Hey Doctor escrita por ILWTfics


Capítulo 3
I'm tired of being alone


Notas iniciais do capítulo

OLÁ GOSTOSOS E GOSTOSAS DO MEU BRASIL! Faz quantos mil anos que eu não atualizo minhas fanfics ein? Nossa mil desculpas povo :( Eu também não tenho lido nenhuma se isso deixa vocês mais felizes. Só digo uma coisa: bloqueio mental é muito ruim, não queiram nunca. Seriously. Bem o capítulo de hoje é totalmente em Edward's POV. Vamos conhecer mais a casa dele, os pensamentos dele e tudo mais. Espero que gostem porque eu escrevi com muito amor.



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Edward’s pov ON

Passaram-se dias depois do incidente com o aparelho de tratamento de Bella. Ela havia sido paciente com tudo mas percebi que estava um pouco triste e aquilo me incomodou e eu de alguma forma estava absorvendo o seu humor porque eu não tinha paciência para nada. 

– Não, você não pode entrar. – respondi pela décima vez naquela manhã. Aquele rapaz estava realmente me irritando. Ele não sabia acatar a um pedido educado?

–Você vai me deixar entrar. Eu preciso vê-la. Ela é minha...-ele parou no meio da frase e escutei-o engoli em seco e suspirar.

– Sua?- insisti impaciente.

– Nada. Você tem que me deixar vê-la. Você não pode simplesmente me impedir. – desafiou-me esticando seu pescoço. Ele era mais alto e digamos que bem mais formado também. Não me senti intimidado, há anos atrás descobri que entre salvar pessoas e ser um trombadinha que nem o cara na minha frente, eu prefiro ser um babaca de óculos de laboratório que passa horas dentro de um hospital. Essa foi minha escolha e eu nunca iria me arrepender por ela.

– Desculpe, mas você não pode entrar. – respondi firme. Recolhi meus papéis da recepção , dei as costas para ele e andei em direção ao quarto.

– Hey Espera! – ele gritou no final do corredor e minha paciência já estava a ponto de terminar.

– Eu só queria falar uma coisa para você, seja lá quem for. Isso aqui é um hospital, você. Não.pode.gritar.- falei pausadamente. – E não pode entrar no quarto de Bella Swan. Ela está em repouso, não quer visitas então por favor queira se retirar antes que eu chame a segurança. – respondi educadamente e ele me olhou como se pudesse me matar.

– Algum problema aqui rapazes?- meu pai perguntou parando ao meu lado para encarar o rapaz. Bufei. Eu já era bem grandinho para isso.

– Eu quero fazer uma visita e esse..- ele parou e olhou debochado.- ‘’Homem’’ não me deixa passar.

–Hmm, entendo. Qual é o seu nome por favor?- Carlisle perguntou enquanto analisava alguns papéis na mão.

– Jacob Black. – Carlisle levantou o olhar e eu me surpreendi. Ele tinha uma certa raiva e indignação no olhar.

– Jacob. Hmmm. – Ele assentiu.- você é a última pessoa que pode entrar aqui.- Carlisle falou irritadiço.- Você acha que eu não sei que você foi o responsável por Bella ter quebrado o braço daquele vez não foi? Você em hipótese alguma pode entrar aqui. Agora por favor se retire se não eu vou chamar a segurança e eu não quero ser desagradável com ninguém aqui no hospital. – Jacob nos olhou com uma raiva homicida e bufou jogando a mísera flor do campo que tinha na mão na lata do lixo. Olhei-o saindo do hospital esbaforido e falando uma série de palavrões.

– O que você disse, pai?- falei ainda encarando a porta tentando disfarçar minha raiva. Carlisle suspirou e apertou meus ombros.

– Jacob é um amigo da família de Bella, Edward. Ele tem uma espécie de obsessão por ela desde pequeno mas começou a demonstrar sinais de raiva para com ela. Uma vez ele tentou beijá-la a força e machucou-a de verdade. Um braço quebrado e algumas pequenas fraturas nos ossos da mão. - Eu não conseguia acreditar no que aquele monstro havia feito com ela. Senti uma raiva demoníaca crescer em meu peito, como se não houvesse espaço eu bufei de esforço. Eu queria matar aquele imbecil.Que espécie de imbecil ele pensava que era para machucar uma pessoa tão frágil?

– O que ela fez pai? – perguntei, minha voz sem vida.

– Ela vem evitando ele ao máximo, mas Charlie não ajuda muito. Ele acha Jacob um cara bom apesar disso, porque é filho de seu melhor amigo. Bella disse que Charlie quer que eles fiquem juntos. Que se casem quando for a hora. – Carlisle suspirou e apoiou sua mão em meu ombro.

