Chance To Love escrita por Fernanda Melo


Capítulo 37
Capítulo 37




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- Finalmente meu pé está livre. - Eric se jogou no sofá depois de voltar do hospital e certificado que seu pé estava melhor. Hoje era um dos dias raros de Forks que tinham sol. Ele não via a hora que ele mesmo tirava aquela faixa do pé e fingia que estava tudo bem. Ele foi logo terminar de fazer seus deveres para poder finalmente se divertir.

                - Então o que vai fazer de comemoração hoje maninho? Andar de skate e se aventurar mais uma vez em seus saltos radicais? - Ela fez piada do que havia acontecido com o irmão, ultimamente os dois vinham se provocando muito, parecia até mesmo que era normal.

                - Você está falando isso é de ciúmes.

                - Por você ter ganhado chocolates e eu não? Não preocupa não, quando eu era crianças também ganhava mimos assim. - Ela riu da cara do irmão que não achou nada bom ser chamado de criança.

                -Vocês dois vão começar de novo? - Jasper disse sério e já meio nervoso com a segunda discussão deles do dia. Os dois pararam na hora, eles sempre estranhavam quando o pai lhe chamavam a atenção, já que ele era tão calmo. Liz então para se render começou a se concentrar nos deveres escolares. O irmão foi fazer o mesmo, mas os dois ali no mesmo local por alguns segundos sozinhos tinha tudo para dar errado.

                Eric estava com raiva ainda da irmã ele já se considerava um garoto crescido como seu pai mesmo lhe chamava e naquele momento sua irmã lhe chamar de criança foi à gota d’água para ele. Eric era um menino de cabeça quente, ficava nervoso por motivos fúteis e quando ele estava assim ele não media palavras para falar com a pessoa.

                Liz percebeu que seu irmão estava nervoso com aquilo que ela lhe disse, estava se sentindo culpada e às vezes se deixava levar pelas provocações do irmão. Os dois gostavam muito um do outro, às vezes deixavam bem claro isso, mas quando eles queriam brigar mesmo, eles sabiam pegar pesado.

                - Eric...

                - Eu não quero falar com você. - Ele a interrompeu sem dar nenhuma chance dela argumentar alguma coisa.

                - Eu só quero lhe pedir desculpas. - Ela disse tentando continuar calma. O irmão não disse nada apenas abaixou a cabeça e continuou escrevendo algo no caderno. – Eric?! - Ela lhe chamou a atenção ainda com uma voz doce.

                - Não enche ta legal?! - Ele não queria conversar com a irmã, então para os dois continuarem do jeito que estava ele foi para a mesa onde seus pais trabalhavam e Liz não insistiu ficou ali mesmo, Eric odiava ser chamado de criança, mas ele não percebia que muita de suas atitudes eram infantis.

                Liz então voltou a fazer seus deveres, ela estava começando a ficar cada vez melhor, conseguia se concentrar mais nas aulas do que antes, mas o que lhe atrapalhava ainda era não conseguir ler as palavras com precisão. Ela conseguiu acabar com os deveres de casa bem rápido já que não tinha nada de mais, logo após ela começou a estudar, pelo menos no ritmo que ela conseguia. Depois de pouco tempo Jasper foi chamar os filhos para irem almoçar e percebeu que o clima estava meio pesado naquela sala, mas ele não argumentou nada para poder almoçar tranqüilo e além do mais já sabia o que havia ocorrido e não estava acreditando que teria que colocar os filhos de castigo.

                Durante todo o almoço ficou aquele silêncio mortal, os irmãos apenas se entreolhavam e os pais ficavam de olho para não começarem uma briga bem ali naquele momento. Os pais sabiam começo daquela fase da vida era terrível, eles querem descobrir a nova identidade e por fim testar os limites dos pais. Então o almoço passou-se assim, depois cada um foi para seu canto. Eric ficou jogando vídeo game na sala atrapalhando a irmã estudar Jasper havia percebido isto e não poderia ficar calado.

                - Filho abaixa o som da TV sua irmã está tentando estudar. - O garoto bufou com um pouco de impaciência, mas obedeceu ao pai. – Vocês precisam parar de brigar estão vendo?

                - Está bem quem quer começar a falar alguma coisa? - Alice se pronunciou.

                - Eu não gosto de ser chamado de criança. - Disse o menino que não desgrudou o olhar da TV.

