Broken Sword escrita por hyuuga_hinata_s2


Capítulo 1
Capítulo 1 - Prostíbulo




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/16311/chapter/1

Há muito tempo, havia uma disputa entre clãs samurais. O verdadeiro motivo dessas disputas era nada mais nada menos que ter o território maior e garantir mais poder sobre a população. Eu vivi vendo toda essa história.

Meu nome é Narumi Ootsuka, desde que era criança era acostumada a freqüentar lugares onde samurais também estavam. Há tempos, perdi meus pais, e tudo por causa da disputa entre clãs. No meio de uma briga entre dois samurais... Meu pai acabou ferido e não sobreviveu.

Se eu fosse uma pessoa fraca eu estaria traumatizada até hoje, mas eu não poderia ficar chorando por causa de uma perda. Logo depois que meus pais morreram, fui “adotada” por Kaya e Thoya, um casal que era dono de um prostíbulo. Não era um ambiente muito adequado para uma criança, mas pelo menos eu tinha um lar. E graças a deus, eu consegui esquecer por um bom tempo, a morte de meus pais.

Já era dia, eu tinha acabado de fazer 17 anos. Percebia que realmente o tempo passava depressa, parecia até que tinha sido ontem que fui adotada. Eu olhei novamente para a luz forte do dia que iluminava o meu rosto, fechei a janela deixando o quarto escuro. Vesti meu quimono rapidamente e saí do quarto, eu tinha decidido que iria trabalhar pelo menos na limpeza do prostíbulo, eu não queria que pensassem que eu estava ali para fazer nada.

Narumi: Bom dia a todos. – andava pelos corredores com um leve sorriso.

Aya: Narumi, hoje é seu aniversário. Tem certeza que quer trabalhar?

Narumi: Aya, a Kaya e o Thoya me adotaram. Isso é o mínimo que posso fazer para retribuir, não acha?

Aya: Até parece que foi ontem que você chegou nesta casa...

Narumi: Eu sei, parece mesmo.

Aya: Narumi, você já pensou se talvez os seus verdadeiros pais... Ah, deixa pra lá.

Narumi: O que foi Aya?

Aya: Já pensou se por acaso eles ainda estivessem vivos?

Narumi: Acho isso impossível, Aya. E também, seria difícil eu saber se eles estão ou não vivos...

Aya: Eu tenho sonhado com um homem com vestes samurais que leva você deste lugar. Sinceramente, as vezes acho que seria melhor alguém te levar daqui, ou você pretende passar a vida inteira neste lugar?

Narumi: Aya, este lugar já é a minha casa. Apesar de que as vezes eu tenha vontade de sair deste lugar... E buscar por aqueles samurais que mataram os meus pais.

Aya: Temos que ir trabalhar, senão vão brigar com a gente. – olhava para a movimentação das pessoas no prostíbulo.

Narumi: Por que estão todos apressados?

Aya: É que hoje é o dia do pagamento dos impostos ao governo.

Narumi: Mesmo assim, pra quê todos estão tão nervosos?

Aya: É por que quem vem receber os impostos é o samurai do Clã Kyuuki, Tezen Kyuuki. E o samurai da guarda nacional Koyama Kyuuki vem para tratar de assuntos sobre a administração deste local. Ele é da guarda nacional, mas serve muito mais á este estado.

Narumi: Samurais...

Aya: Vamos trabalhar que eu odeio ter que ver o “senhor” Koyama.

Narumi: Por quê?

Aya: Ele é chamado de “gênio” por ser o mais novo samurai a ser o “predileto” dos outros samurais. Ele tem a sua idade, sabia? E além do mais, ele me parece ser uma pessoa estranha. Todas as garotas do prostíbulo ficam ansiosas para vê-lo ir falar com o seu “pai”. É que ele tem uma beleza rara, na primeira vez que o vi eu realmente pensei “será que é mulher?”. Ele é andrógino.

Narumi: Entendo. – as duas andavam pelos corredores.

Eu tinha um pavor de samurais, acho que acabou sendo um trauma de infância.

Eu decidi esquecer que samurais chegariam no prostíbulo, decidi ficar na cozinha. Bebi um chá para me acalmar e me esquecer de vez que logo chegaria àquelas pessoas que eu mais temia. Os samurais. Suspirava e olhava para a porta, voltava a beber.

Tezen: AH! Que cansaço! – empurrava a porta da cozinha, sendo seguido por Koyama.

Koyama: Seu folgado, pegue logo esses malditos impostos para que eu trate de negócios com o dono deste lugar para que finalmente eu mantenha a cabeça calma!!

Tezen: A moleque, relaxa. Você é muito estressado. – parava de falar e olhava para Narumi que permanecia a olhar de jeito estranho pros dois.

Tezen: Muito bom dia, senhorita! Sou Tezen Kyuuki e este é meu irmão Koyama Kyuuki, poderia nos dizer onde podemos encontrar o Senhor Thoya?

Narumi: O Senhor Thoya se encontra em seu escritório.

Tezen: Ah, poderia fazer um chá para dois humildes samurais? Estamos muito cansados, andamos muito até aqui.

Koyama: Tezen... Por que não fazemos logo o que viemos fazer aqui?

Tezen: Moleque, você precisa se acalmar. Ninguém trabalha bem com o estômago vazio! – sentava-se, Narumi servia um chá.

Koyama: É que não gosto desse ambiente.

Tezen: Fala isso por quê os homens acham que você é mulher. A culpa é sua que nasceu sendo mais bonito que eu. – bebia o chá.

Koyama: Ora, seu...!

Tezen: Cala a boca e senta aí, criatura! Não sabe ser educado na frente de uma dama?

Koyama: Dama...?

Tezen: Não significa que todas as mulheres de um prostíbulo são realmente prostitutas, ora essa! A Senhorita não é uma, não é verdade?

Narumi: É verdade, eu não sou uma prostituta. Ajudo na limpeza daqui, sou filha adotiva do Senhor Thoya.

Tezen: Muito obrigado pelo chá. Agora vamos, Koyama. Até mais Senhorita! – Os dois saíam da cozinha andando pelos corredores.

Koyama: Tezen, por que mudou de assunto quando ela falou que era a filha adotiva do dono deste lugar?

Tezen: Não entendeu Koya? Ela ficou completamente pálida quando viu que éramos samurais. E quando ela falou que era filha adotiva eu já havia entendido.

Koyama: Ainda não entendi.

Tezen: Provavelmente aconteceu algo na vida dela que é ligado á samurais, sinto que esse medo de samurais é ligado aos pais.

Koyama: Ah...

Tezen: Quero que volte para este lugar pra pedir desculpas formalmente para ela. Você quase a chamou de prostituta se eu não tivesse interferido.

Koyama: Tezen...!!

Tezen: Nada disso, Koya. Você quase a ofendeu, esqueceu?

Koyama: Está bem... Eu vou pedir desculpas para ela.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Broken Sword" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.