My Little Sister escrita por dama_cullen


Capítulo 8
Escudo


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o novo capítulo, sei que estão à espera de uma briga da Bella e da Tanya, mas acho que se vão surpreender pelo desenvolvimento da conversa =P
Mas não vou falar mais.
Boa leitura!



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POV Bella

Eu olhava para ela e não conseguia decifrar o que lhe passava pela cabeça. Eu tentava manter na cabeça o que a Alice tinha dito, mas o ciúme estava forte. Nunca pensei que este sentimento podesse ser assim, tão poderoso.

- Eu vou ser sincera, o mais sincera possível. No dia que eu nasci, a minha mãe morreu, eu era muito doente e o meu pai nunca falou a ninguém sobre mim, mas eu era feliz. Eu tinha a minha irmã, ela estava sempre comigo, era mais que minha irmã, era uma mãe, uma amiga, ela era quase tudo o que eu precisava. Mas um dia ela desapareceu, ninguém sabia dela, e eu fiquei sozinha, claro que tinha o meu pai, mas não era o mesmo. Um pedaço dele morreu quando a minha mãe morreu, e apesar de ele me amar, eu sei que eu estar ali era sinonimo da morte da minha mãe, e acredito que me ver lembrava-o disso. Depois da minha irmã desaparecer foi pior, eu via-o morrer aos poucos, e se ele me tentava proteger até aí, depois foi pior. A minha partida para a Europa e o meu desaparecimento lá, deve ter acabado com ele de vez. Era só isso que eu pensava quando estava sozinha naquela floresta. Depois vaguiei por vários países, várias cidades, eu tentava ajudar como podia, era a minha maneira de manter a minha cabeça ocupada e me sentir útil. Agora, depois de tanto tempo, encontrei a minha irmã, e por incrível que pareça alguém que me faz sentir viva, como nunca me senti, nem quando era ainda humana. Eu sei que pode parecer radical, mas eu não suportaria perder outra vez alguém, por isso se for preciso eu vou lutar. Mas eu não quero isso, eu quero que estar bem cotigo, eu não quero dividir a nossa família, não quero criar mal-estar entre nós.

- Tu não sabes desde quanto eu o amo, não sabes quanto me custa o ver com alguém, isso também é duro para mim. Tu não entendes. – disse ela, com uma voz de choro. Eu não queria magoar ninguém, por isso me custava tanto.

- Eu amo-o e eu sei que ele me ama, eu confio nele a cem por cento. Mas custa-me ouvir as insinuações, provocações e tudo isso. Magoarmo-nos não adiantará nada, só vai nos fazer sofrer, mas como disse, eu não vou desistir dele.

Foi quando ouvimos um barulho, alguém se aproximava, eram quatro cheiros, um de humano, e três vampiros, até eu me surpreendi por conseguir destinguir tão bem os cheiros, eu sabia que vampiros tinham sentidos apurados, eu tinha, mas nunca notei isso tanto como agora, talvez fosse da situação, talvez o meu instinto de protecção, não sei explicar. Os nossos corpos automaticamente se poseram em posição de combate, neste momento sentia-me movida a instintos, era como se eu não estivesse no meu corpo, era que eu apenas fosse uma espectadora de tudo o que se passava. Foi então que um humano entrou na clareira onde estavamos, via-se o quão desesperado ele estava, gritava por ajuda, eu só não sabia se nós conseguiamos ser ajuda que ele precisava, eramos só duas, eles eram três, eu não tinha sequer ideia do que fazer numa situação como esta, só esperava que a minha parte vampira, por assim dizer, soubesse.

Eles eram três, uma mulher ruiva, um homem loiro e outro moreno, pelos olhos podia-se ter certeza que não eram vegetarianos. Aquele humano era a presa deles e nós estavamos no caminho. Claro que nós podiamos sair dali, fingir que não era nada connosco, mas eu não podia fazer isso, era uma vida em jogo. Eles rosnaram para nós, e nós para eles, o homem atrás de nós, que antes nos mandava fugir, agora olhava para nós com uma expressão horrorizada.

- Corre, AGORA, e esquece tudo o que viste aqui. – disse-lhe, ou melhor a vampira em mim, disse-lhe, pois era eu a falar, mas era como se não fosse exactamente eu. Ele deve ter achado que o que eu disse tinha sentido pois desatou a correr.

