Desencontros escrita por map-chan, Kuri-Chan, Koneko-chan


Capítulo 2
Inomináveis


Notas iniciais do capítulo

Foi muito divertido fazer esse capítulo, Kuri começava a sofrer do nada e teve vários chiliquinhos, foi engraçado...
Quem teve dó do Draco no primeiro capítulo vai querer me matar xD, eu, Map-Chan, assumo toda a responsabilidade!
esse capítulo é enorme, e é bem provavel que o próximo seja maior, ou pior xDD~~~
Sem mais delongas, ai está o tão falado capítulo:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/163465/chapter/2

Capítulo 2

– Boa noite mãe, pai... – disse ao chegar em casa cansado.

– Boa noite filho – minha mãe veio até mim com um sorriso – chegou uma coruja do ministério.

Abri o envelope e sorri de canto, então depois de tanto tempo, finalmente arranjaram alguém pra me ajudar, claro que a primeira semana ia ser difícil, trabalhar e ainda explicar todos os procedimentos pro novato, mas seria compensador, meu serviço seria menos estressante.

– O que diz a carta? – perguntou curiosa.

– Vai entrar um novo funcionário amanhã e ele vai trabalhar pra mim – respondi simples deixando a carta sobre a mesa – Vou me deitar.

Havia sido um dia estressante no ministério, fazia alguns meses que meu companheiro tinha sido transferido e me deixou com todo o trabalho sozinho, com alguém pra dividir, seria muito mais tranquilo o dia, correria menos.

Ignorei minha mãe pedindo para comer e subi para meu quarto pensando no pobre coitado que escravizaria no dia seguinte, iria dar todo o trabalho duro para ele e ficar apenas com os mais simples.

Arrumei-me para dormir, estava tão cansado que tive a sensação de ter fechado os olhos e logo minha mãe veio me chamar para mais um dia, um longo dia...

– Não o deixarei sair se não comer ao menos um pouco do café da manhã, ontem você nem mesmo jantou, comeu alguma coisa a tarde? Você não pode ficar tanto tempo sem comer... – e lá vinha minha mãe com os sermões dela.

– Tudo bem mãe, eu vou comer... – disse pegando um pão doce enquanto ela enchia um copo com suco de laranja.

Comia rapidamente para não chegar atrasado quando vi meu pai se sentando à mesa, grunhi um “bom dia” e me levantei, recebi um olhar desaprovador do mesmo.

Subi e me troquei, logo desci e fui para a lareira onde minha mãe me esperava com um casaco e o pó de flu, me despedi rapidamente e jogando o pó no chão.

– Ministério da magia!

Com um solavanco senti que havia chegado ao meu destino, fui falar com Kingsley sobre o meu ajudante, subi até o sétimo andar e fiquei estancado ao ver uma mulher conversando com ele, seus cabelos negros e encaracolados, muito familiares para mim.

– Você vai ficar mesmo na frente do elevad... Ah Malfoy, me desculpe – disse um dos funcionários.

Voltei a caminhar em direção o ministro, antes que abrisse a boca para falar, ele mesmo havia começado a conversa:

– Malfoy, aqui está a sua nova ajudante, a senhorita Shiranui, espero que vocês se dêem bem, explique direito o que ela tem que fazer, aposto que ela será muito útil.

Ela estava tão pálida quanto eu, seus olhos levemente arregalados e estática.

– Um prazer te rever – sorri bobo.

– Vocês já se conheciam? – estranhou Kingsley.

– Ela é um ano mais nova, nos falávamos em Hogwarts – expliquei estranhando o silencio dela.

– Isso fica mais fácil, espero que se adaptem logo, bom dia de serviço – ele entrou no elevador.

– Então... É você quem vai trabalhar comigo? – não conseguia esconder, e nem queria, minha felicidade – já trabalhou em alguma área do Ministério antes?

– Não, é a primeira vez...

– E você já está nesse departamento? – perguntei surpreso.

Demorei um bom tempo para trabalhar no departamento de mistério e ainda usei as influências do meu pai, mas ela como se lesse minha mente respondeu.

– O marido de Miyuki me indicou.

– Ah, sua irmã casou, quem é o marido dela?

– Você o conhece, era artilheiro da sonserina.

– Qual deles? Tivemos vários...

– O Vaisey.

– Que bom, ele realmente era uma boa pessoa, apesar de estranho...

Nos encaminhamos para nosso setor e eu a ajudava a organizar as profecias, ela me evitava a todo custo e passamos o dia assim.

Em casa cheguei com disposição.

– Pelo visto o dia foi bom – minha mãe me esperava na lareira – seu pai chegará tarde.

Ao ouvir sua frase agradeci internamente.

– O jantar está pronto?

– Claro, vou pedir para porem a mesa, estou curiosa, como foi com seu ajudante hoje?

– Reencontrei uma colega de Hogwarts

– A senhorita Parkinson? – ela me perguntou animada.