                - Eric dê pausa no jogo e vamos conversar. - O menino não gostou nada disso, mas foi para perto dos pais e da irmã para poder conversar. – Bem Liz lhe chamou de criança certo? -  Nesse momento Liz abaixou o olhar envergonhado.

                - É.

                - Mas isso começou só por que você fez intrigas naquele momento dentro do carro, tenho certeza disso. - O menino não teve nada o que dizer, o pai estava certo. – Mas isso não é motivo para chamar o seu irmão de criança, apesar de vocês ainda serem crianças. Você já pediu desculpas ao seu irmão? - Ela olhou para o pai e apenas assentiu. – E então porque vocês ainda não estão se entendendo?

                - Eu não quis desculpá-la. - O menino disse de voz baixa.

                - Eric você sabe que isso não se faz não é? - Alice se manifestou advertindo a atitude do garoto.

                - Eu sei mãe.

                - Então está na hora de se desculparem. - Alice disse para os dois. Liz foi a primeira a se pronunciar, afinal ela já tinha pedido desculpas uma vez. O irmão por fim aceitou e lhe pediu desculpas também. Então à tarde eles passaram bem, depois de Liz ter conseguido estudar foi ajudar a mãe a fazer o lanche da tarde. Mais tarde Ryan apareceu na casa dos tios.

                - O que você veio fazer aqui? - Liz disse enquanto abria a porta.

                - Olá para você também. - Ele disse enquanto abraçava a prima quase a esmagando praticamente.

                - Emmett Junior você está me esmagando. - Ela disse entre risos e tentando puxar o ar.

                - Desculpe, mas então vim ver se você está bem.

                - É estou bem, mas fala o que você veio fazer aqui.

                - Nossa você não me conhece mesmo hein?  Nem parece que sou seu irmão mais velho.

                - Não liga não Ryan o clima está tenso aqui. - Alice disse enquanto entrava na sala e ia cumprimentar o sobrinho. Ele então começou a reparar mais depois que sua tia mencionou.

                - Observando melhor é mesmo o clima está tenso. Então eu queria saber se você ia querer sair, você me disse que estava sempre aqui na sua casa. - Ele perguntou para a prima. Ela olhou com seu olhar implorando para a mãe deixar.

                - Está bem, pode ir, mas você sabe nada de voltar tarde.

                - Está bem, só vou trocar de roupa. - Disse ela um pouco mais animada. Ryan revirou os olhos já que pelo visto teria que esperar. Até mesmo parecia que ele não conhecia a própria prima, se Liz fosse filha biológica de Alice diria que isso é genético. Mas se passaram poucos minutos e ela desceu com um vestido de tecido leve azul marinho florido e com uma sandália simples.

                - Pelo menos você ainda não demora tanto. - Ele disse quando viu Liz descendo as escadas. Ela fez careta para o primo e lhe mostrou a língua.

                - Eu gosto de coisas bonitas que sejam simples, pelo menos para dias comuns. - Ela disse parando na frente do primo que no mesmo instante levantou-se do sofá.

                - Então vamos? - Liz apenas fez que sim com a cabeça e se despediu dos pais e do irmão, então os dois foram dar uma volta. – Então tem algum lugar preferido para ir?

                - Não tenho nenhum lugar em mente.

                - Nossa não dá para pensar um pouquinho?! - Ele disse no intuito de provocar a prima.

                - Oras foi você que me chamou para sair. - Ele realmente tinha conseguido, mas ela entendeu aquele seu sorriso sapeca. – Ryan você é mesmo irritante. - Ela deu um tapa em seu braço.

                - Está bem, primeiro vamos a uma sorveteria e depois vou te levar em um lugar que provavelmente você ainda não foi.

                - Está bem, mas que lugar é esse?

                - Não banque a curiosa prima, tenha paciência.

                - Eu realmente odeio quando você faz isso Ryan Hale Cullen

                - Eu também te amo Elize Anne Cullen Hale. - Ele disse sorridente tentando deixar a prima ainda mais nervosa. – Sabe falando nossos nomes até parece que somos irmãos só que com os sobrenomes em lugares diferentes.

                - Até que podíamos ser os dois são loiros, de olhos verdes claros e a pele então nem se fale. - Os dois gargalharam ao ver o quanto a pele deles eram realmente pálidas. – E gostamos muito um do outro.

                - Até poderíamos ser irmãos gêmeos, não temos uma idade muito distanciada um do outro. - Eles riram com a imaginação fértil que estavam tendo e nem ao menos perceberam que já haviam chegado na sorveteria. – Acho que vou tomar um daqueles Milk shakes eles são uma delícia. - Ele disse tentando decidir qual sabor iria tomar. – Qual você quer?

