_ Chegamos – Scooter sorriu

_ Ainda não entendi porque do terno, vocês vão sair? – perguntei confusa

_ Não – ele foi breve e desceu do carro abrindo a porta para mim.

Estranhei aquilo tudo.

Olhei minha roupa, um tanto sofisticada para ir a casa do Justin, um vestido preto com detalhes de renda, sandália vinho e uma jaqueta pelo frio. Scooter me mandou vir com uma roupa arrumada, então cá estou eu.

(Roupa: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=51455319&.locale=pt-br)

Scooter me fez apoiar meu braço do seu, como se estivéssemos em um casamento ou um baile de gala.

Tudo ficou ainda mais estranhos quando eu vi os dois babacas, Chaz e Ryan, com terno como se fossem... garçons. Ok, então aquilo era um jantar para mim?

Vi a Caroly com uma roupa um tanto formal, também. Ela estava com um vestido azul escuro e longo. Ela piscou para mim quando entrei.

Olhei para a direção que eu seguiria vendo um caminho cheio de... velas. Se alguém queria me surpreender, com toda certeza do mundo, conseguiu. O Chaz veio até mim me ajudando a tirar o casaco. Enquanto eu começava a seguir o caminho de velas, totalmente surpresa, havia um Scooter tirando fotos de tudo.

Cheguei ao fim do caminho de pedras, iluminado com velas.

http://24.media.tumblr.com/tumblr_m35u4ifcG11qd89xyo1_r1_500.png

Vi o Justin perto de uma mesa, ele esfregava as mão freneticamente. Seja o que for ele estava muito nervoso. Ele me viu e sorriu, deu alguns passos até mim segurando em minha mão. Ele me deu um selinho demorado me ajudando a sentar, sentando-se logo em seguida.

_ Você está mais nervoso que eu, que não sei de nada – ri sem graça

_ É que... uhm... tudo bem, vamos começar com o jantar – sorriu – planejei tudo, para que fosse o mais perfeito possível para você.

Sorri sem graça.

Logo o Chaz serviu um prato, era algo como frango e arroz, mas beeeem mais gostoso.

_ Se eu soubesse que esse jantarzinho seria assim eu teria me arrumado mais – falei sem graça

_ Você está perfeita – sorriu mostrando todos os seus dentes extremamente brancos.

_ Então... – desconversei – o que você fez daqui?

_ Oque? – ele pôs a mão no peito – magoou, eu fiz tudo.

_ Jura que eu acredito, te conheço, Justin – sorri de lado

_ Tudo bem, eu só escolhi os pratos e como seria isso aqui – ele apontou para o quintal todo bem arrumado – mas eu fiz a sobremesa – piscou.

_ Você é perfeito – escondi meu rosto nas mãos.

_ Não tanto como você – ele murmurou

Sorri sem graça, aliás tudo que eu estava fazendo ali era sorrir sem graça, já perdi as contas que eu senti meu rosto queimar por ele falar algumas coisas lindas como ele falou.

_ Você quer dançar? – Justin estendeu a mão para mim

Sorri assentindo, ele nos fez dar quatro passos mais longe da mesa e uma música lenta começou a tocar.

Sorri passando meus braços por seus ombros, ele segurou levemente em minha cintura.

_ Quando eu pedi para você fazer nosso jantar, juro que eu não esperava mais que uma pizza ou uma comida congelada – ri de leve.

_ Acho que nem isso eu conseguiria fazer – ele riu de lado – eu provavelmente queimaria.

_ Tudo bem – sorri de lado encarando seus olhos cheios de brilho

Ele se aproximou de mim me dando um beijo curto. Apoiei minha cabeça em seu peito sentindo seu perfume forte com um leve cheirinho de uva.

_ As vezes... as vezes eu acho que eu não sou o bastante para você.

_ Cla...

_ Shii, não fala – ele me interrompeu enquanto ainda dançávamos lentamente a música.

Sorri fechando meus olhos esperando o que ele iria dizer.

_ Continuando... – soltei um leve riso – Eu já fiz tantas besteiras, tantas idiotices desde que eu te conheci e você continua me perdoando, continua me fazendo sorrir. Confesso que já tentei achar alguma coisa ruim em você, e eu achei, eu. Eu sou a única parte ruim em você, mas eu sei que posso melhorar, sei que a cada dia eu posso me tornar uma pessoa melhor para todos, nós começamos errado, todo esse tempo nós estávamos em um relacionamento errado, cheio de confusões e intrigas, mas... eu quero concertar isso. – Ele afastou-se um pouco me fazendo tirar meus braços de seus ombros.

Preciso dizer do meu medo? Não? Ok.

_ Eu não quero que nosso namoro seja consequência de uma aposta, não quero que só porque nossos pais voltaram que nós também tínhamos que voltar, eu quero ajeitar isso da melhor forma – senti uma lágrima escorrer por meu rosto – eu fazendo uma pergunta e você respondendo. Então... – ele pegou alguma coisa no bolso da calça – a garota mais linda com os cabelos vermelhos aceita namorar com o idiota aqui? – ele ajoelhou-se sorrindo – Eu te amo muito.

Senti meus olhos explodirem em lágrimas, as enxuguei sorrindo.

_ Levanta, Justin – falei olhando por todos os lados vendo todas as pessoas possíveis assistindo a tudo

_ Na ultima vez que você falou isso, eu levei um soco no nariz – ele falou me fazendo rir

_ Tudo bem... Eu aceito – sorri

Ele abriu a caixinha amostrando um anel, não dava para definir bem a cor por está escuro, mas tinha uma big pedra de diamante no centro.

_ Ai Justin, esse anel deve ter custado muito caro – falei com dó de aceitar

_ Mas valeu a pena – sorriu tirando o anel da caixinha e segurando minha mão direita.

Ele encaixou o anel no meu dedo anelar, caindo muito bem.

Ele levantou-se e pegou alguma coisa preta no bolso do casaco.

Era uma aliança preta por fora e dourada por dentro, ele amostrou a parte interna me permitindo ver o “Ashley Lee” escrito nela. Sorri abertamente. Ele me fez por em seu dedo.

Ele me abraçou e logo após me deu um selinho.

_ Eu te amo – ele sussurrou com os olhos fechados iniciando um beijo

Seu beijo era, com toda certeza, o melhor de todos. Ele explorava minha boca com a língua e apertava meu corpo cada vez mais, me aproximando dele. O que me fazia ter choques repentinos. Talvez fosse amor.

Talvez nada! Era amor, e ainda é amor. O mais puro, o mais perfeito que alguém poderia sentir. O mais puro e perfeito que eu poderia sentir, ou que nós poderíamos sentir. Ele separou nossos lábios com um selinho.

_ Eu também te amo – sorri olhando seus olhos

De repente ele sorriu ainda mais.

_ Nem acredito que agora sim você é minha namorada. Oficialmente. Meu Deus! Como eu tenho sorte. Cara, eu te amo caramba! Droga, o que eu estou fazendo ainda falando aqui? – ele falava sem parar – Meu Deus! – ele sorriu mais me puxando para outro beijo.

Sorri ainda mais.