You And I escrita por Fernanda Redfield


Capítulo 6
Coragem


Notas iniciais do capítulo

Olá geeeente!
*corre das pedras*
Tudo bem com vocês?
Então... Gostaria de pedir desculpas pela demora na postagem. Aconteceram tantas coisas ruins nos últimos dias que eu até estava tendo dificuldades para escrever :/
Espero que compreendam, de verdade.
De qualquer forma, algumas informações sobre esse capítulo:
- Ele tem como objetivo mostrar o que aconteceu entre elas depois de NYC através de flashbacks.
- Tem como objetivo também redimir um pouco a Rach e mostrar como a Quinn pode ser cretina quando machucada KKKK
Bem, é isso.
Espero que gostem, boa leitura!



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            - Gente! – Puck estava correndo atrás de Finn e Rachel que pareciam ter adquirido turbinas em seus pés. O rapaz de moicano bufou impaciente, dizer que Quinn tinha sumido já era difícil por si só, mas aqueles dois estavam complicando as coisas. – GENTE!

            Quando a voz de Noah ecoou irritada em suas costas, Rachel deixou seu entusiasmo e seu sorriso morrerem em seus lábios e virou-se para encará-lo. Noah veio caminhando a passos largos até os dois, Finn resistiu um pouco a parar, mas resolveu ficar quieto quando Rachel puxou seu braço. O trio se entreolhou sem saber muito que fazer e Rachel pode perceber que Puck estava incomodado.

            - O que foi, Noah? – Rachel perguntou curiosa enquanto batia o pé, impaciente. Noah olhou para os próprios pés e colocou as mãos dentro dos bolsos da calça, ele levantou os olhos vagarosamente, olhou de Finn para Rachel tristonho. A morena estava começando a ficar verdadeiramente preocupada, ela tocou o braço do rapaz levemente e Noah resolveu falar:

            - Eu sei que vocês estão animados em trazer Quinn de volta agora que se acertaram, só que...

            - O que está acontecendo, Noah? – Rachel interrompeu o rapaz bruscamente, sua preocupação e seu desespero impediram que seu autocontrole permanecesse. Puck olhou para Finn e o outro rapaz percebeu a agonia que o amigo tinha nos olhos, Finn baixou a cabeça enquanto Noah dizia:

            - Lembra que eu estava tentando falar com Quinn? Pois eu consegui, Rach.

            - E o que isso tem de tão ruim para você estar com essa cara de enterro? – Rachel perguntou curiosa e bastante ansiosa por saber que resposta o amigo lhe daria. Puck respirou fundo e abaixou a cabeça, Rachel logo reconheceu que ele estava incomodado com alguma coisa. – Fala logo, Noah!

            - Bem, Rach... Eu não sei como te falar isso, então, vai pelo método menos doloroso e mais eficaz. – Puck disse com uma sinceridade latente que até provocou arrepios em Rachel e fez Finn fazer uma careta incomodada. O bad boy suspirou. – Quinn não está em Lima e ela não me disse para onde foi, acho que ela não quer mais olhar na sua cara.

            - O que foi que você fez, Rachel? – Finn perguntou preocupado com a ex-namorada, Rachel baixou os olhos, sentindo as lágrimas chegarem e sufocá-las a muito custo. A morena olhou de um para o outro e logo em seguida, desabou em lágrimas. Finn se aproximou dela com um abraço protetor que Rachel aceitou imediatamente enquanto choramingava:

            - Eu não podia ter  deixado Quinn sozinha pela manhã...

            - Vocês passaram a noite juntas? – Finn perguntou confuso, mas sem se separar da garota e ainda afagando os cabelos castanhos dela. Puck olhou irritado para ele, em um sinal claro de que aquela não era a melhor hora para começar a defender seu orgulho feriado. Rachel empurrou Finn para longe de si gentilmente, ela olhou suplicante para Finn e disse culpada:

            - Finn, eu não posso perder mais ninguém. Prometo que eu vou te explicar tudo que se passa entre eu e Quinn, mas não vai ser agora.

            Finn afirmou com um gesto da cabeça, ele sorriu torto e abriu os braços novamente, sentindo o pequeno corpo de Rachel aconchegar-se ao seu. O coração do quaterback estava pesado dentro do seu peito, mas Finn estava feliz por estar ajudando quem amava. Ele fechou os olhos e curtiu o cheiro dos cabelos de Rachel até ser tirado de seus devaneios pela voz de Puck:

            - Qual é Rachel? Você realmente vai ficar chorando e não fazer nada?

            Foi a vez de Finn olhar feio para Puck, mas o bad boy deu de ombros em um claro sinal de que só queria o melhor para a pequena diva. Rachel saiu do abraço de Finn e limpou as lágrimas, seus olhos estavam um pouco inchados e vacilante, ela disse:

            - Eu não... Não sei o que fazer.