                - Pode ser do mesmo. - Ela disse sem muita preferência.

                - De que sabor irão querer? - Perguntou a atendente.

                - Morango. - Disseram os dois juntos, no mesmo momento a moça de cabelos extremamente escuro se assustou, mas foi logo preparar os dois pedidos.

                - Não sabia que também tínhamos o mesmo pensamento. - Disse Liz se sentando em uma das cadeiras.

                - Pois é nem eu, você viu a cara daquela mulher? - Ele riu da balconista.

                - Só você mesmo Ryan Hale Cullen, só você. - Os dois riam, enquanto isso a Esposa do dono daquele estabelecimento chegava ali. Uma linda mulher de cabelos e olhos negros, com um ar de superioridade, que estremeceu ao ouvir o sobrenome do garoto.

                - Hale Cullen? - Ela disse em um tom audível enquanto tirava seus óculos escuros e assustava as crianças.

                - Sim. - Ryan disse com cara de confuso. – Você me... Não você é bem mais velha do que eu não é possível que nos conhecemos, como sabe meu sobrenome?

                - Acho que estudei com seus pais e tios na faculdade. - Ryan e Liz se entreolharam, achando que pela cara da mulher isso poderia ser uma encrenca. – Você se parece muito com Emmett só que loiro igualzinho a mãe. - Ele estava com um ar desconfiado, com certeza se ela fosse mesmo amiga da família eles teriam mencionado no nome dela.

                - Como você se chama? - Ryan perguntou para tirar suas dúvidas. Naquele momento a mulher foi pega de surpresa, se ela dissesse seu nome correria o risco, os Cullen certamente a detestava e jamais veria aqueles meninos.

                - Maria. - Ryan então assentiu. – E o seu?

                - Ryan. - Ele disse com convicção, ele queria sair Dalí logo não sabia se devia estar conversando com esta mulher.

                - Que lindo nome. - Ela disse com um falso sorriso no rosto. – E você, é tão linda, são irmãos? - Novamente os dois se entreolharam e ela achou que aquilo não iria acabar bem, por isso ela evitava sempre não conversar com quem ela não conhecesse.

                - Não. - Ela respondeu sem querer dizer quem realmente era.

                - Vocês tem algumas coisas em comuns. - Ela disse pegando apenas os pequenos pontos idênticos dos dois a sua frente.

                - Nós somos primos. – A mulher se espantou, ela não poderia ser filha de Edward e Bella pois nenhum dos dois eram loiros e também já os havia visto com a filha Reneesme por aí então só lhe restou uma alternativa.

                - Meu Deus, você é filha de Jasper?

                - É, sim por quê? – Liz perguntou um pouco incômoda, nunca ninguém havia lhe perguntado se era somente filha de Jasper sem mencionar o nome de sua mãe.

                - Nada, por nada eu apenas fiquei surpresa. Como você se chama.

                - Elize. Ela disse meio com receio. Então a mulher de longos fios negros fez sinal de positivo com a cabeça e no mesmo instante o pedido dos dois chegou.

                - Então Liz vamos? - Ryan disse pagando a mulher e logo em seguida levantando, os dois saíram apressados em direção ao local onde o Ryan estava fazendo suspense.

                - Você não a achou muito suspeita? - Liz perguntou com medo.

                - Achei um pouco, mas me lembro dos meus pais terem mencionado o nome dessa Maria. Olha, vamos esquecer isso, talvez não seja nada, agora vamos que estamos quase chegando. - Eles começaram a andar um pouco mais rápido e quando estava quase perto do local Ryan tapou a visão de Liz com as palmas de suas mãos e a guiou até beira mar. E ele não demorou muito e tirou as mãos dos olhos dela para que ela pudesse ver a praia de La Push.

                - Nossa. - Ela disse abismada em ver a praia.

                - É pelo visto você nunca veio aqui. - Ele riu da situação. – Como pode uma garota da sua idade não conhecer a famosa praia de La Push?

                - Simplesmente porque não gosto muito de sair de casa para ir à praia, pelo motivo de Forks ser a cidade que quase nunca tem sol. - Então no mesmo instante que ela acabou de olhar cada minúsculo detalhe da praia ela jogou água do mar em seu primo que no mesmo exato momento revidou. Ela saiu correndo e Ryan a seguia, mas como ele era um esportista nato conseguiu alcançá-la rapidamente, fazendo com que o impacto dos dois os fizessem cair na areia, eles riam alto chamando a atenção de um grupo de adolescentes morenos e de um corpo em começo físico.

