Fremione - Destiny escrita por nanny


Capítulo 17
Miracles


Notas iniciais do capítulo

Segurem potinhos de pipoca, lencinhos e tenham paciência com o capítulo monstro de despedida que a tia Nanny preparou para vocês!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/164186/chapter/17

4 anos depois. 01:00 a.m

– Fica de olho no James? - Peço ao ruivo sentado no sofá. – Acho que Paris acordou.

Corri o lance de escadas em poucos segundos e abri a porta do quarto da minha garotinha. O bebê se revirava no berço, com pequeninas lágrimas rolando seu rosto.

– Ainda sentindo dor, minha pequena? - Sussurro pegando-a no colo.

Observo seus pequenos olhos verdes brilhando, cheios de lágrimas. Limpo as bochechas da pequenina enquanto tento niná-la no meu colo. Inútil, ela continua berrando. "O que você tem, Paris?" Pergunto praticamente para mim mesma enquanto sinto um aperto horrível no peito por ver minha pequena sofrer.

Desço as escadas com ela no colo e Fred logo corre até mim.

– Ela ainda não melhorou? - Pergunta parecendo extremamente preocupado. - Não é fome?

– Não faz nem meia hora que ela mamou, Fred. - Encaro-o me sentindo nervosa. - Eu não consigo descobrir o que é... Ela simplesmente não pára de chorar há horas.

– Deixe-me segurá-la um pouquinho, Mione. - Sorri, estendendo os braços. - Você deve estar cansada.

– James é um anjo e não me arrependo de ter assumido a responsabilidade de ficar com ele por hoje. - Dou uma olhada para o meu sobrinho de um ano sentadinho no sofá. - Mas Paris não melhora por nada e realmente isso está me deixando louca!

– Dê-me a minha princesa, rainha. - Sorriu. - Sente-se ali com James e tudo vai passar, você vai ver.

Entreguei a pequena com todo cuidado do mundo nas mãos dele, que - por Merlin - conseguia ser mais cuidadoso do que eu jamais poderia imaginar. Segurava a menina como se fosse feita de vidro. As pequenas mãozinhas de Paris foram parar dentro da boca do pai e ele deu gargalhada, fazendo-a parar de gritar, assustada e arregalar os pequenos olhinhos verdes para ele.

Por um segundo pensei que ela fosse voltar à gritar, mas ela continuou olhando-o com os olhinhos bem abertos.

– Você gosta disso? - Perguntou, fazendo palhaçada e fingindo mastigar os pequenos dedos rosados da nossa princesa. - Você gosta, minha boneca?

Em poucos segundos, nossa filha estava rindo. Pasmem: Paris Weasley dando gargalhadas no colo do pai - e eu ali, ao lado, assistindo com cara de pateta. Oito meses de idade dando gargalhada. Depois de passar a tarde inteira chorando e gritando, foi assistir as graças do pai e todas as dores e problemas desapareceram.

Fred me lançou um olhar maroto e uma piscadela, com as mãos pequenas da garota ainda agarrando seu lábio inferior. O ruivo passou o braço livre envolta da minha cintura e nos encaminhamos para o sofá, sentando-nos ao lado de James, que ainda prestava atenção aos peixinhos enfeitiçados que dançavam e trocavam de cor dentro do aquário de Fred. Assim que nos sentamos o garoto começou a brincar com os pézinhos de Paris e ela deu ainda mais gargalhadas.

– Eu te amo. - Ele sussurra, brincando com os bracinhos de Paris. - E também amo a nossa princesa. Até que enfim!

– Até que enfim o que?

– Até que enfim juntos. Felizes. Até que enfim o destino conspira em nosso favor.

– O destino sempre conspirou ao nosso favor. - Sorrio. - A gente se atrapalhou, mas...

– Tudo bem, o que importa é que agora estamos bem. - Me dá um selinho. - George pediu pra que a gente olhe Oliver semana que vem. Luna está cheia de trabalho com as criaturas mágicas e semana que vem vai tirar uns dias de férias... Agora que ainda temos uma garotinha de oito meses, somos os titios favoritos para vigiar as crianças, você sabe...