            - Mas é para isso que eu e Finn estamos aqui, além de Kurt e Mercedes, obviamente. – Puck exclamou ofendido pela resposta de Rachel, ele esperava que a sua judia preferida fosse um pouco mais insistente em relação a Quinn. Só o bad boy sabia como Quinn Fabray era egoísta e imatura quando queria ser. – Eu vou insistir até ela atender aquela porcaria de celular. E acredite Rach, ela vai me atender.

            - Mas Puck, Q é muito cabeça-dura quando quer... Só isso não vai trazê-la de volta! – Finn rebateu com um ar pensativo que até surpreendeu Puck e Rachel, o trio se entreolhou até que Puck respondeu animado:

            - E quem disse que ela que vai voltar? Nós vamos buscá-la e pelo que eu conheço de Quinn, ela não deve ter ido muito longe...

            - Acho que, para começo de conversa, devíamos ir a Mansão Fabray... – Finn sugeriu animado também, a idéia de juntar um casal estava deixando-o sorridente. Rachel olhava de um para outro, incrédula, não esperava que os dois podiam ficar tão felizes por bancarem os cupidos. – Quem sabe Quinn deixou uma pista por lá.

            - Q não fala com a mãe desde NYC... – Rachel comentou cabisbaixa, começando a caminhar com os dois rapazes a ladeando. Era fim de tarde e ela não tinha a mínima vontade de ir para cara. – Duvido que ela tenha dito alguma coisa.

            - Sem pessimismo, Rach... Estamos do seu lado e vamos trazer aquele projeto de punk de volta para a escola, para o Glee e para você! – Puck disse emocionado, apanhando a amiga pelos ombros e beijando a testa dela. Rachel sorriu para ele e em seguida, virou-se para Finn.

            Ela podia ver nos olhos do quaterback que ele estava triste com o fim do namoro, mas também podia ver ali o início de uma amizade... Rachel deu um pequeno sorriso, estaria plenamente feliz quando trouxesse certa loira teimosa de volta para seus braços.

***

            Quinn olhou pela janela do abafado quarto de hotel que alugara, estava em uma cidade ainda menor que Lima. Ela saíra sem destino e com menos de duzentos dólares no bolso, o pouco que tinha a trouxe ali, mas inexplicavelmente, ela estava feliz por estar um pouco distante de Lima.

            Porque estar distante de Lima era ter mais facilidade em lidar sobre o que sentia e o que deveria sentir por Rachel Berry. Só Quinn sabia como tinha machucado seu ego e seu orgulho acordar sozinha naquela cama, depois de uma noite tão intensa como aquela, tudo que Quinn queria era ser acordada por aquele sorriso de 1000 watts.

            - Eu não sei como nem por que, mas eu sempre me rendo a você... O que você faz comigo, hein Fabray? – Rachel questionou rindo na curva do pescoço de Quinn, a ex-cheerio deu uma gargalhada leve e beijou a cabeça da morena que estava apoiada em seu peito nu. Em seguida, ergueu os olhos castanhos de Rachel para si e murmurou:

            - Não tenho culpa se eu sou irresistível, Berry.

            - Tinha até me esquecido de sua modéstia... – Rachel comentou com um sorriso brincalhão e apoiando-se nos cotovelos para olhá-la melhor. As duas trocaram olhares contidos e Quinn piscou para Rachel que corou levemente, em seguida, Quinn apoiou-se no encosto da cama e disse:

            - Mas falando sério, Rach... Eu faço o mesmo que você faz comigo.

            - Então eu acho que tenho uma leve idéia do que se trata... – Rachel comentou sedutora, antes de morder o queixo da ex-cheerio, Quinn gemeu com um sorriso. A morena escondeu o rosto na curva do seu pescoço, a ex-cheerio afagou os cabelos de Rachel até senti-la adormecer em seus braços.

            Quinn teve que dar mais uma olhada no corpo nu de Rachel antes de dormir também e aquilo só lhe convenceu do quão perfeita a morena era e deu-lhe a certeza de que, com toda a certeza do universo, tinha alguma coisa muito forte entre elas.

            Quinn deixou sua mão correr pela curva da cintura de Rachel, ela sentiu a morena se arrepiar e rir em seu pescoço, antes de murmurar sonolenta:

            - Eu realmente aprecio o que se passa na sua cabeça, Fabray... Mas meu corpo exige um pouco de descanso.

            - Ah é? – Quinn perguntou maldosa, fazendo Rachel abrir os olhos e deparar-se com aquela sobrancelha sedutoramente arqueada. A ex-cheerio inclinou o corpo e ficou por cima da morena, Rachel sorriu satisfeita. – Nem se eu fizer isso?

            - Olha Fabray, você em cima de mim, completamente entregue... Realmente, é melhor eu esquecer o cansaço e começar o trabalho, não é? – Rachel perguntou com um sorrisinho sexy, Quinn sentiu que ela acabara de colocar uma das pernas bem torneadas entre as suas, a ex-cheerio podia sentir seu sexo pulsar entre suas pernas novamente.

            Quinn mal teve tempo de dizer que não estava entregue, porque Rachel empurrou-a de cima de si e logo subiu sobre seu tronco. A morena jogou os cabelos para trás e lambeu os lábios, Quinn sorriu para ela, poderia passar a noite inteira fazendo amor que nunca se cansaria.

