Fremione - Destiny escrita por nanny


Capítulo 9
Especial Guna




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Especial Guna

– Eu não quero saber! – Gritei.

– Não seja cabeça dura, garota. – Ele revidou. – Sabe que fiz isso por medo de perder você.

Deu os ombros e se sentou no chão. Ainda sujo e machucado por culpa da batalha, George me olhava como uma criança. E eu mal conseguia ignorá-lo como queria.

– George? – Hesitei.

– Que foi Luna? – Respondeu ainda me olhando.

– Não me chama assim. – Pedi me sentando de frente pra ele.

– Quer que eu te chame como? – Seu olhar era triste, comecei à me sentir culpada.

– Você sabe. – Sorri fraco.

– Não imagina o quanto queria que fosse mesmo a minha pequena. – Riu. – Mas você já deixou claro que–

– Deixei claro que acabamos de sair de uma guerra, onde você me apavorou e botou os pés pelas mãos. – Revirei os olhos. – George...

– Você gosta dele. – Vi seus olhos marejarem e senti um arrepio frio, nada agradável.

– George... – Me aproximei e olhei-o nos olhos.

Olhos... Os olhos que mais amei e que sempre amarei. Olhos que sempre quis ter tal liberdade de mergulhar neles por horas e horas. Peguei-o pelo queixo e trouxe-o pra perto.

– Você sabe que te amo, não sabe? – Disse e senti sua respiração falhar. – Sabe que tudo que quis nos últimos meses foi te ter...

– Isso não é–

Shiu. – Sorri. – Eu sei o quanto senti raiva. Eu senti raiva. Muita raiva.

Respirei fundo quando vi o sorriso radiante do Weasley, mas tinha que continuar.

– Há uns meses, achei que não fosse querer nada comigo, por conta de estarmos tão longe. Por conta da loja, por conta da distância enquanto estudava. Mas a cada carta eu achava mais lindo e mais puro tudo o que recebia. E eu queria dar uma chance a isso, pois eu sentia que era verdadeiro. – Ri. – E o que tive com Longbottom, foi resultado de uma longa amizade. Talvez ele tivesse uma queda por mim, e talvez eu também tenha tido uma queda por ele... Mas meu amor, eu só quero estar com você.

– Então porque tanto ódio? – Perguntou desfazendo o majestoso sorriso.

– Não.  Odiá–lo nunca, George. Nunca disse isso. – Revirei os olhos. – Foi raiva. Raiva de verdade. Como se eu quisesse despedaçar essa sua cabeça cheia de cabelos cor-de-fogo.

– Irônico.

– Weasley, seu cabeça de moinho, eu te amo. – Disse tentando sorrir, por mais destruída que me sentisse. – Você acha que ficaria feliz se te perdesse? O meu ruivo... Meu ruivo se jogando na frente de uma porcaria de um raio–verde pra me defender. Não meu amor, eu preferia morrer a ter que te perder.

– Mas...

– Sem “mas”, George. – Disse ficando séria. – Você poderia ter morrido.

– Você também.

– Eu sei.

– E acha que estaria “tudo bem” pra mim, se a minha garota morresse? – Perguntou parecendo amargurado. – Acha que eu ficaria bem sem a minha pequena? Acontece que se acha isso, se enganou. Eu queria mesmo me jogar na frente daquele raio–verde... E se me acertasse, eu morreria com a certeza de que tinha dado minha vida pela pessoa certa.

– Nunca mais arrisque uma loucura dessas, Weasley! – Me descontrolei novamente e as lágrimas começaram a rolar.

– Vem aqui pequena. – Me puxou e me acolheu em seus braços. – Eu te amo. Te amo tanto que mal pude me controlar. Quando vi que aquela porcaria de feitiço ia a sua direção, a única coisa que consegui fazer foi te proteger. Te machuquei?

– Sim. – Ri. – Claro que sim! Imagina só, esse corpo enorme, lindo e sensual sendo arremessado contra meu corpinho maltrapilho. Claro que machucou. Me esmagou numa parede dura e fria... Mas foi melhor do que ficar sem você, então te dou os créditos por devida façanha.

– Me sinto mal agora. – Beijou minha testa. – Como esmagar um bebê contra uma parede... Como é mesmo? “Dura e fria”. Me senti um monstro.

– Bobo. – Virei-me pra ele e olhei novamente em seus olhos. – Eu te amo.

– Eu também te amo, baixinha. – Antes que eu pudesse reclamar do “elogio”, me beijou.

Me assustei. Tudo bem. Eu queria. Mas eram meses de cartas e nenhum beijo. Era ali, depois de uma guerra que durou horas. Depois de meses esperando por aquele beijo. Sujos, machucados e exaustos. Foi o melhor momento da minha vida.

– Desculpa. – Ele sussurrou baixinho. – Queria que estivesse em melhor estado quando fosse beijar minha futura esposa, mas não pude olhar nos teus olhos e te ter tão perto sem provar teus lábios.

– George... – Sussurrei tendo certeza de que havia corado.

– É bem mais bonita com as bochechas vermelhas. – Riu. – Desculpa se te deixei sem graça. Você é perfeita, sabe?

– George Weasley! – Tentei fingir raiva, mas falhei. – Você é perfeito, ruivo. Dá outro beijo na tua princesa aqui.

– Minha princesa. – Sorriu antes de me beijar. – Você vai ser pra sempre a minha princesa...

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