– Não... Uma outra pessoa – hesitei um pouco.

– Eu a conheço?

– Não, ela era da Lufa-lufa

Vi no rosto da minha mãe um certo desgosto.

– Mas eu não poso saber seu nome?

– É Shiranui, vamos jantar? Estou com fome – mudei de assunto rapidamente.

Normalmente ela não gostava que eu conversasse com pessoas que não fossem de sonseria, assim como meu pai, ambos pensavam que as outras casa eram insignificantes e não merecedoras de atenção, era comum que ela fizesse essa cara de nojo quando eu me referia ou conversava com os alunos de outra casa.

O jantar foi silencioso , não tive mais vontade de conversar, meu animo havia se esvaído, minha mãe nem disfarçara que queria que eu reencontrasse Pansy, ela sempre achou que aconteceu algo entre nós.

Antes que fosse me deitar minha mãe me chamou:

– Meu filho, você se lembra da filha do colega do seu pai, Greengrass?

Grunhi um sim para que ela continuasse.

– Então, ela virá jantar conosco essa semana, se você conseguir chegar mais cedo... agora que você tem uma ajudante...

– Não é porque tenho ajuda que vou deixar tudo para ela, e qual o motivo dessa menina vir jantar aqui?

– Seu pai foi empregado graças aos pais dela.

– Não fiquei sabendo de nada no Ministério.

– Mas este é o motivo dele chegar tarde, estão conversando com ele, e como os Greengrass estão ajudando, os convidei, seria muita falta de educação se você não aparecesse.

– Vou aparecer, mas não no horário – disse recebendo um olhar de desaprovação.

– Você não pode explicar a situação e pedir que ela o cubra? A senhorita Shiranui não consegue fazer isso? – Havia desprezo em sua voz.

– Ao contrario do meu pai, eu REALMENTE trabalho, e não vou sair mais cedo só por causa disso.

– Draco, olha o respeito com seu pai.

– Boa noite.

– Nossa conversa pode até ter acabado, mas quando seu pai chegar vai conversar com você.

Abri a porta e olhei firme nos olhos.

– Eu não ligo para a vida dele, muito menos para esse jantar, por que ele não continua fingindo que eu não estou aqui? Eu não sou um troféu que ele pode mostrar para os amigos, estou cansado.

Fechei a porta e me preparei para deitar enquanto ouvia minha mãe pedindo para que eu faltasse , eu sabia o quanto era importante, mas não conseguia suportar a idéia de ser usado dessa forma, mesmo que minha mãe fique triste, já havia passado da hora de me impor.

Minha relação com meu pai nunca fora muito boa, ele sempre me encheu de presentes e mimos, tudo que eu pedia era sempre prontamente atendido, só que faltava uma coisa importante, que eu ganhava apenas da minha mãe e mais ninguém, carinho, meu pai não sabe o que é afagar meu cabelo, ou me desejar um bom dia, nunca escreveu cartas enquanto estava em Hoqwarts, eu duvidava que meu pai fosse capaz de amar alguém mais do que ele mesmo e seu dinheiro.

No dia seguinte fui acordado por um elfo, provavelmente minha mãe estava furiosa, ou chateada com a pequena discussão do dia anterior, mas pela calmaria ela não havia falado nada com meu pai, para evitar falar com os dois mandei que o novo elfo trouxesse meu café até o quarto, enquanto ele o trazia me troquei rapidamente.

Comi com pressa, e antes que chegasse à lareira ouvi a voz da minha mãe:

– Draco, você tomou o café da manhã? – me perguntou preocupada.

– Comi no quarto, obrigado por não falar com ele... – disse com voz de desprezo a última palavra – Tenho que ir, até mais tarde.

Mais uma vez entrei na lareira e fui para o ministério, ao chegar pensei que seria ótimo vê-la novamente e me animei um pouco mais, sem demora fui até o departamento de mistério no meio do caminho vi Kuri se despedindo de alguém que eu não via há muito tempo, seu cunhado Vaisey.

Seus olhos pousaram sobre mim, ao contrário do dia anterior, eles estavam afetuosos e gentis, ela sorriu calmamente e veio em minha direção, isso foi muito familiar.

– Está tudo bem Draco? Você está com o mesmo olhar de quando nos falamos a primeira vez... – a voz dela tinha um timbre de preocupação.

– Ah... você percebeu? Não é nada que tenha que se preocupar, logo vai estar resolvido.

– Tudo bem, só não esqueça que eu ainda sou aquela sua amiga, quando estiver à vontade para me contar, não hesite.

Concordei com a cabeça e continuei meu caminho, ainda digerindo as palavras que ela havia me dito, ontem o clima estava um pouco pesado e hoje era como se eu estivesse no meu sexto ano, pensando em como matar Dumbledore e ela apareceu me trazendo uma luz, um motivo para continuar e me dando uma lição que levarei para toda a vida, amar.

