Chance To Love escrita por Fernanda Melo


Capítulo 35
Capítulo 35




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Iria começar mais um dia da escola, hoje seria o dia que Liz provavelmente teria que ler seu poema para a turma, aquele que sua mãe lhe ajudou a fazer e ela considerou o mais perfeito de todos. Alice havia acordado mais cedo estava sem sono então preparou o café e depois foi chamar as crianças. Primeiro ela foi no quarto do mais dorminhoco da família o Eric. Ele se remexeu na cama assim que a claridade invadiu seu quarto. Ela ficou lá até o menino levantar. Depois foi no quarto de Liz que havia se sentado na cama naquele exato momento.

                Alice achou aquilo estranho ela podia acordar até cedo, mas não ficava o tempo todo no quarto. Naquele momento ela percebeu a luz do banheiro que havia no quarto de Liz acesa e ela estava com uma carinha não muito boa.

                - O que houve meu anjo? - Alice se sentou ao lado dela, e tirou a mecha de cabelo que estava em seu rosto.

                - Não é nada mãe. Eu estou bem. - Ela disse não convencendo muito a Alice e do jeito que Alice é ela não iria entregar as pontas enquanto a filha não falasse.

                - Tem certeza? - Ela confirmou com a cabeça. Assim como Alice, Liz aprendeu a ser dura na queda e não iria falar com a mãe por motivos a toa só ela sabia como a mãe ficava preocupada por qualquer coisinha.

                - Eu vou ir me vestir e já desço. - Ela deu um beijo na bochecha da mãe que não resistiu e sorriu um pouco para a filha antes de sair do quarto, mas ainda não estava convencida de que ela estava bem. Alice estava ajudando o Eric quando Liz desceu, ela olhou para a comida e nada fez.

                - Pode comer a mamãe não coloca veneno não. - Eric chamou a atenção da irmã.

                - Chato você não é?! Mas eu não estou com fome é isso. - Naquele exato momento Jasper entrou na cozinha e por mais que estivesse com sono ele nunca perdia algo interessante da conversa.

                - Mas com fome ou sem fome você vai comer mocinha, você não pode ficar sem essa refeição. - Ele advertiu a filha que ia responder com uma brincadeira, mas resolveu desistir e ir comer, pois ela estava desanimada até mesmo de fazer isso.

                Depois que eles chegaram na escola, passaram-se alguns horários e chegou o horário de literatura, a professora sorteou alguns nomes e um desses era de Liz, ela apenas abaixou a cabeça e quando a professora chamou pelo seu nome, ela sentiu até seu ultimo cabelo se arrepiar. Ela olhou meio assustada para a professora que lhe chamou para ler o poema, ela negou com a cabeça e a professora ficou preocupada.

                - Aconteceu alguma coisa Elize? - Ela torceu o nariz ao ouvir seu nome, ela não achava o nome o melhor apenas gostava dele porque dava para ter um apelido gracioso. E novamente voltou a negar com a cabeça, abaixando seu olhar ao perceber que todos de sua sala estavam lhe encarando. Naquele momento a professora achou que era timidez da garota e então deixou passar, mas deixou bem claro que seria apenas daquela vez. Assim que bateu o sino para que os alunos fossem embora Liz esperou um pouco por Ágata para saírem juntas e naquele momento a professora lhe chamou. Ágata disse que tinha que ir, então ficaram apenas as duas. – Elize, você tem problemas com timidez?

                - Não, quero dizer, um pouco. - Ela se enrolou.

                - Olha desta vez deixei passar, mas na próxima você vai ter que ler. - Liz abaixou o olhar para o nada. – O que você tem?

                - Eu... Eu não consigo ler na frente para a classe.

                - Você consegue sim, todo mundo consegue isso é apenas nervosismo.

                - Não é não, é algo mais. Mas não gosto de falar sobre isso, se você me der licença. - Ela disse se retirando da sala. Ela não queria nem ter começado a dizer aquelas coisas, mas quando viu já tinha dito e já era quase tarde.

                Algumas semanas se passaram e os dias foram passando normalmente. As crianças iam para a escola e os finais de semana quase sempre com a família reunida e hoje era um desses dias. Eric estava todo animado defendendo os chutes que o primo dava contra ele. Nessie e Liz estavam sentadas conversando, isso porque nenhuma das duas estavam a fim de fazer nada. Mas os meninos pararam por um tempo e decidiram jogar vôlei então chamou as meninas. Nessie aceitou, mas Liz não estava tão a fim. Com muito custo Ryan conseguiu com que ela fosse jogar.

