-Porque você fez isso?  -Andy me olhava com ódio e ciúmes – Justo comigo você sabia que eu te amava, sempre soube. E depois de tudo que eu fiz por você... Sua vadia como tu pode? Eu te odeio, eu realmente poderia ter feito tudo que eu quisesse, mas não, eu fui um burro. Um trouxa a mais na sua mão.

Nos estávamos na antiga escola abandonada, a maquiagem dele borrada. Eu sabia o motivo pelo qual ele brigava comigo, mas eu não queria me lembrar, apenas falava... Eu por algum motivo me esqueci do motivo da nossa briga.

-Eu não tive culpa, eu não pude me conter. Você sempre soube o que eu sou. Não aja como se você fosse a vitima – Eu olhava pra ele com sarcasmo, com ódio, diferente dele em mim não avia ciúmes – Você se acha bom demais não? Você pensa que so você tem problemas, nunca ligou pra ninguém.

-Ah como eu fui tão inútil assim? Eu poderia ter feito que eu quisesse com você, mas não. Eu fui bonzinho, eu realmente gostei de você. É isso que da gostar de uma vaidazinha qualquer!

-Vadia é a sua mãe - É eu realmente não medi as minhas palavras, mas sabe, eu não me arrependi

-Nunca mais repita isso, nunca mais toque no nome da minha mãe – Ele me olha olhava agora com mais raiva do que nunca

-Vadia, sua mãe era uma vadia – Eu provocava ele, eu estava fora do meu normal. Eu nunca em sã consciência faria isso, pelo menos não com ele

-Eu não acredito – Ele suspirou pesado - Como nos chegamos á isso – Ele olhava agora pro chão, balançando aquela maldita cabeça. Notei que o cabelo dele estava diferente havia agora uma mecha descolorida, eu nem sei por que estou falando isso – Tudo por causa de uma garota, é eu já cheguei à conclusão que a culpa nunca foi dela, mas sim sua

-Talvez seja minha mesmo, ou o que? Vai dizer agora que você esta arrependido? Você tambem nunca foi fiel, nunca - Eu já estava gritando com ele, a raiva simplesmente tomou completa e total conta de mim – Eu já estou cansada de você colocar toda a culpa em mim, é sempre culpa minha. Você se acha tão perfeito, tão fofo, tão auto-suficiente. Eu vou te dizer o que você é. Você so e mais um garoto riquinho e revoltado com o mundo, você e como todos não tem nada de especial, nada.

Ele me olhou mais uma vez nos olhos e desapareceu. Sim, ele do nada desapareceu. Senti uma ficada no peito, uma agonia horrível, era como se ele corresse perigo. Comecei a correr por todas as salas que avia lá, mas nada dele. Até que sobrou somente o que parecia ser um banheiro antigo, entrei nele e lá estava ele, desmaiado no chão, corri ate ele, mas alguém me puxou, fazendo com eu caísse no chão frio. Olhei para trás, e lá estava a minha surpresa. Não era uma pessoa, mas sim algo extraordinariamente (palavrinha grande) impossível. Um anjo. É um anjo lindo parado de pé na minha frente. Ele era alto, pele pálida, com cabelos pretos e lisos, olhos pintados e com roupas um pouco normais. De trás das suas costas saiam assas, não assas brancas, mas sim marrons com as pontas pretas, parecia que ela estavam sangrando. Ele me olhou de cima a baixo, no mesmo momento levantei do chão e fiquei em pé.

- Até que enfim que encontrei você, ou melhor, você me encontrou Sandra – Ele me olhava como se tentasse provar algo pra si próprio

-C... Como você sabe o meu nome?- Perguntei gaguejando, temendo um pouco a resposta

-Eu sei tudo de você, já que eu passo o dia todo ao seu lado - Olhei pra ele confusa – Eu sou o seu anjo – Ele falava como se estivesse com dor, é deveria estar já que as assas continuavam a sangrar – Você nunca me viu porque não quis. Humanos. Criaturas que tem todo o potencial do mundo, mas não vem.

-Meu anjo? Como assim, eu mal acredito em Deus, como eu ia ter um anjo?

-Somos dois, nem eu que já vi ele acredito mais no próprio, devo dizer que parte da sua descrença e minha. Sabe os anjos influenciam muito nos seus protegidos.

-Como assim protegidos?

-Ah, você acha o que? Que nos somos mandados pra vocês pra o que? Olhar e ver como é a vida patética de vocês? – Eu arregalei os olhos pra ele – Nos somos mandado pra proteger você, já que vocês não conseguem viver sozinhos. Patéticos. – Ele revirou os olhos - Sabe o deprimido ali – Ele se referia ao Andy – Ele já matou cinco anjos, quer dizer, não que ele quisesse fazer isso, mas os coitados se suicidaram, não aquentaram os problemas. E sabe eu tambem já estou a ponto disso - Ele voltou a me olhar – Você já esta me dando muito trabalho, você e ele.  – Ele olhou pra cima, como se procurasse alguma coisa - Daqui a pouco o Akibeel vai chegar pra nos terminarmos isso de uma vez – Ele parecia impaciente

-Akibeel?

-É o anjo do Andrew

-É qual é o seu nome?

-Kesabel, mas não importa muito agora – Falou ele rindo de alguma coisa. De repente o chão começou a sacudir como se fosse um terremoto. Uma luz intensa vinha do céu, dela saiu um anjo. Era alto, pele igualmente pálida, Loiro com o cabelo liso, estava com as roupas um pouco mais serias, as azas ao contrario do ´´ meu `` anjo eram brancas.

-Porque você tem as azas pretas e ele não? – Perguntei curiosa

-Porque eu já matei uma protegida minha – Ele falou com a maior tranqüilidade, eu ao contrario engoli a seco a saliva e tentei me afastar, mas era inútil, pois ele me pegou pela cintura – Akibeel quer fazer as honras?

-Claro – O anjo pegou Andy e até a sua altura, que fez com que o mesmo acordasse assustado – Boa noite Andrew – Ele olhou pro Andy com uma cara de assassino e pegou um punhal e fincou no peito do Andy

-Andy, não. Me solta Kesabel, me solta – Eu chorava e tentava me soltar do braços de Kesabel que me prendia com força

-Sandra – Andy chamou pelo meu nome com medo da morte evidente

-Agora sua vez, boa noite Sandra – Kesabel pegou um punhal e ficou no meu peito, eu já estava morta.