A herdeira do Lorde II escrita por letter


Capítulo 13
Capítulo 11 - Daydreams


Notas iniciais do capítulo

Oie bruxinhos *-* Eu fiquei super feliz de ver que ainda tem quem acompanhe a fic, muito obrigada (: Bom, o capitulo veio mais rápido do que eu planejava, o que é algo bom, mas isso se deve graças a Natalia, minha beta, então agradeçam a ela. Espero que gostem do capitulo, aproveitem. A e apenas para responder algumas perguntas, a carta que apareceu é a do capitulo bônus feito pela Lauane :*



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        “Temos um anúncio a fazer.” - Disse Teddy se levantando da cadeira, em volta de uma mesa posta ao luar, Teddy trajava um terno negro e sapatos lustrados, o que não era bem do seu feitio, os cabelos sempre despenteados e rebeldes estavam bem penteados e no lugar, eu não fazia ideia do que o levara se vestir de tal maneira.

         “Se puder ser pra hoje aluado!” - exclamou a conhecida voz de Louis Weasley, que sentava do outro lado da mesa, e então reconheci que em volta da mesa estava todos os membros da família Weasley e Potter, e sem surpresa percebi que estavam todos no gramado d'A Toca. Teddy fez uma careta ao ser chamado dealuado, mas ninguém notou. Era o velho apelido de seu pai, mas Teddy não gostava de ser chamado assim, embora quase ninguém soubesse de sua aversão a esse nome.

         “Cale a boca Louis” - ralhou Dominique Weasley, sua irmã.

         “Victoire e eu iremos nos casar!” - todos em volta da mesa explodiram em aprovações e aplausos, vi cabeleiras ruivas se levantaram e irem cumprimentar Teddy com um abraço e parabenizá-lo, e vi Victoire. Ela sempre fora bonitinha, mas agora estava bonita de verdade.

        Victoire herdara o sangue Veela de seus antepassados, o que a fazia ser dona de uma linda cachoeira de cabelos prateados, olhos tão claros quanto o próprio céu, e dentes tão brancos que faziam sua visão arder. Eu não a via desde que fora estudar na antiga escola de sua mãe, após ter passado por um trauma em Hogwarts... Meus amigos torturaram-na e outros de seus amigos quanto estávamos no terceiro ano.

         “Já se passava da horrra!” - exclamou Fleur, mãe de Victoire, a quem eu tinha uma velha aversão.

         “Mamãe” - murmurou Victoire ficando levemente corada.

         “Filha, vocês namorrram desde que você entrrrou em Hogwarts!”

        Então eu acordei.

        Abri os olhos ligeiramente e fitei o teto.

        Fora o pior pesadelo que eu já tive durante toda a minha vida, literalmente. Foi tão nítido... Juro que até senti a brisa da noite me envolver, porém, ao mesmo tempo, tão utópico! Quero dizer, isso nunca aconteceria. Teddy e Victoire eram uma ilusão, nunca daria certo, pois há tempos Teddy fizera sua escolha, e quem saiu vitoriosa fora eu, não Victoire e seu cabelo liso e loiro. Mas... Uma parte de mim, sabia que lá no fundo, se eu não tivesse um dia resolvido me esbarrar com Teddy, ele e Victoire estariam juntos, e talvez eu estaria liderando as forças que queriam se reerguer em nome de meu pai.

        Então aquilo foi apenas um sonho, ou um aviso?

        - Annabelly. - chamou uma voz me tirando de meus devaneios, virei para o lado e deparei com os grandes olhos de amêndoa de Dorea colocados de forma preocupada sobre mim.

        - O que aconteceu? - perguntei e então me dei conta de que minha garganta estava exageradamente seca.

        - Muitas coisas. - Dorea falava tão baixo que chegava a ser um sussurro, olhei em volta para ver se alguém nos observava e constatei que eu estava na enfermaria, e fora Dorea, não havia mais ninguém lá. Não havia motivos para falar de um modo tão estranhamente suspeito. Dorea me viu olhando em volta e se virou para ver a porta por um segundo. - Não posso te explicar tudo agora. - continuou ela em seu tom baixo. - Mas você confia em mim?