            Rachel Berry era viciante.

            E era exatamente daquela forma que Quinn se sentia: viciada.

            Sua cabeça doía e ela tinha certeza que não era ressaca, seu corpo doía e ela também sabia que não tinha a ver com a viagem de ônibus e seu coração estava esmagado dentro do seu peito... Tudo porque Rachel decidira bancar a covarde novamente. Quinn estava cansada de tentar e quando ela desistia de algo, achava melhor fugir a enfrentar as conseqüências.

            Quinn Fabray não era uma garota forte, ela não tinha preparo para perder alguém e depois, tirar algum proveito disso. Ela apenas se reduzia a tal ponto que quando voltava a explodir, era de forma furiosa. E Quinn estava querendo quebrar tudo no quarto, a começar pelo seu telefone que não parava de tocar.

            O celular voltou a tocar, Quinn marchou até ele furiosa e pelo visor, identificou Puck. O bad boy estava mesmo desesperado, não parara de ligar. Mas Quinn deu de ombros e jogou o celular na cama, sentando-se na borda da janela e acendendo um cigarro.

            A garota olhou para a escada que dava acesso aos quartos, deparou-se com olhos castanhos observando-a. Uma morena, tão pequena quanto Rachel a observava. Só que essa morena tinha um ar levemente latino e não judeu. Quando Quinn a pegou no flagra, a morena corou e a ex-cheerio sorriu para si. A morena voltou a observá-la e Quinn acenou para ela.

            A morena praticamente saiu correndo dali em direção a lanchonete que ficava em frente ao bar. Quinn tragou o cigarro e expulsou a fumaça com um ar satisfeito, já tinha onde jantar naquele dia.

            - Ela não me atendeu. – Puck comunicou desanimado, Finn e Rachel sequer esboçaram reação, já esperavam por aquilo. Afinal, já era a décima vez que Puck tentava falar com Quinn naquele dia.

            Rachel Berry baixou os olhos, lutando contra as lágrimas. A pequena mordeu o lábio inferior enquanto sentia Puck envolvê-la em um abraço reconfortante, Finn apertou a mão de Rachel levemente entre as suas e a puxou pelo jardim. O trio estava parado na frente da Mansão Fabray, já era noite e eles esperavam que Judy Fabray pudesse ajudá-los em alguma coisa.

            Finn bateu na porta com um nó nos dedos. Não houve resposta após alguns segundos. Puck tornou a bater, dessa vez com a mão aberta e eles escutaram um sonora “já vou!” apressado vir dali de dentro. Cinco minutos depois, a porta foi aberta por Judy Fabray que parecia incomodada com alguma coisa.

            A senhora olhou de Rachel para Finn e depois, para Puck. A testa de Judy franziu-se da mesma forma que a testa de Quinn franzia quando Rachel fazia um comentário absurdo depois que as duas faziam amor, a pequena diva mordeu o lábio, lutando contra as lágrimas novamente. Vendo que nenhum dos três jovens se manifestaria e estranhando a reação da morena, a senhora perguntou educadamente:

            - Em que posso ajudá-los?

            - Bem... Você já conhece a mim e Puck, namoramos a sua filha. – Finn anunciou com um ar educado, mas Judy praticamente fuzilou Puck, afinal, aquele garoto engravidara sua filha. Puck encolheu-se enquanto Rachel pensava o que Judy faria quando descobrisse que, atualmente, era a morena que transava com sua filha. Finn pigarreou e apontou para Rachel. – E essa é Rachel, amiga de Quinn. Queríamos saber se ela passou por aqui hoje.

            - Eu não vi Quinn hoje, assim como não a vejo desde o início das férias... – Judy respondeu excessivamente fria, provocando arrepios em Rachel que rapidamente assumiu uma expressão defensiva. Puck percebeu a mudança na amiga e apertou-lhe o ombro, Rachel olhou irritada para ele. – Aliás, pelo que andam comentando, acho até bom que Quinn tenha desaparecido.

            - A senhora não se preocupa com ela? – Rachel mal pode conter a pergunta que saltou de sua boca e o tom de voz saiu forte, exigente e principalmente, defensivo. A sobrancelha de Judy Fabray arqueou da mesma forma que a sobrancelha da filha arqueava e que fazia Rachel suspirar, a morena desviou os olhos enquanto ouvia a senhora responder incomodada:

            - Olhe bem como fala comigo, mocinha. Eu sei que seus pais não são os melhores exemplos dessa cidade, mas eu tenho certeza que o mínimo de educação foi dado a você.

            - Eu acho que não devo a minha educação a uma mulher que sequer se preocupa com a própria filha! – Rachel disparou fora de controle e desvencilhando-se dos braços de Puck e Finn, não parecia, mas a morena era bem forte. Judy fuzilou Rachel com olhos azuis frios que nem sequer lembravam o calor dos amendoados de Quinn. A mulher marchou até Rachel e disse agressiva:

            - Eu sequer reconheço a minha filha, Rachel Berry! E tenho certeza que isso tem dedo seu!