– Quando nasce a pequena Lisa, Ron deu alguma notícia?

– Parece que Helena está com uma barriga enorme! - Fred dá um sorriso. - Não deve passar dessa semana, Ronald não consegue nem se segurar de tanta excitação!

– Eu imagino! - Dou uma gargalhada. - Helena que tenha paciência, porque Ronald não é fácil!

– E aí Ron e Helena serão o novo casal babá e a gente pode tirar uma folga também! - Ele sorri. - Tirar umas férias no Brasil, o que acha? Belas praias, clima tropical... E obviamente levaremos a nossa princesa junto... Eu não deixaria Paris com Ronald nem sob decreto de lei.

Caio na gargalhada. Se eu pensar bem... Sei que também não deixaria todas as crianças com Ron e Helena. Por mais que ela seja uma ex corvina super inteligente, cuidadosa e maravilhosa, Ron é muito lerdo e ia provavelmente tentar dar comida de peixe para as crianças.

Eles haviam sido os últimos a se casar. O pedido ocorreu enquanto estivemos em lua de mel e quando voltamos, Helena já usava um anel de noivado. Primeiro veio o casamento de Ginny e Harry, cerca de um ano e meio depois do pedido. Enquanto estavam na lua de mel, George e Fred armaram um esquema secreto, deixaram eu e Luna extremamente preocupadas com seus planos e no fim fizeram o pedido juntos. Com direito a terno e gravata e dedicatória de músicas trouxas. E mais dois anos depois, enquanto estávamos em lua de mel, Ron e Helena se tornaram noivos, casando-se poucos meses depois.

– A gente leva Paris para conhecer as belas praias do Brasil. – Sorrio satisfeita. – Ela vai adorar.

– Então quer conhecer as praias?

– Claro. Por que não?

Antes que eu pudesse responder, um patrono atravessou a cozinha e apareceu bem na nossa frente. Era uma mensagem de Ron.

Helena...” Sua voz estava dois tons mais grave e ele parecia apavorado. “Helena está no St. Mungus.” Parecia desesperado. “Ela vai ter o bebê e implorou para que vocês corram para lá. Vocês dois são as pessoas favoritas dela no mundo inteiro e tenho certeza de que vocês e mamãe verão Elizabeth antes que eu. Ela quer que sejam padrinhos, bom, essa parte era um segredo então finjam que eu não cuspi a informação pra cima de vocês... Só estou nervoso, sim? Não demorem. Minha filha vai nascer a qualquer momento! Acho que eu vou...

E seu patrono sumiu, deixando eu e Fred com cara de panacas. “Padrinhos...” Fred sussurrou. “De novo.” Completei. Nos levantamos ao mesmo tempo, Fred segurando Paris com segurança em seus braços fortes enquanto me virava para meu sobrinho, que olhava-me curioso.

– Precisamos sair, James. – Sorri a ele e o garoto sorriu de volta, era mesmo um anjo. – Tia Helena está tendo um bebê.

Mais um bebê, completo minha fala em pensamento, cheia de felicidade. Além de ser madrinha de Oliver, agora seria madrinha de Lisa. E como o prometido de Ginny e Harry, apesar de ter dado a apadrinhagem de James para Ron e Helena, o segundo filho do casal seria nosso. “No fim das contas, seremos todos uma gigante família.” Levantei-me sorridente e me dirigi ao carro enfeitiçado que estava sempre parado no jardim da nossa casa. Um Ford Anglia azul bebê muito simpático.

Fred tomou a direção e sorriu para mim ao seu lado, segurando a bebê que agora voltava a dormir tranquilamente. James parecia não estar ali, de tão quieto que parecia no banco de trás. Queria muito saber o que passava pela cabeça de meu sobrinho, mas apenas balancei a cabeça e dei um sorriso à ele assim que Fred acelerou o carro.

No Hospital

– Fred! – A castanha gritou, sentindo seu estômago revirar – Eu preciso de um banheiro...

