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Já fazia três meses que tinha o mesmo sonho, com apenas pequenas mudanças... Como a crescente nitidez da imagem da menina e a da pessoa, que agora ele tinha certeza ser uma mulher, que lhe algo no ouvido. Elas lhe eram familiares... Só não conseguia se lembrar de onde. E, também a dois messes Tsunade receitou outro medicamento a Hinata que a fazia dormir mais tempo que o outro... Isso foi o mais estranho na opinião do belo Sasuke.

Não conseguiu se comunicar com Hinata, nem por meio do caderno que ela começou a utilizar para se comunicar com ele, depois de que falara a Tsunade sobre ter feito a jovem Hyuuga falar.

Não a via acordada com freqüência, seus remédios não eram mais comprimidos, mais sim líquido, que eram dados na veia ou no músculo pela própria Tsunade ou um outro psiquiatra, que Sasuke a pouco de um mês não conhecia, que se chamava Orochimaru e era de extrema confiança da diretora.

A cada dia que se passava via Hinata mais fraca e debilitada, e quando falara isso a Tsunade a mesma dizia: ‘Não se preocupe, esse é o efeito colateral do remédio, ela ficara logo... Logo livre de qualquer sofrimento. ’ Essa resposta não o acalmava em nada, era como se Tsunade falasse que sua paciente iria morrer em breve.

Só uma coisa o estava incomodando e desesperando mais que seus pesadelos... Ver Hinata tão fraca, triste e debilitada desse jeito. Sempre, nas ultimas semanas, a encontrava encolhida, se não estivesse dormindo, em um dos cantos do quarto com manchas de lágrimas no rosto.

Vê-la naquele estado fazia seu coração apertar e seu ar faltar. Ele agora entendia o porquê de se preocupar tanto com ela... Ele a amava. Isso mesmo, o grande Sasuke Uchiha, aquele que todos diziam não ter nem um sentimento dentro de seu coração estava perdidamente apaixonado pela paciente misteriosa e bela do quarto cento e trinta e dois, o pior é que antes ele achava o mesmo de si, mas aquela garota era diferente de todas.

Nas poucas e raras vezes que vira um sorriso se formar nos lábios rubros de Hinata o coração do Uchiha acelerava e, instintivamente, também sorria. Adorava ver o rosto com feições infantis e delicadas da Hyuuga ser tingido com um tom escarlate quando, simplesmente, dizia que a achava muito bela ou quando a abraçava.

Mais tudo isso estava diminuindo com o tempo... Ela agora mais dormia do que abria os olhos. E tudo por conta dos remédios de Tsunade e de Orochimaru. Já pediu a eles para reduzirem a medicação, mais ele sempre respondiam a mesmíssima coisa: ‘Não podemos, ela estava entrando em um estado critico, por isso deve esta sempre dopada.’

Aquilo era ridículo ao ver de Sasuke, Hinata nem parecia uma interna ou ate mesmo uma pessoa que sofria de esquizofrenia ou qualquer outra doença relacionada à personalidade. Ela alem de ser extremamente calma e amorosa, nunca demonstrou possuir dupla personalidade, o que é normal para os de mais internos daquela ala onde a jovem Hyuuga se encontrava.

Hoje, domingo, Sasuke se encontrava deitado em sua cama fitando o teto branco de seu quarto. Imagens da sua paciente Hinata e ele caminhando em direções opostas, se distanciando cada vez mais, como se fossem se separar e nunca mais fossem se ver, vislumbrou sua doce Hinata ir por um caminho negro e ali teve a visão de talvez perdesse a primeira pessoa que conseguiu se aproximar do seu coração...

A última imagem que teve antes de fechar os olhos com força deixando as lágrimas que teimavam em se formar em seus olhos cor de ônix foi a da bela jovem de olhos perolados, que agora brilhavam pôr conta das lágrimas, acenando a ele com um sorriso triste antes de sumir pôr completo, o deixando ser envolvido pela escuridão da solidão.

Com o simples pensamento uma súbita dor o assolou por completo. Não queria ficar longe da mulher que amava. A queria em seus braços. Junta a si... Pelo resto de seus dias.

- Nem que pra isso eu tenha de raptá-la daquele hospício – sussurrou decidido se levantando da cama e colocando a primeira roupa que viu.

Iria pesquisar o passado de Hinata antes de levá-la para o mais longe possível daqueles que não a estavam ajudado em nada, pelo contrario, estavam piorando sua situação.