            - É, talvez tenha. – Rachel respondeu com um sorriso irônico e com uma expressão maldosa, Finn e Puck se entreolharam apreensivos. Eles namoraram a morena por tempo suficiente para entender o que aquilo significava. – Talvez eu tenha transado com sua filha em NYC, depois tenha a esnobado para só depois perceber o quanto a amo!

            Rachel não viu quando a mão veio em sua direção, mas viu quando Puck tomou a frente e segurou os pulsos de Judy Fabray, evitando que a senhora conseguisse atingir Rachel com um tapa. A morena arregalou os olhos, impressionada com a atitude de sua sogra e também, com a própria. Ela não seria capaz de defender Finn se fosse ele no lugar de Quinn.

            O quaterback a empurrou pelo jardim e Rachel pode ver pelo canto dos olhos aquele sorriso torto divertido dele, Finn estava orgulhoso do que ela acabara de fazer. A morena deu uma pequena gargalhada feliz enquanto observava Puck empurrar Judy para dentro da casa e fechar a porta com força em seguida. Depois, o rapaz veio caminhando pelo jardim com um ar cansado para perguntar em seguida:

            - O que pensa que estava fazendo, Berry? Sei que você quer defender a honra de sua garota, mas precisava mesmo daquilo?

            Rachel não conseguia responder, ria demais da situação que acabara de se tornar ainda mais hilária. Puck não cabia no papel de bronqueá-la, aquele papel era de Finn e o quaterback estava apoiado nos joelhos de tanto que ria. Puck revirou os olhos e acabou rindo também. Ele colocou os dois amigos no carro e comentou maldoso:

            - Hoje eu vou falar com Artie para rastrearmos o celular de Q e pular a janela do quarto dela, nós vamos descobrir onde essa maluca foi. E já que a sogrinha fofa da Rach não quis ajudar, a gente dá um jeito!

            - Eu gosto de como sua mente maligna funciona, Puckerman... – Rachel comentou com aquele sorriso de 1000 watts e piscando para Finn pelo retrovisor do carro. Os três sorriram um para o outro e instantaneamente, diante daqueles dois anjos enormes e musculosos, Rachel sentiu que seria capaz de trazer Quinn de volta para o Glee e para sua vida.

***

            Quinn Fabray saiu do hotel e atravessou a rua correndo, a chuva ameaçava cair e ela entrou aos tropeços dentro da lanchonete. Seu cigarro apagara e ela parou para acendê-lo antes de procurar um local para sentar. Assim que levantou os olhos amendoados para o local, recebeu alguns severos em troca, mas deu de ombros.

            Seus ouvidos foram surpreendidos pelo som de alguma coisa se quebrando. Quinn virou-se e deparou com aquela mesma garota morena de mais cedo debruçada sobre uma pilha de pratos e comida que acabara de cair, a loira sorriu friamente, mais para si do que para os outros e foi sentar-se no balcão.

            Uma senhora de meia-idade, com as mesmas características latinas da garota se aproximara com uma expressão desagradável no rosto. Quinn olhou para ela com aquele sorriso irônico e arqueou a sobrancelha, a garota observou a morena passar por ela com pratos quebrados enquanto ouvia a senhora perguntar:

            - Vai querer alguma coisa?

            - Por enquanto, um café. Se eu precisar de alguma coisa, eu chamo a garçonete. – Quinn respondeu com um ar predador, ainda a observar a garota que acabara de sair de dentro da cozinha. Os olhares de ambas se cruzaram, a senhora revirou os olhos e apanhou uma xícara enquanto a garçonete passava correndo por elas.

            Quinn tomou um gole do café que estava amargo e extremamente quente, ficou por ali, brincando com as cinzas do seu cigarro enquanto o tragava. De vez em quando, sentia que a garota estava lhe observando e sorria para si mesma, aquele jogo de gato e rato estava fazendo bem ao seu ego.

            As horas se passavam e os clientes iam embora, Quinn sabia que já estava ficando tarde. Mas ela precisava saber o que a garota queria e principalmente, o que ela queria. Na verdade, aquela garota lhe lembrava Rachel e talvez, seu corpo só queria sentir a sensação de outro pequeno próximo ao seu.

            Se Quinn se importava com os sentimentos da garota? Claro que não, Quinn deixara seu coração em algum lugar entre Lima e aquela cidade.

            A garota se aproximou envergonhada e perguntou se poderia tirar sua xícara, Quinn se afastou, fornecendo o espaço necessário para que ela pudesse apanhar a xícara. A pobre garçonete se aproximou desengonçada e apanhou a xícara, mas antes que ela pudesse retomar seu rumo, Quinn segurou seu pulso e perguntou gentil:

            - Qual o seu nome?

            - Emily... Tenho que ir, senhorita. – A garçonete respondeu ofegante, tentando se afastar enquanto Quinn lhe segurava. A ex-cheerio tragou mais uma vez o cigarro e expulsou a fumaça pelas narinas, depois, aproximou-se um pouco mais e pode sentir Emily tremer em seus braços. Quinn sorriu maleficamente e murmurou ao pé do ouvido da outra:

            - Eu sei que tem que ir, mas eu acho que você não quer.

