Fremione - Destiny escrita por nanny


Capítulo 16
You Must Be a Weasley




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– Amor, por Merlin. – Fred sussurra. – Já faz quatro meses que terminaram. Ronald soube esse tempo todo que você esteve morando comigo e George, não faz sentido ficar com medo. Se ele fosse te perseguir ou criar a terceira guerra mundial bruxa, ele já teria feito isso.

Dou um sorriso nervoso. Por mais que entenda o ponto de vista de Fred, não consigo criar coragem para me aproximar dos ruivos.

– Vamos. – Seguro sua mão. – Vamos assumir de uma vez por todas.

– Eu te amo. – Sussurra novamente. – Te amo e estou aqui por você.

– Eu também te amo. – Digo decidida e começamos a caminhar em direção à mesa de natal.

Assim que chegamos bem perto, o falatório para. Todas as cabeças se viraram em nossa direção e eu me vi em um deva ju estranho. Há sete meses atrás a batalha havia terminado e eu havia assumido um namoro às pressas. Três meses depois terminamos. E quatro meses depois, aqui estou eu, assumindo outro namoro na mesma família. Você é rápida demais Hermione, por Merlin. Eu disse a mim mesma enquanto encarava um bocado de cabelos vermelhos e expressões confusas. George, Luna, Ginny e Harry sorriam no final da mesa – porque já sabiam do nosso namoro antes mesmo do próprio começar. Em poucos segundos Molly se levantou e caminhou até nós dois. Apertou as bochechas de Fred e começou à tagarelar sobre o quanto ela tinha certeza de que nós dois terminaríamos juntos. “Você é sempre muito bem vinda, Hermione.” Ela diz depositando um beijo na minha bochecha e me apertando em um abraço de urso. Até agora nenhuma palavra de minha parte. Cumprimento Sr. Weasley e ele sorri satisfeito – parece feliz em ver seu filho finalmente feliz.

– Fred precisava mesmo de alguma felicidade nessa vida sem graça. – Percy dá um sorriso. – Conseguiu tirar esse garoto do quarto, Hermione, isso é brilhante!

– Eu sei. – Fred dá um sorriso. – Ela é brilhante. Mas em compensação eu sou Fred e não Percy, não é tão difícil fazer com que a minha vida deixe de ser sem graça... Já você, Perce...

O irmão mais velho de Fred dá um soco forte em seu braço e os dois sorriem satisfeitos – Percy havia mudado muito depois da guerra e Fred e George são bastante apegados ao irmão.

– Fredinho arrumou uma namorada bonita e inteligente! – William gritou no fundo da mesa e depois se desculpou com Fleur, que tentava manter Victoire dormindo.

– Fico feliz por vocês, Hermione. – Fleur diz baixinho com seu sotaque francês, mas mesmo assim consigo ouvi-la. – Vocês poderiam ter chegado mais cedo. Toire adora Hermione... Adoraria vê-la se estivesse acordada. Infelizmente caiu no sono há alguns minutos. Vou colocá-la no quarto.

Levantou-se e saiu – não sem antes nos cumprimentar formalmente. Parecia mesmo uma princesa e isso não me irritava mais.

– Eu conservarei meu silêncio. – Harry cantarolou no fundo da mesa. – Nenhuma palavra sobre o casal.

– Eu fico feliz. – Ginny revirou os olhos. – Eu poderia ter ajudado se vocês não tivessem se e me atrapalhado tanto.

Todos gargalhamos. De uma forma ou de outra, sabíamos que a ruiva tinha razão. A gente se complicou tanto que ninguém de fora poderia ajudar.

– Esse pudim está magnífico. – Luna dá um sorriso brilhante. – E vejo que já trocaram alianças, são magníficas também. Não mais que o pudim, mas...

Foi a deixa para que todos tentassem puxar minha mão ao mesmo tempo. Primeiro Harry, depois Ginny, George, Molly, Percy, Charlie, William... Bom, digamos que minha própria mão passou de mão em mão por toda família Weasley, até chegar em Ronald, que até então estava calado. Puxou minha mão mesmo assim, analisando minha aliança.

