Os Excluídos escrita por LittleHobbit


Capítulo 2
Cap. 2 - Dimitri, o chato.


Notas iniciais do capítulo

"Realmente adoro este trem..."



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Pov: Renata.

Os Weasley e eu chegamos cedo na estação de King's Cross que estava cheia de trouxas desesperados para pegar seus trens.

-Ainda acho engraçado o jeito como os trouxas se vestem – comentou Sra. Weasley dando uma risadinha.

Eu quase esqueci de me despedir do Sr. e Sra. Weasley -eu sei, eu sei, como eu pude fazer isso, mas eu estava muito ansiosa pra passar pela passagem e me deparar com o meu trem favorito, o que iria me levar direto para Hogwarts.

E lá estava ele, grande e vermelho vivo.

-Renaaata!! - algo me agarrou pela cintura e eu acabei gritando. Quem agarra pessoas do nada? - Adivinha quem é.

-Régor seu maluco! O que deu em você?

Régor Black era a continuação dos marotos, seu pai já aprontou muito em Hogwarts junto com uma penca de garotos bagunceiros. Seu pai não sabia de sua existência, como Régor mesmo contou, mas isso não o intimidava em nada.

Régor tinha cabelos negros mais ou menos na altura do ombro, um fio mais rebelde que o outro. Seus olhos eram profundos e muitas vezes já me peguei perdida naqueles olhos.

-Desculpa – ele me soltou com uma gargalhada. -, mas a saudade machuca sabia?

Como ele é galinha!

-Sei...

Logo Carla e Gustavo se juntaram a gente e Régor foi matar sua “saudade” de Carla (cachorro!).

Pegamos uma cabine vazia e nos acomodamos. E que os jogos comecem!

-Como foi as férias Carl? - Régor perguntou um tanto sedutor. Vinha chumbo grosso por ai, Carla odiava ser chamada de “Carl”.

-Primeiro: foram ótimas, obrigada. E segundo: NUNCA ME CHAME DE CARL – estamos acostumados a ouvi-la gritar com Régor, mas cara! Isso é muito chato.

-Carla querida – chamei gentilmente. -, quer uma *bomba de maracujá e creme* pra acalmar?

-Quero – disse alegre. Serio, as mudanças de humor dela me assustam. - A viagem vai ser looonga esse ano.

Me levantei e sai da cabine procurando meu amado carrinho de doces. Tipo, são uma delicia, tem cada coisa gostosa que só de pensar já fico com água na boca, mas os pensamentos gostosos foram expulsos da minha cabeça quando eu o vi.

Harry Tiago Potter... o cicatriz, o testa rachada, o do raio, o garoto que sobreviveu tanto faz. Era ele.

Minhas bochechas coraram quasse que imediatamente quando o vi. Meus olhos castanhos olhavam para todos os lados, menos para o rosto do garoto a poucos metros de distancia. Arrumei o máximo que pude meus cabelos curtos e cheios com uma faixa que havia pegado mais cedo. Apertei o bordado no peito e tentei me acalmar, mas ao dar um passo derrubei metade do carrinho de doces no corredor.

-DE ONDE VOCÊ SAIU? - exclamei sem pensar. Fala serio, carrinhos de doces não tem inteligencia para desaparecer e aparecer do nada na frente das pessoas.

O estardalhaço chamou a atenção de Harry toda para mim. Meu Deus, ele olhou pra mim “sorria gentilmente” foi essas as instruções que dei ao meu cérebro, mas ele preferiu me fazer rir como uma psicopata maniaca por garotos com cicatrizes em forma de raio (tá bom exagerei). Ele sorrio divertido pra mim e voltou a adentrar em sua cabine. Senti meu coração derreter dentro do meu peito e eu fiquei tipo: babando feito idiota.

-Babando pelo Potter de novo? - uma voz fria e cortante disse atrás de mim.

Um garoto de 17 anos me encarava com seus olhos cinzentos perfurantes.

-Como se isso fosse da sua conta – respondi desdenhosa.

-Tudo bem – ele levou as mãos aos cabelos cor de areia e olhou para o carrinho. -, mas talvez isso seja da minha conta. Vai dizer por que o Potter sorrio pra você, ou prefere arrumar essa bagunça sozinha?

-Isso é ciumes?

-Claro que não!

-Ta tentando ser do tipo super protetor?

-Ah, cale a boca!

-Você é o pior monitor/irmão que eu já vi – chacoalhei a varinha e tudo voltou ao normal.

-Já disse que não pode usar sua varinha aqui.

-O fato de ser meu irmão não faz com que você tenha o direito de me controlar.

Me virei para o carrinho peguei a *bomba de maracujá e creme*, coloquei um sicle em uma caixa e fui embora ignorando os gritos de Dimitri.

-Por que demorou? - Gustavo perguntou quando finalmente cheguei na cabine.

-O chato do Dimi me irritando de novo – só chamo ele assim porque sei que ele odeia.

-E sua relação com ele não melhora – adiantou-se Régor.

-Ele é da Sonserina como toda a minha família e adora me humilhar por eu ser da Grifinória – não que eu não gostasse da Grifinória, muito pelo contraria, quando o chapéu seletor me colocou na Grifinória me senti a pessoa mais feliz do mundo, mas é meio chato ser a ovelha negra da família. Joguei o doce para Carla e me joguei no banco perto da janela.