            - Os outros clientes estão olhando, eu posso arrumar problemas. – Emily respondeu com dificuldade, Quinn deixara uma parte de seu hálito quente tocar a pele exposta do pescoço da morena. A loira sorriu e soltou Emily que praticamente correu para dentro da cozinha e só voltou de lá quando o último cliente saiu, deixando as duas sozinhas.

            Emily respirou fundo antes de retomar seus afazeres, ela teria que passar por Quinn que parecia interessada demais em seu cigarro. Mas quando a morena passou por ela, Quinn virou-se rapidamente no banco e puxou a garota pela cintura. Emily produziu um som surpreso e olhou para ela questionadora. Quinn viu tanto de Rachel naquela garota que chegou até a lhe doer a alma.

            - Você não vai conseguir o que quer, garota. – Emily parecia mais forte agora e aquilo excitou ainda mais Quinn. As duas se encararam com fervor, Quinn tinha um sorriso convencido nos lábios, ela tirou as mãos da cintura da outra e perguntou:

            - E o que você acha que quer?

            - Eu conheço o seu tipo. Você pode até ser bonita, mas não tem nada aqui dentro. – Nesse momento, Emily apontara para o próprio coração e estava sendo severa em tudo que dizia. Quinn remexeu-se incomodada, ela estava lembrando demais Rachel. – Com certeza, tomou algum pé na bunda ou acordou sozinha pela manhã e acha que por causa disso, pode sair destruindo corações e os usando já que o seu está com uma pessoa que não deu valor.

            Quinn arregalou os olhos para o poder de percepção da garota, pode observar que Emily não estava lhe encarando e que agora, tinha a expressão fechada. Quinn respirou fundo, já apanhara tanto naqueles últimos dias que não iria mudar nada se levasse outro fora. A ex-cheerio levantou os olhos e ficou em pé, ela se aproximou de Emily e apertou a cintura da morena trazendo o corpo da mesma para perto de si enquanto murmurava rouca:

            - Talvez seja exatamente isso ou talvez, eu tenha ficado impressionada com o fato de que você me olhava durante a tarde. Talvez, eu tenha ficado curiosa e queira conhecer o que você tem por debaixo dessa defesa.

            Emily engoliu em seco enquanto aspirava o perfume de Quinn, estava entorpecida pelo perfume da ex-cheerio. Inexplicavelmente, quebrar o coração de alguém não fez mal algum para ela dessa vez. A garçonete enrijeceu o corpo, Quinn sentiu e tentou derrubar aquilo passando a mão pelo rosto dela. Emily se afastou e em súplica, disse:

            - Você não quer isso, eu tive experiências demais para compreender que não vou encontrar o que eu quero em um bar à beira da estrada e também aprendi que pessoas como você não encontram sossego em uma noite.

            Quinn colocou o indicador na boca da garota, esperando que ela pudesse e calar. Obteu o efeito desejado e se aproximou para beijá-la quando a porta do bar se abriu subitamente e por ela, entraram cinco pessoas que ela achava que nunca fosse ver juntas.

            Finn e Mercedes a olhavam com decepção, Puck parecia preocupado demais em esconder sua culpa e logo atrás deles, vinha Kurt amparando Rachel que tinha uma expressão chocada na face. Quinn soltou Emily e a garçonete sorriu para ela ao dizer:

            - Ela é bonita, acho que você deveria dar uma segunda chance.

            - Você sequer sabe o que aconteceu entre nós. – Quinn murmurou irritada e olhando de lado para a garçonete, Emily lhe sorriu e afagou seu braço ao dizer:

            - Mas sei o que acontece depois. Quem sabe, eu fui ela no passado e tenha deixado a minha linda punk sozinha no momento que ela mais precisava e talvez, eu esteja verdadeiramente arrependida hoje.

            Quinn abriu a boca para falar algo, mas Emily já retomara seu caminho para a cozinha, deixando-a sozinha sobre a ameaça de cinco pares de olhos violentos. A ex-cheerio devolveu a agressividade do olhar para os cinco ex-colegas de Glee Club. Ela se recusava a olhar para Rachel, parecia que tudo doía ainda mais.

            Vendo que ninguém ia se pronunciar, Quinn acendeu mais um cigarro e perguntou:

            - O que vieram fazer aqui, afinal?

            - Somos seus amigos, estamos preocupados...! – Finn começou a responder, mas recebeu um beliscão de Mercedes e se calou, com uma expressão dolorida e ofendida no rosto. Quinn revirou os olhos e sentou-se em cima da mesa, observou todos saírem da lanchonete e deixarem-na sozinha com Rachel.

            Bastante diretos, como sempre.