- Não devias ter feito isso – disse o loiro.

- Fiz o que tinha de fazer – disse-lhe.

- Dispostas a morrer por um humano? – perguntou a ruiva.

- Sabem, nós não paramos uma caçada a meio, mas já que a nossa presa foi embora, talvez fossem tomem o lugar. Claro que não servem como alimento, mas uma diversão de vez em quando, também é bom. – voltou a falar o loiro.

Logo após falar começou a correr até nós, eu fiquei na mesma posição, algo me prendeu no lugar, tive receio que fosse o medo, mas estranhamente eu não estava assustada, eu sentia-me forte, mais forte do que alguma vez tinha sentido. Quando faltavam uns cinquenta metros para chegar a mim, ele foi projetado para longe. Eu olhei para a Tanya e ela para mim, as duas tentavamos compreender o que se tinha passado, mas parecia que não estavamos a ter grandes resultados, mas eu sabia que tinha sido eu, de alguma forma, eu tinha feito aquilo. Os outros dois olharam assustados, mas correram na nossa direcção, o moreno correu em direcção a Tanya e a ruiva na minha. Eu conseguia mante-la afastada de mim, comecei a perceber que eu tinha uma espécie de escudo que me protegia. Apesar de não saber bem como funcionava, tentei que ele se extende-se a Tanya. Eu podia não gostar muito dela, mas ela era da família, e eu protegia os meus. Quando finalmente o outro também foi enviado para longe, eu aproximei-me da Tanya.

- Faz o que fizeste com o humano. – disse-me ela.

- O quê? – eu não estava a entender o que ela quis dizer.

- Eu acho que tu o hipnotisaste ou coisa que o valha.

- Eu só o mandei correr.

- Eu acho que não, ele parecia até que relativamente calmo depois de tu o mandaste embora. Pelo menos tenta.

- Ok. Vocês vão embora daqui, e nunca mais vão voltar. Além disso não se vão lembrar de nós, nem de nada do que aconteceu aqui, apenas vão decidir que este lugar não é bom para vocês e partir. – disse-lhes, eles olhavam para mim de uma forma estranha, estava a sentir-me uma idiota, mas o que fazer?

Para grande surpresa minha eles levantaram-se, viraram as costas e partiram. Eu olhei para a Tanya e ela para mim, e começamos a rir, não sei se foi tensão acomulada ou o quê, mas não conseguiamos parar de rir.

- Obrigada. Claro que eu dava cabo dele, mas assim não houve necessidade de haver baixas. – disse ela.

- Claro. – disse sorridente.

- Acho melhor voltarmos, a esta altura já devem achar que nos matamos.

- Talvez tenhas razão. Só não entendo como a Alice não viu nada, pois se tivesse vindo todos já deviam ter vindo.

- Talvez porque teve tudo a ver com instintos, tomaste alguma decisão?

- Nem por isso. Parecia que não era eu a agir, era como se eu fosse uma mera espectadora. Acho que estou a entender o que queres dizer.

Fomos em direcção a casa, todos ao nos verem levantaram-se.

- Está tudo bem? – perguntou o Edward visivelmente tenso.

- Foi uma conversa, como hei-de dizer…

- Concorrida? Movimentada?  - perguntou a Tanya, o que nos fez rir as duas.

- O que aconteceu? – perguntou o Carlisle um tanto confuso.

- Nós tivemos umas visitas, digamos inesperadas – disse  a Tanya.

Não vou dizer que vamos ser as melhores amigas, mas quem sabe pelo menos vamos conseguir tem uma convivência civilizável, saudável e até amigável. Claro, desde que ela mantenha uma certa distância do meu Edward.


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Notas finais do capítulo

Surpresos?
A Bella é pacífica, mas é bom que a Tanya não se meta com o Edward. Se isso vai ou não acontecer, ainda não sei, mas vou ter em conta as vossas opiniões.
A Bella não conhece os seus poderes pois nunca precisou de os usar, eles são defensivos, por isso apareceram numa situação em que ela se sentiu em perigo.
Beijinhos e até ao próximo capítulo.