– É bom que faça Hermione muito feliz. – Disse sério, fazendo Fred sorrir. – Ela merece algo bom. Eu, particularmente, duvido muito que isso seja você... Mas se tem algo que aprendi nesses últimos sete anos convivendo com essa garota, é que ela é louca e nunca deve ser contrariada. Espero que seja feliz, sabe-tudo!

Senti um alívio enorme tomar conta do meu corpo e dei o sorriso mais sincero que consegui ao Ronald. A tensão que parecia ter tomado conta da família sumiu e logo depois todos nós tomamos nossos lugares para o jantar. Sim, Luna estava comendo pudim antes do jantar – as vantagens de ser nora da Sra. Molly Weasley.

– Como está Teddy? – Pergunto ao moreno sentado ao meu lado.

– Como sempre, um garotinho brilhante. – Sorri. – Ginny e eu passamos muito tempo com ele nessas férias de natal. Ele parece gostar muito dela e eu não sei como viver sem os dois mais! Vai ser horrível quando ela voltar para Hogwarts.

– Oh Harry, tão amoroso e atencioso sempre! – Molly aperta as bochechas do genro, que a sorri parecendo envergonhado. – Ginny está em boas mãos.

– Eu queria mesmo falar sobre isso hoje, Sr. E Sra. Weasley. – Harry mudou suas feições de envergonhado para nervoso e eu notei que algo estava prestes à acontecer.

Ginny apertou sua mão e sorriu confiante para ele enquanto meus sogros encaravam Harry com uma careta de preocupação.

– Sobre boas mãos... – Ele hesita. – Eu queria... Quero...

– Ela não está grávida, certo? – Sra Weasley atrapalha a frase de Harry.

Era uma frase, mas não parecia uma frase, até porque o moreno só conseguia gaguejar.

– Não! – A ruiva grita, revirando os olhos. – Ainda não!

– Eu quero mão da Ginny pedir casamento! – Ele cuspiu várias palavras e isso era o que eu tinha ouvido.

Todos ficaram em silêncio. Sorri emocionada para a ruiva, que aguardava com feições de pura expectativa, esperando a reação dos pais.

– Digo... – Ele suspira. – Quero pedir a mão da sua filha em casamento, Sr. Weasley. Sei que somos novos, mas eu não tenho dúvida alguma de que ela é e sempre será a mulher da minha vida. Eu só quero poder construir logo minha vida e minha família, e é claro, oficialmente fazer parte da família Weasley.

– Harry! – Molly levantou-se e tirou o garoto da cadeira, abraçando-o. – Nossa filha nunca poderia estar em melhores mãos. Diga a ele, Arthur! Diga a ele que eles podem se casar!

– Mas... – Ele parecia em choque. – É claro, Harry. Fico muito feliz que vocês pensem no futuro. É claro que você tem nossa bênção!

– É claro, Harry. – Fred quebrou a magia do momento, falando de boca cheia bem ao meu lado. – Você salvou o mundo bruxo inteirinho... Isso é, estaríamos todos mortos sem você. Inclusive Ginny, então você tem o direito óbvio de ter a mão dela. E os pés. E todas as partes do corpo também.

– Fred! – Molly grita. – Não fale assim!

– Ele tem razão. – George dá uma gargalhada, concordando com o irmão e entrando na brincadeira. – Sem Harry estaríamos todos ajoelhados aos pés de um cara sem nariz! Olha só que injustiça... Ele nem tinha um nariz! É claro que Harry pode se casar com a minha irmã... Ele poderia se casar com a minha namorada se pedisse com jeitinho!

– Ou com a minha! – Fred completa, levantando a mão. – Mesmo que eu não tenha curtido muito ainda, eu posso passar a ser o amante se você resolver se interessar por Hermione. Eu te daria até mesmo a mão de minha mãe se você quisesse Harry...

– Salvar o mundo bruxo... – Harry gargalhou. – Pode ter algumas vantagens!

Todos gargalhamos juntos enquanto Harry tirava um anel de brilhantes do bolso e colocava no dedo anelar da ruiva – que parecia sorrir tanto que seu ia ficar com dor pro resto da noite. “Eu te amo”, ele sussurra após beijar a mão de Ginny, que responde “sempre”. Os dois se levantam e trocam um beijo de cinema. A mesa de natal explode em palmas. Me sinto em paz.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem ^^



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