Epílogo

O Casamento

As luzes brilhavam reluzentes. Era noite no jardim da mansão Hyuga. Na cabeça de Sasuke se passava um filme de toda a vida dele ao lado da Hyuga herdeira. Ele nunca pensou que, mesmo com toda a tragédia da vida dele, seria tão feliz ao lado de uma mulher.

Recordou-se do dia em que se vira apaixonado pela mulher de olhos perolados, do dia em que pediu-a em namoro, dos ataques de ciúmes de ambas as partes, dos abraços, beijos, carinhos trocados. Ele podia afirmar que era sortudo por tê-la como noiva e, mais tarde, esposa.

Olhou em volta, pelo jardim que havia se transformado em um salão ao ar livre. Era primavera, e o jardim não poderia estar mais bonito. Ele sabia o quanto Hinata amava flores, e não pôde deixar de sorrir ao perceber o por quê da escolha da estação e do local. No começo, ambos queriam algo simples, só com os amigos e parentes dela. Porém, Hiashi Hyuga não deixou isso acontecer. Com o argumento de que todo Hyuga deveria casar-se grandiosamente, convidou, literalmente, todos os shinobis, kunoichis, civis e autoridades de Konoha. Havia, também, pessoas de outras vilas, como o Kazekage Gaara e seus irmãos. Hiashi, certamente, não deixou aquilo nas mãos de qualquer um. Todo o arranjo de flores da decoração foi prontamente colhida e arrumada pelos Yamanaka, a comida preparada pelos Akimichi – que haviam aberto um restaurante grandioso - e a guarda fora montada pelos Inuzuka e seus cães muito bem treinados.

E, mesmo com toda a insistência de Sasuke em contribuir com o pagamento das despesas, o patriarca dos Hyuga não o deixou dar um tostão de contribuição, alegando que o pai da noiva que arca com as despesas.

O presente de casamento da Hokage e de Jiraya – que estavam namorando – havia vindo mais cedo. Eles haviam presenteado os noivos com uma lua de mel na Austrália, local que Hinata queria muito conhecer.

Quando Sasuke pensou que aquilo não poderia ficar melhor, a marcha nupcial começou a tocar, e, no começo do tapete vermelho, entrou Hinata, de braços dados com o pai, sorrindo docemente.

Ela trajava um vestido branco tomara-que-caia, sem calda e totalmente bordado. Na medida em que ela andava, ele conseguia avistar nos pés dela uma sandália, vermelha escarlate, delicada. Na mão em que não estava dada ao pai, ela segurava um buquê com orquídeas vermelhas e iris brancas.

Ela andava em sua direção e Sasuke só a via. De repente, todos os convidados sumiram, seus padrinhos sumiram, o padre sumiu, o pai de Hinata sumiu. Ele só enxergava Hinata e a beleza dela.

A cerimônia correu tranquilamente, e, quando Hinata disse ‘sim’ para ele, ele percebeu que nunca mais teria tristeza em sua vida, pois Hinata estava ao seu lado. Ela era sua esposa.

fim.