Kokoro No Koe escrita por P r i s c a


Capítulo 11
O Violino e O Carvalho


Notas iniciais do capítulo

Agora sim... com vocês... O MAIS NOVO CAP DE KOKORO NO KOE!



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No capitulo anterior de Kokoro no Koe...

Assim que a música de Hinata acabou, Um enorme som de trovão preenchera o lugar. As águas se agitaram e formaram um redemoinho bem embaixo da nau. Ao, finalmente se soltar, Hanabi logo correra em direção à escada que a levaria ao andar de Hinata. Mas, apoiando-se em sua bengala, Danzou se pôs em seu caminho.

Ele estava fora de si.

Gritando, o homem sacara a espada e a levantara, sendo Hanabi seu alvo. Mas nem chegara a descer a espada quando uma daquelas grandes e fortes ondas o arrastou para fora da nau. A jovem Hyuuga se segurara no corrimão, mas não soltou de lá antes de ouvir o tal Tobi dizer bem a seu lado.

– Nos veremos em breve...

E assim ele soltara o corrimão, caindo direto na água onde o redemoinho se abria mais, sugando a tudo com mais força e velocidade.

O Tanque de Hinata balançara, caíra e a libertara. Enquanto tentava se levantar, ouviu uma voz, doce e melodiosa, dizendo-lhe:

Por ajuda você pediu, e em seu socorro nós viemos, irmã.

E, no exato momento em que Hanabi chegou e a abraçou, todo navio fora destruído, sugado para dentro do redemoinho, levando a tudo e a todos consigo.

Em seu clube, mirando seu xadrex, Jiraya bebeu mais um longo e demorado gole de seu room, para então pegar a primeira Torre branca de seu tabuleiro e, com ela, derrubar a peça negra.

– A primeira peça... - dizia Gai, observando o tabuleiro. - Foi eliminada.

*** *** ***

Haviam desviado de seu rumo por tempo demais. Mesmo que não tivesse decidido mudar o curso para Oto e sua nau já flutuasse sobre as misteriosas águas mais ao norte, ainda estariam em desvantagem contra a frota Hyuuga. Não podiam usar a caldeira para viajar... ela adormeceria na metade do caminho e estaria inutilizável caso precisassem de uma fuga. Por outro lado, se a quantidade de navios amotinados descrita por Hiashi estivesse correta, ao recorrerem aos usuários da fruta do Mar como propulsores estariam em brutal desvantagem caso precisassem atacar. Kiba e Naruto, contudo, não haviam pedido qualquer opinião. Durante horas seguidas eles revezavam quem puxaria o Uchiha, esforçando-se até desmaiar e deixando o próximo puxá-los.

– Alguém traga mais água! – gritava Chouji ao puxar o Inuzuka e Akamaru, ambos já completamente inconscientes, de volta – e preparem um banquete pra cinco! Eles vão devorar tudo quando acordarem.

Nem um segundo de espera, Naruto se preparava para pular na água. Ele vinha lutando contra o próprio efeito colateral da fruta, mantendo-se acordado a todo tempo desde despertara depois de terem encontrado Sasuke e os outros no porto.

A princípio Sakura e Sasuke protestaram, mas o silêncio do loiro falara mais alto. Não havia como prendê-lo ou impedi-lo. Ele simplesmente pularia na água salgada e puxaria a nau até Kiba e Akamaru terem forças para fazê-lo. Talvez Tenten conseguisse convencê-lo, era geralmente ela a portadora da razão naquele navio, mas a própria violinista se fazia de difícil acesso. Havia se trancado na cabina do capitão no dia anterior e se recusava a receber qualquer tipo de visita.

As palavras duras mas verdadeiras do loiro amrtelavam o peito do Uchiha. Uma última vez ele tentara impedir Naruto de forçar a transformação sem o mínimo de descanço exigido pela fruta.

– Ei, Sasuke... se fossem suas filhas. O que você faria para salvá-las? - perguntara Naruto, antes de pular na água e puxar o navio em alta velocidade.

Naquele momento... eles eram os únicos que podiam fazer alguma coisa. Kiba, Akamaru e Naruto se expunham ao limite. Eram eles agora as pernas e braços daquele pai desesperado. Eram eles agora a esperança dele.