Sasuke rodou por todas as bibliotecas próximas de sua casa a procura de algo que o pudesse ajudar a desvendar o misterioso passado de sua paciente mais na que estava agora ele achou um jornal de 11 anos trás com uma reportagem sobre o assassinato de um Hyuuga. Poderia ser alguém da família da Hinata?! Começou a ler, em voz alta, a reportagem:

- Hoje: 14 de outubro de 1997, o grande advogado e empresário Hiashi Hyuuga foi assassinado em sua própria casa, que localizasse em um dos bairros mais nobres da região, por volta das nove e trinta da noite. A herdeira Hyuuga, única que poderia ter presenciado o assassinato, não foi encontrada, provavelmente, foi seqüestrada ou, também, assassinada. –parou de ler ao ver a foto de uma garotinha de curtos cabelos azulados, um sorriso doce pousando nos rubros lábios e os, inconfundíveis, olhos perolados de sua amada. Era ela! Então era isso... Hinata sofreu um trauma pôr ver seu pai sendo morto?

Olhou mais uma vez para a foto de sua paciente quando essa tinha apenas 9 anos e flashes de seus pesadelos vieram a sua mente... Era ela! A garotinha era ela!

- Kami-sama – sussurrou rasgando a foto do jornal e caminhando para a saída, Hinata era a menina do seus pesadelos? Por quê ela fez isso? E o mais importante: Como ela fez isso?

Voltou para sua casa e ligou o computador, onde passou a maior parte da tarde, a procura de algo mais sobre a família e empresas dos Hyuugas. E achou: Hiashi era o sócio majoritário da um empresa de automóveis cuja o outro acionista, ao certo, não se sabia quem era. Mais com a morte do Hyuuga esse acionista ficou com tudo, pois, fora sua filha Hinata desaparecida, não acharam nem um parente do Hiashi.

Será que aquele acionista poderia ter mandado matar o pai da Hinata?

Com esse pensamento o jovem psiquiatra tomou uma decisão, precisava, urgentemente, encontrara aquele tal acionista! Ele poderia saber se Hinata havia ou não presenciado a morte do pai.

Depois de muito pesquisar, Sasuke encontrou o outro acionista. Ou melhor, a acionista: Tsunade Senju.

- Não – sussurrou aterrorizado. Então Tsunade, sua chefe, havia causado aquilo na sua tão amada Hinata? Não era possível, deveria haver outra Tsunade Senju naquele pais.

Mais não havia, foi mesmo a Tsunade que conhecia que fez aquilo com a jovem herdeira Hyuuga.

De súbito uma frase que a Loira o havia dito no dia anterior lhe veio à mente.

“- Amanhã irei fazer uma visita a Hyuuga, para lhe dar a nova medicação que eu e o Dr. Orochimaru preparamos para ela, mas não se preocupe ela não sofrera mais nada depois dessa nova doze –“

Pegou a carteira e as chaves do carro em cima da mesinha da sala, saiu de casa correndo para o carro.

Teria de chegar o mais rápido possível no Konohokage, se não seria tarde de mais para salvas sua Hinata.

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Entrou o mais rápido que pode no hospício onde trabalhava, ignorando todas as perguntas que faziam sobre sua presença ali hoje.

Ao chegar à porta blindada da ala onde Hinata se encontrava passou seu cartão pelo identificador, mais esse recusou o crachá do psiquiatra.

Praguejou mentalmente. Tsunade era esperta de mais para deixá-lo ter acesso aquela ala depois de ter demonstrado tanto interesse pela paciente.

Tentou lembrar-se de mais pessoas que tinham acesso aquela área e só conseguiu lembrar de uma: Gaara no Sabaku, um dos melhores psiquiatras daquele local.

Correu ate a sala do ruivo de olhos verdes-água e lhe pediu que segui-se o, alegando que seu paciente na ala ‘R’ estava descontrolado.

O jovem psiquiatra, sem hesitar ou fazer mais perguntas, seguiu o belo Uchiha ate adentrarem no local combinado.

Sasuke, pedindo para Gaara chamar a policia dizendo que depois diria o motivo, correu ate o quarto da sua paciente.

Ao chegar à frente do cômodo tentou abrir a porta mais essa estava trancada.

- Abram essa porta! –gritou forçando a maçaneta- Tsunade eu não deixarei que faça nada contra a Hinata. Nada, entendeu! NADA!

