My New Life... escrita por Anne-S


Capítulo 7
O estranho


Notas iniciais do capítulo

Esse foi o capítulo que eu mais gostei até agora.
O final, é claro.
Espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/163494/chapter/7

     Nós fomos até a casa da senhora Miller, mas a vó de Katy disse que ela estava dormindo. Ela  nunca gostou de mim, e quando viu Beel do meu lado...

- Nós voltamos outra hora, então. – Isabel disse com seu sorriso debochado. Ela me arrastou até o carro e entrou.

- Você não acreditou, né? – eu perguntei mesmo sabendo a resposta. Nenhuma de nós acredita em uma palavra que sai da boca daquela velha nojenta.

- Na gárgula?! Não! – Beel disse como se eu a tivesse insultado – Liga pra Katy e manda ela descer. – Beel disse dirigindo até uma viela que ficava duas ruas atrás da casa de Katy, três ruas da casa de sua avó.

      Nós fomos até a casa da gárgula e ficamos escondidas atrás de um arbusto gigantesco embaixo da janela do quarto de vizitas onde tinha uma luz acesa. Não liguei para Katy, eu mandei uma mensagem.

     Katy jogou uma escada (N/A: não me perguntei de onde ela tirou aquilo) e desceu em silêncio.

- Lucy! Isabel! Vocês vieram mesmo! – ela estava tão abalada que aquela simples animação não devia ser estragada com a resposta sarcástica que estava na ponta da minha língua.

- É claro que não deixaríamos você nesse momento, Katy! – para minha enorme surpresa Beel a abraçou. Isabel adora dar abraços. Mas ela nunca falou com Katy.

     Na verdade ninguém nunca falou com Katy, todos a evitavam, apenas eu falava com ela. Tudo isso por culpa de Andressa Vaca Miller. Ela era nossa rival desde a segunda série quando eu ganhei o concurso da escola que ela tentou sabotar. Desde então ela vinha tentando acabar com minha reputação, destruir minhas amizades. E principalmente: destruir minha felicidade.

      Eu só falava com Katy porque conhecia ela desde a primeira série, e sabia que ela não era como a irmã.

       Depois de Katy chorar litros, Isabel conseguiu convencer ela de que seria melhor assim. Que se ela sobrevivesse ficaria paraplégica e blábláblá. Nós nem sabíamos se era possível, mas ela estava muito machucada mesmo. Depois ela subiu e foi dormir, isso já era 21:40.

        Quando saímos da pequena varanda onde ficamos esse tempo todo percebemos que estava frio e uma névoa cobria todo o caminho que deveríamos fazer até o carro.

- Ah! Eu não acredito! – Beel tentava esconder o cabelo em quanto andávamos apressadas, já estávamos perto da viela.

- Em casa você seca o cabelo, Beel! Vamos rápido! – eu não sei porque, mas aquela névoa não me parecia natural. Ela me dava arrepios.

          Quando chegamos ao carro eu me senti aliviada. Até que ouvi passos.

           Meu coração disparou. Mas quando olhei para os lados não tinha ninguém. Ou não dava pra ver, a névoa tampava tudo que estivesse à mais de dois metros.

- Você ouviu isso? – eu perguntei para Isabel, talvez pensando que estava louca.

- Isso o quê?! Lucy, não me assuste! Eu já to nervosa o suficiente! – Beel tentava à todo custo abrir o carro, mas suas mão tremiam tanto que tornava essa simples tarefa impossível.

- Deixe que eu faço isso.

             Não, não foi eu quem disse isto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews? Acho que esse merece, né?