Apesar de silencioso, o dia foi agradável, Kuri havia aprendido sem dificuldades como organizar as profecias, após o almoço explicaria para ela sobre as outras salas, faltava explicar sobre mais quatro.

– Draco, você não vai almoçar? – a morena me tirou dos meus pensamentos – Já deu o horário de almoço.

– Claro! – me levantei – Onde você vai comer? – perguntei curioso.

– No refeitório, Miyuki preparou um obento para mim – sorriu como uma criança.

– Não faço idéia do que seja isso, mas você quer almoçar comigo no caldeirão de prata?

Ela fez uma careta engraçada e fuçou na bolsa por um tempo.

– Não se preocupe com isso, o ministério paga...

– Você esta falando sério? – ela me olhou incrédula e tudo que fiz foi rir.

– Somos os únicos inomináveis, o ministério não se importa de fazer isso desde que nós fiquemos de boca fechada...

Ela pensou por um instante, parecia meio confusa, quase como que em uma guerra interna, pensando se deveria fazer isso, por fim me respondeu sorrindo:

– Acho que não tem problema então, certo?

Fomos até as lareiras, eu estava abobado com tudo que ela fazia, era como se aqueles três anos nunca tivessem acontecidos, ela me copiava, fomos para um restaurante que eu frequentava com meus pais, o caldeirão de prata, olhei para trás para esperar minha acompanhante, a vi impressionada olhando ao redor.

– Você tem certeza que o Ministério vai mesmo pagar a conta DESSE restaurante? – ela cochichou perto do meu ouvido meio assustada.

Senti meu rosto esquentar e o virei de modo que ela não pudesse ver minhas bochechas rubras, meu coração havia disparado e gaguejei:

– Cl.. Claro, sempre pagam pra mim...

– Mesa para dois senhor?

Confirmei com um aceno de cabeça, e dei meu braço para que Kuri me acompanhasse, ela me olhou com um certo receio e com uma expressão um pouco culpada segurou o meu braço insegura.

– Não precisa se preocupar, o Ministério realmente paga isso para nós...

Ela continuou quieta por um bom tempo, o olhar baixo, pegou o cardápio e o folheou, eu a olhava por cima do meu próprio, não sabia o que ela estava pensando.

– Você quer uma sugestão? – perguntei.

– Por favor, o que você recomenda?

– Filé de oraqui-oralá com abóboras e para beber acho que você vai gostar de bolhas de limão, o que acha?

Ela sorriu, mas logo voltou a ficar séria.

– Parece muito gostoso, pode ser.

No mesmo instante apareceu o pedido na mesa.

– Um caranguejo-de-fogo ao molho de cerveja amanteigada e para beber poção borbulhante.

Novamente a comida surgiu, começamos a comer, o clima estava pesado, nenhum de nós dois tinha coragem de iniciar uma conversa.

– Você está bem?

– Sim, só acho que não deveria estar aqui...

– Não se preocupe com isso, não tem problema nenhum estarmos aqui, o Ministério não vai achar que estamos tendo um caso nem nada do tipo, isso é só um almoço.

Após a minha frase surgiu um sorriso quase que imediatamente, o que me fez sorrir também, então era essa a preocupação dela? Ela era realmente muito fofa.

– Você fez uma ótima escolha, adorei o prato, apesar de não ter muita certeza do que seja... Estou bem mais habituada com comida trouxa.

– Fico feliz que tenha gostado, foi realmente um tiro no escurão.

Terminamos nosso almoço conversando animadamente, ela contou que estava ansiosa pra aprender sobre as outras salas e que estava gostando do trabalho no ministério, sem duvida vê-la sorrindo daquele jeito fez daquele momento um dos mais especiais para mim.

– Para sua felicidade Kuri, vou te explicar mais sobre a sala do tempo, é onde se guardam os vira-tempos, aos poucos o ministério está refazendo a sala, pois Potter quebrou a maioria dos vira-tempos quando o invadiu por algum motivo no seu... quarto ano.

–Vira-tempos são aqueles relógios que fazem voltar no tempo, certo? Nossa, parece divertido – ela entrou empolgada analisando os vários modelos e tamanhos.

Aquele sorriso me fazia esquecer de todos os problemas, o trabalho, me colocava em um mundo onde eram apenas nos dois.

Fiquei imaginando o que ela faria com um desses, se eu pudesse usar antes de conhecê-la, voltaria até o dia que virei comensal e me negaria a fazer tal coisa, porém ela me ensinou que nossas escolhas é o que nos molda para o futuro, cada coisas que fazemos nos constrói pouco a pouco.

A tarde havia passado cheia de perguntas que ela fazia e que eu respondia pacientemente, ela ouvia com atenção tudo que eu explicava para logo depois fazer mais e mais perguntas, quando menos percebi já havia terminado o horário de serviço, a acompanhei até a lareira e deixei que ela fosse na frente.

– Amai ie – ela disse antes de desaparecer no fogo verde.

O que foi que ela disse? Aquilo era realmente o nome da casa dela?