Por todo o Uchiha corrimãos precisavam ser remendados, água precisava ser jogada para fora, buracos precisavam ser tapados e alguém tinha que manter os olhos nos dois novos tripulantes. Por isso, e pra manter a mente ocupada e longe da preocupação, Shikamaru pedira a Neji para manter Orochimaru e Kabuto trabalhando, lembrando-os o tempo todo de que, sem aqueles remendos, a nau afundaria. Os ex-inspetores corriam afoitos de um lado por outro ajudando tão prestativamente, para não dizer desesperadamente, que era quase um alivio tê-los à bordo. Aquela viagem estava forçando o navio para muito além de seu limite. Não tinham um plano e a única ideia que vinha à mente de Sasuke precisaria da colaboração de Tenten.

– Hiashi... – dizia o jovem capitão em tom baixo. Nesses dois dias de tribulada viagem, o capitão Hyuuga não comia nem dormia, mantendo os olhos no horizonte, de onde, provavelmente, não os tiraria até avistar a nau de suas filhas. – pode conduzir?

O Hyuuga parou um instante. Não precisavam do leme, porque eram Naruto, Kiba e Akamaru que guiavam... por outro lado, ele precisava trabalhar, ainda que só por faixada, ou sua mente o consumiria. Assentiu com a cabeça e pôs-se a conduzir o leme. Ele também não dizia qualquer coisa há dois dias.

Descendo as escadas para o convés ele esbarra com Sakura. Pede apenas que arranje mais água para Hiashi e que tente convencê-lo a se alimentar uma última vez.

Palavras objetivas... Palavras frias.

Mas Sakura o fez.

– É estranho... – comentava a loira, enchendo uma caneca de água para Hiashi e estendendo-a a Sakura enquanto, com uma colher de pau, umidecia um pano para resfrescar as temporas do Inuzuka. – apesar de tudo o lugar menos aflitivo nesse navio é perto daqueles inspetores esquisitos...

A Haruno esboçou um sorriso sem vontade de continuar a conversa, a mente ainda direcionada para o comportamento da violinista. Não demorou muito, Temari aparece com mais panos para umedecer.

– Céus, quem mais está febril?!

A Sereia ri em deboche.

– Só metade da tripulação! Shikamaru, eu, o cara com cabelo de coco que eu nunca lembro o nome, aquele loiro suicida puxando a nau... – e se vira para a Haruno pondo a mão nas bochechas da jovem, medindo sua temperatura. - Seu irmão acabou de quase apagar enquanto cuidava do depósito... Estamos todos sobrecarregados.

– Kakashi e os da Akatsuki...?

– Estão bem. Ao que parece esse stress afeta muito menos os veteranos...

Veteranos... Sakura não achava que era exatamente a experiência no mar que os mantinha longe do stress... Mas ao olhar Temari e Ino... as expressões vazias e tristonhas, ainda que disfarçadas entre vagos sorrisos... Ela não precisava verbalizar a real causa de sobrecarga.

Respirou fundo. Se virou e fora até Hiashi levar a água.

No convés, assim que o capitão se deparou com a porta trancada da própria cabine, Sasuke recomeçou a rotina de tentar tirar Tenten de lá. Ele pediria, conversaria, gritaria, xingaria e até imploraria... mas ela não ia dar qualquer resposta. Não dava para dizer de estava zangada... se tinha medo... ela apenas agia como se não estivesse lá.

– ...ENTÃO FIQUE AÍ, SUA CRIANÇA EGOÍSTA! – e soca a porta pela última vez. O ferimento voltava a sangrar e dessa vez o Uchiha precisou segurá-lo com a mão para reprimir a dor. Se virou para o convés e, antes de sair, disse uma última vez para Tenten. – Itachi teria vergonha de vê-la assim.

E uma resposta veio. Uma resposta finalmente veio... abafada, baixa e entre soluços reprimidos.

– Ele morreu. – dizia simplesmente. – morreu lutando pra nos tirar daquele lugar.

E parou de falar. Dentro da cabina, encostada na porta e abraçada ao negro violino, Tenten escorrega até sentar no chão, onde se encolhia, murmurando apenas para si...

"E você vai morrer tentando nos levar de volta..."

Assim ela permaneceu. Encolhida, guardando cada lágrima só pra si enquanto amaldiçoava Sasuke e Naruto e principalmente Itachi, por serem tão... tão...

...mortais.