– O que está acontecendo, querida? – O ruivo pareceu apavorado quando se virou para fitá-la.

Hermione perdera toda a cor do seu rosto e estava mais pálida do que nunca. Fred se lembrava de vê-la assim várias vezes, durante... Não, não podia ser! Faziam só nove meses desde que Paris tinha nascido. Era impossível que Hermione... Bom, não era mesmo impossível, mas Fred apenas balançou a cabeça e afastou os pensamentos que o rondavam.

Hermione entregou a pequena mão de James ao ruivo e saiu correndo pelo hospital, parecendo louca e doente. Ele fez uma nota mental, a de perguntar a Hermione como estão suas regras. Algo o preocupava na forma que Hermione havia saído correndo.

Ela sabia muito bem o que estava acontecendo. Hermione sentiu o gosto ruim de vômito enquanto se levantava e se olhava no espelho do banheiro. “Está acontecendo de novo” pensou e passou a mão sob seu ventre liso. Hermione ainda não podia sentir, mas sabia que em breve uma pequena diferença surgiria ali. Com poucos meses seria impossível esconder de qualquer um, principalmente de Fred. Revirou os olhos, ainda sentindo-se tonta quando sussurrou um feitiço para tirar aquele gosto horrível da boca. “Elizabeth.” Foi o pensamento que impulsionou-a a sair do banheiro e correr para a sala de espera.

– Se sente melhor? – Seu marido ruivo e alto perguntou, assim que a mulher castanha se aproximou.

Ela sorriu, afim de reconfortá-lo, mas sentiu o olhar de Fred sobre si. O olhar que dizia “eu te conheço muito bem, querida.” Ele sorriu, parecendo feliz com a pequena dúvida e Hermione não pode deixar de sorrir junto. Olhou em volta e descobriu que boa parte dos Weasley's estava presente ali. Paris descansava no colo de seu avô, enquanto Ginny acarinhava os cabelos de James sentado em seu colo. As amigas trocaram um olhar longo, tentando conversar silenciosamente entre si e conseguiram. A ruiva sorriu em agradecimento por Hermione ter ficado com o seu garotinho enquanto estava fora e também pareceu um pouco cansada. Pelo visto estava um pouco ocupada quando avisaram-lhe sobre o nascimento de sua sobrinha. Ginny e Harry pareciam bastante exaustos e amassados, diferente da maioria dos ruivos ali. Eles pareciam estar aproveitando muito a noite antes de irem ao encontro da família no hospital.

– Eu sinto muito que tenha chamado-os no meio da noite. – Ronald tagarelou, andando pra lá e pra cá. – Eu não fazia ideia do que fazer, entendem? Só pensei em chamar minha família logo, porque estava nervoso e tive medo de fazer algo errado.

– Está tudo bem, Ron. – Foi Arthur quem acalmou o filho. – Nós somos sua família. Estaremos aqui por você e Helena em qualquer hora do dia. Agora se acalme. Fique sentado, andar para lá e para cá na certa não te fará bem.

Ron se ajoelhou ao lado da matriarca Weasley e deitou a cabeça sobre seu joelho. Molly sorriu emocionada enquanto fazia carinho nos cabelos ruivos do homem, que se encontrava demasiadamente nervoso e emocionado para ficar quieto.

Por um momento Fred se lembrou de como havia sido quando Hermione estava no lugar de Helena, dando a luz à Paris. Molly segurara-o pelas orelhas e gritara com ele. “Pare de parecer louco e escandaloso, Hermione ficará bem.” Bom, ele sabe que sua mãe não queria parecer agressiva ou assassina, mas pareceu. Não é só porque Fred estava andando pela sala de espera feito um louco, sussurrando loucuras e sem querer jogando alguns objetos no chão que ela tinha que agir daquela forma maluca, certo? Ele estava apenas nervoso por Hermione e Paris, mas a Sra. Weasley sacudiu-o e disse que tudo ficaria bem. “Você nos deu um susto também quando nasceu, você e George.” Ela disse para o ruivo enquanto olhava bem fundo em seus olhos. “Todos achavam que eu não fosse aguentar o parto.” Fred pareceu assustado ouvindo certas palavras. “Eram dois garotos enormes e pareciam nunca querer vir ao mundo...” Ela gargalhou, sendo acompanhada por seu marido. “Você e George ficaram bem, eu também fiquei. Então sente-se aí e fique quieto porque eu sei que ouviremos um choro agudo em poucos minutos e-“ Ela provavelmente ia dizer que Hermione ficaria bem, mas foi interrompida pela própria Paris enchendo os ouvidos dos Weasley com alegria e deixando Fred ainda mais animado. Saiu pulando pela sala de espera, enquanto abraçava cada um dos irmãos e quase esmagava Luna num abraço apertado – por mais que ela tivesse uma barriga enorme de sete meses.