Um grito de dor sendo seguido pelo som se seu nome sendo chamado pela mulher que tanto amava, que vinham de dentro do quarto deixou Sasuke ainda mais preocupado. Ele estava ponto de arrombar aquela porta!

E foi o que fez, afastou-se da porta, e com uma serie de chutes, fortes o bastante para destroças uma arvore media, Sasuke arrombou aquela porta.

- Sua maldita –gritou entrando no quarto e vendo Tsunade ejetar algo na veia de Hinata em quanto essa se debatia e tentava se soltar do moreno de médios cabelos negros e olhos amarelos que a segurava firme mente contra a cama.

Sasuke fez algo que nunca pensou em fazer, bateu em uma mulher. Não um tapinha, mais sim um soco digno de competidores de boxe, lançando a loira contra a parede e a deixando inconsciente.

Quase de imediato Orochimaru tentou fugir da fúria do Uchiha, mais esse o ergueu pelo pescoço e jogou de encontro a uma das paredes daquele quarto.

Aqueles malditos pagariam muito pelo que fizeram a sua Hinata, a como pagariam.

Desviando sua atenção dos psiquiatras-corruptos, Sasuke fitou o corpo da sua amada... E logo após verificar seu pulso, lágrimas vieram aos seus belos e melancólicos olhos cor de ônix. Havia chegado tarde de mais!

- Hinata? –chamou sem a mínima intenção de conter os soluços que escapavam de sua garganta, perde-la era a pior coisa em todo o mundo - Vamos, Hinata... Responda – pediu sorrindo docemente, afastando algumas mechas azuladas de seu rosto pálido com feições belas e delicadas - Vamos, você não pode mim deixar, ainda temos que casar, ter lindos filhos e morar em uma casinha nas colinas – sussurrou pousando seu rosto na curva do pescoço da jovem Hyuuga e a puxando para mas perto de se.- Não me deixa... Por favor, eu te amo. Não me deixe! Você é tudo para mim.

Sasuke já havia perdido as esperanças quando um hálito quente bateu contra seu pescoço. Afastou Hinata de se, apenas o suficiente para ver seus olhos entreabertos e um sorriso fraco nos lábios arroxeados. Ela estava viva! Sua Hinata estava viva!

- Sa-sasuke? – chamou. Sua voz sairá fraca e com muita dificuldade - Pensei que nu-nunca fo-fosse chega – lágrimas vieram a seus olhos perolados - Tive ta-tanto medo de nu-nunca mais o ver – conforme as lágrimas desciam pelo seu rosto extremamente pálido e abatido Sasuke a apertava mais contra seu corpo - E-eu o amo ta-tanto.

Mais aquele lindo momento foi interrompido pelas estridentes sirenas da policia que já se aproximava.

Em poucos minutos diversos policiais já se encontravam por todos os lados daquele hospício. Tsunade e Orochimaru foram presos e seriam julgados com as acusações que lhes deixaram entre as grades por um longo tempo. Depois de uma investigação minuciosa nos pertences da Loira de olhos castanhos foram encontradas provas do assassinato do magnata Hyuuga Hiashi que foi morto há onze anos e do seqüestro da jovem herdeira da herança da família Hyuuga.

Depois de um rigoroso tratamento psicológico, efetuado por Sasuke, Hinata conseguiu retornar a rotina da sua antiga vida, sem paranóias ou pesadelos apavorantes que atormentavam o sono da doce Hyuuga.

Mais algo que Sasuke nunca entendeu foi como sua amada conseguiu lhe fazer ter aqueles pesadelos, que na verdade eram lembranças dela do dia em que seu pai morreu... Talvez nunca soubesse ao certo como, mais isso já não importava.

Hoje, Sasuke e Hinata estão vivendo em harmonia numa linda casa nas colinas com seu filho Hatashi de apenas um aninho... Um lindo moreno de belos e rebeldes cabelos negro-azulados e olhos cor de ônix, uma replica perfeita de Sasuke.

Quem os visse hoje nunca diria que esse jovem casal passou por tantos problemas, traumas e barreiras para conseguirem, em fim, desfrutar seu grande amor.

Alguns dizem que finais felizes não acontecem na vida real... ‘Acontecem apenas em contos de fadas’ diziam nossas mães... Mais Sasuke e Hinata poderiam dizer, com toda a certeza, que tiveram o melhor, mais perfeito e que nunca poderiam imaginaram ter... Final Feliz.

Você, meu caro amigo, pode acreditar: Uma historia como essa não existe nem em contos de fadas...

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Fim

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