Platonic Love escrita por Hoshiko


Capítulo 23
Sem bateria, definitivamente


Notas iniciais do capítulo

http://www.youtube.com/watch?v=gBlM6PdEko8 Her Bright Skies - "Little Miss Obvious"
Hey pessoas do Nyah! eu vim em paz e pretendo sair viva e sem muitos machucados! Ok, parei.
Hum, bom esse capitulo ficou meio borococho por que é mais pra terminar essa 'fase' da fic. Já para o próximo eu vou pular uns 3 ou 4 meses, pelo menos esse é o plano.
Eu ando mudando o jeito de escrever mesmo, não é por querer, é por... culpa da escola.
Bem, eu vou parar de postar por umas duas semanas mesmo, só para poder me concentrar nas minhas outras duas fics - que eu ainda não postei - que são mais pesadas e de um tema mais maduro, ou não. Vai saber o que pode sair dessa coisa que eu chamo de cabeça. Elas vão ser sobre o Avenged Sevenfold e sobre o Falling in Reverse (elas vão ter personagens inspirados nas bandas. Mas deu de merchan! dosmdopsmodspds
MAS O PROXIMO EU PROMETO QUE VAI SER MELHOR, QUASE BOM DSOPDSMOPDMSPDS -qq
É isso pessoinhas
Xoxoxo - nossa, faz tempo que eu não digo isso.



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Meus olhos ardiam como se pimenta tivesse neles. Talvez eu tivesse morrido e ido para o inferno. Não seria uma má ideia depois da noite que avia sido pra mim.

Abri os olhos deixando a maldita claridade me tomar. Observei o meu quarto e cosei a cabeça desfazendo alguns nos que havia em meu cabelo. Eu não queria acordar e também não queria dormir, a única coisa que eu queria mesmo era que a noite que avia se passado nunca tivesse acontecido.

Eu queria que aquele Andy de dois dias atrás voltasse pra mim, mas não, sempre tem que ter uma vadia pra atrapalhar a minha vida. Aquela loira de farmácia. Ah, que raiva. Estava tudo tão bem, tudo estava fazendo sentido, uma vez na minha vida algo fez sentido.

Sentei-me na cama e comecei a procurar algum vestígio da noite anterior, algo que me explicasse como eu tinha ido parar em casa, mas não avia nada. Nem sinal do Max. Peguei meu celular e uma mensagem ali avia, era do Max.

´´ Provavelmente você não vai se lembrar de muita coisa da noite anterior, então eu já vou te contar tudo.

Você deve se lembrar de que nós saímos ontem pra ir á àquela boate, a Calipyso.

Pois bem, chegando lá o seu queridão, conhecido como Andy, estava aos amassos com a Gabrielle.

Você tomou um porre de vodka, provavelmente para não chorar ou algo do tipo.

Lá pelas duas da manhã nos dois vimos o Andy e a Gabrielle entrando em um dos quartos. O que aconteceu lá nós dois sabemos muito bem. Sexo.

Logo depois disso nós dois saímos de lá. Eu ti levei até em casa – De taxi, não fui tão idiota a ponto de vir com você a pé. Falando nisso você me deve 20 dólares – não te preocupa, a tua mãe não nós viu entrar, acho que ela nem estava em casa.

Bem, basicamente foi isso.

Ah tem mais uma coisa, eu levei um flerte de um cara - NÃO RIA – eu juro que estava tão bêbado que quase aceitei ir pro quarto com ele.

Acho que amanhã nós nos falamos, não?

Acho aquele nosso acordo de não nos falarmos em publico já era. Esse já não era agora vai ser. Eu me recuso a ficar longe de você, querendo ou não você voltou a ser a minha amiga. 