Fred deu uma gargalhada gostosa, lembrando-se do seu sentimento de papai e pareceu entender seu irmão, que se encolhia no colo da confiante Molly. Fred caminhou até Ronald e segurou-o pelas orelhas – exatamente como Molly fizera, mas sem a fúria maléfica ou a força esmagadora de Molly – e puxou-o para olhar seu caçula de pé. Abraçou-o com força e sentiu seus olhos se encherem de lágrimas.

Os dois não se davam exatamente bem depois de Hermione. Ron não havia ficado com raiva nem evitava o irmão. Mas ele queria a felicidade da amiga e por muitas vezes acabava brigando com seu irmão mais velho por culpa disso. Então Fred o dizia que Hermione tinha escolhido-o, mesmo com a opção de escolher Ronald, e aí as brigas viravam uma bola de neve e os dois acabavam por passar meses sem se falar. O que os obrigava à conciliação era a amizade forte e quase fraternal de Hermione e Helena. As duas passavam horas conversando e sempre insistiam de se ver, fazendo assim, os dois irmãos se falar novamente.

– Olhe bem para mim, seu cabeça oca. – Fred disse em alto e bom tom. – Espero que você seja um bom pai para aquela coisinha, pois se não for... Você será, Ronald!

O mais novo olhou por alguns segundos para seu irmão, pensando em cada briga insignificante que tiveram durante esses anos. No fundo, ele sabia que seu amor era todo de Helena e que ver Hermione e Fred deixava-o mais feliz do que decepcionado. Ele sabia que Fred fazia bem à sua melhor amiga e senti-a se provavelmente o homem mais feliz do mundo por ela não ter escolhido, por exemplo, Viktor Krum... Nesse caso ela viveria na Bulgária e nunca mais veria seus amigos. Ou até mesmo, poderia ter ficado com Draco Malfoy – que realmente dava em cima da castanha toda vez que ela brigava com Fred – e assim ficaria quase impossível viver na presença de sua melhor amiga. Ele ficava feliz e satisfeito por Hermione fazer parte da família – de verdade e da forma certa. Não se sentia nem um pouco ressentido e nem sabia o motivo de tantas brigas.

– Se você pode ser um bom pai, Freddie... Eu espero que eu também seja. – Ele gargalhou. – Sinceramente eu já amo aquela coisinha desde o primeiro segundo!

– Não fale assim! – Hermione balançou a cabeça de forma negativa, xingando-o por ter chamado sua própria filha de “coisinha”.

– Essas coisinhas realmente mudam nossas vidas! – Fred piscou para o mais novo e recebeu um olhar de reprovação muito feio de Hermione.

Mas mesmo assim, logo após, a castanha deu risadinhas indicando que achava na verdade fofo o jeito que Fred se referia às crianças como coisinhas. Não como “coisinhas nojentas”, mas sim com muito carinho.

– Eu te amo, ok? – Fred disse confiante enquanto olhava diretamente para os olhos azuis de seu irmão. – Eu sei que brigamos, que acabamos não dando muito certo depois que me acertei com Hermione... Eu entendo. Sei que não sente ciúmes nem nada dessa forma, mas sei que como melhor amigo você quer o melhor para ela. Eu também quero... Mas enquanto ela não acha, a gente se diverte.

