Following The Life escrita por MariSB
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem
Ele tirou a mão e ela empurrou o capuz, havia uma cicatriz que cortava um olho e uma do canto da boca até perto da orelha, mas o que ela achou interessante não foi as cicatrizes, nem os hematomas roxos espalhados pelo rosto e sim os olhos, castanhos, que a olhava com um certo brilho a olhar pra ela, ele sorriu cabisbaixo e baixou o rosto falando:
- Agora você viu o porquê de eu me esconder?
- Não consigo ver, você tem lindos olhos e é uma pessoa maravilhosa.
- A cicatriz me deixa, vamos dizer – disse ele com um sorriso – amedrontador.
- Não te acho amedrontador.
- Não acha, porque sabe como eu sou, se me olhasse na rua e as pessoas falassem mal de mim, você teria sim medo.
- O que aconteceu pra você ficar assim?
Ele baixou o rosto, ela viu que havia tocado num assunto delicado e se apressou a dizer:
- Desculpe não é da minha conta, estou sendo indelicada.
- Você está morando comigo, merece saber, como eu vou contar? Por onde eu começo?
- Pelo começo, quem sabe?
Ele riu e desatou a falar:
- Meu pai morreu quando eu era muito novo, minha mãe também, eu fui morar com minha tia, quando eu completei quinze anos ela adoeceu, me contaram das lojas que meu pai havia deixado, ela morreu e eu comecei a trabalhar nas lojas, tinha um amigo que me ajudava e uma secretaria, que eu gostava muito, esse amigo esteve aqui ontem, ele queria tudo que era meu, eu como sempre confiei cegamente nas pessoas, ele me traiu, a gente estava acampando no alto de um morro, lá em baixo tinha água e ele me empurrou, pois se eu morresse ele ficava com tudo, era impossível sobreviver aquela queda, essas cicatrizes – ele tocou no rosto – foi das pedras, eu quebrei a coluna, o crânio, uma perna e um braço – ele riu – me encontraram dois dias depois, francamente, eu não sei como eu sobrevivi, estava muito fraco e todo quebrado – ele riu – bom, quebrado eu continuo, demoraram pra me achar porque eu não tinha ninguém pra me procurar, mas eu sobrevivi, para azar dele, e me recuperei, em parte, pois ainda sinto dores, eu voltei a trabalhar, nunca tive vergonha da minha imagem, mas eu ouvi ela debochando, meus amigos e os funcionários da empresa debochavam de mim, eu não aguentei, Marta trabalhava para mim, assim como Pedro, ela ouviu as pessoas falarem mal de mim e saiu da empresa indo trabalhar na agencia de empregos, Pedro ficou como gerente, eu passo as coisas para ele e ele faz, ele não queria trabalhar também, mas eu o convenci, eu me mudei para cá, ninguém ficou sabendo quem eu era e assim eu fiquei, viva tranquilo, mas ultimamente tenho sentido muitas dores, não pude mais arrumar tudo sozinho, e liguei pra Marta, que não vejo a quase um ano, e aqui está você, fez com que eu me revelasse muito antes que outras pessoas, parece que eu posso confiar em você, não entendo o que está acontecendo comigo.
Lucas escondeu o rosto nas mãos, ela era uma mulher fascinante, havia contado tudo a ela e mal a conhecia, ela colocou a mão no ombro dele e falou:
- Calma Lucas, você passou por momentos complicados, vivia isolado e precisava falar, pode confiar em mim, senhor, nunca falaria pra ninguém.
Ele levantou o rosto e olhou para ela, as lagrimas teimavam em cair, ela olhou para ele e falou:
- Acalme-se, confie em mim.
- Obrigado
Ele sorriu e levantou, a dor o invadiu, ele se apoiou na mesa e ela deu apoio a ele falando:
- Vamos senhor, eu o ajudo.
- Me chame de Lucas – disse ele tentando sorrir, sem sucesso.
Ela ajudou-o a subir e a se deitar, ele dormiu e ela foi para o quarto dela dormir, no outro dia pela manhã, ela arrumou a casa e fez o almoço e subiu para chamar Lucas, ela bateu na porta e não houve resposta, ela o chamou:
- Lucas? Senhor?