Brincamos de Snap explosivo umas cem vezes antes de finalmente Régor conseguir ganhar de Gustavo. Ficamos comendo doces e falando besteiras uma boa parte da viagem quando de repente Carla fixou os olhos na porta aberta da cabine. Draco Malfoy estava parado no vão da porta enquanto seus dois porcos de guarda tentavam passar pela porta que ficava minuscula para eles.

-Alô Malfoy – Régor foi o primeiro a falar. - Como anda seu pai?

-Muito bem – ele respondeu sorrindo maldosamente. - E você? Já sabe quem é seu pai?

Régor fez menção de quem ia se levantar, mas Carla o empurrou para que ele continuasse sentado.

-O que você quer aqui afinal Malfoy? – eu disse sem emoção. - Veio se humilhar um pouco mais por perder a taça de Quadribol de novo para a Grifinória?

-Na verdade vim falar com ela – ele fez um gesto com a cabeça para Carla. O que raios ele queria conversar com a Carla? - E não é nada de seu interesse – ele disse como se lesse meus pensamentos, ou foi por causa da minha cara de intrigada mesmo.

-Mas...

Gustavo tentou falar, mas foi cortado por Carla.

-Tudo bem, eu sei o que é.

Todos ficamos com cara tipo: Mais hein? Enquanto Carla saia com Malfoy que sorriu desdenhoso para mim.

-Até mais, mesticinha.

E então eles sumiram pelo corredor.

-Isso não tá me cheirando bem – murmurou Gustavo pra si mesmo.

-Foi mau – murmurou Régor de volta e caímos na gargalhada.

-E então Renata? O que achou do meu presente? - Gustavo perguntou quando os risos sessaram.

-Bem – suspirei pensando em uma resposta. Fala serio, quem iria gostar de ganhar um livro de Aritmancia? -, achei ele muito útil, vai me ajudar bastante, obrigada.

-Eita é mesmo – exclamou Régor, acho que ele finalmente se lembrou do meu aniversário – O que você quer de aniversário?

-Não preciso de mais presentes desastrosos – murmurei não tão baixo.

-Acho que um beijo meu é um ótimo presente não? - ele meio que me ignorou totalmente e me olhou com um sorriso malicioso.

-Acho que hoje é aniversário do Gustavo – olhei para janela como se estivesse tentando me lembrar.

-Nem vem – Gustavo se levantou rapidamente e saiu de perto de Régor.

-Que foi? - Régor perguntou triunfante. - Tá se guardando pra alguém especial?

-Gosto de pensar que sim – Gustavo parecia ligeiramente ofendido.

-Relaxa não tô afim de te beijar – ele se levantou e foi até mim com a maior cara de cachorro que eu já vi, pegou em meu queixo e eu sorri. Tive uma ideia.

Ficamos tão próximos que senti sua respiração, esperei até ele fechar os olhos e levantei minha varinha e disse: - “Tarantallegra”, e no segundo seguinte as pernas de Régor começaram a sacudir descontroladamente como se estivessem marchando.

Gustavo começou a dar risada enquanto Régor caia de cara no chão por não controlar as pernas.

-Vê se da próxima vez controla esse facho – disse me controlando pra não rir. - E vai balançar o rabo pra outra.

-T-tudo bem, não faço mais – ele implorou.

-Ótimo – Gustavo se levantou. - Finite Incantatem! - e as pernas de Régor pararam de balançar.

-Gustavo – chamei enquanto ele ajudava Régor a levantar. - Qual o feitiço que cria dragões em miniatura?

-Desse eu nunca ouvi falar – ele se espantou. -, mas tem um que faz estatuas de dragões virarem dragões de verdade.

-Qual? - perguntei, tipo, super curiosa. - Vai, fala, fala, por favor!

-Ta calma – ele realmente tem medo de mim. Hohoho. - Eu acho que o nome é... ¹Draconifors.

Tudo de bom te amigo nerd né?

-Valeu.

Carla não deu as caras na cabine a viagem toda. Espero que o Draconildo tenha comido a cabeça dela. Depois de ter ficado com as pernas bambas Régor sossegou e não deu mais em cima de mim. Gustavo tanto que insistiu que eu acabei ficando os vinte minutos restantes da viagem lendo o livro que ele me deu enquanto os dois jogavam xadrez.

O barulho foi sessando nos corredores do trem na medida que o castelo de Hogwarts aparecia na janela. Nos trocamos e aguardamos, ainda tinha esperança de entrar no castelo ao lado dos meus melhores amigos como fazia todos os anos, mas Carla não apareceu e eu comecei a ficar preocupada. Sera que o Draconildo tinha realmente comido a cabeça dela?

Agora já era tarde. Se o Malfoy não tivesse feito, eu iria arrancar a cabeça da Carla.

Adentramos no castelo. Nosso verdadeiro lar.

¹Peguei um feitiço exclusivo da Hermione e fiz umas modificações, espero que não se importem.


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Notas finais do capítulo

"Como estou deprimida, não tenho Reviews (Buaaaa)
Mas não vou me deixar abater por isso (Vou me esforçar Ò.Ó), quem sabe agora alguma alma caridosa não deixe um Review e deixe uma autora feliz ^^
Domo Arigatou."