É isso``

Joguei o celular o mais longe que pude e voltei a deitar a minha cabeça no travesseiro. E assim fiquei por algum tempo: pensando se deveria virar e dormir de novo, sentindo cada parte de meu corpo reclamar de cansaço (e algumas partes específicas reclamando de dor), ou simplesmente fitando o nada. 
Ouvi um chiado suave interromper o silêncio divino, e fechei preguiçosamente os olhos. Parecia que alguém já estava aprontando no andar de baixo. E esse alguém só poderia ser a minha mãe tentando fazer um café da manhã, ou já seria um almoço?

Girei meu corpo até conseguir ficar em pé, andei até o espelho.

-Merda – Sussurrei pra mim – É por isso que eu não gosto de me maquiar – Havia duas manchas pretas em volta de meus olhos, culpa da maquiagem que ontem eu havia posto.

Entrei no banheiro e lavei o rosto com algum produto para tirar maquiagem, eu nem sabia que tinha isso. Andei até o meu guarda-roupa e peguei um pijama. Algo me dizia que eu realmente não iria sair de casa hoje, nem hoje, nem amanha, nem outro qualquer dia de preferencia.

Tirei as roupas que eu vestia, que, diga-se de passagem, eram mais para o estilo da Gabrielle do que pro meu. Prendi o cabelo em um rabo de cavalo frouxo e desci as escadas. Encontrei minha mãe na frente do fogão. Ela tentava fazer alguma coisa comestível, eu acho.

-Bom dia. – Disse ela – Vejo que a noite de ontem foi mais que boa. A julgar que eu nem vi você entrar em casa ontem à noite e que você está com a maior cara de ressaca, eu acho que você e o Max beberam tudo o que podiam. – Ela deu um sorriso, aquilo era estranho. Estranho demais.

-Tá bom, pode mandar à bronca. – Falei fechando os olhos

-Por que eu daria uma brinca em você? – Perguntou ela se virando ao meu encontro com uma xicara em suas mãos.

- A) Eu cheguei depois das duas da manhã, eu acho. B) Eu bebi o que é contra as regras em dia de semana. C) Eu matei aula, o que é quase que um crime aqui. – Eu a olhei nos olhos, não avia nenhum vestígio de raiva. Nada, o que eu via eram olhos felizes e empolgados.

Ela deu uma gargalhada antes de falar algo

-Sandra, eu já fui adolescente, sei como são as coisas. É também você e o Max estavam precisando de um tempo sozinhos. – Senti sua voz ficar maliciosa e seu olhar cair sobre mim – Aconteceu alguma coisa ontem à noite?

-Se você considerar que ´alguma coisa` quer dizer ´nós ficamos bêbados`, é aconteceu bastantes coisa. – Ela se aproximou e se sentou em uma cadeira a minha frente.

-Vocês se beijaram?

-O QUE? NÃO, MAS É CLARO QUE NÃO. – Eu berrava. Como ela poderia desconfiar de nós dois?

-Eh, eh, eh. Calma, eu só fiz uma pergunta. Quer dizer, eu acho que vocês dois formariam um belo casal. – Ela deu um gole em sua xicara, eu já tinha ouvido aquela historia deque Max e eu combinávamos. Pura blasfêmia – Assim como você e aquela garoto, qual o nome dele? – Ela pensou um pouco, eu não estava dando muita atenção ao assunto, nem ouvia muito bem o que ela falava – Andy. Você e aquele tal de Andy formariam um belo casal.

Senti minhas mãos começarem a sorar, meu coração disparou e minha respiração ficou pesada.

-Eu e ele... É... Nós brigamos – Disse tentando me manter calma. – Então se você tinha alguma pretensão de nós unir, desista! – Levantei da cadeira indo em direção ao meu quarto, mas minha mãe me chamou a atenção me prendendo na cozinha.

-Nós vamos hoje tirar os pontos. – Disse calmamente. – E depois eu vou sair, preciso fazer algumas coisas. Você se importa?

-Não, claro que não. – Passei pelo batente da porta e me lembrei de algo que ela avia falado ontem a noite, antes de eu sair.