Ron deu uma olhada feia para seu irmão, que se contorceu de rir antes de sussurrar “Brincadeira, brincadeira... Só para descontrair!

– Só... Obrigada por cuidar do amor da minha vida por todos aqueles anos que fui fraco demais para estar ao lado dela. – Sorriu o mais velho. – Você tem Helena agora, você finalmente descobriu alguns sentimentos...

– Até que enfim, vocês dois parando de palhaçada. – Sussurrou Ginny. – Todos sabemos de Ron e Hermione, mas, pelas barbas de Merlin... Eles eram amigos e confundiram as coisas. Vamos todos superar isso?

– Cala essa boca. – Ron, Hermione e Fred disseram ao mesmo tempo, deixando Ginny um pouco constrangida, mas ainda assim sorridente.

Aquilo significava que os três concordaram com o que ela havia dito.

– Você será um pai e tanto. – Hermione sorriu carinhosa. – Só se lembre de não tentar coloca Lisa em uma vassoura antes que ela tenha idade para isso. E certifique-se de não pressionar a garota à ser uma grifina antes dos onze anos de idade...

Quando Ron iria protestar e dizer que “obviamente, Lisa será uma grifina”, ouviram então o esperado choro da garotinha. Ela havia nascido e fora como se um balaço invisível tivesse acertado o estômago de Ron com uma força avassaladora. Todos viram lágrimas rolando pelo seu rosto e se sentiram demasiadamente emocionados, chorando junto com o homem que sentia pela primeira vez a sensação de ser pai. Arthur, Bill, Harry, Fred e George – principalmente Arthur – conheciam muito bem essa sensação única, era simplesmente emocionante demais para segurar as lágrimas.

~~~~

– Ela não é maravilhosa? – Helena sorriu à Hermione. – Ela já adora a madrinha.

A pequena Lisa parecia se deliciar com o colo de Hermione. Se aconchegou em seus seios – ainda cheios por culpa da amamentação de Paris – e ficou ali, olhando-a e analisando-a como uma das milhões de coisas novas que estava encontrando nas últimas horas.

– Já é muito amada. – A castanha depositou um beijo na testa da recém-nascida. – Muito amada mesmo, Lisa.

Algumas lágrimas escorreram sob as bochechas pálidas de Hermione. Ela sorriu, sentindo a felicidade do momento preenchê-la. Fred abraçou-a de lado e beijou a lateral de sua cabeça, bem perto da orelha.

– Você tem algumas coisas para contar, não tem? – Seu marido sussurrou e olhou-a de forma acusadora, mas com um doce sorriso nos lábios.

– Fred... Eu... – As palavras morreram na garganta de Hermione.

Ela não sabia como isso era possível. Provavelmente o casal havia se descuidado depois que o repouso passou e isso havia acontecido. Mas dar essa notícia assim, sem ter certeza, era muito arriscado.

– Hermione! – Helena soltou um gritinho de excitação. – Não me diga que...

– Diga sim! – Uma ruiva acabara de entrar no quarto, curiosa como sempre, pescou o assunto no ar. – Seja lá o que ia dizer Hermione, diga também na minha presença.

Luna estava ao seu lado, sorrindo. Com Oliver no seu colo e George ao seu lado. Os três pareciam uma imagem recém saída de um conto de fadas. Uma princesa, um príncipe e um bebê. Um bebê loiro e iluminado, essas eram as palavras para definir o garotinho. Loiro e iluminado.

– Isso não é certo... – Hermione sussurrou e sentiu novamente seu estômago dar uma volta.

Não sabia ao certo se era um enjoo ou a pressão que sentia com todas aquelas pessoas na sala, querendo saber qual era a novidade que Fred havia anunciado.

– Eu te conheço. – Fred sussurrou. – Você só esteve tão pálida, estressada e enjoada quando...

– Não é possível! – Hermione ouviu a voz de Molly.

