Não É Como Um Conto De Fadas escrita por danny96_chan


Capítulo 2
Capítulo 2




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    Que mau uma dança poderia fazer? Eu não podia negar que gostava da idéia de passar algum tempo com aquele homem. Mas... Eu teria coragem de aceitar? Nunca havia dançado com alguém antes em um baile, era boa em apenas rejeitar convites. Fiquei supresa comigo mesma quando me vi pegando sua mão estendida. Ino me olhou sem reprovar, ao contrário seu olhar parecia me encorajar.
    De braços dados rumamos mais ao centro do salão. Deixei que ele me guiasse. Uma música estava terminando e casais se desfaziam, enquanto outros se formavam a espera da próxima melodia. Ela não tardou a começar. As primeiras notas adentraram meu ouvido ao mesmo tempo em que senti o braços dele ao me redor puxando-me um pouco para perto. Ele segurou minha mão e pôs a outra em minha cintura. Em contra partida pus minha mão em seu ombro e começamos a nos mover no ritmo da canção. Eu dava as direções antes dele e notei o semblante confuso que ele fez. Arrependi-me por ter aceitado o convite, eu devia ser das piores companhias. Abaixei a cabeça tentando não olhar para os olhos negros que me olhavam de cima.
    - Uma garota que não se deixa guiar, - ele murmurou, não havia sinais de desapontamente em sua voz, na verdade quase o que mais se notava era a surpresa, mas ela sentiu também um certo tom divertido na voz do rapaz.
    - Desculpe. - Ela respondeu de imediato. O que mais diria?  Eu simplesmente não sabia como deixá-lo guiar.  Meu corpo parecia se mover sozinho com os acordes da harpa, da flauta e do piano ali tocados. Reparei que era uma bela melodia apesar de tudo, meu parceiro deveria estar arrependido de disperdiça-la comigo.
    - Não precisa se desculpar. - Ele disse depois de um tempo. - Na verdade apenas deixa tudo mais interessante.
    Tentei olhar naqueles olhos negros para saber  o que eles poderiam me dizer, ao levantar a cabeça deparei-me com aquela bela face a poucos centimetros da minha. Senti meu rosto corar no mesmo instante. Ele não deveria estar tão perto, deveria? Meu coração batia descompaçadamente em meu peito, tão alto que eu achei que até ele poderia ouvir. Abaixei a cabeça para disfarçar a vermelhidão em meu rosto, - não era algo que acontecia com frequencia comigo - e enquanto me concentrava em apenas seguir a música senti o cheiro dele, o aroma de cravo misturado ao seu próprio, e mais alguma coisa que eu não  detectava. Voltei a me concentrar apenas em dançar - coisa que me pareceu muito mais fácil do que eu preveria, mesmo com o comprimento do vestido.
    Ele também se calou e eu me vi desejando ouvir outra vez aquela voz. "Que imensa besteira," pensei.  Imaginei por um momento que deveria estar sendo uma péssima companhia. Reprimi minha vontade de dançar apenas igonorando meu parceiro - coisa que seria bem deselegante e provavelmente daria inicio a boatos mais tarde - e me esforcei para pensar em alguma conversa.
    - Por que interessante? - Perguntei depois de um tempo.
    - Demonstra que possuí personalidade. - Ouvi-lo responder. - Apesar do que falam, não é algo ruim.
    - Apesar não ser ruim, certamente não é algo que agrade. - Respondi na hora. Me arrependi. Deveria pensar mais antes de sair dizendo coisas assim.
    - Os tolos realmente não se agradam de pessoas que pensam por si próprias. - Foi a resposta.
    - É sem dúvida uma bela filosofia. - Comentei. Ainda receava levantar a cabeça, então tentava adivinhar a expressão que ocuparia o rosto dele. 
    - Concordo. - Ele consentiu. - Minha mãe costumava dizer-me isso.
    Ao falar da mãe, ele usou um tom distante. Imaginei que ele não a visse há tempos.
    - Ela parecia inteligente. - Respondi sinceramente.
    - De certo, era. - Foi a resposta. - Mas não creio que esse seja um assunto agradavél para uma dança, peço desculpas.
    - Não precisa se desculpar. Na verdade apenas torna tudo mais interessante. - Parafraseei-o. Inclinei a cabeça para cima e o vi um sorriso brincalhão abrir-se em seu rosto.
    A música acabou. Separamo-nos com uma reverência.
    - Um real prazer acompanhá-la nessa dança, senhorita...
    - Haruno. Sakura Haruno. - Apressei-me em responder. O nome não parecia significar nada para ele, não haviam titulos, nem escândalos relacionados a minha familia.
    - Sou Uchiha Sasuke. - ele respondeu logo antes de afastar-se. Eu por minha vez, só poderia voltar para perto de Ino. Só então notei que minha amiga observava-me. Achei que ela estaria dançando, mas ela havia me esperado. Sua expressão não demonstrava raiva. Apenas um pouco de sua alegria um tanto histérica misturada a ansiedade.
    Enquanto caminhava em direção a minha amiga não pude deixar de pensar nas emoções que senti ao estar dançando com Uchiha Sasuke, estranhei por um momento o fato de não saber praticamente nada sobre ele, embora sua familia certamente fosse importante. Por um momento surgiram em minha mente diversos diálogos e perguntas que eu ansiei poder fazê-lo numa próxima vez. Repreendi meus pensamentos. Havia sido apenas uma dança. Nada mais. Não tinha porque ele me convidar novamente, não havia por que ele dirigir-me a palavra. De certo não haveria uma próxima vez. Por alguma razão o pensamento pareceu cansar-me de tal forma que perdi toda a vontade de responder qualquer uma das perguntas que Ino provavelmente me faria.   


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Notas finais do capítulo

Desculpa se demorei para postar a continuação, pretendo postar pelo menos duas vezes na semana, pode ser? Pode ser que atrase (isso quer dizer que é quase certo que atrase mesmo xD) mas eu vou me esforçar õ/ muito obrigada mesmo as meninas que estão lendo e comentando vocÊs não sabem o quanto me deixam feliz, espero realmente que gostem, bem acho que é só... Beijos a todas e comentem!



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