        A verdade era que eu não confiava nem em mim, mas resolvi pensar no assunto mais tarde e assenti para Dorea.

        - Finja que não acordou, e finja acordar apenas quando tiver certeza que quem está do seu lado é Tom Riddle, e por fim, finja estar atordoada, finja que não se lembra de nada, finja que sua mente ainda está na guerra.

        Nada do que Dorea falava fazia qualquer sentido em minha cabeça, mas por algum motivo eu descobri nesse momento que realmente confiava nela, e antes que eu pudesse contestar assenti em concordância. Dorea sorriu, um sorriso forçado e firme, e antes que qualquer uma de nós pudesse dizer algo, ouvimos passos vindos do lado de fora. Dorea apenas se ajeitou na poltrona e voltou a e fitar, e eu entendi que era pra fingir que estava dormindo.

        Era Madame Pomfrey, ou melhor, Senhorita Pomfrey como gostava de ser chamada nessa época, a reconheci pela voz. Madame Pomfrey dizia a Dorea que era melhor ela voltar mais tarde, que eu não acordaria tão cedo.

        Por fim, acabei dormindo novamente, e mergulhei em um sonho pior do que e acabara de sair, se possível.

        Teddy estava deitado de lado, apoiando a cabeça no braço, enquanto acariciava a barriga de Victoire, que sem sombras de dúvida carregava um ser dentro de si. Um bebê de Teddy. Meu estômago se contorceu dentro de mim e comecei a gritar para minha consciência que acordasse, que abrisse os olhos, que era só um sonho. Aquilo era pior que mil crucios.

Victoire estava sonolenta, parecia que iria cair no sono a qualquer momento.

         “Como vai se chamar nossa garotinha?” - perguntou ela com a voz mansa.

Teddy encolheu os ombros.

         “Você não aceita minhas sugestões” - respondeu ele, sem rancor na voz. Argh.

         “Mas...” - Victoire bocejou - “Coitada de uma criança crescer sendo chamada de Annabelly. Isso...” - outro bocejo - “Esse nome... De onde... De onde saiu?” - Victoire bocejou novamente e fechou os olhos, duvidasse que eles iriam abrir tão cedo.

Teddy suspirou e colocou a cabeça no travesseiro.

         “Não sei de onde saiu” - respondeu ele para si mesmo, já que Victoire dormia, com a graça de Merlin e um pouco de sorte, talvez ela não acordasse nunca mais. - “É apenas um nome, que fica rodeando na minha cabeça, rodeando meus sonhos... Eu queria saber de onde veio.”

        Ele não se lembrava de mim. Aos poucos senti minha consciência voltar, e antes mesmo de abrir os olhos eu já estava acordada. Senti um bolo entalado na minha garganta, e mentalmente pedi desculpas para Dorea, por eu não seguir o seu plano, e então abri os olhos. Mas eles estavam marejados. Droga, droga, droga. Já mencionei que odeio chorar?

        Sentei na cama e abracei meus próprios joelhos, e pela primeira vez não forcei engolir o choro, coloquei a cabeça sobre os joelhos e deixei as lágrimas escorrerem livremente. Funguei e solucei.

        Teddy me esquecera... Eu não passava de uma mera e desconhecida lembrança no futuro.

        - Annabelly?

        Instantaneamente me virei, e deparei com Tom Riddle, sentado onde a pouco ou a muito estava Dorea. Suas feições estavam confusas e ele parecia no mínimo perplexo.

        Rapidamente limpei as lágrimas, e embora eu soubesse que me encontrava no pior estado no qual eu podia me encontrar não me importei.

        - Vá embora. - consegui dizer com a voz rouca.

        - Está sentindo alguma dor? - perguntou ele. Eu queria responder “sim”, queria explicar que me coração estava apertado, e contar a ele que a única pessoa por quem, pela segunda vez eu decidi arriscar a vida não se lembrava de mim, e que a única razão de eu estar ali nesse momento, é por que eu queria matá-lo. Mas não consegui.