Passaram-se mais seis exaustivas horas e, de acordo com os cálculos do Nara, os poucos suprimentos que tiveram tempo de arranjar no porto chegavam ao fim. Sai acabara de informa-lo sobre a atual quantidade de barris de água, fazendo-o recomendar o uso de água do mar mesmo para refrescar a tripulação. Deviam ter feito assim desde o começo, mas essa necessidade não lhe ocorrera antes. Kiba e Akamaru se seguravam como podiam para não comerem tudo, mas a perda de energia com a transformação gritava mais alto. Quando chegava a hora de trocar novamente, a grande raposa na qual Naruto se transformava parara, abrupta, chocando seu pescoço contra a frente da nau e quebrando o nariz da mesma.

– Naruto! O que está havendo?! – perguntava o capitão.

Mas a criatura não respondeu. Não demorou até Kakashi, Sasori, Deidara e até Kisame subirem até o convés, perguntando-se o que havia acontecido. Sasuke já temia o pior... Sacudindo a enorme cabeça alaranjada, a kyuubi abre a boca, soltando água e sons repulsivos. Então sai. De dentro da garganta da fera sai o que parecia ser o pedaço de um mastro. Ele estivera engasgando.

Um a um os tripulantes paravam o que estavam fazendo e dirigiram os olhares para o mar. Não havia qualquer outro destroço por perto... Mais á frente uma formação rochosa se elevava. Naruto seguiu até lá com cautela, puxando a nau com velocidade o bastante para os olhos capitarem qualquer coisa suspeita flutuando. Seu coração se apertava aflito...

Alguma coisa... qualquer coisa...

Nem que fossem corpos.

Lá, na formação rochosa, perceberam que a terra se movia. O crocitar de bicos e bater de asas infestava o lugar, havia milhares delas pousadas ali, formando uma silhueta familiar. Suas narinas vulpinas captaram cheiro de podridão. Seu coração se apertou. Antes que pudessem impedir, o Uzumaki solta um latido que estremeceu a formação, agitando as aves, fazendo-as alçar voo e se dispersarem no céu feito um enxame de gafanhotos. Lá a conhecida silhueta, agora desnuda, exposta como ossos, retirou de todos a pouca esperança que tinham. Lá no leme, após dias de silêncio e solitária agonia, Hyuuga Hiashi solta um grito condoído, correndo para o convés como se tentasse alcançar o que via. Porque sobre a formação, partido, destroçado e rodeado dos restos beliscados por aves, o que sobrara do poderoso Juuken Ryuu jazia morto, assim como a chance de alcançar suas filhas.

Era uma viagem de pelo menos cinco dias... graças ao esforço dos marujos, haviam chegado em dois... e mesmo assim... mesmo assim... era tarde demais.

– NÃO! – continuava a gritar o pai para a carcaça da nau, obrigando o Hyuuga mais novo a segurar seu tio.

Naruto não reagia. A forma vulpina, de pé na frente da nau se obrigava a continuar olhando para os destroços... desejoso de estar diante de uma miragem, uma ilusão.

Mas era real.

Alguma coisa havia dado errado. Tantos navios amotinados, navios poderosos o bastante para atacar uma cidade e cá estavam eles, cientes somente do paradeiro de um. E há quanto tempo ele fora destruído? O que o havia lançado com tamanha fúria para as rochas?

Ainda tinha uma chance...

Tinha que haver uma última possibilidade.

Uma gravidade ainda não vista pela tripulação atingiu o semblante do Capitão Uchiha. Andando a largos e enfurecidos passos até sua cabina, Sasuke grita novamente pra que a violinista saia. Ela se recusa então acontece: o Uchiha derruba a porta já enfraquecida pelas horas de socos e súplicas dos dias anteriores. A próxima coisa que viram fora uma Tenten sendo arrastada para fora, debatendo-se, até Sasuke finalmente soltá-la no convés, segurando seu rosto para que não desviasse, para que não mais fugisse. E lá estava, diante de seus castanhos olhos, o temido Capitão Hiashi, terror dos piratas, de joelhos, apoiando-se nos braços de um lúgubre Neji, num tão desesperado prantear, assim como Um abatido Naruto, os grandes olhos vulpinos encarando o horizonte, recusando-se a acreditar que chegaram tarde. Tenten podia bater a porta na cara da tripulação, podia dizer não para os gritos de Sasuke... mas jamais seria capaz de abandonar um pai à deriva nas próprias lágrimas.

– Certo. Vou fazer o que me pediu... – a enquanto se levanta, ela agarra o braço do Uchiha uma última vez. – não há garantias de nada, você sabe...

– Sim. – suspirou Sasuke. Era apenas a última faísca de vã esperança. Olhou uma última vez para os Hyuugas. - Mas precisamos tentar.

Por favor...

