Logo depois da grande guerra, onde Zeus, Poseidon e Hades aprisionaram Kronos e todos os titãs, libertando seus irmãos e irmãs assim erguendo o tempo que era conhecido naquele tempo como o monte Olimpo. Cada história era marcada por feito de grandes heróis como Perseu, Teseu e até Hércules, mas o grande mal ainda estaria por vir, um mal que até mesmo os Deuses dariam conta, pestes, terremotos, vulcões, tempestades foram liberadas na terra, mas nada disso era pior das terríveis criaturas que foram soltas de sua prisão do Tártaro, onde nem mesmo Hades conseguiu impedir. Um mal tão grande dentro de uma pequena caixa que é conhecida por todos como a caixa de Pandora.

–Está incontrolável Zeus!-Disse Hera. –Os humanos estão sofrendo lá embaixo.

–Eles acham que é culpa dos Deuses o que sofrem!-Respondeu Apollo. –Rebeldes começaram a matar quem não nos abandonou, os humanos declaram guerra contra nós.

–Irmão.

–Hades. –Indagou Zeus. –Sinto daqui que até o Tartáro treme.

–O número de almas sobem mais e mais, tanto que já é demais para o submundo, Pandora está presa e pronta pra receber seu castigo.

–Mesmo que as frutas de Perséfone curem a peste ainda tem os desastres e as criaturas do tártaro.

–Se eliminarmos grande parte está bom!-Disse Hades. –Eu posso cuidar das bestas que se soltaram pela terra.

Mesmo Hades sabendo que não teria forças para cuidar disso sozinho quis fazer uma tentativa, o Deus do submundo não morreria, mas com o número de bestas soltas isso levaria muito tempo, sem saber o ponto final da história.

Com o passar dos anos a situação estava sendo controlada, os desastres naturais e doenças passaram, mas Hades com o trabalho mais difícil estava ficando cada vez mais fraco, logo não poderia mais continuar com isso.

–Querido deveria descansar!-Advertiu Perséfone. –Mesmo sendo um Deus não agüentará desse jeito.

–É minha responsabilidade prender todas as bestas fugitivas... Posso morrer depois, mas não antes de todas as criaturas estarem presas.

–Deuses não morrem!

Perséfone caminhou até a fonte Animaghost, onde as almas eram perambulavam por ali esperando a vez de sua seleção, se iriam pro Elísio ou pro Grieve, no chão havia vários ossos espalhados pelo chão, corvos se alimentavam de pouca carne podre que ainda restava.

–Desse jeito Hades não vai agüentar, eu preciso fazer alguma coisa.

A Rainha Perséfone sabia que apenas teria uma solução, recorrer ao palácio Deadness, onde nem mesmo Deuses tinham coragem para ir, onde moravam as Moiras, as três bruxas mais temidas por qualquer ser, pois elas tinham o poder de matar, apenas por cortar um único fio de lã... Um fio de lã representava tão preciosa alma, que cortada era jogada na fonte AnimaGhost. Perséfone entrou no lugar, tão escuro e tenebroso, fedido quanto os pântanos. A Rainha avistou a coisa mais bizarra do mundo, as três bruxas brigando por um olho, são chamadas elas de Lahkesis, Atropos e Clotho.

–Solte isso sua velha coroca.

–Solte você, isto me pertence.

–Quietas... Parece que temos visitas, sei que está aí Perséfone.

Perséfone saiu de onde estava escondida e tirou o capuz se revelando.

–Também sabemos para que veio. –Clotho olhava a bola de cristal. –Pobre Deus Hades, desse jeito vai ser o primeiro Deus a morrer.

–Por isso eu procurei vocês. –Perséfone falou. –São as únicas capazes de controlar a vida e a morte.

–Isso seria contra as leis de Zeus. –Disse Lahkesis colocando o olho na única órbita. –Não podemos roubar almas, apenas condena-lás.

–Estou disposta a fazer qualquer coisa para salvar o meu marido. -Perséfone tirou o colar de diamante negro. –Ouvi dizer que vocês adoram objetos de valor, e essa jóia é a única coisa que tenho.

As Moiras pegaram naquele objeto o tocando com muito cuidado e o examinando, Atropos retirou o diamante brotando de seu rosto um sorriso podre e banguela transformando a jóia em um anel de caveira, transformando a cor negra em cor prata.

–Está feito!-Atropos entregou o anel para Perséfone. –A alma do mais corajoso soldado de Sparta presa nesse pequeno anel.

Com a alma do mais corajoso e habilidoso soldado de Sparta, fazer um corpo não era difícil, com o cabelo da mais bela mulher, os ossos de Aquiles, e é claro a alma do mais corajoso soldado, Perséfone jogou o principal na fonte, mas ainda faltava uma coisa, carne...E a carne escolhida para isso foi exatamente a carne de Teseu, o grande herói que conseguiu destruir o minotauro...

–Pelos Deuses que isso funcione...

A fonte começou a ferver e o lugar a tremer, Perséfone numa reza e encolhida no chão torcendo para que seu plano desse certo, uma mão saiu da fonte, cujo no dedo estava o seu anel prateado de caveira, e aos poucos iam surgindo uma pessoa, o físico não era musculoso como o de Teseu, é mais pra um de adolescente, os cabelos eram negros e longos, levantou a cabeça revelando as orbes vermelhas e vazias... Afinal o plano de Perséfone tinha dado certo.

