The Best Is Not Wedding escrita por cocaineandblood


Capítulo 1
You make me wanna die.


Notas iniciais do capítulo

Prontas pra ver o Pedroca casando? ahaha



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17 anos. Tempo de tudo, de curtir, de namorar, de transar, de beber, de falar sem pensar sem se importar com as consequências. Não é? não pra mim. Hoje é sábado e enquanto adolescentes normais saem pra se divertir, eu estou indo pra um velório, o meu velório, ok, não é meu velório é meu casamento, que é mais ou menos isso aí. Durante toda minha vida eu sonhei com esse dia, com o dia do meu casamento, não exatamente do jeito que está acontecendo, eu ia me casar com um menino que se chama P...P...P...ah foda-se o nome dele, eu não o conheço mesmo. Não sei o nome dele porque eu estava me casando forçada, só o que eu sei dele é o sobrenome que é Lanza Reis e ele tem uma banda chamada Res alguma coisa.

Pois é, difícil não? Tudo começou há mais ou menos uma ano quando meu pai morreu e minha mãe assumiu as empresas Carvalho, eles entraram em um acrise financeira digamos...irrecuperável, foi aí que minha mãe conheceu Dona Leni, presidente das empresas Lanza Reis que topou comprar parte das ações da empresa pra nos ajudar e em troca eu teria que casar com o filho mais novo deles durante um ano. Não me perguntem o porque.

Me olhei no espelho e desabei a chorar, o vestido (clique na imagem pra ver melhor) era lindo e a maquiagem simplesmente perfeita, mas não era isso que eu queria pra mim, eu queria casar com o homem que eu amasse, que eu confiasse, queria meu pai aqui pra me confortar, ele saberia o que fazer e não ia deixar que isso acontecesse. Limpei as lágrimas e retoquei a maquiagem.

-Dona Mariana?- Uma moça entrou no quarto me chamando e eu virei pra olhá-la- O carro da senhora já chegou e está te esperando na porta. Venha, lhe levarei até lá.- Ela disse e eu dei um meio sorriso e a segui enquanto outra moça me entregava o boquê. Senti vontade de chorar de novo mas me contive, na porta do SPA Seu Jailson, meu motorista, me esperava com a porta do carro aberta. Entrei com um pouco de dificualdade no carro por conta do tamanho do vestido e me sentei. No caminho eu desejava que alguma coisa acontecesse e eu não me casasse, talvez o carro batesse. Suspirei trocando de música no meu Ipod e começou a tocar "Gravity-John Mayer" ah como eu amava essa música, eu até tinha tatuado "Just keep me where the light is"(n/a acho linda a tatuagem do Pedro Lucas, ahaha ) nas costas, sorri e assim que a música acabou chegamos na igreja, infelizmente o carro não bateu e não me matou. Desci do carro e avistei minha mãe, como última da fila de padrinhos eu acho, quando ela me viu ao invés de sorrir  ela arregalou os olhos, ela vindo em minha direção em "1,2,3" eu contei mentalmente e antes do três ela já estava na minha frente:

-Mariana, tire esse piercing, AGORA- Ela disse, ou melhor, gritou e eu apenas mostrei o dedo do meio pra ela fazendo uma cara irônica, ela fecou a cara e tirou (lê-se arrancou) do meu nariz o piercing. Eu gargalhei, muito alto, sabia que isso ia acontecer, então tratei de mim previnir, fui no carro e peguei na minha bolsa o meu "piercing reserva" coloquei de volta e me pus em pé à espera de meu tio, com quem eu entraria, foi só ai que percebi a movimentação, flashes fortes viam em minha direção e algumas meninas se escabelavam gritando "Não casa Pedro" "Ai Pedro, eu te amo" Quem diabos era Pedro e porque reporteres de todos os meios de comunicação estavam ali? Será que tinha algum famoso? O: bom, enfim meu tio chegou, ele deu um beijo na minha testa e entrelaçou o braço no meu. As portas da igreja se abriram, uma grande sinfonia começou a tocar alto a marcha nupcial e meus olhos arderam de novo, mas dessa vez eu não controlei o choro, queria mostrar a todo mundo a inflecidade que eu sentia naquele momento, eu fui caminhando de acordo com a música, quando cheguei no altar ele me esperava, ele parecia tão triste quanto eu e me olhou com pena, muita pena quando me viu chorando, sentamos naquele bangue que casal senta sabe?. A cerimônia durou uns 50 minutos e eu não parei de chorar um minuto sequer, ás vezes aquele menino apertava minha mão e quando eu o olhava ele fazia "tudo bem" com a boca.Até descobri o nome dele, Pedro, Pedro Gabriel.

-Uma vez que é vosso propósito contrair o santo Matrimónio, uni as mãos direitas e manifestai o vosso consentimento na presença de Deus e da sua Igreja.- o Padre disse e nós juntamos nossas mãos direitas e ele começou a falar:

-Recebo você Mariana como minha esposa, e prometo ser fiel, te amar e respeitar na alegria ou na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte nos separe.- Ele disse isso tudo e colocou a aliança, muito linda por sinal, no meu dedo, segurei sua mão e comecei a dizer:

- Recebo você Pedro, como meu marido e prometo ser fiel te amar e respeitar na alegria ou na tristeza, na saúde e na doença até que a morte nos separe- Eu terminei e coloquei a aliança no dedo dele.

-Podeis beijar a noiva- O Padre disse pra Pedro e ele veio chegando perto de mim, quando ele já estava perto o suficiente, fechou os olhos e apenas beijou a minha testa.

Depois de comprimentar os padrinhos e os convidados, pedi a Pedro pra que me levasse pra casa alegando que não tinha condições nenhuma de participar da festa, ele se despediu da mãe, do pai e de uma mulher que parece ser a irmã dele e depois me levou até o estacionamento da igreja. Chegamos ao nosso carro e ele me ajudou a subir.

O caminho foi silencioso, era ouvido apenas meus soluços e fungadas, chorei até meu corpo cansar e eu dormir, mais uma vez eu queria que o carro batesse, capotasse e depois pegasse fogo, só comigo dentro.


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Notas finais do capítulo

Ai, que enorme, ahahahaha xx @cocaineandblood. E ah, quem acompanha a "quando nem o tempo" acompanhe essa também.



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