Natsu e Lucy continuaram correndo, o rosado segurava firme a mão da loira, afinal, não queria que se separassem novamente.

- E-ei, Natsu, vai mais de vagar...

- Não dá, temos que chegar logo no centro da floresta.

- T-ta bom. – Conformou-se.

“Queria saber de onde ele tira tanta energia, e... e por que ele não solta a minha mão?! Isso é tão estranho... Na verdade está tudo estranho... Acho que só agora reparei em como ele se preocupa comigo...” ela ria enquanto pensava “não... Deve ser coisa da minha cabeça, Natsu é assim com todos” soltou um suspiro triste.

- Disse alguma coisa? – Perguntou o Dragneel enquanto corria.

- N-não é nada, olhe pra frente! – ela virou o rosto corado tentando disfarçar.

“Natsu... pare de me deixar assim...”.

Como já estava muito escuro na floresta, os dois resolveram parar um pouco para descansar, e quem sabe tirar um cochilo. O rosado tirou a mochila de suas costas, e dela, pegou um cobertor que usaria para dormir se necessário, e entregou para Lucy. Ela o olhou sem entender.

- Por que está me dando o seu cobertor?

- Ora, pra você se cobrir, está tremendo de frio.

- Ah... Hm... Obrigada – pegou o cobertor corada – mas... Você não vai sentir frio?

- Sou um mago do fogo, esqueceu?

- Ah, é mesmo – ela riu sem graça.

Os dois ficaram sentados em volta da fogueira que Natsu havia preparado. Ficaram calados por alguns minutos, até que o Dragneel cortou o silêncio.

- Lucy, você tem estado estranha ultimamente. O que aconteceu?

“Ele percebeu?! Mas, percebeu o que?!”

- Nada, por quê?

- Ahm... Sei lá, ás vezes quando falo algo, você fica vermelha, ou quando te encosto você esquiva, e fica estranha. Está brava comigo?

A loira soltou uma risadinha, como Natsu era inocente. Mas apesar disso, ele notou a mudança em seu comportamento. Coçou a cabeça, não sabia o que responder.

- Não... Você não fez nada...

- Ah, que bom então! – Ele riu colocando as mãos atrás da cabeça parecia mais aliviado.

No dia seguinte

Planta... Planta... Árvore... Inseto... Mais planta... Outra árvore...

Foram as primeiras coisas que Lucy viu ao acordar, mas, estranhamente, elas estavam se movendo. Ela levantou o rosto, e percebeu que estava sendo carregada por algo... Na verdade alguém...

- Oh, bom dia Lucy! – Animado, falou o rosado carregando a loira em suas costas.

- O q... ah... como... hm... ah?! – Ela processava tudo aquilo em sua mente... – POR QUE ESTÁ ME CARREGANDO?! – Perguntou assustada, seu rosto estava mais vermelho do que um pimentão, por sorte, Natsu não podia ver.

- Hm, é porque eu acordei cedo, e pensei que seria melhor se fossemos logo encontrar a Erza, Gary e Happy, mas como você estava dormindo, e parecia que estava tendo um sonho bom, eu resolvi não te acordar. E você é mais leve que a minha mochila.

Lucy não conseguiu responder nada, apenas soltou um “ah...”.

Não muito longe dali, Gray, Erza e Happy, caminhavam em busca do centro da floresta.

- Será que eles já estão lá? – Perguntou Happy.

- Não sei, mas, espero que eles consigam. – Respondeu a ruiva num tom preocupado.

- Droga! – bufou o moreno – Se aquele idiota não tivesse atacado a areia...

- Não adianta, mas chorar... Pela areia queimada – ela riu – agora só nos resta torcer para que eles consigam chegar também.

- É...

Os três caminharam mais um pouco, não estavam cansados. Alguns minutos depois, era possível ver uma espécie de torre, seria ali que a bruxa Kushikuri se escondia? Eles não pensaram duas vezes e correram até lá.

- Então é aqui o centro da floresta?! – perguntou o gato animado.

- Parece que sim. – Respondeu Gray – vamos entrar?

- Acho melhor não. Vamos esperar Natsu e Lucy.

- Ta bom...

Meia hora depois...

Os três estavam sentados sobre a grama, em frente à torre, silêncio. De repente um arbusto próximo dali começou a se mexer, mas não era possível ver o que era, já que havia muitas árvores e plantas por perto. Gray e Erza rapidamente se posicionaram prontos para atacar...