Tenten pega o leme e manda que Naruto volte para o convés. Se não conhecesse aquela expressão nos olhos da morena, ele não teria obedecido. Ao pisar no convés, ele pousa a mão sobre Hiashi e Neji... e sorri. Ainda não desistiram. Não demorou um segundo a mais na forma humana, o loiro desmaia, sendo socorrido pelos ex-inspetores. A morena leva a nau mais para o leste, dando a volta pela a formação rochosa, pedindo aos marujos que procurasse um grande carvalho.

"Por favor..." pedia Tenten.

Não entenderam tal comando, mas o Capitão reforçou a ordem e logo todos procuravam um pedaço de terra no qual houvesse uma grande árvore. Durante muito tempo nada viram além de aves, espuma e um ocasional resto de navio flutuando. O limpo azul do céu era lentamente substituído pelo amarelado poente. Depois de horas fora que, ao longe, avistaram o que parecia bater com a descrição. A morena acerta o curso e pede a Kisame que mantenha a nau por perto a todo o tempo, não importando quanto tempo fosse. Só quando chegam bem perto é que percebem... o que veem não é uma ilha. Mas apenas uma árvore. Uma única e enorme árvore plantada no mar. Sasori e Deidara amarraram cordas de segurança em suas cinturas e mergulharam, vasculhando por baixo da água. Quando içados de volta informaram: Não havia terra, só raízes se estendendo até obscuras profundezas.

Elements – Lindsey Stirling

A morena desce as escadas e volta para a cabina, passando por cima da porta derrubada. Ela pega o violino. Volta para o convés. Quando Kisame estabiliza a nau, mantendo-a a estibordo...

"...cante!" suplicou.

E começou a tocar seu violino. Ninguém entendia o que ela estava fazendo... Durante muitas notas o som não passava deu uma comum melodia de violino.

"Vamos... Cante!"

A melodia prosseguiu e começou a tomar forma... como se contasse uma histórias. Era um som lindo... Neji e Hiashi se ergueram, tentando decifrar o que ouviam. Os dois inspetores pararam de carregar Naruto, apoiando-o no chão ao sentir o movimento do navio. Era só nisso que conseguiam focar até sentir que a nau se agitava. Ou melhor: a água abaixo do navio se agitava. Por um segundo... não... não foi impressão... a árvore... aquele grande carvalho plantado em pleno mar se mexera!

O semblante da violinista então passa de intensamente preocupado para um ligeiro alivio. Prosseguindo com a melodia ela salta sobre o corrimão do convés. Lee e Chouji fizeram menção de segurá-la, mas Sasuke os impediu com um sutil e calmo gesto de mão. Ela sabia o que fazia. Ele achava que ela sabia. Quando o tronco da árvore começa a se mexer, a violinista salta do convés fazendo todos correrem até a borda e até mesmo o Uchiha teve que conter um certo susto. Ela logo reaparece, de pé, fora do navio. A seus pés as raízes do carvalho emergem e se movem, formando um piso onde quer que ela colocasse os pés.

– Eles estão conversando... – brincou a morena. – O carvalho e meu violino estão se comunicando.

Sasuke se aproximou da borda e fitou a violinista. Ambos trocaram olhares de silencioso significado e sorriram. Levou a mão aos olhos esfregando-os. Parecia bem aliviado. Assim que se recompôs, ajeitou o chapéu e no retorno de seu jeito... Sasuke de ser.

– Muito bem, eis as ordens...! – mas Tenten não o deixou prosseguir.

– Cantoras e inspetores vêm conosco.

– O quê?! – perguntam os "escolhidos".

– O quê!? – pergunta o Capitão. – Isso não era pra fazer parte do resgate...

Todos a bordo se entreolhavam. Resgate...?

– Não vamos deixar esta embarcação por nada que não seja nosso amado porto! Não é mesmo, Orochimaru-sama?!

– Nunca! – confirmou o inspetor chefe.

– Será mais seguro tê-las lá que aqui... – diz a violinista, ajeitando os braços visivelmente doloridos pela ininterrupta canção de seu instrumento, e depois completa. Olhos cerrados e desconfiados mirando Kabuto e Orochimaru – E não confio nesses dois à bordo do Uchiha, quero mantê-los sob minha vista.

– Pera... – interfere Kisame segurando o capitão pelo ombro. Um leve ar hostil pairando sobre seu estranho ser. – Quer dizer que aqui é perigoso?!

– Não... só é mais seguro tê-las conosco...