                - Oi Seth. - Ryan cumprimentou o garoto que veio correndo ao encontro deles.

                - E aí Ryan?! - Os dois se cumprimentaram. – Quem é ela? Sua namorada?

                - Não cara minha prima. Até parece que não nos vê no colégio.

                - Ver eu vejo, mas não custa perguntar. Prazer sou Seth Clearwater.

                - Elize Hale. - Os dois apertaram as mãos.

                - Você é filha do Jasper e da Alice certo? - Liz gesticulou um sim, com um breve sorriso no rosto ao lembrar-se de seus pais. – Eles são muito legais.

                - E então o que você está fazendo aqui com seu bando? - Ryan perguntou tirando sarro de Seth e de seus amigos, alguns bem mais velho que ele.

                - Bem meu ‘bando’ veio dar um passeio, é raro ver Forks assim sabe, com um sol.

                - Lógico até porque todo o universo só tem um sol mesmo. - Ele aproveitou do erro do amigo para fazer uma piada.

                - Seu Cullen de meia tigela eu vou te ensinar a tirar sarro com minha cara. - Os dois se meteram em uma briga de mentira, mas teve direito até mesmo que eles rolassem na areia. Liz assistia tudo com um ar de graça e tinha sempre um sorriso estampado no rosto. Mas ao mesmo tempo sua expressão de feliz passou para preocupada a avistar longe dali a mesma mulher da sorveteria, ela estava com mau pressentimento daquilo e de todo o interrogatório que aquela mulher fez.

                - Ryan. - Ela disse desviando os olhos por poucos segundos para o primo e quando voltou ela viu apenas um carro saindo.

                - O que ouve?

                - Nada, deixa pra lá. - Ela disse balançando a cabeça resolveu por se sentar na areia e observar o mar. Depois de conversar um pouco com seu amigo Ryan foi para perto da prima.

                - Às vezes você devia se enturmar sabia?!

                - Eu tento. Mas eu não gosto de conversar muito com outras pessoas. Pelo menos as que eu não conheço.

                - Está bem eu te entendo. Mas talvez você se sentisse melhor rodeada de pessoas.

                - Vai por mim, fico melhor sozinha mesmo. - Ela disse com o olhar fixado nas ondas que quebravam na areia clara. Liz se sentia melhor sozinha, sem ter que dizer ao menos uma simples palavra do porque do silêncio. Ela admirava as poucas horas ou minutos que tinha sem poder dizer nem ao menos um ‘a’.

                - Porque você é assim? Nunca vi uma pessoa que gostasse de ficar sozinha.

                - Eu, não sei talvez esse fosse meu destino.

                - Que foi mudado, não tem o porquê nesse sentido.

                - Ryan, sei lá eu me sinto tranqüila quando estou em silêncio ou quando estou sozinha, me sinto calma sabe?! Não tem nada para me incomodar.

                - Pior que não sei, nunca consigo ficar sozinho. - Ele fez uma pequena pausa pensando no que ele iria perguntar para a prima. – Liz sei que isso é difícil, mas sei que você era pequena não deve lembrar de muita coisa, mas você sente falta de seus pais? - Liz parou de olhar para seu primo e começou a olhar para as mãos que estavam meio trêmulas de tantas confissões.

                - Não, quero dizer acho que não. Sei lá Ryan, pra mim sempre Alice e Jasper vão ser meus pais, confesso que ainda acho estranho e me limito a fazer alguns pedidos a eles, eles não são obrigados a me dar nada, eu não sou filha de verdade deles, mas na minha cabeça só existe eles. É como se eu não tivesse tido pais antes.

                - Você sabe que não precisa ficar assim não é? - Ele disse fazendo com que ela levantasse a cabeça para que ela olhasse para ele, mas ela não conseguia encarar ninguém nos olhos e, em alguns momentos que não foram poucos, ela desviava seu olhar logo em seguida voltando novamente para ele. – Para eles você é filha sim deles, desde quando eles te conheceram e criaram um vínculo de amor e carinho por você.

