Following The Life escrita por MariSB


Capítulo 4
Problemas


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem
reviews???
bjs



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- Mary, Lucas tem alguns problemas, não só de saúde, como também de temperamento, ele fica irritado muito fácil quando esta com dor, ele está tentando não demonstrar porque ele acha que você não merece aguentar, ele sofreu bastante, tenha paciência por favor.

- Claro senhor, a Senhora Marta me falou sobre ele?

- Você falou com a Marta? – perguntou sem conter a curiosidade – ela está bem?

- Sim, ela está bem, e foi ela que me arrumou este emprego, ela me explicou sem falar muito, a delicadeza da situação.

- Que bom que foi alguém conhecido então, eu vou deixar meu numero e qualquer coisa, não hesite em me ligar, tá?

- Sim senhor.

- Me chame de Pedro, porque agora você é como se fosse da família, se é que me entende, não costumamos ver gente aqui, ele está sempre sozinho exceto por mim.

- Claro Pedro.

- Obrigada Mary.

Mary terminou de arrumar a sala e foi para o quarto, ouviu Lucas descer e ouviu alguém bater na porta, e ouviu uma discussão:

- Vá embora – disse Lucas tentando manter a voz firme – O que você quer de mim?

- Tire esse pano da cara e deixe-me ver o estrago.

- Você que fez isso, não vai ver nada, saia daqui antes que eu chame a policia.

- Me disseram que você estava péssimo e é verdade, só não entendo como não te internaram e não me entregaram as lojas.

- Saia daqui agora – disse ele.

A porta bateu e a empregada ouviu um barulho ela caminhou até a sala e viu Lucas jogado no sofá com o rosto coberto pela capa, ela se aproximou e falou:

- Lucas? Está tudo bem?

- Desculpa por isso, Mary, você não devia ter ouvido isso.

- Porque você se esconde?

- Não é muito bonito de se ver, o meu rosto, um acidente que aconteceu a mais ou menos um ano me deixou assim, não ligue para isso, mais uma coisa.

- O que senhor?

- Você pode viver normalmente aqui, pode sair se quiser passar uns dias com sua família, pode ir também, apenas me avise antes, mas pode comer, mexer e tudo o mais o que tiver aqui, você pode usar, eu não costumo muito, na maioria das vezes eu fico no meu quarto.

- Você está me dando casa e comida, senhor, além do dinheiro, não acha que é um pouco demais? Para que vou usar o dinheiro então? Apenas para roupas e sapatos?

- Na verdade não me importo em lhe dar isso também, mas pra trabalhar comigo, você está se privando um pouco de sua família e amigos, então nada mais justo do que isso.

- Senhor, na verdade, sempre fui uma pessoa sozinha, não tenho família, nem amigos, apenas conhecidos.

- então se quiseres ficar aqui Mary, não me importo em ter outra pessoa em casa, queres.

- Sim senhor, muita gentileza sua.

- Já vou pedindo desculpas sou uma pessoa difícil de lidar e sei disso, vou tentar não ficar muito no seu caminho, e acho que deve ter cuidado com quem vier aqui, como deve ter ouvido, tem gente que não me quer bem, e não quero que te façam mal por causa minha, o Pedro é uma pessoa confiável.

- Sim senhor, eu tomarei cuidado.

- Obrigada! Vou subir agora, fique a vontade.

- Quer ajuda senhor?

- Não obrigado.

Ele segurou o capuz para que não mostrasse o seu rosto, e subiu com pouca dificuldade, ela se jogou no sofá e ficou olhando a televisão. Ele se sentou na cama e ouviu a TV ligar, ele sorriu, ela era uma moça interessante, nova, mas muito educada e fala como uma pessoa mais velha, não que ele fosse velho, ele tinha apenas trinta e quatro anos, mas conviveu com gente de varias idades quando trabalhava fora de casa, ele se jogou na cama fechando os olhos a dor estava aliviando, ela não sabia que ele tinha quase a idade dela, achava que ele era bem mais velho e isso o irritava, não sabia por que, mas irritava, ele ouviu a TV desligar e achou que ela tinha ido para cama, ele vestiu a capa e desceu, iria comer alguma coisa, agora ele não estava sentindo dor, nesses momentos ele sentia como se a vida estivesse normal, ele chegou à cozinha e se surpreendeu ao vê-la lá, ela olhou para ele, que puxou mais a capa e ela falou:

- Eu ia fazer algo e levar para o senhor comer.

- Não me chame de senhor, assim parece que eu tenho muitos anos a mais que você.

- Desculpe – disse ela corando, ele riu.

- Claro; Muitos acham que eu sou bem mais velho, pois as lojas eram de meu pai, por isso existem a mais tempo, mas eu só tenho quatro anos a mais do que você.

- Desculpe-me então, não quis ser indelicada.

- Não por isso! – ele riu

- Você está de bom humor – disse ela o olhando, mas frustrada ao ver a capa cobrindo o rosto dele.

- Sim, quando não estou sentindo dor, eu viro uma pessoa normal.

- Porque você se esconde? – disse ela – você não precisa se esconder atrás de uma capa.

- Não é agradável de ver e nós vamos tomar café.

- E você pretende tomar café de capa?

- Sim, já me acostumei.

Ela se aproximou dele, ele ficou imóvel, ela mexia com ele de um jeito que ele não conseguia entender, ela puxou a capa, mas antes que o rosto se revelasse, ele agarrou a mão dela e disse:

- Tem certeza de que quer ver isso?

- Sim

Ele tirou a mão e ela empurrou o capuz...


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