            Quinn esperou que Rachel falasse, mas só escutou um pigarro no ambiente. A ex-cheerio tragou mais um cigarro, sentindo seu coração quase explodir em seu peito, ela não sabia se era a curiosidade que lhe sufocava ou se era a raiva que sentia em ver os pedaços de seu coração mais uma vez com Rachel. Estava batalhando internamente quando seus ouvidos foram preenchidos pela voz que tanto murmurava palavras doces em seu ouvido:

            - Precisamos conversar.

            - Não temos o que conversar, pela segunda vez, você me deixou sozinha pela manhã, Berry... Eu não estou disposta a dar mais uma chance, terceiras chances não existem! – Quinn murmurou furiosa enquanto erguia os olhos amendoados já marejados para Rachel. A morena foi pega em cheio pela intensidade daqueles olhos, via raiva neles e o pior, viu a mágoa.

            - Você tem alguma noção do que fez comigo, Berry? – A voz de Quinn era quase um rosnado, diante de tamanha agressividade e fúria. Rachel engoliu em seco, sentindo cada pedaço de si temer o que estava prestes a acontecer.

            - Desculpa, eu não queria que fosse dessa forma. – Quinn murmurou debilmente enquanto encostava sua testa na de Rachel e respirava fundo, fechando os olhos. Rachel, que ainda estava ofegante e praticamente nua, aceitou de boa forma o prolongamento do contato físico com Quinn. Ela segurou a face de Quinn entre suas mãos e imediatamente, foi pega na imensidão daqueles olhos verdes. Rachel deu-lhe um selinho leve e perguntou:

            - Você está sóbria o bastante para entender o que acabou de fazer comigo?

            - Eu não preciso estar sóbria para saber que tirei sua virgindade, Rach. – Quinn murmurou com um sorriso gentil enquanto beijava os lábios de Rachel, forçando a morena a sorrir para ela. – Também não preciso estar sóbria para saber que eu acabei de realizar os meus melhores sonhos.

            - E quais eram? – Rachel perguntou bobamente, esperando verdadeiramente que Quinn não estivesse brincando com ela. A loira lhe sorriu apaixonada e abotoou-lhe os botões da camisa e colocou a saia da morena no lugar, sendo observada curiosamente pela mesma. Em seguida, apertou a cintura de Rachel e apertou o pequeno corpo da morena contra o seu, murmurando:

            - Eu precisei beber muito para fazer isso, Rach. Eu nunca fui corajosa o bastante para assumir que minhas implicâncias com você eram outra coisa... Eu te quero, Rach. Como eu nunca quis Finn, Puck ou Sam. É só você!

            Rachel engoliu em seco enquanto sentia-se inexplicavelmente protegida e principalmente, amada. Ela podia sentir a intensidade das palavras e principalmente, dos sentimentos de Quinn latejar nos braços que a rodeavam. E sem qualquer explicação, aquela declaração fez seu coração acelerar e seus braços tomarem vida própria ao envolverem os ombros de Quinn.

            Rachel pode sentir o sorriso da loira em algum ponto acima de seu ombro e inevitavelmente, ela gargalhou também. A ausência de sobriedade, a sinceridade latente e a imediata sensação pós-sexo só tornavam aquela noite mais mágica... E o melhor, tudo aquilo acontecendo no terraço de um prédio de NYC sob um céu estrelado.

            A morena afastou-se de Quinn que a olhava mal-humorada, irritada com a ausência do contato. Rachel sorriu para ela e tirou um fio de cabelo que atrapalhava seu contato visual com os olhos verdes, em seguida, aproximou-se de Quinn e a beijou num misto de delicadeza e sensualidade que atiçou todos os órgãos da loira. Rachel sorriu contra os lábios de Quinn e perguntou:

            - O que você quer de mim agora?

            - Hum... Talvez eu queira te ouvir gemer o meu nome de novo, aliás, Rachel... – Quinn tinha um sorriso predador, mas seus toques exalavam delicadeza e carinho, Rachel estava aprendendo a gostar daquilo e gargalhou. Quinn deu-lhe um sorriso que morreu diante da expressão séria que tomou-lhe o rosto quando ela prensou Rachel novamente na mureta. – Me sinto grata por ser a primeira a poder dizer que você fica ainda mais linda à beira de um orgasmo.

            - Tentando me deixar ainda mais excitada, Fabray? – Rachel perguntou envergonhada, mas sem perder o ar divertido. Quinn gargalhou e abocanhou seu pescoço em seguida, beijando e mordendo cada pedaço moreno que conseguia. Suas mãos apertaram a parte interna da coxa de Rachel e ela ouviu a morena gemer em seu ouvido.

            Quinn sentiu cada pedaço de seu corpo responder aquele som, imediatamente, esquentou-se e seu coração acelerou. Pela segunda vez naquela noite, Quinn Fabray levou Rachel Berry ao orgasmo e enquanto deixava seu corpo repousar esgotado sobre o da morena, Quinn aproximou-se do ouvido de Rachel e murmurou:

            - Não queria te deixar mais excitada, só queria mostrar o porquê de eu te amar tanto e durante todo esse tempo. Tenho que aprender a lidar com o fato de que te amo, Rachel.