Entrei na lareira, logo chegando em casa que estava mais arrumada que o normal, minha mãe me esperava sorrindo.

– Vamos, saia da lareira, suba e troque de roupa – pediu carinhosa.

Pelo visto eu não era o único bem humorado naquela casa, meu humor mudou drasticamente quando encontrei na sala de visitas a família Greengrass e meu pai contando mais uma de suas histórias.

– Ora, Draco meu filho, está atrasado, só estávamos te esperando, vá trocar de roupas e se apresse – ele dizia em um falso tom de carinho.

– Eu não to atrasado, esse é o horário que eu saio do ministério e você sabe, por que não marcou mais tarde? – respondi seco.

Terminei meu caminho sem esperar pela sua resposta, me tranquei no quarto e me troquei sem a mínima vontade, ter que aturar todas aquelas formalidades e encenações de “família perfeita” sendo que nem família somos mais, quanto mais rápido isso começasse mais rápido terminaria.

Ao descer procurei pela Dafne, só encontrei sua irmã que me olhava fixamente, o que me deixou constrangido, por alguns instantes ela me lembrou Kuri com aquele jeito de quem consegue ver o que você está pensando.

Nos sentamos e logo o jantar foi servido, comi tudo sem falar nada, nem prestei atenção na conversa, Lucius conversava cordialmente com o pai de Dafne enquanto minha mãe estava empolgada com a mãe e a irmã, que ainda me olhava.

– Draco querido, você não concorda comigo? – minha mãe perguntou animada.

– Concordar com que exatamente? – estava constrangido.

– Que Astória é uma bela moça, você não acha filho?

A analisei por alguns instantes, cabelos lisos negros e olhos azuis como os meus, seu rosto era delicado, muito branca, suas bochechas estava com um leve tom avermelhado pela pergunta, sua maquiagem era leve e realçava seus olhos.

– Sim, ela é muito bonita – disse tão envergonhado quanto a garota.

– Não acha que os filhos dos dois seriam a coisa mais fofa Anna? – perguntou minha mãe.

Eu que bebia a minha bolha de limão quase engasguei com o comentário, Astória fez uma expressão de espanto e olhou para minha mãe incrédula com a pergunta.

– Você também acha Ciça? Eles formam um casal muito bonito, não?

– Mamãe, não diga uma coisa dessas – Astória pediu para a mãe.

– Tória, só estou falando a verdade, o que você acha Lucius, minha filha não seria uma ótima nora para vocês?

Por um momento pensei que ia morrer, tudo ficou preto e de repente branco, eu tava tendo um colapso, só podia, não ouvi a resposta do meu pai, mas pela risada da minha mãe foi algo bom para eles.

– Mas que historia é essa? – perguntei me levantando – eu não preciso de uma agência de casamentos, eu vou casar com quem eu escolher!

Queria dizer que casaria com Kuri, porém naquele momento seria muito arriscado.

– Filho! Isso não são modos! E não há problema nenhum juntarmos as famílias, ambas são SANGUE-PUROS – ela frisou a ultima parte.

– Eu sei disso, só não quero casar, tenham uma boa noite, eu já terminei e vou me retirar, amanhã tenho que acordar cedo, por favor aproveitem o jantar e a companhia dos meus pais.

Fui o mais educado que a situação me permitiu ser e sai da sala, me tranquei no quarto e fiquei lá deitado na cama olhando o teto, pensando, eu realmente queria me casar, mas só com ela, Astória era bonita, não havia como negar, também não parecia ser alguém chata, ela só não era a Kuri...

Estava quase dormindo quando ouvi um estalo e meu pai apareceu com um dos elfos domésticos da casa, furioso, nem chegou e já estava gritando:

– VOCÊ É UM DESONRA PRA NOSSA FAMILIA! ONDE JÁ SE VIU FALAR AQUILO DIANTE DE UMA PRETENDENTE!!

– EU SOU A DESONRA DA FAMILIA? NÃO FUI EU QUEM FOI PRA AZKABAN E AGORA TEM QUE FICAR FAZENDO A VONTADE DE UMA FAMILIA PRA SUBIR DE STATUS!! – respondi no mesmo tom.

– Você sabe muito bem porque estou fazendo isso – seu olhar se estreitou ameaçadoramente.

– Pra voltar a ter o prestigio de antes, eu sei de tudo isso, eu apenas não ligo pro prestigio, aprendi a me amar do jeito que eu sou, ao contrario de você.

– Desde quando você deixou de me respeitar, vou ter que te castigar? – perguntou tocando sua varinha.

– Então você vai querer dar uma de pai agora? É sério, pode tentar me castigar, vou revidar – disse com firmeza – só não esqueça de duas coisas, eu não te vejo como um pai e sua varinha está sob encantamento.

Ele abaixou a mão, olhou para mim sério e por fim disse:

– Você vai se casar com Astória, é o que eu e sua mãe decidimos.