– Quer dizer que ficar na nau é "menos seguro"? – Kisame perguntava com ainda mais nervosismo. – Vai nos abandonar também, Uchirrinha?!

Ao som de "menos seguro", Orochimaru e Kabuto se entreolharam e um segundo depois competiam pra ver quem saia da nau primeiro, tentando chegar até onde Tenten estava de pé, rosnando um "Saiam da frente!" para as cantoras.

– Não, digo, sim... até certo ponto é menos seguro, sim, mas...

– Meus braços estão cansandooo... – cantarolou a morena.

– Porque vocês sempre nos abandonam?! Malditos sejam Sasuke e Itachiiiii... – e logo Kakashi o socorria, arrastando um transtornado Kisame devolta para a caldeira, afim de acalmá-lo.

Acenando de costas pra eles, o Hatake diz:

– Boa sorte pra vocês! Eu fico de olho neles enquanto estiverem fora, mas não sei se poderei fazer algo a respeito dos nossos propulsores humanos quando acordarem...

Propulsores humanos. Naruto... Kiba e Akamaru... Um inconsciente e dois de repouso. Teriam de deixa-los para trás.

– Certo... – o capitão finalmente salta sobre o corrimão, se equilibrando sobre as raízes que se formavam abaixo de seus pés enquanto estendia as mãos para ajudar as cantoras a descerem. Primerio Sakura, depois Ino, enquanto Temari se despedia de Shikamaru.

Quando estavam todos sobre as raízes e prontos para ir...

– Certo... Hiashi e Neji, vocês vem também. - Tenten lançou-lhe um olhar de resoluta repreensão. – Mas soltem os cabelos. Vocês também, inspetores, deixem os cabelos soltos.

– Mas por que...

– Só façam! – e olhando um pouco para a violinista. – Talvez seja melhor você também soltar o cabelo, Te..

– Eu me viro assim mesmo.

– Mas é melhor você...

– Eu. Me. VIRO.

E dito isso voltaram a atenção para a morena. A melodia mudou e um a um os pisos de raízes emergiam fazendo uma ponte que os levaria até o carvalho. Quando se aproximaram foi que aconteceu: O enorme tronco da árvore se contorceu, mexendo os ramos ao ritmo da música, se desenrolando feito um castanho cabelo trançado, até que uma passagem grande o bastante para um leviathan se formasse. Do outro lado, nada viam além do um horizonte rosado com o entardecer. Então Tenten atravessou a passagem, sumindo completamente da vista. Ela ressurge do nada, literalmente, mandando-os segui-la.

– Ah! Antes que eu me esqueça... – E Sasuke pura e simplesmente rasga sua camisa, expondo o peito. – Ah, bem melhor, estava quente, não...? – aos olhares confusos (e alguns até animados vindos dos inspetores) ele responde. – Vamos?

*** *** ***

Outra cela.

Inacreditável.

Pelo menos estavam juntas agora. Ou quase.

Algo muito importante estava acontecendo, porque era a primeira vez em dois dias que sentia a movimentação e as vibrantes emoções fluindo pelos corredores. Hordas de sentinelas de armaduras queratinadas passavam velozes sem parar para explicar.

Mas não seria preciso perguntar por que logo, logo...

– O QUE?! COMO ASSIM "ENTRARAM"?! – ruge a rainha fazendo o castelo inteiro vibrar das torres ao calabouço. Como o previsto, o jeito escandaloso de sua majestade já seria o bastante para informá-las do que se passava. – É A SEGUNDA VEZ EM DOIS DIAS, O QUE, DEMONIOS, VOCÊS ESTÃO FAZENDO QUE NÃO ESTÃO GUARDANDO A ENTRADA?!

Então há uma silenciosa pausa, na qual, deduziam, a pobre mensageira respondia às perguntas.

– AMALDIÇOADO?! CO.. MAS QUE.. TEM CERTEZA?!

E outros segundos de silêncio até o castelo voltar a estremecer como se fosse o próprio Juuken Ryuu a se partir naquele inesperado redemoinho com o próximo rugido da rainha Tsunade...

– SASUKEEEEEEEEEEEEEE!



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Notas finais do capítulo

Não tenho certeza se gostei dessa música para o solo da Tenten. Procurei, procurei e procurei por outras, mas nenhuma tinha esse clima mais mágico... Mas sinceramente não sou fão do dubstep ao fundo....
Enfim...
COMENTEM! QUERO SABER O QUE ESTÃO ACHANDO!!!



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