- Pessoal! – Gritou Lucy saindo do arbusto.

- Lucy! – Os três falaram animados.

- Onde está o Natsu? – Perguntou o gato preocupado.

- Deve estar chegando.

- Como assim? Vocês não estavam juntos? – Indagou o Fullbuster.

- Sim... Mas no meio do caminho...

- Natsu... pode me soltar...

- Ah, ta bom.

Os dois caminharam mais um pouco, até que Natsu avistou uma bola preta em um galho de árvore.

- OLHA LUCY!

- Espera, Natsu, isso pode ser uma...

Com uma vareta ele cutucou a bola... preta... mas nada aconteceu, cutucou, cutucou... Lucy já se afastava, até que ele se irritou e furou a bola. Imediatamente centenas de abelhas saíram de lá, por que... ERA UM COLMÉIA!

- SEU IDIOTAAAAAAAHHHH!!!!

- Típico dele. – Falou Gray cruzando os braços.

Segundos depois, uma bola de fogo queimou o mesmo arbusto o qual Lucy havia saído, em seguida, aparece Natsu correndo, desesperadamente, e logo atrás, centenas de abelhas furiosas.

- SALVEM-SE!!!!!! – O Salamander gritava correndo o mais rápido que podia.

Os quatro se entreolharam, e em seguida olharam para a torre, a qual a porta de entrada estava aberta. Imediatamente correram pra lá, Natsu fez com que chamas saíssem de seus pés o impulsionando em direção á porta. Como um foguete, ele penetrou na torre, e antes que as abelhas assassinas sanguinárias devoradoras de alma os atacassem, Erza trancou a porta.

- Estão todos bem? – Perguntou a ruiva.

- Sim. – responderam.

- Olha, Natsu, seu braço está sangrando! – Gritou Happy.

- Ai meu deus! – O rosado deu um pulo olhando para o próprio braço – será que vou morrer?!

- Não fala besteira. – A loira segurou o braço dele, analisando – Posso curar isso rapidinho.

- Depois diz que não é bruxa... – Sussurrou o gato.

- O QUE DISSE?!

- Eu to morrendo, me salva!! – Natsu gritava feito uma criança.

A loira colocou a mão no cinto, mas... as chaves não estavam lá. Foi então que ela se lembrou, que quando estava correndo pela floresta, suas chaves haviam caído e esqueceu de pegá-las.

- E agora?! – choramingou.

De repente, em sua frente, surge Virgo.

- Virgo?!

- Princesa, trouxe as suas chaves.

Ela entregou as chaves tão preciosas para a loira, que mal podia acreditar.

- Uau! Virgo! Muito obrigada!

- Deseja me punir agora?

- NÃO! – Ela deu um suspiro – Mas, como você as achou?

- Hm... Eu percebi que algo estava estranho, e vim ver se a Princesa estava precisando de ajuda, e então, encontrei as chaves caídas naquela mata estranha.

- EI, EU ESTOU MORRENDO! – gritou o rosado, Happy ao seu lado chorava.

- CALMA! – A loira berrou, em seguida olhou para Virgo – Você pode trazer aquele kit médico?

- Aqui está. – entregou.

- Que rápido... – comentou Gray.

- Princesa, deseja mais alguma coisa?

- Não, pode ir.

E assim Virgo foi embora. A loira pegou o kit médico, abriu, e de lá tirou uma gaze e um esparadrapo. Depois de desinfetar o pequeno arranhão, que mais parecia uma ferida da morte, enrolou a gaze em volta do braço do Dragneel tapando o sangramento e prendeu com o esparadrapo.

- Prontinho. – Falou orgulhosa de seu ato.

- Uau... – todos falaram boquiabertos

- Lucy, você me salvou! – Gritou o rosado quase chorando.

- Não é pra tanto, gente. – ela riu.

- Bruxa... – sussurrou o gato.

- NÃO SOU BURXA!!

Depois de tudo resolvido, eles abriram outra porta onde havia uma escada e que provavelmente os levariam até o topo da torre.

Do alto da torre, Kushikuri olhava a sua bola de cristal, e nela, mostrava os cinco subindo as escadas, ela sorriu, e em seguida olhou para Amani que estava amarrada em uma pilastra pronta para ser queimada.

- Vamos começar o ritual.