– Falando nela, onde ela está? Sempre que brigamos ela aparece, o que você fez com ela? – perguntei nervoso ignorando sua frase.

– Está no quarto, muito chateada com você.

– E você devia ir pra lá...

Meu pai desaparatou com o elfo e eu comecei a andar pelo quarto, não era comum que mamãe não aparecesse, não importasse o quanto ela estava chateada, lembro me do quão difícil foi para ela não me defender do lord das trevas, naquela noite não consegui dormir, quando percebi já tinha que me arrumar para o trabalho.

Ao descer para o café da manhã encontrei minha mãe sentada a mesa me esperando, eu realmente a amava, só não queria ser obrigado a casar-me com alguém que eu nem conhecia, só sabia que ela era irmã de Dafne, uma das amigas da irmã de Kuri e tudo me levava a pensar nela.

– Filho, como você está? Parece horrível – ela falava desesperada quase chorando.

– Não posso dizer que estou ótimo depois da conversa de ontem durante o jantar, mas estou bem.

– Draco, o que você falou com seu pai ontem quando ele foi pro teu quarto?

Estava um pouco surpreso com a situação, se ela estava tão preocupada, poderia fazer como todas as outras vezes e bater na porta até que um de nós perdesse a paciência e abrisse, algo estava errado.

– Mãe, eu to ótimo, nós discutimos, só isso.

Sua expressão suavizou e ela me abraçou.

– Fiquei tão preocupada com você – ela afagou meu cabelo.

– Que linda cena, estou muito comovido, sua mãe se preocupa tanto com você e você retribui daquela forma vergonhosa de ontem... tsc tsc – meu pai aplaudiu a cena.

Mamãe o olhou com raiva, uma coisa inédita para mim, não havia duvida que alguma coisa estava acontecendo.

– Não seja cínico.

Nunca havia presenciado uma discussão dos dois, não sabia o que fazer, decidi ver o que acontecia.

– E eu disse algo de errado? Ele não retribui de forma horrenda? Tratando nossos convidados daquela forma, deixando-os durante a janta, como se você nunca tivesse dado educação a ele.

– Você sabe muito bem que não fiquei contente com a reação de Draco, mas isso não é motivo para tratá-lo daquela forma e muito menos para me trancar no quarto.

O rosto de minha mãe estava vermelho da raiva contida, finalmente explodindo.

– O que você deve coragem de fazer? – perguntei irritado.

– Não se intrometa Draco, isso não tem nada haver com você...

– Não fale assim com ele Lucius – o olhar de minha mãe era assustador.

– Desde quando você tem coragem para falar assim comigo Ciça? Esqueceu quem paga as contas? – perguntou em deboche.

– Desde quando você começou a ameaçar MEU filho.

– Se o filho é só seu por que você não sai dessa casa? – diante o silencio ele continuou – porque não quer perder a comodidade, não quer ter que trabalhar, é bom mandar nos elfos, é bom ter sempre a ultima moda, não é mesmo?

– Só fico aqui porque não quero sair e deixar meu filho a sua mercê, muito menos sair e tirar do meu filho todo o conforto que ele tem por direito, pois se dependesse só de mim você não teria mais uma esposa.

– Como você ousa? – percebi que meu pai logo se descontrolaria.

– Se você fizer algo contra ela eu vou esquecer todas as leis do ministério e acabar com você!

– Meu querido, não faça isso, você já devia ter ido pro ministério, você está tão atrasado... – ela tentava me levar até a lareira.

– A senhora acha mesmo que eu vou deixá-la sozinha com esse monstro?

– Monstro? O que sustenta vocês dois? O que pos comida em seus pratos, roupas em seus armários e dinheiro em seus cofres? Vocês sabem que estão cuspindo no prato que comeram, não sabem?

– Depois conversamos Lucius! – minha mãe se exaltou novamente – Eu sei muito bem o que você fez, e também sei que não foi nada de mais para você, sempre foi rico, nunca precisou trabalhar, batalhar ou qualquer outra coisa, não fale como se tivesse se sacrificado por nós.

Irritado ele se virou e voltou para o quarto.

– Eu estou pedindo... por favor... – ela insistia que eu entrasse na lareira.

– Eu não vou te abandonar também...

Fiquei em casa por um tempo até que Lucius saiu , pedi aos elfos que me avisassem imediatamente quando ele voltasse, não a deixaria sozinha, ele poderia fazer qualquer coisa.

Meu pai saiu perto do horário do almoço, comi com minha mãe e corri para o serviço, com surpresa vi que a maioria das coisas haviam sido feitas, as metas do dia estavam quase concluídas, não demorou muito para que uma voz me surpreendesse agradavelmente.

– Draco, pensei que não vinha hoje – disse animada com um sorriso que logo desapareceu – está tudo bem?

– Você ainda é minha amiga, certo? – olhei para o chão sem graça.

– Que pergunta, eu disse ontem, ainda sou aquela amiga de antes.