– Desculpe pai.. Eu-eu vou ver como Bella está. – passei minhas mãos nos cabelos e suspirei. Droga. Eu nem mesmo sabia porque eu estava daquele jeito, mas me sentia assim e queria que o resto do mundo explodisse. Andei em direção ao quarto de bella e inspirei duas vezes para mudar minha feição. Quando entrei, ela estava acordada e conversava animadamente com Alice. Alice havia trocado sua roupa e agora ela estava vestida para ir pra casa.

– Ah é você Edward, eu estava contando para ela da nossa viagem nas férias para o Brasil. Você lembra da ilha de Esme?

– Claro que sim. – sorri. – Aquele lugar é incrível. O que você está falando?

– Bem.. eu estava contando como você ficava todo animadinho na praia e se queimava ficando igual um camarãozinho. Depois ficava emburrado porque nós todos íamos para a festa e você ficava em casa, deitado na cama tentando se curar. – Alice começou a gargalhar e Bella a acompanhou

– Rá rá Alice, você já pode contar as suas também. Vocês já podem parar de rir da minha cara. - debochei cansado. A verdade é que eu estava morto de cansaço. 

– A quanto tempo você não dorme Edward?- Bella perguntou-me preocupada.

– Sei lá, umas 30 horas. Porque? – me espreguicei e percebi que minhas juntas estavam rígidas feito pedras. Eu não lembrava quando tinha dormido profundamente pela última vez.

– Você parece péssimo. – resmugou e eu dei de ombros.

– Vou descansar depois. Você vai pra casa?- perguntei.

– Vou sim, preciso cuidar do meu pai. Eu o tenho deixado muito sozinho esses últimos tempos. – resmungou franzindo o cenho, marcando uma ruguinha no local.

– Charlie vai se sair bem, você que precisa cuidar mais de sua alimentação moçinha. Verifiquei que você não anda comendo muito bem. Não gostei disso Bella. – repreendi. – Você tem que facilitar tudo para você, sabe disso.

– Eu sei sei, eu vou comer direito tá legal?- ela cruzou os braços e me olhou emburrada. Ri um pouco e bocejei instantaneamente de sono. Eu podia apostar que poderia cair ali mesmo se pudesse.

– Nossa irmãozinho você parece péssimo. – Alice me olhou preocupada e eu sorri para minha fadinha.

– Está tudo bem Alice, eu agüento mais algumas horinhas. – Ela fez uma careta e pegou Bella pela mão, levantando-a da maca.

– Aonde vão?

– Charlie chegou. – Alice anunciou e Charlie arrancou pela porta chamando por Bella.

– Sua esquisita.- eu e Bella resmungamos ao mesmo tempo e ela piscou para nós dois.

– Você está bem Bella?  – Charlie disse exasperado. Eu podia sentir como ele estava preocupado com a filha, o elo entre eles parecia tão forte quanto inquebrável.

– Eu tô legal pai, podemos ir?- perguntou corando.

– Ok, eu vou pegar suas coisas, pode indo para o carro.

– Tudo bem.- Ela saltou da maca e se esticou rígida- Tchau Edward. Tchau Alice. – ela acenou para nós dois e saiu da sala. Eu semicerrei meus olhos para Alice.

– Que foi? Eu gostei dela. – ela saiu andando de nariz empinado em direção à saída. Bufei. Minha irmã precisava de um tratamento de choque.

– Charlie.- chamei-o quando estava na porta. – Eu gostaria de falar com você rapidamente, se não for incômodo.

– Não pode falar, garoto. – sorriu mostrando uma série de pés de galinha nos cantos dos olhos.

– Hoje, Jacob Black veio aqui visitar Bella e ela pediu que não deixasse ninguém entrar então eu não o permiti. Carlisle me contou que ele foi violento com ela e eu queria pedir-lhe algo se não for muito incômodo.

– Pode falar. – ele suspirou e abaixou as coisas de Bella no chão encarando-me.

– Que você não permitisse que Bella chegasse perto dele, ela não precisa se estressar você sabe. Qualquer mudança emocional muito drástica e ela podem ter um colapso e o tratamento não mais faria efeito. Por favor, mantenha-o longe pelo menos por enquanto. – pedi-lhe e ele assentiu triste.

– Eu queria que eles se dessem bem, mas o garoto é meio impaciente. É uma grande infelicidade para mim,devo confessar. Mas vou atender a esse pedido e..- Charlie corou um pouco e rolou os olhos desconfortável. – Obrigada por cuidar da minha menina. É muito lisonjeiro de sua parte.

– Não há de quê senhor. – respondi educadamente e ele assentiu indo embora.