Estava se amaldiçoando e quase amaldiçoando o marido ao lado. Porque ele não podia esperar que chegassem em casa para fazer-lhe todas essas perguntas? Ah sim, porque se casou com Fred Weasley!

– Eu...

– Você está grávida, Mione?

Hermione revirou os olhos e procurou quem havia dito aquilo. Era a voz de seu cunhado, George. Ela encarou-o com raiva por um minuto e depois vacilou. Entregando Lisa nos braços da mãe, a castanha correu cortando caminho entre os Weasley’s e se dirigiu rapidamente ao banheiro mais próximo.

– Será que dessa vez será um garoto? – Luna perguntou animada.

– Eu nem sei o que dizer... – Fred passou a mão pelos cabelos ruivos, bagunçando-os um pouco mais. – Talvez eu e Mione sejamos coelhos...

– Isso não tem graça, Fred Weasley! – Molly ralhou.

– Vindo de uma moça com apenas um casal de filhos como a senhora, desculpe mamãe, mas parece engraçado sim. – Foi a vez da única filha fazer uma piada.

Todos riram enquanto Molly parecia ficar sem graça. Não podia repreender seus filhos, pois também havia muitos e muitos deles.

– Eu só posso parabenizar, então? – Ela sorriu para o filho, que ainda parecia aéreo.

– Ela nem confirmou.

– Você viu como ela saiu daqui, meu amor? – Helena sussurrou. – Acho que foi o suficiente, não? Hermione não é uma mulher fraca e cheia de frescuras. A última vez que vi-a passar mal, por menor que fosse o mal, foi quando carregava Paris no útero.

– Você tem razão. – O ruivo que acabara de ser pai coçou a cabeça, logo depois encontrou os olhos castanho-esverdeados do irmão, que parecia então, prestes à ser papai novamente. – Então parabéns. De novo!

– Me sinto... – Fred parecia indiferente. – Uma fábrica!

Abriu um sorriso e todos caíram na gargalhada. “Espero que sejam quatro” disse, arrancando mais gargalhadas de todos enquanto saía do quarto à procura de sua morena.

Quatro meses depois

– Um ano, Paris! – Ela aconchegou a pequena ruiva nos braços, enquanto eu encarava-a com um sorriso. – Um ano e já fazendo os objetos da casa se moverem... Tão brilhante quanto o papai!

– Claro que minha garota já mostra sua magia agora no primeiro ano. – Sussurro. – Mas eu discordo que tenha puxado o pai. A mãe dela é ainda mais brilhante.

A castanha abre um sorriso iluminador e sinto como se todos os meus dias, desde o nascimento tenham valido à pena – bom, menos aquele que George encheu meu travesseiro de titica de corujas quando tínhamos apenas quatro anos. Aquele dia provavelmente nunca vai valer à pena.

– Mi... – Chamo-a e ela não desgruda os olhos da pequena Paris. – Eu estou um pouco preocupado...

– Oras, preocupado com o que? Anda tendo caraminholas na cabeça de novo? – Ela finalmente desgruda os olhos da pequena garota e fita-me, parecendo interessada na minha preocupação.

– É... – Hesito. – É a barriga... Ela está...

– Você está me chamando de gorda? – Ela diz pausadamente e ameaçadoramente, enquanto coloca Paris com cuidado no berço. – Diga-me que não ouvi direito, ou então...

– Calma. – Choramingo, sabendo que posso ter arruinado minha sorte pelos próximos anos da minha vida. – Calma... Calma. Eu não disse...

– Você não disse, mas você pensou! – Ela coloca as mãos na cintura, fazendo a barriga parecer ainda maior. – Trasgo, inútil, imbecil, insensível!

Dá meia volta e sai do quarto, praguejando. Pelas barbas de Merlin, Fred... Porque fez isso? Você sabe muito bem com quem lida. Sabe que Hermione fica uma pilha de nervos quando está grávida e então... A chama de gorda! “Mas eu não chamei!” Mas você pensou! Você pensou em chamá-la de gorda. Ora, Hermione é mil vezes mais esperta e brilhante do que você... Sabe ler sua mente o tempo todo e descobrir tudo o que vai dizer...

