Black Reaven e Shinigami chegaram no esconderijo Oxford em questão de segundos. Os gêmeos Alex e Ashley já estavam atrás da escrivaninha de Alex que já mirava o corpo de Shinigami, como sempre fazia. Ashley abriu um largo sorriso ao ver Black Reaven e pulou nele envolvendo seu pescoço com os braços e sua cintura com as pernas:

  - Saudade de você, Reaven! – ela gritou com aquela sua voz fininha de felicidade.

  Alex se levantara e pegou a mão de Shinigami:

  - Bom te ver, minha Deusa da Morte – ele beijou a mão da assassina – juro que pularia de um penhasco somente para você aparecer.

  - Ta bom, chega de ficar de enrolação, Sr. Oxford – dava para sentir o nojo na voz da garota – fala logo o que você quer para que eu e o Black Reaven façamos o nosso serviço.

  Ela olhou para o irmão esperando apoio, porém esse estava ocupado retribuindo o beijo da loira. A morena revirou os olhos e olhou para Alex.

  Os gêmeos eram loiros de olhos tão negros que pareciam carvões, o que fazia um contraste muito bonito. O rosto deles foi muito bem esculpido pelos pais, Ashley tem um corpo com curvas bem acentuadas e sempre usou blusas coladas com saias tão curtas que se fossem um milímetro mais curtas, sua calcinha ficaria à mostra. Já Alex tinha um corpo bem trabalhado – porém nem tanto quando o de Black Reaven, e todas as garotas gritariam “lindo, tesão, bonito e gostosão” se tivessem coragem:

  - Cof... Cof... Ashley Oxford, depois vocês vão para o quarto, mas agora temos que dar a eles a vítima.

  Ashley parou contra a sua vontade e Black Reaven não mostrava nenhuma emoção, já estava tão acostumado com isso... Sempre que a cliente era uma mulher, ele a levava para cama, simples, e até quando era idosa, mas essas ocasiões são uma em um milhão – graças a Deus, ele sempre diz:

  - Muito bem – continuou o loiro, fitando os seios de Shinigami – a vítima de vocês é Tom Kingsland.

  - Tom Kingsland?! – perguntou Black Reaven, estupefato.

  - Sim, esse milionário filho da puta – confirmou Ashley – ele tem uma coisa que é nossa, a adaga de Lord Nimbus. Ela funciona como uma Pedra Filosofal, quem a possui é imortal, pronto acabou, pertenceu a esse grande mago que passou de geração em geração e foi roubada várias vezes.

  - Porém, só funciona se forem ditas as palavras corretas e em latim – continuou Alex – nós descobrimos tais palavras e vamos dividir a imortalidade com vocês, porém para isso, Kingsland necessita estar morto. Devo avisar que mata-lo será uma tarefa difícil, sem dúvida, precisa ser uma adaga com um rubi encravado, quem deve estar a usando é uma mulher que tenha seu coração. Se for uma mulher a possuir a adaga, deve ser um homem com uma adaga com uma esmeralda encravada.

  - Agora eu entendi porque você não para de olhar o peito da minha irmã, Sr. Oxford – debochou Black Reaven, enquanto acariciava a coxa de Ashley que beijava o seu pescoço e soltava pequenos gemidos.

  - Ganhar o coração dele? Oras, isso será fácil – gabou-se Shinigami.

  - Ah, mas deve ser aos poucos – observou Alex, visivelmente excitado com a cena ao seu lado imaginando que fossem ele e Shinigami – você não pode simplesmente leva-lo para a cama.

  Shinigami deu de ombros, isso continua fácil demais para ser verdade:

  - Já fizemos sua inscrição em Harvard, a universidade que Kingsland irá cursar, você irá fazer o curso de medicina junto com ele, e você, Black Reaven, estará cursando junto com sua parceira e sua vítima, porém você estará dois anos à frente.

  - Isso é meio óbvio.

  - Olhem, foi extremamente difícil conseguir essas vagas para vocês, então não nos decepcionem.

  - Isso quer dizer que já acabou o seu falatório? – perguntou Ashley, que descera de Black Reaven e parecia anciosa.

  - Já.

  Shinigami olhou a camiseta do irmão, estava molhada.

  “Como ela é fraca! Pelo amor!”, pensou Shinigami, visivelmente desapontada, vendo que o irmão e Ashley estavam saindo do cômodo em que estavam e indo, com certeza, para um quarto:

  - Não se esqueça da camisinha! – berrou Shinigami, fazendo Black Reaven rir alto.

  Alex começou a se aproximar da morena:

  - E você? Trouxe camisinha? – perguntou, ansioso.

  - Não, e se você quer alguma coisa, sinto avisar que ficaremos somente nas preliminares.

  Alex não pareceu gostar muito da ideia, mas se contentou com isso e começou a beijar a morena.

  Ela o puxou até que sentiu suas costas encostarem na parede fria e envolveu a cintura do loiro com as pernas.

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  - Parece feliz, Christian, foi bom?

  - Foi, hoje ela estava inspirada – ele disse, rindo – e você? Sempre com a história das preliminares?

  - Sempre, tenho que dar uma de difícil.

  - Sei... – Christian começou a lançar o seu olhar raio-x em Jill – podemos ter a nossa vez um dia desses.

  - Claro, mas tem que ser quando papai estiver no trabalho.

  - Jill... Jill, Jill, Jill... Ele está pouco se fudendo pra gente, e você sabe disso.

  - Mas é mais fácil encontrar ele fora de casa do que dentro!

  O irmão assentiu, já que isso era um fato, o pai dos Potter quase nunca parava em casa.

  “E as notícias da meia-noite. Soubemos que Start Heads atacou mais uma vez. O corpo de Juliet Hudson foi encontrado sem a sua cabeça e com o escrito na parede, com seu próprio sangue, ‘Start Heads’. As únicas coisas que sabemos sobre esse assassino é que ele usa calçados número 43 e tem cabelos negros, porém seus fios de cabelo não batem com o de ninguém na Terra...”

  Jill e Christian sorriram, orgulhosos, e logo ouviram um estalo, o pai deles havia chegado.

  Eles correram para a sala, que pingava o sangue de Juliet Hudson. Thomas Potter carregava um sorriso no rosto. Jill explicou ao seu pai tudo o que os Oxford haviam contado, deu de ombros, falou o seu famoso “se virem, boa sorte”, e desceu para a sua sala.