijama, fora o cabelo todo bagunçado por causa do vento.

Depois de rondar quase todo o lugar. Alice conseguiu encontrar os pais de Mattia e Denis. Todos se espantaram ao ver Alice. Em parte por sua aparência e outra por ela estar ali.

“Alice querida!” Adele ficou sem palavras.

“Onde ele está? Por favor, me diga onde ele está?” Alice chorava se sentia exausta.

“Na fila para entrar no avião.” Pietro disse confuso com o estado da moça.

Alice caiu sentada em um dos bancos de espera.

“Acho que se você correr ainda dá tempo de alcançá-lo.” Denis disse.

Alice levantou o rosto. Ainda havia uma esperança.

“Onde?” Ela perguntou angustiada.

Denis a pegou pelo braço e levou até o portão de embarque, mas Mattia já devia estar quase no avião. Poucas pessoas ainda estavam na fila.

“Venha.” Denis puxou Alice novamente.

“Para onde. Ele já foi! Você não viu?” Ela ainda chorava.

“Escuta. Vou distrair os seguranças e você corre para o avião. Corra como se sua vida dependesse disso, não sei quanto tempo vou conseguir distrair os funcionários.”

A garota secou suas lagrimas com a manga do roupão.

“Obrigada.” Ela agradeceu emocionada.

Denis a encarou.

“Não estou fazendo isso por você.” disse categórico.

Alice se afastou e esperou o sinal de Denis. Ela se perguntava o que ele iria fazer. Denis se aproximou de um dos seguranças e o agarrou. O homem instantaneamente se afastou.

“NÃO! POR QUE VOCÊ NÃO ME QUER MAIS? POR FAVOR...” Denis leu o nome do segurança em seu crachá. “LUCIANO. EU TE AMO.”

“Se afaste ou eu terei de tirá-lo a força daqui.” O segurança disse irritado.

“VAI SER ASSIM ENTÃO. EU TENHO UMA ARMA VOU ME MATAR! TÁ OUVINDO LUCIO!”

Todos no aeroporto olhavam assustados com escândalo de Denis. Uma série de homens se juntou quando Denis disse que tinha uma arma. Alice aproveitou e sai correndo em direção ao avião. Um dos funcionários do aeroporto a seguiu gritando com ela. Mas tudo que importava era alcançar Mattia.


Ao ver que Alice estava a caminho do avião Denis se recompôs.

“Você não é o Luciano Guioli? Ah me desculpe.” Ele olhou para os seguranças que o seguravam. “Pode me soltar não tenho uma arma.”

Os seguranças hesitaram.

“Droga! Me soltem, já disse que não tenho uma arma.”

Alice conseguiu chegar até o avião. Uma escada dava acesso até o interior da aeronave. Algumas pessoas subiam as escadas. Uma aeromoça os recebia na porta. Alice tomou toda coragem e ultimo fôlego que lhe restava e subiu.

A aeromoça, uma mulher morena de olhos escuro com um coque perfeito, conferia os bilhetes e indicava os lugares para os passageiros. Alice já havia decidido que nem o Papa iria impedir que ela subisse naquele avião.

“SENHORITA! Não pode entrar ai. Espere.” A moça gritava enquanto Alice driblava a vigilância da aeromoça.

“MATTIA! MATTIA!” Alice gritava pelos corredores.

Mattia que estava distraído levou um susto quando viu Alice no corredor do avião. O pior foi as roupas que ela usava. Ele correu até ela.

“Ali, mas que diabos você acha que está fazendo?” Mattia perguntou preocupado.

Ela estava chorando novamente. Mal podia se agüentar em pé por muito tempo. Seu corpo começava a reclamar do esforço exagerado que ela havia feito.

“Mattia. Você não pode ir embora.” Alice pediu.

“Do que você está falando?”

Mattia estava confuso até pouco tempo atrás ele achava que ela o odiava e agora Alice tinha invadido um avião por ele.

“Por que eu não posso deixar que a razão pela qual meu coração ainda bate vá embora. Eu te amo Matti. Demorei muito tempo para perceber isso, foi preciso que você ameaçasse partir para eu ver o que estava na minha frente o tempo todo. Por favor, não vá.” Alice tremia.

Uma montanha russa se emoções se passava dentro de Mattia. Por um momento ele achou que estava sonhando. Mas era tudo tão real. Ele também amava Alice e ela o amava. Ficar era o certo a se fazer, por ele.

“Eu também te amo Ali. E eu vou ficar aqui, com você.”

Alce sorriu era tudo o que ela queria. Mattia a beijou, ele esperava por isso há anos e finalmente aconteceu o inevitável. Alice agarrou o pescoço de Mattia como se quisesse que ele nunca fosse embora. Os passageiros do avião bateram palmas era uma cena linda. A aeromoça que tinha barrado Alice se aproximou limpando as lágrimas.

“Desculpe, mas temos de decolar.” Ela avisou.

“Vamos?”

Alice estendeu a mão para Mattia. Mas ele voltou para o seu lugar. Alice achou que ele iria embora. O rapaz pegou sua mala e com a outra mão agarrou Alice para que saíssem dali.

“Só se for agora.”



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Notas finais do capítulo

1- Denis fazendo barraco é épic não acham? KKKKK
2- Como vocês não queriam que ele fosse embora, ele não foi *--*
3- Me inspirei nesses filmes americanos que sempre tem alguem que se arepende no final.
4- Acho que estamos na reta final... Sinto muito gatas.
aproveitem Beijones.