Guardei meus papéis cuidadosamente em minha basta e tirei o jaleco indo em direção ao consultório de Carlisle.

– Pai?- espiei na abertura da porta e vi que ele estava lendo um livro grosso de medicina.

– Oi Edward. – ele falou sem se preocupar em olhar para mim. – Já vai?- perguntou parecendo distraído.

– Já sim, depois ligo para o senhor ok?- ele assentiu e acenou ainda olhando para o livro. Eu ri daquele velho maluco. Peguei as chaves da minha BMW e caminhei em direção ao estacionamento dando adeus a todos.

– Muito bem Edward, vamos para casa. – resmuguei sonolento ao volante.

Dei a partida no carro e dirigi em alta velocidade para casa, eu só conseguia pensar em dormir e já sentia o meu juízo avariado porque já estava rindo sozinho dentro do carro. Coloquei em uma estação de rádio agitada para me manter acordado e deu certo, eu cheguei em casa sã e salvo. Dei as chaves para o guardador e caminhei exausto para o elevador. Os apartamentos eram divididos por andar e isso era bom porque o elevador abriu diretamente na minha sala de estar. Meu apartamento era muito grande e isso era graças aos planos de Carlisle que insistia em me encher de presentes até os dias de hoje. Ele era todo iluminado, cheio de móveis e prateleiras, 3 quartos suítes, uma cozinha quase inabitada, uma sala de música, uma sala de jantar e outra de estar, uma sala de televisão e cinema, uma piscina particular na área leste da casa e o meu lugar preferido: a biblioteca que levava ao sul do apartamento ou seja à parede de vidro em que eu podia ver quase toda a cidade e um borrão verde de vegetação. Coloquei meus papéis em cima da mesa e tirei os sapatos jogando-os em algum lugar sem ver. Caminhei em direção ao meu quarto e ele estava arrumado demais pela ausência de uma pessoa por tanto tempo. Atirei-me em minha cama bagunçando os lençóis feito um retardado e sorri melancolicamente.


– É assim que eu gosto. – ronronei tentando tirar minha blusa e minha calça enquanto deitado. As peças de roupa finalmente me deixaram e eu pude ficar mais confortável para dormir. O sono logo me atingiu e a exaustão logo me dominou me fazendo dormir um sono cheio de sonhos.

Havia luzes de diversas cores chicoteando todos que se encontravam ali, eram muitos casais e todos giravam ao longo da música que eu logo identifiquei por ser Slow Dancing in a Burning Room de John Meyer. Avistei meus pais dançando apaixonadamente em um canto e Alice com Jasper no outro. Percebi que eu estava no meio da pista de dança o que só significava duas coisas: eu estava dançando também ou estava dando uma de retardado ali no meio. Olhei para baixo receoso e incrivelmente eu tinha uma parceira. Eu não conseguia ver o rosto dela porque ela tinha o queixo apoiado em meu ombro, como se estivesse sendo embalada em uma canção de ninar. Minhas mãos estavam em sua cintura e eu gostava disso, sentia que o lugar delas era ali. Nós nos movimentávamos sem pressa, sem medo de estarmos fazendo aquilo errado e eu realmente estava ansioso para ver quem era ela. Eu só conseguia ver seus cabelos castanho avermelhados que exalavam um perfume quase hipnótico de morango e que era tão pequena e frágil como se eu apertasse mais sua cintura, ela fosse se desmanchar na minha frente. Mas muito antes do que eu gostaria, a música acabou. Ela pegou minha mão delicadamente da sua cintura e se afastou de mim rápido demais para que eu pudesse ver seu rosto, eu só conseguia ficar olhando totalmente abobalhado pela cena que eu via. Ela parecia ser a mulher mais linda que eu já vira, pelo menos de costas sim. Ela usava um vestido azul um pouco antes dos joelhos, e as costas do vestido eram abertas mostrando pele translúcida sob o tecido escuro. Seu cabelo estava solto em cachos pelas suas costas e ela andava graciosamente com sapatos preto mas não tão altos. * http://www.polyvore.com/cgi/set?id=39068640&.locale=pt-br *

Tentei alcançá-la mas por mais que eu andasse eu não me movia do lugar, e então, tão rápido quanto o sonho surgiu eu acordei exasperado na minha cama. Sentei-me no colchão e passei minhas mãos por meus cabelos desnorteado. Eu estava ficando maluco mesmo. Olhei para o quarto e vi que ele estava vazio, como sempre....