            E aquelas foram as palavras que mais assustaram Rachel e que fizeram com que ela saísse correndo assim que sentiu a luz em seus olhos e os braços de Quinn a rodeando na manhã seguinte. Não fazia sentido, então, antes que Quinn acordasse sóbria e destruísse seu coração, Rachel antecipou-se e quebrou o coração da loira antes.

            E novamente, estavam as duas ali, presas em um beco sem saída porque mais uma vez, a manhã destruiu tudo que elas tinham vivido durante a noite. Rachel aproximou-se de Quinn e não obtendo recusa, colocou-se entre as pernas da loira. Ela beijou a testa da ex-cheerio e murmurou:

            - Me desculpe, eu não fugi dessa vez.

            Quinn não sabia o que mais lhe queimava naquele momento. Podiam ser as palavras de Rachel, mas o toque dos lábios da morena em sua testa ardia assim como as mãos pequenas dela que agora, afagavam seus braços. A ex-cheerio não tinha forças para sair daquela posição, seu corpo exigia uma proximidade considerável de Rachel por mais que sua mente lhe gritasse para sair correndo dali.

            Ela não conseguia falar, não conseguia agir. Rachel ergueu a face de Quinn, mas a ex-cheerio fechou os olhos e deixou que duas lágrimas escorressem pela sua face. Rachel respirou profundamente e limpou-as com delicadeza antes de dizer:

            - Olhe para mim, Quinn.

            Quinn não obedeceu, seu bonito rosto se contorceu em uma expressão de dor e mais lágrimas caíram. Rachel entrou em desespero e exigiu de novo:

            - Olhe para mim, Quinn.

            - Olhe para mim, Rachel.

            Quinn pediu furiosa enquanto a morena apertava os olhos e contorcia-se em uma careta de dor. A loira marchou pelo quarto de Rachel, acabara de pular a janela e entrar ali depois de dezenas de recusas da morena em vê-la. Pelo caminhar de Quinn, ela podia ter derrubado Rachel com um tapa, mas quando aproximou-se o bastante da morena, apenas a abraçou.

            O corpo de Rachel reagiu aquele contato e os braços morenos envolveram a cintura do corpo alto e esguio de Quinn. O rosto de Rachel aninhou-se no peito de Quinn e ali permaneceu, deliciando-se com o toque carinhoso da loira em seus cabelos. O rosto de Rachel permaneceu ali, memorizando cada cheiro e cada batida do coração de Quinn.

            Era tudo muito bom e tudo muito perfeito para ser real. Rachel tinha medo, temia que seu coração fosse quebrado por Quinn e ainda tinha Finn, de alguma forma, a morena sentia-se responsável por ele depois de tudo que acontecera.

            - Por favor, Rachel... Não me ignore. – O pedido de Quinn foi praticamente uma súplica, o coração da morena apertou-se dentro do peito e ela ergueu os olhos. A loira a observava com uma força advinda sabe-se lá de onde, os olhos verdes diziam tantas coisas por mais que estivessem à beira do choro.

            - Eu não posso olhar para você, Quinn. – Rachel dissera simplesmente, corando logo em seguida. Quinn sorriu para ela e lhe beijou a bochecha, encorajando-a a falar. – Porque se eu olho para você, eu me lembro de tudo que aconteceu em NYC e do que eu fiz para você e principalmente...

            Rachel se calara, ela estava prestes a admitir o que estava sentindo desde que Quinn a tocara pela primeira vez. Desde quando aquele sentimento mudara de dono? Talvez ele nunca pertencera a Finn, afinal. Quinn segurou a face de Rachel com as duas mãos e questionou gentil:

            - Principalmente...?

            Rachel mordeu o lábio, nervosa, suas mãos afagaram os pulsos de Quinn automaticamente. A morena ainda se surpreendia com a ausência de obrigatoriedade que existia entre ela e Quinn, as duas se tocavam porque ansiavam e não, para manterem a proximidade. Rachel sentiu seu coração apertar pela segunda vez naquela conversa.

            O que queria, afinal?

            Finn era a segurança. Mas Quinn era o novo, o que lhe atiçava e a curiosidade e principalmente, de uns tempos para cá, Quinn era o que ela amava. Mas Rachel não estava disposta a admitir aquilo tão facilmente, sua insegurança ainda buzinava em seu ouvido dizendo que dar uma chance para a loira, era entrar em uma fria.

            Quinn esperou pacientemente pela resposta de Rachel e talvez, senão estivesse esperado tanto, talvez não ficasse tão destruída. Rachel ergueu os olhos castanhos para ela e o que Quinn viu ali, assustou-lhe. Era claramente um pedido mudo de desculpas, imediatamente, as mãos de Quinn saíram do rosto de Rachel enquanto ela ouvia a morena dizer:

            - E principalmente... Lembro-me de Finn. Não é certo o que estamos fazendo com ele, ele não pode ser traído de novo.

            - Finn não te ama. – Foi a única coisa que Quinn conseguiu dizer depois de aquelas palavras de Rachel a atingirem por inteiro, as duas estavam tendo uma relação intensa e tudo que a morena conseguia dizer, era que se preocupava com Finn? Que porra era aquela?