-Mãe, você se lembra de ontem quando você me perguntou sobre as laminas e eu não consegui ter responder? – Ela assentiu levemente. – Eu as peguei pra cortar as minhas calças. Ainda não me tornei uma suicida em potencial. – Sai da cozinha e fui em direção às escadas.

Algumas horas mais tarde nós duas estávamos no hospital. Ela me olhava parecendo receosa quanto a eu tirar os pontos sem anestesia e eu me preocupava em não deixar nenhum ruído de dor escapar de meus lábios. Foram seis pontos. Então era uma hora¹ de horror em minha mão.

-Prontinho. – Disse o enfermeiro após terminar – Você pode sentir algumas dores ou ardências. Você pra tica algum esporte ou toca algum instrumento?

-Bateria – Falei em um sorriso amarelo

-Bom, não chegue perto dela por pelo menos duas semanas. – Ele me advertiu olhando seriamente. – A não ser que você queira outra sessão de novos pontos.

A ideia de ter que colocar novamente aqueles fios em minha mão fez meu corpo se arrepiar.

-Sem bateria, definitivamente.

Minha mãe foi pagar a conta do hospital em quanto eu fiquei vagando entre a emergência e a recepção, que estava estranhamente vazia hoje.

Quando cheguei a casa fui diretamente para o celular ligar para Max. Como minha mãe sairia à noite e eu não queria ficar sozinha pensei em chama-lo para me fazer companhia, mas meus planos foram posto por agua a baixo.

-Desculpa Sandra, depois do porre de ontem minha mãe me deixou uma semana sem sair de casa. – Merda, merda, merda.

-E eu não posso ir para sua casa? – Eu mordi o lábio – Explica pra ela que a minha mãe vai sair e eu não quero ficar em casa sozinha. Quando a minha mãe voltar do encontro ela passa ai e me pega.

-Ok, espera um pouco. – Eu ouvi o ouvi berrar pela mãe. Nem um minuto se passou até ele voltar ao celular. – Você pode vir. – Disse ele alegre

-Te vejo em meia hora então.

Desliguei o celular e fui até quarto da minha mãe que se arrumava, ou tentava se arrumar.

-Sandra, o que eu visto? – Ela perguntou quase que desesperada – Eu não sei mais o que fazer!

Em cima de sua cama avia um vestido preto, um roxo e um verde. Pensei comigo mesma, aquilo não era novidade, pelo menos não pra mim.

-Se você vestir o preto vai parecer que você vai a um enterro. Se você vestir o roxo você vai pareceu uma amora. – Ela me jogou um olhar irônico – E se vocês vestir o verde vai parecer tatu de nariz.

-Já que você é a sabe tudo em moda, mostre um vestido bom o suficiente. – Aquilo era um desafio, eu tinha certeza.

-Deixa a expert trabalhar. – Olhei em seu closet a avia vestidos de todas as cores, mas o que eu queria estava bem no fundo. Um vestido vermelho até metade da coxa. Era rodado o que fazia com que sua cintura fina se destacasse. – Esse é perfeito. – Joguei o vestido em cima da cama e peguei um par de saltos preto que nunca fora usado – Coloque este. E não se atreva a usar meia-calça. Aproposito, você pode me deixar na casa do Max antes de sair e depois ir me buscar?

-Claro, claro. – Ela olhava o vestido e os saltos altos não acreditando que ela mesma não avia pensado nisso

-Mãe – Chamei sua atenção. – Tire esses brincos, você fica parecendo uma das vadias da minha escola.

Quando eu cheguei na casa do Max já passava das nove da noite. O clima lá não estava dos melhores, a mãe dele deve ter dado mais uma de sus famosas broncas nele, que não eram nada leves, e o pai, levando em conta deque ele é um dos policiais mais rigorosos da cidade, deve ter posto ele de castigo.