Ela ficou de frente pra mim e sorriu, não queria que fosse apenas minha amiga como naquela época, queria que ela fosse minha amada.

– Eu... Eu acho que estou noivo.

– Que bom! Então ficamos noivos na mesma época, quando vai ser o casamento? – ela me perguntou muito animada.

Arregalei os olhos, ter meus pais arranjando meu casamento e presenciar a briga deles já não havia sido o suficiente? Ainda tinha que ser informado com esse sorriso que ela estava noiva?

– Desculpe, você não parece feliz, por quê? – ela tinha um olhar confuso.

– Porque eu te amo Kuri, eu não quero me casar com Astória, nem que você se case com... com quem? – perguntei indignado.

– Repete o que você disse! – incrédula, era assim que ela se encontrava.

– Com quem você vai se casar? – repeti sem animo.

– Você perguntou isso? Não... Eu quero ouvir o que você disse antes disso.

– Eu te amo Kuri! O que ficou tão difícil de entender?

O que era aquela incredulidade, eu havia feito tudo conforme ela me pediu na carta e agora ela fica surpresa, era obvio que eu a amava e muito, tudo o que eu queria era ficar com ela.

– Fica difícil entender por que então você me tratou daquele jeito no meu sexto ano, você não sabe o quanto foi ruim pra mim – seus olhos estavam marejados.

– Mas eu me expliquei, ta tudo na carta que eu te enviei...

– Que carta? Você nunca me deu uma satisfação se quer – ela me interrompeu exaltada.

– Eu mandei uma carta, você até respondeu, no seu sétimo ano, mandei para Hogwarts!

– O que você andou bebendo? Cerveja amanteigada que não foi!

Peguei a carta da minha pasta e entreguei para ela nervoso.

– Eu não bebi nada, aqui está a resposta que você me enviou.

Ela pegou o papel e nem chegou a ler me devolvendo ainda mais nervosa que antes.

– Essa não é minha letra.

– Quê? Como não? Eu passei todos esses anos sem te procurar pelo pedido que você me fez aqui! – quem estava quase chorando era eu, de pura raiva e decepção.

– Você sempre guardou essa “minha” carta com você?

– Guardei, Kuri, eu amo você, eu amo o que você me ensinou, eu amo a pessoa que me tornei graças a você – abri meu coração.

– Não sei o que fazer, estou noiva, por que tinha que me dizer isso agora Draco, justo agora? – ela andava de um lado para o outro com a mão na cabeça.

– Eu não sabia que você estava noiva, me desculpe! – gritei sem pensar.

– Não grita comigo – suas lagrimas escorriam pelas bochechas coradas.

– Me desculpe, não foi minha intenção falar tão alto, mas me responda, com quem você vai se casar? – perguntei melancólico.

– Com Henry Adams.

– Com aquele Henry da corvinal, o monitor que no ultimo ano não saiu de perto de você? – eu não podia acreditar que era justamente ele.

– É... Ao contrario de você, ele ficou do meu lado quando eu mais precisei – havia tristeza em sua voz.

– Eu não podia Kuri, eu me tornei um comensal, se eu demonstrasse que gostasse de você todos eles fariam coisas que eu nem consigo imaginar com você, como eu poderia me aproximar sabendo que poderiam te machucar? – disse tudo rápido e desesperadamente.

– Sabe naquele ano, o que eu mais senti falta foi encontrar seu olhar, você sempre fez questão de evitar todas as vezes, não teve uma única fez que você parou para olhar em meus olhos, apenas quando eu estava sofrendo com a maldição imperdoável e quando ajudei Henry na semana seguinte, você tem noção do quanto aquele ano doeu para mim?

– E você queria que eu os deixassem perceber e fizessem pior do que aquilo com você? Olhar para você me fazia querer desistir a cada minuto e te abraçar e beijar, não importasse as consequências, por favor, entenda que foi por preocupação.

– Eu entendo você, mas devia ter me avisado, pelo menos isso, eu queria saber que ainda era importante para você, eu te esperaria Draco, você sabe disso, mais do que tudo eu sempre quis estar ao seu lado, não importasse o que aconteceria para isso.

Ficamos quietos por uns instantes, pensando.

– Sabe, desde que te vi de dentro da floreio e borrões eu sempre quis ficar perto de você, e nos anos que se passaram essa vontade só cresceu, depois de muito tempo tive coragem de falar com você...

– Dentro da floreio e borrões? – não lembrava de tê-la visto dentro dessa loja.

– No seu primeiro ano, Miyuki queria muito comprar os livros e fomos primeiro para lá, eu estava entediada e fiquei olhando a movimentação, você passou apresado e entrou na Madame Malkin, aquela foi a primeira vez que te vi, desde então nunca mais esqueci o seu olhar.

– Você não imagina o quanto eu queria te ver, nessa maldita carta falsa, dizia que se eu te amasse mesmo não deveria te procurar, Kuri, eu não o fiz, eu nunca te procurei para provar o meu amor e agora o destino nos juntou nessa sala, você me ama ainda?