            Só Rachel sabia como doeu ao ver a expressão de Quinn remoer-se em ódio, mas também, só ela sabia o quanto seu coração estava cansado de desilusões. Quinn aproximou-se dela e presa em ódio e frieza, dissera:

            - Ele não te ama, não como eu.

            E mais uma vez, o amor assustou Rachel Berry. Ela arregalou os olhos enquanto sentia seu corpo ser erguido por Quinn, a loira a beijava com violência e certo desespero e com muito esforço, Rachel conseguiu afastá-la.

            As duas se olharam com intensidade, mas Quinn foi a primeira a quebrar o contato visual quando as lágrimas da rejeição vieram aos seus olhos. A única coisa que a loira conseguiu proferir, foi:

            - O que você quer de mim, Rachel?

            Rachel tentou responder, mas não conseguiu. Talvez não quisesse nada de Quinn, talvez Quinn fosse o que precisava. Uma versão doentia de segurança, relacionamento e amor... Mas talvez, fosse exatamente o que Rachel precisava.

            A ausência de resposta fez nascer em Quinn uma raiva desconhecida, antes que Rachel pudesse segurá-la, Quinn pulara a janela e desaparecera na madrugada. Depois daquela noite, ela não fora mais vista em Lima até o início das aulas.

            - Eu não quero e nem vou olhar para você, Rachel. – A voz de Quinn estava fraca, ela permanecia de olhos fechados enquanto sentia o perfume doce de Rachel embriagar-lhe aos poucos. Rachel fez uma careta decepcionada e perguntou:

            - Por que não quer olhar para mim? Sou eu, Rachel e estou aqui pronta a implorar o seu perdão, se necessário.

            - Se eu olhar para você, eu vou deixar tudo em que eu acredito só para ficar com você e eu não posso fazer isso... Não de novo. – Quinn respondeu com tanta segurança que até surpreendeu-se a ela mesma, o velho orgulho Fabray veio à tona e Rachel sentiu-se subitamente vazia quando Quinn se levantou da mesa e deu às costas a ela.

            Quinn estava certa, pelo menos na cabeça da diva, ela merecia aquilo. Mas seu coração não queria aceitar e ela correu para alcançar Quinn que quase chegava a porta. Segurou a mão da loira e perguntou:

            - O que você quer de mim?

            - Eu me faço a mesma pergunta em relação a você, o que você queria de mim, Rachel? – Quinn questionou fria, sem nem mesmo virar-se para Rachel. A ex-cheerio apanhou sua jaqueta e sua bolsa e saiu da lanchonete, deixando Rachel sozinha.

            Agora ela sabia o que Quinn sentia. Agora ela sentia o peso da rejeição e da ausência da resposta e céus, como aquilo doía.

            Rachel precisou ser tirada daquela lanchonete por Finn que, como bom amigo, se calou e nada disse enquanto a levava de volta para o carro de Puck. O dia amanhecia lá fora e ninguém ousou dizer que Quinn passara por eles e tomara mais um ônibus, rumo a sabe-se lá onde.

            - O dia está amanhecendo, Rach. – Quinn murmurou com um sorriso enquanto ela e Rachel observavam o horizonte ainda no terraço. A morena encostou suas costas de encontro ao peito de Quinn e sentiu quando a loira beijou-lhe o ombro. Rachel suspirou profundamente e disse:

            - Não queria que amanhecesse.

            - Por quê? – Quinn perguntou divertida e fazendo Rachel virar-se para ela, a morena corou diante do olhar preocupado da loira e aceitou de bom agrado a mordida carinhosa que recebeu na bochecha, incitando-a a falar. Rachel pigarreou e respondeu envergonhada:

            - Acho que o fato de amanhecer pode significar que tudo isso vai acabar quando o dia vier.

            - Isso não vai acabar, Rach... – Quinn disse séria, afagando a bochecha de Rachel e colocando algumas mechas de cabelo castanho no lugar. Rachel sorriu triste, sem acreditar. – Um novo dia pode ser um recomeço, cabe a você escolher.

            E Rachel escolheu, escolheu a realidade e não, o recomeço.

            Rachel escolheu Finn ao invés de Quinn.

            Ainda amparada por Finn no banco traseiro do carro de Puck, Rachel teve a resposta que queria.

            Ela não queria nada de Quinn. O que ela queria, era que fosse corajosa o bastante para admitir uma provável decepção. E principalmente, Rachel queria poder ter forças para amá-la.

***

       


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Notas finais do capítulo

Calma que ainda não acabooooou! *-*
O que acharam da situação das duas? Agora compreendem o porquê da insegurança da Rachel? E o que acharam da atitude da Quinn? Ela não foi imatura? ;x
Comentem por favor!
Beijos e até o capítulo final (sei que vivo prometendo o fim há seculos, mas não tem jeito, as ideias afloram na minha cabeça e quando vejo, tenho mais um capítulo pronto e o fim cada vez mais longe KKKKKKKKKKK).
x)