E nada, ela assustada resolve abrir a porta, ele estava deitado, mais pálido do que deveria, respirava pesadamente, ele estava dormindo, ela sacudiu-o chamando, ele abriu os olhos e a viu, ele deu um sorriso fraco e ainda meio sonolento perguntou:
- Que horas são?
- Já são meio dia, senhor.
O sorriso desapareceu do rosto assim que ela disse as horas, ela continuou:
- Achei que já estivesse acordado, fiz o almoço e arrumei a casa, vim chama-lo, mas o senhor não respondia então eu me preocupei e resolvi entrar para chama-lo.
- Não precisa me dar explicações Mary – ele disse tentando evitar a preocupação dela, mas não conseguindo esconder as suas – não se preocupe.
Ele se levantou e ela saiu, ele se arrumou e ela foi entrar no quarto quando ele perguntou:
- Você já almoçou?
- Vou almoçar depois que eu arrumar isso, pode ir.
- Não mesmo! – ele a segurou pela mão a carregando escada a baixo
- Mas você disse...
- Eu sei o que disse, mas era pra você não me ver, como você conseguiu fazer que eu me mostrasse, não tem mais o que esconder.
Ela sorriu e eles se sentaram, eles almoçaram e ela subiu para arrumar o quarto, arrumou tudo, ela observou um violão pendurado na parede, ele a observava da porta e falou:
- Gostou?
Ela se assustou e ele riu, ela riu e falou:
- Você toca?
- Sim, desde pequeno.
- Toca para mim?
Ele deu de ombros e puxou uma cadeira para ela sentar, ela sentou e ele pegou o violão da cama e começou a tocar:
If I Die Tomorrow
I wake up to find myself
After all these years
And where all the time has gone
Still seems so unclear
'Cause there's no one else
Since I found you
I know it's been so hard
You should know
If I die tomorrow
As the minutes fade away
I can't remember
Have I said all I can say?
You're my everything
You make me feel so alive
If I die tomorrow
It brings out the worst in me
When you're not around
I miss the sound of your voice
The silence seems so loud
'Cause there's no one else
Since I found you
I know it's been so hard
You should know
If I die tomorrow
As the minutes fade away
I can't remember
Have I said all I can say?
You're my everything
You make me feel so alive
If I die tomorrow
I spent all my life
Looking for our innocence
I've got nothing to lose
One thing to prove
I won't make the same mistakes
Now I know
That everything will be ok
When I die tomorrow
If I die tomorrow
As the minutes fade away
I can't remember
Have I said all I can say?
You're my everything
You make me feel so alive
You're my everything
You make me feel so alive
If I die tomorrow, If I die tomorrow.
Se Eu Morrer Amanhã
Eu acordei para encontrar a mim mesmo
Depois de todos esses anos
E onde todo o tempo se foi
Ainda parece tão escuro
Por que não há ninguém
Desde que eu te encontrei
Eu sei isso tem sido tão difícil
Você deveria saber
Se eu morrer amanhã
Como os minutos se desfazem
Eu não consigo me lembrar
Eu disse tudo o que poderia dizer?
Você é meu tudo
Você me faz sentir tão vivo
Se eu morrer amanhã
Ele traz o pior em mim
Quando você não está por perto
Eu sinto falta do som de sua voz
O silêncio parece tão alto
Porque não há mais ninguém
Desde que eu encontrei você
Eu sei que tem sido tão difícil
Você deve saber
Se eu morrer amanhã
Como os minutos se desfazem
Eu não consigo me lembrar
Eu disse tudo o que poderia dizer?
Você é meu tudo
Você me faz sentir tão vivo
Se eu morrer amanhã
Passei toda a minha vida
Olhando para a nossa inocência
Eu não tenho nada a perder
Uma coisa para provar
Eu não vou cometer os mesmos erros
Agora eu sei
Isso tudo vai ficar ok
Quando eu morrer amanhã
Se eu morrer amanhã
Como os minutos se desfazem
Eu não consigo me lembrar
Eu disse tudo o que poderia dizer?
Você é meu tudo
Você me faz sentir tão vivo
Você é meu tudo
Você me faz sentir tão vivo
Se eu morrer amanhã... Se eu morrer amanhã.
Ele estava confuso, não sabia por que tinha tocado aquela musica, ela quebrou o gelo falando:
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Acho que vou excluir a fic, se ninguém mais gostar, vou exclui-la.
Bjs