Ainda me xingava mentalmente quando um grito agudo de Hermione me assustou. Sem me preocupar em tirar Paris do berço, saí correndo de encontro à voz da castanha. Segui-a e vi que vinha do banheiro, o banheiro de nosso quarto. Corri até lá como se a minha vida dependesse disso e por um momento me senti culpado. O que poderia ter acontecido com a minha garota e meu bebê?

– Fred, venha logo até aqui! – Quando me aproximei, notei um sorriso desafiador em seu rosto.

Ela parecia animada e extasiada. Excitada demais com qualquer coisa para se importar com o nosso recente desentendimento. Tinha as duas mãos acariciando a barriga e notei por um segundo que pequenas lágrimas se formavam em seus olhos. “Coloque as mãos aqui, seu grande idiota.” Ela gritou e obedeci no mesmo momento, me ajoelhando aos pés de minha esposa. “Sinta-os.

Instantaneamente meu mundo virou em trezentos e sessenta graus. Minhas mãos apalparam a grande barriga redonda de Hermione – o que era realmente estranho para uma gravidez de cinco meses – quando senti uma pequena ondulação. Algo que tinha sentido com Paris exatamente aos cinco meses. Ela havia chutado para mim enquanto eu e Hermione estávamos indo deitar no dia em que ela completara cinco meses de gestação. Eu me lembro bem e sei que Hermione não tinha essa barriga redonda e gigante no quinto mês. Parecia que meu segundo filho já ia nascer!

– Sinta Fred. – Sorriu e quando levantei os olhos para fitá-la, seu rosto estava banhado em lágrimas. – Ponha uma mão aqui em cima, vamos.

Uma das minhas mãos ficou parada na parte inferior, onde eu havia sentido o chute do bebê, enquanto a outra subiu e substituiu a mão macia da minha castanha. Assim que pousei minha mão, ela colocou a dela sobre a minha. Ouvi sua gargalhada quando senti um chute ainda mais significativo na parte de cima. “Mas... Como?” Perguntei baixinho, parecendo confuso. “Sinta-os.” Lembrei-me do que Hermione me disse quando entrei no banheiro.

– Diga-me que isso está acontecendo, Hermione Weasley! – Gritei, levantando-me e abraçando-a com carinho. – Diga-me que eu não estou sonhando!

– Por isso ela está tão grande. – Hermione revirou os olhos, parecendo satisfeita. – Como eu fui idiota! Eu devia ter percebido! Como eu não percebi? Teremos gêmeos, Freddie. Por isso pareço uma baleia enorme.

Coloco meu dedo indicador sobre os lábios de Hermione. Faço um sinal de silêncio e logo em seguida beijo seus lábios com ternura. Apenas um roçar de lábios carinhoso. “Você ainda é a mulher mais linda do mundo para mim.” Sussurro sem afastar nossos lábios. “Eu te amo.” Ela responde de imediato, fitando-me com os grandes olhos castanhos banhados em lágrimas. “Te amo e te amo.” Ela sussurra abraçando-me e depositando beijinhos barulhentos no meu pescoço. “Te amo tanto!

– Amo tanto que me sufoca! – Dá uma gargalhada gostosa. – E eu... Eu amo tanto essa família. Digo... Eu li sobre as probabilidades. Não são muito grandes, sabe? Você tem um gêmeo e é um tiro no escuro para mim ter gêmeos. É raro. É... São nossos milagres, Freddie.

– São nossos milagres, Herms. – Sussurro contra seus cabelos, sentindo-me o homem mais feliz de todo o universo. – Nossos milagres...

Pai Por Acaso - Fremione

I Just Wanted You To Know - FremioneGuna

Something About His Eyes - Fremione


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu espero que tenham gostado! Foi isso! HAUHAUHAUHAUHA :3
Espero muitos comentários e espero todas vocês em todas as outras Fremiones. Os links estão no fim do capítulo. Amo vocês, suas LINDAS! Obrigada por TUDO, tudinho! Até a próxima Fremione... Ou talvez uma Tomione? HAHAHA vejo vocês por aí!