– Claro, você esperava o que seu idiota?- falei melancolicamente.- Você não tem ninguém que te ame. – completei sem forças. As vezes a solidão não é tão ruim, eu mesmo não me importei de ficar tanto tempo sozinho, mas algo mudara em mim e eu não podia simplesmente negar isso. O ímpeto, havia um agora. Eu só não sabia identificar o que era. Eu só sentia ser puxado para alguém, só não sabia quem porque ainda era algo subconsciente. Ou meu cérebro cansou de ficar sozinho e agora estou sonhando com mulheres que eu me apaixonaria. Uma coisa ou outra. Há algo diferente, eu posso sentir que não há mais conforto na solidão. Há só um vazio que eu precisava preencher se não ia ficar maluco. Mas era só uma pessoa que podia, e eu nem mesmo sabia quem era ela.

Liguei para Jasper na esperança de conversar e ele me atendeu no primeiro toque.

– Jasper, você pode vir ao meu apartamento?- perguntei inseguro.

– Claro, estou subindo aí. – ele desligou. Jasper morava no mesmo prédio que eu, só a alguns andares. Levantei da cama e coloquei uma bermuda, mas optei em ficar sem camisa porque não estava com saco para ela. A campainha tocou e eu me apressei em atender encontrando um Jasper confuso na porta.

– Precisa de ajuda?- ele perguntou sugestivamente.

– Preciso. – falei. Senti que eu meu rosto tinha dor e eu não queria que os outros me vissem assim. Eu deveria cuidar dos outros, não deveriam cuidar de mim.

– O que houve?- ele perguntou sentando na minha frente no sofá.

– Eu acho que cansei de ficar sozinho, Jasper. – falei com meu rosto enterrado em minhas mãos. – Eu não sei o que houve, só não há mais nada que me prenda a ficar sozinho, e eu sinto que há tudo me empurrando para algo. Eu só não sei o que é. – falei entrecortado. – Eu tive um sonho muito estranho também. – falei vergonhosamente.

– Que tipo de sonho? – Jasper perguntou curioso.

– Estávamos acho que em uma grande festa e todos estavam dançando com suas parceiras. Você com Alice, Carlisle com Esme e eu..- engoli em seco.- estava dançando com a mulher mais linda que eu já vira em minha vida Jasper e eu nem consegui olhar no rosto dela. – Jasper me olhou compreensivo e suspirou.

– Você já devia saber que se sentiria assim Edward. Ninguém nasceu pra ficar sozinho e você nunca teve alguém. – olhei-o e senti pena de mim mesmo. – Qual é cara não fica assim, você é um médico, é todo bonitão, é o cara mais legal que eu conheço, meu melhor amigo, é cheio de coisas românticas e acha que não tem ninguém pra você por aí? Não tem ninguém lá no hospital que você se interesse?- ele perguntou misterioso. Havia mais por trás da pergunta.

– Nunca percebi nenhum funcionário lá. – falei simplesmente. Jasper bufou levantando-se e indo em direção a porta.

– Eu queria ser legal e desvendar esse mistério para você, mas você tem que fazer isso sozinho. Tchau irmãozinho. – ele falou fechando minha porta me deixando sozinho mais uma vez. Fiquei intrigado com o que ele dissera sobre eu ter que desvendar o mistério sozinho. Eu devia fazer tudo sozinho mesmo? Sentei em minha varanda e fiquei olhando o horizonte que não deixava nunca de ser de um verde intenso. Um casal de passarinhos parou em minha cadeira e eles estavam visivelmente namorando. Senti-me um intruso ali e os deixei em paz. Eu não devia atrapalhar uma coisa daquelas mesmo eu não tenho aquilo para mim. Voltei à minha cama e encarei o teto.

– Quem é você? – perguntei para a mulher em minha mente. Eu quase podia sentir o cheiro de morangos em minhas narinas. Sentia minha mão formigando pela falta de toque em sua pele gelada e translúcida. Eu sentia que podia explodir. Peguei meu celular e lembrei de algo muito importante. Eu tinha uma paciente e precisava saber como ela estava. Zapeei o celular até encontrar o número que eu precisava. Cliquei em ‘’ligar’’ e esperei na linha. Chamou e não atendeu. Tentei novamente e nada. Virei-me na cama e bufei. Eu não tinha nada para fazer mesmo, será que ela ficaria muito incomodada se eu fosse até sua casa? Acho que não e eu seria rápido. Levantei em um solavanco e corri até o banheiro, tomando um banho rápido mas completo. Vesti roupas normais de um adolescente e chamei o elevador que logo abriu. Peguei minhas chaves com o guardador e logo eu estava nas ruas de forks indo para casa de Bella Swan. E isso por algum motivo me deixou aliviado. Aliviado de uma forma que eu nunca pensei que poderia ficar.



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Notas finais do capítulo

Quem gostou do EDWARD'S POV???????????/ DEIXEM MUITAS REVIEWS!