Mom s Diary escrita por Nath Mascarenhas


Capítulo 20
Segunda, 26 de dezembro, à noite.


Notas iniciais do capítulo

Gente, essa foi rápida... Estou inspirada pra essa fic hj.



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Oi filhotes! Eu estou me sentindo terrível... Eu briguei com o pai de vocês e agora ele saiu de casa e nem disse quando ou se ia voltar hoje. Eu sei que estava coberta de razão, mas porque meu coração não acha isso? Eu sou uma abestalhada...

Acho melhor vocês saberem como a briga começou para intenderem meu drama... Bom, começou com seu pai chegando há uma hora, às sete da noite! Não seria uma coisa anormal se ele não desse as caras desde ONTEM!

Ele chegou aqui com a cara mais lavada do mundo e me deu até boa noite, ainda bem que eu não estava com uma faca na mão, pois se não vocês estariam com um pai decepado! Mas continuando...

-Isso é hora, Matthew? –Perguntei seca.

-O quê? Ainda está cedo... – Falou dando de ombros.

-Como assim cedo?! –Perguntei não acreditando no que eu estava ouvindo.

Filhos a visitas são aos domingos, espero que vocês me visitem na penitenciaria e que minha penitência não seja tão longa por matar seu pai!

-Ainda nem deu oito... – Falou se sentando no sofá e pondo os pés na mesa de centro. – Me atrasei?

-Sim, vinte e quatro horas! – Não aguentei e gritei mesmo. – Eu fui embora as oito de ontem! E só hoje você chega?

Sua expressão nem se abalou, ele realmente não se sentia culpado por nada e isso só me lembrou do Matt que eu conheci meses atrás. E eu idiota pensando que ele tinha mudado...

-Como você mesma já me disse, não somos casados... -Falou na defensiva. - Não tenho nenhuma obrigação de te seguir feito um cachorrinho...

-E que tal avisar? –Perguntei brava.

-Não tinha telefone onde eu estava. –Falou ligando a TV e zapeando pelos canais.

-Matt... Onde... Você... Estava? –Perguntei me tremendo de raiva.

-Eu até lhe responderia, mas tenho quase certeza que você não irá gostar da resposta. – Constatou arrogante.

-M-Matt. – Eu segurava as lágrimas que ameaçavam cair e até que era uma luta muito difícil. –Por que você está fazendo isso comigo?

Ele me olhou com desprezo e depois se levantou e veio na minha direção, não foi preciso ele chegar tão perto para eu sentir o cheiro feminino nele. Eu não consegui não recuar alguns passos para trás.

-Olha aqui Anna. –Começou todo azedo. – Eu simplesmente estou cansado disso tudo! Cansado de te ver sempre chorando, dessa vida miserável, daquele trabalho medíocre, dessa casa e principalmente DE VOCÊ! –Gritou me fazendo estremecer. – Eu tinha tudo, uma casa linda, mulheres a rodo atrás de mim e quando eu te conheci você me arrastou para esse inferno! – Acusou-me severo.

-Você acha que eu não abdiquei de nada por causa dessa situação? –Perguntei indignada apontando para minha própria barriga. –Não é você que vê seu corpo se deformando a cada dia ou tem que aturar um menino mimado que nem você!

Filhos, vocês sabem que eu amo vocês de todo o coração, não sabem? Então desconsiderem o que irão ler, pois a mamãe estava de cabeça quente.

-Sua vida era uma merda, Anna. –Constatou. –A minha não.

-Ah tá, você acha que eu escolhi essa vida pra mim? –Perguntei agressiva. – Você acha que eu queria você como pai dos meus filhos?! Nem de você eu gostava!

-Ah é! –Exasperou. –Agora você me ama... – Zombou.

Eu olhei para ele sem entender por que ele estava sendo tão perverso comigo. Sentei numa cadeira e pus a mão no rosto, tentando ver com clareza e me acalmar.

-E você quer que eu faça o que em relação à isso? –Perguntei dura depois de um longo momento de silêncio. – Até onde eu sei não se escolhe a quem se ama... Pois se eu pudesse com certeza não seria você!

Ele bufou.

-Claro. –Revirou os olhos. – Seria o Dr. Amorzinho.

-Não meta ele na história que ele não tem nada a ver com isso! –Grunhi.

-Por que não volta pra ele, Anna? –Perguntou cheio de escárnio. –Ah já sei! Por que você tá grávida de outro e ninguém quer uma mulher com filhos de outro homem imagine uma com dois ainda na barriga?

-É, ninguém. – Concordei amarga. – Inclusive você e olhe que você é o pai.

Assim que eu terminei de falar me tranquei no quarto e ele sequer bateu na porta tentando entrar para se desculpar, apenas depois de um bom tempo, ele gritou me avisando:

-Eu vou ver a Mickaela na casa dela! –Avisou-me grosseiramente. –Lugar onde eu não deveria ter saído...

Eu não respondi e eu pude ouvir a porta bater com violência. Então ele tinha ido ver outra... Provavelmente é aquela loira de ontem, mas eu não irei me importar mais com ele.

Mentira! Como pude escrever isso aqui?

Eu amo aquele idiota e estou com meu coração em milhões de pedacinhos até tentei ligar para Alexia, mas ela estava tão animada com os preparativos que nem percebeu meu ânimo e eu não quis deprimi-la com meu humor, então desliguei logo.

Já são quase meia noite e até agora ele não chegou, ele deve dormir por lá mesmo... E se não até já preparei a cama pra ele... No SOFÁ!

Será que ele vai me deixar sozinha de novo? Filhos, ouvi um barulho de chaves. Olhei para o relógio e é meia noite agora. Será que é ele? Acham que eu devo ir lá ver quem é?! Acho que vou... Vou lá aqui e daqui a pouco eu volto, ok?

Agora são umas três da manhã de vinte e sete de dezembro, mas  eu não vou me importar de escrever, pois escreveria o que aconteceu até num guardanapo... Sim, acho que vocês devem estar ansiosos para saber quem era que tinha chegado naquela hora, certo?

É, era o pai de vocês. Super hiper mega bêbado.

-Matt, você está bem? –Perguntei preocupada pelo fato dele ter ficado olhando para porta uns dois minutos sem parar.

-Anna? –Perguntou surpreso, olhando na minha direção. Estava escuro e a única coisa que iluminava a casa era o poste, fazendo-o espremer os olhos para me ver naquele breu.

-Sim, sou eu. – Eu disse apertando bem forte os braços no peito para manter meu coração batendo com regularidade. –Aconteceu alguma coisa com você?

-Sim. – Falou vindo até mim. – Você, foi isso que me aconteceu. – Falou embolando a língua.

-Matt, se for começar com a briga, eu não tô a fim. –Falei dando-me as costas para ele indo para o quarto.

Mas de repente, senti seu corpo encostar ao meu e encaixando-me perfeitamente nele. Sua respiração era rápida e desregular e estava bem em meu pescoço enquanto seu queixo roçava em minha clavícula, fazendo-me arrepiar. Porém, eu me desvencilhei.

-Não fuja de mim, meu anjo. –Sussurrou me abraçando por trás.

-Você acha uma idiota, né? –Perguntei já meio entregue à ele.

-Sim, mas uma idiota que me ama. – Falou me virando para encará-lo e foi me levando para o quarto.

Ele me beijou, é lógico que eu senti o gosto e o cheiro de bebida nele, mas eu não me importei... Sabe por quê? Quando estiverem apaixonados vocês irão saber... 


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Notas finais do capítulo

E aí reviews?