– Nunca deixei de te amar, apenas aprendi a conviver com a dor de te perder e o carinho que sentia por Henry se transformou em amor e eu agora o amo muito, Draco, você está me confundindo – mais lagrimas cairam.

– Eu sei disso, mas antes que você case você tinha que saber meus verdadeiros sentimentos, aquele Henry deve ter interceptado a carta e...

– Henry nunca faria isso! Durante todos esses anos ele nunca falou nada contra você para mim, eu sei que ele não gosta de você, não é novidade, mas ele sempre ME deixou decidir da minha vida, ele nunca me esconderia isso.

– Como você pode ter certeza? – perguntei cético.

– Eu confio nele, ele mais do que ninguém quer o meu bem, e ele sabe que eu sou a única quem pode decidir isso – ela parecia nervosa.

– Então quem foi? Nenhum dos seus amigos e nem sua irmã gostam de mim...

– Você acha mesmo que algum deles faria isso?

– Eu não acho, eu só quero saber quem foi o desgraçado que me separou de você definitivamente, quem me tirou a felicidade e meu único amor – disse antes que ela pudesse continuar.

Que dia do cão, não havia dormido, minha mãe e meu pai discutiram, e essa conversa agora, o que eu tinha feito de tão errado para merecer esse castigo?

– Isso não vem mais ao caso, eu só peço que você não volte a falar disso, eu preciso pensar, mas sem pressão, eu não posso mais te corresponder da mesma forma, quero que saiba que para mim você nunca deixou de ser um bom amigo, mas me diga, o que mais te incomoda?

– Meus pais estão brigando, minha mãe não se separa dele por minha culpa, ela quer me arranjar um casamento e a mulher que eu amo vai casar com outro cara... Só isso, nada de mais. – respondi irritado.

– Como assim por sua culpa?

Expliquei para ela tudo que havia acontecido desde a noite anterior e ela mais uma vez prestou atenção em todas minhas palavras, ouviu meus problemas, mais uma vez senti que retornamos à época de Hogwarts, era como se estivéssemos sentados naquela janela, seu rosto preocupado aquecia meu coração, como há muito tempo não acontecia.

Ao fim do relato ela me abraçou rapidamente, um pouco sem graça olhou para o lado, tentando disfarçar, meu coração parou por uns instantes, ela ainda era aquela mesma garota, eu era quem havia mudado e para melhor, decidimos que era melhor voltar ao trabalho, mesmo que logo fosse dar o horário.

Dentro da lareira, antes de usar o pó de flu, ela me disse:

– Por favor, faça como naquele ano, me trate como uma amiga, mesmo quando você começou a sentir algo por mim, eu realmente gosto do meu noivo. Amai ie.

Antes que eu dissesse qualquer coisa ela desapareceu nas chamas, fiquei com vontade de ir atrás dela, porém, da mesma forma que ela respeitou minha decisão no ultimo ano, eu respeitaria a dela.

Os dias com Kuri eram sempre divertidos, bem ao contrario das noites, minha mãe e Lucius brigavam quase que diariamente e para diminuir isso estava saindo com Astória, sem compromisso algum, foi a condição, fazia quase dois meses que trabalhava com Kuri, o tempo passara muito rápido nessas ultimas semanas.

Quando ela chegou naquela manhã percebi que seu olhar estava diferente, então ela veio até mim com um convite na mão, sorriu e disse:

– Draco, é... o seu convite... pro meu casamento.

Sorri fraco e peguei o envelope abrindo sem muita vontade e em belas letras estava escrito:

O casal Adams e o casal Vaisey, cordialmente o convidam para a união de seus entes queridos Henry Adams e Kuri Shiranui.

Ficaremos honrado com sua presença na mansão Adams no dia 23 de Agosto de 2003 às 07:00PM.

Olhei pra ela incrédulo, ela realmente me convidaria para o seu casamento? Ela realmente queria que eu a visse ser desposada por aquele idiota?

– Por quê? – perguntei.

– A família de Henry quer que eu convite meu chefe e algumas pessoas do ministério... e também... você é meu amigo não é?

A encarei, busquei seu olhar, queria ver que ela tinha certeza do que estava fazendo, para minha felicidade tudo que encontrei foi confusão, devolvi o convite.

– Eu não vou... – disse pondo-o em cima de sua mesa.

Passei o dia calado, então ela realmente se casaria? Mesmo que ainda pensasse em mim? Ela seria feliz assim? Seria na semana seguinte o casamento, minha vontade de falar com ela, ou encontrá-la eram quase nula, do que me adiantaria vê-la todos os dias e tê-la que chamá-la de SENHORA ADAMS...

Eu não permitiria isso, no dia seguinte acordei disposto, de bom humor, me arrumei mais que o normal, coisa que não passou despercebida pela minha mãe, felizmente consegui inventar uma boa desculpa e fui para o ministério, passei aquela semana toda tentando reconquistá-la, mas eu nunca sabia se estava adiantando.

