The Best Is Not Wedding escrita por cocaineandblood


Capítulo 6
You say that time away makes your heart grow up.


Notas iniciais do capítulo

madruguei hoje e resolvi postar por falta do que fazer, ahaha. xx @cocaineandblood



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-Tô com fome- Pedro reclamou passando a mão pela barriga

-Cadê a Rô Pedro?- Eu perguntei

-Ela só trabalha até as 15h.- Ele disse e eu fiz "han" com a boca

-Então deixa que eu preparo alguma coisa pra vocês comerem- Eu falei me levantando e indo pra cozinha.

-Eu ajudo- Ouvi Pedro Lucas dizer e vir atrás de mim, o que aquele garoto queria?

Fui pra dispensa procurar pipoca de microondas e Pedro ficou na cozinha preparado suco, eu voltei e ele estava colocando o pozinho do suco em uma jarra com água, ele cantarolava uma música baixinho. Eu coloquei a pipoca no microondas e fui pra perto dele, eu ia falar alguma coisa quando ele se adiantou:

-Mari... -Ele começou a falar-preciso te perguntar uma coisa.

-Fala- Eu disse normalmente e ele me puxou para que eu ficasse ao alcance de seus olhos.

-O que você disse mais cedo...sobre me esquecer, é verdade? você esqueceu tudo que a gente viveu?- Ele disse e fechou os olhos como se esperasse uma boa resposta, meu coração apertou e meus olhos arderam, era óbvio que eu não havia o esquecido.

-Não- Eu me ouvi dizer e ele relaxou os ombros, sorrindo. Ele colocou as mãos em minha cintura me puxando pra mais perto e colou nossas testas deixando minha boca a centímentros da dele, a respiração dele batia na minha boca e o hálito de chocolate e menta dele invadia meu corpo me fazendo estremecer, fechei os olhos e senti a pressão da boca dele contra a minha, seus lábios doces e macios se movimentavam contra a minha com uma agilidade incrível, ele pediu passagem com a língua e eu estava tão tonta que não ofereci resistência nenhuma, minha boca se abriu levemente e a língua de Pedro Lucas se chocou com a minha, me fazendo levar as minhas mãos aos seus cabelos ralos e os puxando levemente, fazendo-o gemer baixinho contra minha boca, sorri. Ouvimos um pigarro da porta da cozinha e paramos partimos o beijo, era Pedro, que estava parado na porta de mãos dadas com Sun, eu corei e Pedro Lucas abaixou a cabeça. Vi Pedro pedir a Sun que fosse pra sala e ele andou em nossa direção.

-Posso saber que merda era aquela que vocês dois estavam fazendo? Na minha cozinha?- Ele disse aparentemente calmo.- Eu e Sun viemos pra cozinha porque tem fotográfos ao redor da casa, comportem-se casal, ou amanhã eu serei o corno mais comentado do Brasil- Ele disse e fez bico fazendo eu e Pedro Lucas rir.- Mas sério gente, tentem se comer em um lugar mais reservado tipo..- ele passou os olhos pela cozinha- tipo a dispensa sabe? mas com cuidado, eu como as comidas de lá- Ele disse fazendo careta e rimos.

Pedro Lucas e Sun foram embora e eu resolvi assistir um filme na televisão da sala, Pedro estava tomando banho e desceu pra assistir comigo:

-Você ainda gosta do Pe não é?- Ele perguntou e eu corei-

-Aham, eu nunca o esqueci, mas olha se tiver algum problema, eu desisto de vê-lo

-Não Mari, sem problemas nenhum, mas eu só peço cuidado, a mídia distorce fatos e ficará ruim pra imagem da gente se descobrirem que nosso casamente é forçado- ele disse e eu sorri.

Nesse mesmo momento a luz caiu e ecoou pela sala um som forte e estrondoso de trovão, eu me assustei e soltei um grito agudo e abraçando Pedro, que riu do meu medo. Ele me aconchegou confortavelmente em seus braços afagando meus cabelos, fazendo um cafuné de leve, meu corpo começou a pesar, adormeci.

POV’s Pedro

                Ela dormiu em meus braços e eu passei a observá-la, ela tinha uma pele branca, quase tão branco quanto a minha, tinha cabelos negros escorridos que davam um charme todo especial a ela, o piercing no nariz a dava um ar de menina moleca, a boca –que estava entreaberta- era fininha e rosada, era convidativo, ela era pequena que fazia  parecer bem mais nova que realmente era, ela assim, dormindo, quieta era tão frágil, tão diferente da menina que luta contra a própria vida pra ser forte. Ela ali, em meus braços, me fez ter uma ideia. Eu iria protegê-la durante o tempo que ela estaria comigo, eu seria um tipo de guardião, iria impedir que ela se machucasse e tivesse crise de Bourderline, eu estaria o tempo todo ao seu lado, e quando tivesse que viajar em turnê, a levaria junto comigo, foda-se roadies.

                Olhei pro relógio e marcava 18:30, não estava tão tarde. Peguei o telefone e disquei o número de uma clínica psiquiátrica. Chamou duas vezes até alguém atender:

                -Alô?- Alguém atendeu

  -Er, oi, meu nome é Pedro Lanza, e eu gostaria de saber se vocês tem algum psicólogo especializado em Transtorno de Bouderline.

  -Transtorno de Bouderline?  Temos a doutora Vera Liger, o senhor gostaria de marcar uma consulta?

  -Lógico, por favor, marque no nome de Mariana Carvalho Lanza.

-Pronto senhor, amanhã as 15h30.

-Muito obrigada. Amanhã estaremos ai.- Ouvi o pipipi do outro lado da linha e desliguei o telefone colocando no gancho novamente. Mariana dormia calmamente em meu colo e decidi leva-la pro quarto, a peguei sem dificuldade nenhuma e levei ela pra cama. A cobri e fiquei fazendo carinho em sua cabeça cantarolando baixinho. Eu seria seu anjo. “Till the end” repeti baixinho e dei um beijo na testa dela. Desci e fiquei tocando violão até a luz voltar, depois comi um pedaço de pizza e fiquei assistindo TV até umas 3 da manhã quando o sono me venceu e eu fui pra cama deitar. Me aconcheguei e senti Mariana me abraçar, sorri e fechei os olhos, sem pensar em nada, dormi.


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