Vontade. escrita por Cari-chan


Capítulo 1
:Vontade:


Notas iniciais do capítulo

Olá meus queridos..! ♥
Espero que tenham uma boa leitura.



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A manhã entrava por entre a gruta. O alvorecer via-se ao longe enquanto o céu ainda estava coberto de rosa. Acabou por perder o bom humor ao ver aquele bilhete.

“Vem ter comigo á árvore marcada, Karin.”

Aquela estúpida da Karin.

Acabaram por baptizar aquele ponto de encontro com aquele nome devido á enorme árvore que lá jazia.

O céu começava a cobrir-se com o sol. E nada. Nenhum sinal daquela inútil aparecer. Os nervos começavam a formigar. Ela sabia perfeitamente o quanto detestava esperar. Quando a visse, rebaixaria frente a ele por tê-lo feito esperar tanto tempo.

 Olhou para cima e viu como a árvore estava cheia de flores de cerejeira. Uma das flores que caiam acabara por pousar no seu cabelo, onde ele a retirou, segurando na palma da mão, olhando-a busca de recordações.

- Onde será que…

- Está aqui.

Os olhos negros vislumbravam um cenário que subitamente parecera-lhe aterrador. A sua alma não queria aceitar o que via.

- O que é isto Karin? Alguma espécie de brincadeira?!

- Ela está aqui. Não era isso que querias? – mostrou o que carregava aos ombros. - Ai a tens. A irritante voltou. – a gargalhada que veio era insana.

O peito começou a bombear de uma estranha dor. Deu uns passos para se certificar se era verdade o que via e desejou estar com alucinações.

Todos nós preferimos lidar com situações que não nos são novas, mesmo que nos doam, do que com um cenário completamente estranho e invulgar.

- Então você… você… - acabou por activar o sharigan. – Como foste capaz…

Os punhos apertaram-se ao lado a tentar esmagar a ira. Cerrou os dentes para desfazer a dor. Estava a doer, a magoar em demasia. Correu na direcção de Karin, mesmo que não fosse preciso, e apertou-lhe com força o pescoço com uma mão. O instinto da ruiva foi de segura-la tentando livrar-se dela

- Onde é que ela está?! – apertou mais e viu como os seus dedos ficavam brancos devido á força. – Diz-me, onde é que está a Sakura?!

- Já te disse. Aqui.

Não podia. Ele não queria e não podia aceitar esta realidade.

Era impossível. Não fazia qualquer tipo de sentido.

A rosada estava estática. Não se movia. Os braços pendurados. As pernas desfalecidas. Os cabelos a cobrirem-lhe o rosto.

A mulher começava a ficar sem ar e sem forças acabando por deixar cair o corpo que vinha às suas costas.

Viu em câmara lenta como ela flutuava, a cabeça ia para trás, o sangue que lhe escorria pela boca, para depois, o tombo do corpo no chão ressuar por todo o Vale.

O cheiro que cobriu o ar…

O cheiro da morte.

Sua maldita... porquê?! – abanou-a no ar. – Porque é que a mataste?!

- Ela pediu-me que a matasse.

- O quê?!

- Por ti.

O panorama já estava suficientemente confuso. Não estava disposto a entrar no jogo de Karin.

- Estás a dizer que foi eu que a matei?! – acabou por larga-la no chão. – Mataste-a!

- Eu? – começou a tossir e a massajar o pescoço. – Sakura disse…

- Sakura disse-te o quê?! - gritou. – Diz-me já!

- “Karin, alguma vez pensaste sobre o sentido da vida? Comecei a fazê-lo depois do Sasuke-kun partir. E sabes que mais? Não sou um bem maior. Sou somente um poço de sofrimento para ele. Ele não quer saber de mim, tentou matar-me, e eu sei que se morrer, ele será feliz e tudo vai acabar. E eu sei, que só você é capaz de me matar. Não é? É também o teu desejo que eu saia do teu caminho até o Sasuke-kun… porque você também ama-o.”

- Ela achava mesmo…

- Ora, juntei um mais um, e fiz-lhe a vontade. Ficamos os três a ganhar, não é, Sasuke-kun?

- O que sabes tu sobre mim?!

- O que é que eu sei? Você nunca percebeu nada este tempo todo? – ela levantou-se. – Eu amei-te e ela também. E depois? Pensaste só na tua dor. Só pensas na tua dor. Nunca pensas em mim ou na Sakura. Eu ainda suportei, mas a dor dela era palpável. Ela já não tinha mais condições de sofrer, também, uma fraca como ela é…

Acabou por explodir e enfiou o chidori no estômago da mulher.

- Vais pagar pelos teus pecados…

O moreno deixou-a cair no chão. Agarrou ternamente no corpo já sem vida de Sakura e puxou-o para longe de Karin.

- E como pensas pagar pelos teus, Sasuke-kun?

*

- Sakura!

Olhou para a rua e viu a lua cheia. A luz não conseguia chegar ao seu coração.

- Isto foi só um pesadelo. – passou a mão pelo cabelo suado. – Aquela irritante deve estar em casa. A esta hora, se passar por Konoha, ninguém dará pela minha presença.

O caminhou pareceu-lhe mais longo que o habitual. O silêncio da noite mais perturbador. Um medo inexplicável percorreu-lhe o corpo.

Olhou para a grande árvore e foi então que percebeu.

- Sakura…

O medo. O silêncio.

Estava só.

Inundado pela própria solidão que cultivara.

Quando deu por si estava frente á lápide que tinha criado para ela. Estava coberta de flores de cerejeira.

Agarrou numa peça de roupa dela e o que sentiu foi…

Saudades.

Tinha ainda o seu cheiro. O cheiro misturado com o sangue.

Agora percebia, nunca quis separar-se dela, nunca conseguiu.

“Sou um poço de sofrimento para ele.”

- Não, não eras. – apertou a peça de roupa. – Não eras nada disso…

Tudo o que queria era que ela não o visse a degradar-se. Quando tentou matá-la, só queria detê-la, queria que ela parasse de o perseguir, queria parar com o seu sofrimento.

Será que ela alguma vez soube que a amou?

Deixou uma lágrima solitária percorrer o rosto.

Sentiu um grande vazio no lado esquerdo do peito.

O sítio onde havia uma estrela.

A estrela que ele próprio destruiu.

A calma vazia.

A perda absoluta.

Era o que lhe restava.

Fim.


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Notas finais do capítulo

Olá novamente! ♥
Isto é o se faz num Domingo à tarde...
Apesar de a fanfic não ter terminado da melhor maneira.
Apesar disso espero que tenham gostado.
Reviews? Gostaria muito. ;-)
Beijinhos,
Cari.