Era sexta-feira, dia vinte e dois de agosto, ela se casaria em menos de vinte e quatro horas e todas as minhas esperanças estariam acabadas, cheguei no ministério e ela veio até mim com um pouco de culpa em sua expressão.

– Draco, eu vou precisar sair mais cedo hoje pra ir até o salão...

– Claro, pode ficar a vontade, não temos muito o que fazer hoje – respondi a contra gosto.

Estava distraído pensando uma forma de conquistá-la, algo que fosse fatal, quando escorrei em algo que não faço idéia do que seja.

O tombo era evidente, ouvi a voz de Kuri lançar o feitiço de levitação, mas mesmo assim cai que nem uma jaca, enquanto os papeis que eu levava voavam para a mesa.

– Por que você salvou só os papeis? – perguntei acariciando o cotovelo.

– Me desculpe, estou acostumada com o mundo trouxa ainda, só pensei que ia dar muito trabalho recolher tudo aquilo, você se machucou? – ela perguntou me ajudando a levantar.

– Posso ficar melhor – sorri.

– É? Como? – me perguntou ingênua e eu amava isso nela.

– Vou te falar, mas é segredo...

– Conta logo Draco, você me deixa curi...

A calei com um beijo, foi com felicidade que percebi que ela retribuía, tentei passar mais uma vez todo o meu sentimento, queria que ela sentisse o quão sincero eu estava sendo quando dizia que a amava.

Ela me empurrou com força e gritou:

– O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO? EU ME CASO AMANHÃ! – ela segurava as lágrimas.

– Eu precisava fazer isso, você retribuiu, você tem certeza que vai casar com ele? – disse um pouco alto, mas não cheguei a gritar.

– Eu tenho certeza do que vou fazer amanhã.

– Não é o que seus olhos me falam! – abaixei a cabeça e o tom de voz – Você disse naquela noite, depois do nosso primeiro beijo, que ia me esperar...

– Eu esperei você! E o que você fez? Disse com todas as letras que não queria mais me ver! – ela estava chorando.

– Você sabe o porque, eu te expliquei.

– Me explicou tarde de mais, depois que destruiu meu coração...

– Kuri, eu nunca deixei de pensar em você, todo dia, todo instante, pensava o quanto queria te ver, te tocar, mostrar que aprendi a me amar e assim consegui te amar verdadeiramente, mesmo que eu não pudesse estar ao seu lado – confessei.

Seu rosto corou, ela desviou o olhar e começou a soluçar.

– Eu vou embora...

– Kuri...

– POR QUE VOCÊ TEM QUE FAZER ISSO DRACO? – ela estava em prantos – Por que me beijar e dizer tudo isso agora? Por que você não pode me deixar decidir sozinha o que eu acho melhor pra mim?

– Eu quero ficar com você! Você sabe disso, eu te amo, eu não vou mentir só porque você me pediu, eu sempre te amei e pensar que você vai casar com aquele Adams – fiz uma careta ao pronunciar o nome dele.

– Você nunca gostou dele não é mesmo? Em Hogwarts você quem se apresentou para usar cruciatos nele – ela fez uma cara de nojo.

– Eu estava morrendo por dentro, vendo-o tirá-la de mim aos poucos! Eu sei que não estava certo, mas eu não pensei nisso, eu apenas estava com raiva – me justificava.

– Eu imagino, e você sabe muito bem o motivo que eu fiquei com ele, não é? – fiquei quieto e ela prosseguiu – Seu olhar Draco, era vazio, sem sentimentos, frio, isso quando eu dava sorte de encontrá-lo, você tem idéia do quanto aquilo doeu? Do quanto eu chorei?

– Eu também sofri com seus olhares, não poder retribuir, fingir indiferença e o pior de tudo, vê-la ajudando aquele garoto e ainda lançando aquele olhar de ódio para mim, como você acha que eu me senti? – estava me exaltando.

– Eu lancei um olhar que te machucou uma vez e você fez isso por um ano, eu machuquei apenas você e você machucou a mim e ao Henry, nenhum de nós dois está certo...

A observei por uns instantes e ela logo voltou a falar:

– Eu vou embora, nos vemos amanhã...

E da mesma forma que ela havia observado minhas costas na ultima vez que nos vimos em Hogwarts eu a vi indo embora e tudo que pude fazer foi deixar que minhas lágrimas escorressem.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não me matem, se não, não vai ter fim para vocês lerem...
Ah! Eu não sou a unica a escrever, xiii, bom, eu tenho filhos pra cuidar xD
Brinks
Espero que tenham gostados, amigas da Kuri que lerem sem conta, mande a opiniao de vocês pelo msn dela e digam com quem ela deve ficar, aqui é quase como novela das oito, pela audiencia fazemos qualquer negocio
hauahauahauhuahauahua
to de brinks mor agora heim
mas queremos saber quantas vao acertar ou errar =D



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Desencontros" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.