–Ah eu queria menina. -Reclamou Perséfone.

Não se sabia se aquele garoto seria mesmo útil, a oportunidade perfeita para testa-lo foi quando um Kraken ameaçava destruir toda Sparta... Stefano fora o nome que Perséfone escolhera para ele enfrentou a criatura sem nenhum temor com a própria espada de Hades, nenhuma arma havia sido forjada para ele naquele dia. Num piscar de olhos Stefano destruira a criatura salvando Sparta e como prova de sua força e lealdade levou para rainha Perséfone o imenso olho vermelho que possuia a criatura. Afinal Stefano era forte e útil para os Deuses.

Tudo havia sido observado no monte Olimpo, e Hades sofria uma audiência, pois não sabendo de nada sobre os feitos da esposa com relação ao menino Stefano.

–As regras foram quebradas irmão. -Disse Zeus. -Mesmo sendo Deuses não podemos ressucitar humanos, isso arrebentaria os fios da vida da Moiras.

–Nem eu mesmo sabia de tal ação irmão. -Se explicou Hades. -Não sabia que Perséfone se atreveria a fazer esse tipo de coisa...

–Pois sim eu me atrevi...

Perséfone abriu os portões da sala dos Deuses, trazendo consigo Stefano, que usava uma básica armadura grega e por baixo do elmo podia-se ver que seus cabelos haviam sido cortados.

–E sabe por que?Fiz isso para salvar os Deuses, você entende minha mãe...

–Perséfone. -Indagou Deméter.

–Mesmo Hades me sequestrar e me aprisionar durante esses anos ele não descumpriu parte do acordo, mas mesmo assim eu não poderia deixa-lo se esgotar assim, somente ele tem forças pra manter o submundo de pé.

–Você quebrou as leis Perséfone. -Levantou-se Atena. -Não se mexe nas linhas da vida, e por isso devera ser castigada e o humano morto.

–Espere Atena. -Se levantou Hermes. -Qual o seu nome garoto?

–Stefano.

–Você foi criado para que propósito?

–Aprisionar as bestas do Tartáro. -Respondeu o garoto. -Hades estava ficando mais fraco e fui criado para somente esse propósito.

–Você tem mais algum propósito depois de destruir essas criaturas?-Perguntou Ares.

–Não, sou apenas um servo.

–O garoto parece não estar mentido. -Falou Hermes. -Zeus não vejo o porque de punirmos Hades... -Stefano não é?Quantas bestas você já abateu?

–Três até agora, Kraken, Euríale e Hidra... -Falou Stefano tirando seu elmo.

–É forte pelo que vejo. -Sorriu Hermes. -Meu senhor Zeus, Poseidon o garoto é de confiança e forte também...Esqueçam essas leis idiota, ele está do nosso lado.

–Ele já mostrou isso. -Disse Zeus. -Posso ver a sinceridade em seus olhos e o fogo ardente ansiando por uma batalha, o garoto pode prosseguir, mas ele não ficará no Olimpo, ele ficara na terra como um ser humano comum e cuidado pelos Deuses.

–Nem nós mesmos podemos ficar na Terra por tanto tempo irmão. -Disse Poseidon. -O garoto é forte, mas não terá condições para sobreviver...

–As ninfas ficariam feliz em ajuda-lo. -Artemis comentou.

–Não seria bom para ele ser criado por um monte de mulheres. -Protestou Ares.

–Essa é a atitude mais machista que já ouvi.

–Se nem Hades aguentou dar conta de tantos monstros que chances esse garoto tem?-Protestou Atena. -Ele não é diferente de Hades.

Os Deuses já haviam se decidido, o garoto viveria e lutaria em nome dos Deuses, mas uma coisa que Atena disse ali não deveria ser ignorada, se nem Hades aguentou que chances Stefano aguentaria?

Um trato foi feito entre os Deuses e as Moiras e mais guerreiros foram criados, cada um representando um Deus, cuidando da Terra para trazer a paz novamente, esses são chamados os "Herdeiros dos Deuses".

Não teriam poder suficiente para faze-los imortais, mas uma chance dessa em beneficio dos olimpianos não poderia ser desperdiçada, mas o trato foi eles viverem na Terra como os humanos, o que queria dizer que mesmo poderosos os "Herdeiros Olimpianos" não escapavam da velhice e morte. Mas, o que poderia ser cumprido no trato com as Moiras seriam que esses herdeiros reencarnassem geração após geração lutando contra as bestas do tártaro.

E assim foi feito, batalha após batalha Stefano lutava intensamente vivendo a serviço dos Deuses juntamente a outros herdeiros que estavam espalhandos por toda parte do mundo, mas haviam consequências, as violações das regras foram sérias e se criar humanos era grave, dar o poder de reencarnar então... Os Deuses não seriam condenados e sim a esses "Herdeiros" e a única punição seria esquecer tudo que viveu nas vidas anteriores, a cada nascimento eles eram condenados a deixar o passado onde lutou bravamente para trás.