        - Vá embora, Riddle. - repeti.

        - O que você fez com ela? - perguntou a voz de Dorea, um tom mais alto que o normal. - Seu imprestável.

        - Eu não fiz nada. - respondeu Tom, simplesmente, sem se alterar.

        - Dê licença a Belly, não vê como ela está confusa? - perguntou Dorea se aproximando.

        - Tenho tanto direito de permanecer aqui quanto você, Black. E não estou disposto a sair antes de entender certos... acontecimentos.

        - Não me faça arrastá-lo porta à fora Riddle, não acordei com humor para encostar a mão em um mestiço.

        Não sei quem ficou mais perplexo, Riddle ou eu. Nunca imaginei que Dorea tinha tamanha astúcia para falar com Tom daquela maneira, e por um segundo temi por Dorea ao ver as narinas de Tom se inflamarem.       

        - Vá embora Riddle. - falou ela.

        A contra gosto, Tom se levantou, fuzilou Dorea com os olhos, e eu juro que pude ver chamas brilhando dentro deles.

        - Vai se arrepender disso Black. - advertiu ele ao sair.

        Fitei Dorea sentindo um misto de orgulho e admiração por ela, sobrepondo o temor que alguns minutos havia sentido.

        - Você é louca. - falei abrindo um sorriso mínimo.

        Ela deu de ombros e respondeu com um sorriso acanhado.

        - Ele é apenas um garoto mimado que se acha o maioral. - disse ela dando de ombros se sentando na beirada da cama, desejei que Tom Riddle fosse apenas isso, mas não, ele não era. - Você está bem? O que ele fez com você?

        - Estou bem. - consegui dizer. - Ele não fez nada contigo... Apenas... Não sei o que aconteceu.

                - Bom... Aconteceu várias coisas. - disse Dorea. - Um vira-tempo ilegal que estava com você foi confiscado, você ficou desmaiada por três dias, e... Uma carta datada de 2016 foi mandada para você, assinada por alguém de sobrenome Nigellus, a quem eu tenho certeza que você sabe que é o sobrenome do nosso antigo diretor, Fineus Nigellus.

        - Oh Merlin! - exclamei sentindo minha cabeça pesar sobre meu pescoço.

        - Oh Merlin - repetiu Dorea sem quaisquer emoções.

        Dorea me fitou por um bom tempo, eu sabia que ela queria explicações, mas como eu iria explicar tudo isso? Por fim ela resolveu falar.

        - Quando você sair dessa porta, será bombardeada por diversas perguntas.  Desde de Dippet, que está com seu vira tempo, a Riddle que recebeu as notícias de primeira mão por Abraxas, que muito curioso leu sua carta. Eu apenas consegui ganhar um tempo para você conseguir pensar algo, ou sei lá, não sei se posso lhe ajudar mais do que com isso.

        - Você já fez mais do que eu merecia Dorea, obrigada. - agradeci sinceramente.

        - Sei, sei... - Dorea se levantou. - Se você resolver me contar tudo, sabe onde me achar.

Dorea se virou e ia andando em direção da porta, quando se interrompeu no meio do caminho e se virou para mim:

        - Ah, já ia me esquecendo. - Dorea tirou do cós da saia um pergaminho amassado e chamuscado, e o atirou em minha direção.

        Depois me deixou a sós. Por um tempo fiquei sozinha, apenas fitando as letras do pergaminho, e me perguntando como raios aquilo veio parar no ano de 1945. Depois passei o resto da noite lendo e relendo as palavras escritas de Alice, sem acreditar no que eu lia, sendo preenchida por um sentimento que me dizia que eu não fui esquecida, e que renovava minhas forças, me lembrando de o porque que eu vim para cá. Me lembrando que eu não tinha garantias de que um dia responderia a essa carta, mas de que eu ia fazer meu máximo para cumprir a missão que eu mesma me dei.


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Notas finais do capítulo

O banner ficou em tamanho descomunal .-. mas ignorando isso, o que acharam? Por favor, não deixem de comentar e até o proximo :*