                - Eu sei e eles me demonstram sempre isso, mas ainda me sinto um pouco sem jeito. - Ela voltou a olhá-lo, ela sempre teve algo que queria descobrir, pois desde que se lembra durante a gravidez de seu irmão Alice tomava o mínimo de cuidado possível e sempre que perguntava para a mãe ela dizia que era apenas precaução. – Ryan você sabe por que eles decidiram me adotar? - O menino desviou o olhar em um breve pensamento vagando pela sua cabeça se lhe contava ou não, mas ela era sua amiga, prima e irmã de coração, não conseguiria guardar esse segredo dela.

                - Liz me prometa que não irá falar sobre este assunto com seus pais?!

                - Claro.

                - Antes de saberem sobre você a minha tia, ela estava grávida poucos meses antes se não me engano como a mamãe uma vez me disse. Então com poucos meses ela acabou sofrendo um aborto. Isso foi muito difícil para sua mãe. - Liz olhava para Ryan com uma cara abismada, nunca imaginara que fosse esse o motivo e durante um pouco tempo estava se sentindo culpada por obrigar o primo a lhe dizer isto. – Eu sei você está sem palavras. Todos nós ficamos, até hoje não sei o que pensar sobre isto.

                - Eu nunca iria imaginar que fosse esse o motivo.

                - Ela não lhe adotou para substituir o vazio Liz...

                - Não Ryan, o jeito que a mamãe cuidava da gravidez de Eric, sempre que eu a perguntava, ela redirecionava a história para outro rumo, me dizendo que era apenas por precaução e que era normal, eu era muito pequena pra pensar nisso. - Ela interrompeu o primo em disparado.

                - Ah, típico da tia, olha nossos pais tem vários defeitos e todos eles, pode ter certeza são para nosso bem.

                - Ryan, se você está achando que eu vou brigar com meus pais por isso pode esquecer. Não vou tocar em um assunto tão delicado desse. - Ele deu um meio sorriso para a prima.

                - É isso que eu admiro em você.

                - O que?

                - Seu modo de entender as coisas, não espera demais das outras pessoas, é uma garota simples, verdadeira, dedicada, amiga.

                - Mas também sou birrenta e sou grossa quando eu quero.

                - Eu nunca vi você sendo grossa com alguém.

                - É isso é verdade.

                - Seu maior defeito é ter preguiça de algumas coisas e desistir de seus potenciais rápido demais. Mas é normal, não seriamos quem somos sem nossos defeitos e erros.

                - Porque você consegue me fazer sentir melhor?

                - Sei lá, minha mãe diz que quando é assim é porque gostamos muito da pessoa. Você gosta de mim? - Liz ficou meio envergonhada em responder. – Não é Liz?

                - E se eu disser que não? - Ela se soltou na brincadeira, pois sabia que com seu primo era diferente.

                - Eu com certeza iria lhe matar de tanto rir quando eu lhe pegar e começar a fazer cócegas. - Ela fez uma cara de piedade e viu que seu primo não estava brincando, então em um impulso ela se levantou e saiu correndo e ele percebeu que ela havia entrado na brincadeira. Ele saiu correndo atrás dela, mas Liz parecia uma corredora profissional então com muita dificuldade ele conseguiu alcançá-la em um arranque e ela caíra no chão puxando seu primo junto, os dois caíram na areia macia e Ryan não perdeu tempo e começou a fazer cócegas na prima que ria com dificuldade. Mas Ryan parou no mesmo instante que percebeu isso.

                - Só vou parar porque sei como você fica cansada.

                - Sobre... O que... Você... Está falando. - Ela custou a lhe dizer.

                - Calma, respira. Foi difícil naquela época te ver na cama de um hospital.

                - Você lembra daquela vez. Ryan faz muito tempo e nem mesmo eu me lembro disso.

                - É, mas eu sim, eu estava morrendo de medo que você...

                - Morresse?! Ryan era apenas uma...

                - Pneumonia é grave Liz já ouvi sobre várias pessoas que morreram por causa disso. Eu não conseguia dormir direito e todo dia eu perguntava a mamãe se você estava bem, todo dia a cada hora que se passava. - Ela deu um meio sorriso, ela sabia que Ryan se preocupava com ela, mas não sabia que era tanto assim.

                - Ryan, eu... Eu não sabia que você gostava tanto assim de mim, somos apenas primos.

                - Tem vários tipos de primos, os que se odeiam, os que se gostam, mas para mim você é minha irmãzinha mais nova, que tenho a obrigação de cuidar e proteger, porque eu te amo demais Liz. Pode contar sempre com seu irmãozinho aqui.

                - Sempre. - Ela concordou com esta palavra que ela achou que selaria a longa vida de irmãos que teriam.


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