-Então, como foi levar um flerte de um cara? – Perguntei quando finalmente nós estávamos no quarto dele.

-Você não vai deixar eu me esquecer disso. Vai? – Disse em quanto se deitava na cama com cobertas do Batman

-Não, eu vou ter que te zuar com isso por pelo menos dois anos. – Eu ria – Mas agora serio, tu ficou com ressaca?

-Até que não, não bebi tanto como você. Alguém tinha que ficar sóbrio.

-Desculpa, na próxima eu juro que vou ficar sóbria.

-Próxima? – Ele se sentou e arqueou uma das sobrancelhas – Tu realmente está pensando em uma próxima?

- O que? Você acha que vai ser o Andrew que vai me fazer parar de sair à noite? –Ele assentiu – Ok, pelo menos na Calipyso eu sei que vou parar de ir por alguns meses. Mas existem outras. E sim, eu vou te arrastar, mesmo que ela fique no inferno, eu não me importo, mas você vai junto.

-Desculpa, mas no inferno fica um pouco contra mão pra mim, meu limite é até o fim da cidade. –Ele fingiu coçar o queixo. – A não que você acha um portal interdimensional que ligue as duas cidades.

-Desculpe, esses estão em falta. – Fingi ficar decepcionada

-Falando em portais e essas coisas, sabia que o Escape The Fate vai fazer show aqui?

-O ESCAPE THE FATE VAI FAZER SHOW AQUI?

-Não faz screamo, por favor.

-Eu não fiz screamo, eu só gritei.

-Comece a preparar a tua garganta, porque dia 18 do mês que vem eles vão fazer um show aqui. E advinha quem vai abrir?

-O Avenged Sevenfold?

-Aham, pode crer. O Avenged vai abrir um show pro Escape The Fate

-Não custa sonhar. – Disse dando os ombros. – Mas que banda então vai abrir?

-Uma banda aqui da cidade.

-Ah, qual o nome?

-É algo com B.

POVS ANDY

Eu insistia em rolar meus olhos pelo livro de biologia, eu não sabia por que estava tendo ler, já que o professor não tinha nos passado ele pra ler. Joguei o livro no chão e afundei na cama, eu estava me sentindo estranho, vazio, como se algo estivesse fora de mim. Algo que fazia toda a importância.

Eu não estava exatamente triste, mas sim entediado, sem algum motivo pra ficar ali.

Eu não dormi muito na noite anterior, na boate, mas não estava disposto a fechar os olhos e ter outro de meus pesadelos. Mas mesmo não dormindo os pesadelos vinham.

-Merda, eu preciso dela, querendo ou não eu preciso. – Sussurrei pra mim mesmo em quanto coçava a cabeça, bagunçando os cabelos.

Levantei da cama e sai porta a fora, não conseguia ficar mais nem um minuto ali. Não com aquele quarto me trazendo as lembranças. Liguei o carro e sai da garagem o mais rápido que pude, meu pai estava em mais um de seus encontros, que nunca dão certo, então não avia muita importância se eu voltasse tarde ou não.

Peguei o desvio da cidade e entrei na estrada de chão batido em menos de vinte minutos, as arvores passavam rápido por mim, a 100 km por hora era difícil ver algo que não fosse um borrão verde.  Cheguei ao local antes do sol se por, algo por volta das cinco da tarde.

Eu não sabia o que fazer, eu nem ao menos sábia porque eu estava ali. Eu só queria ficar sozinho, mas não aguentava o silencio. Eu não aguentava ficar parado, mas pouco queria me mexer.

Peguei o celular em meu bolço e disquei o numero. Eu sabia que aquilo era uma idiotice, mas era o certo. Pelo menos assim eu achava.


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Notas finais do capítulo

Se você chegou até aqui e não morreu é porque não ficou tão ruim né???
Então que tal comentar? Isso faz muito bem pro meu ego, é serio, faz muito bem mesmo!!! sdipdsmpsdmpsd



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