                Depois de várias jogadas, as meninas estavam apenas a dois pontos na frente deles. Mas do nada Liz sentiu um incomodo no nariz e quando viu uma gota de sangue havia caído dele, ela disse algo baixo que ninguém pôde ouvir, então encostou a manga da blusa dela perto do nariz e entrou na casa dos avós pelos fundos e subiu as escadas antes que eles a vissem, mas claro notaram a presença dela ali. Alice foi atrás da filha e a viu limpando o sangue de seu nariz.

                - Filha o que aconteceu? - Alice perguntou preocupada ajudando a filha.

                - Não sei mãe. Eu estava brincando lá fora e meu nariz começou a sangrar.

                - Temos que olhar isso, não quero ver você doente.

                - Está bem mãe. - Neste momento Ryan e Eric apareceram seguidos por Jasper.

                - Você está bem? Você saiu correndo por quê? - Perguntou Ryan apressado.

                - Não é nada. - Ela não gostava nunca, em momento algum ser o centro das atenções.

                - Mãe o que está acontecendo? - Eric perguntou com a esperança de que a mãe contasse.

                - É apenas um sangramento no nariz, nada preocupável meu amor. Porque vocês não voltam a brincar? - Alice pediu para que os meninos desse um momento de tranqüilidade até mesmo ela tinha que se acalmar do nervosismo instantâneo. – Está melhor? - A garota apenas fez que sim com a cabeça e olhou sua imagem no espelho, até mesmo ela se assustara em ver sua pele branca, mas ela morava em forks não é mesmo?!

                - Estou preocupado com a Liz. - Jasper disse assim que certificou que a menina já havia se distanciado. Alice também não podia negar sua preocupação pela filha. Os dois foram para o quarto para conversar melhor. – Ela vem agindo estranho.

                - Ela me contou o que está acontecendo Jazz, ela está se sentindo sobre preção, por causa dos médicos alguns professores no colégio e você sabe que nessa idade os meninos não perdoam.

                - Eu não sabia disso, sabe ela se fechou muito e não fala mais sobre essas coisas comigo. Eu queria saber o que se passa na cabeça dela.

                - Ela só está atordoada, é adolescência ela está confusa.

                - Espero que seja apenas isso mesmo. - Jasper terminou a conversa com um suspiro. Eles queriam que seus filhos tivessem vidas como qualquer outra pessoa, principalmente Liz, mas para ela estava sendo meio complicado. Ela não estava mais se abrindo com as pessoas como antes, o que fazia guardar todos os tipos de sentimentos apenas para ela. A tarde foi passando e a família se distraia com jogos e conversas jogadas fora.

                O dia seguinte Liz amanheceu meio desanimada, mais do que ela estava sentindo ultimamente, mas mesmo assim saiu da cama. Quando chegou na cozinha não estava com vontade de comer. Alice insistiu com a filha e ela apenas bebeu um copo de leite, mas com muito custo. Depois foram todos para sala de menos as crianças, eles sentaram na grama, nisso Liz começou a não se sentir muito bem.

                - Você está bem? - Ryan percebeu o estado da prima e ficou atento.

                - Só um pouco cansada, preciso deitar um pouco. - Ryan segurou a mão dela antes que ela se levantasse e chamou para que ela deitasse em seu colo, ela sem muita alternativa aceitou.

                - Não fique se excluindo. - Ele passou a mão de leve em seus cabelos.

                - Eu às vezes só quero ficar sozinha. - Ela olhou para ele e lhe deu meio sorriso. Passados alguns minutos os mais velhos foram para o jardim, as crianças se levantaram para irem para perto deles e perceberam que iria ter roda musical, já que Jasper levou seu violão. Eles cantaram um monte de música.

                - Filha lembra daquela que você gostava de cantar comigo quando pequena? - Jasper perguntou e ela fez que sim com um sorriso enorme no rosto. Logo os dois começaram a cantar alguns que sabiam acompanhavam e outros queriam apenas observar. Mais tarde foram para dentro para ajudar com o almoço. Ao se levantar Liz sentiu uma tontura e rapidamente se segurou em Jasper que estava no seu lado ele estranhou a reação da filha e assim que a olhou viu que ela não estava bem.

                - Liz o que você está sentindo? - Ele perguntou segurando a mão fria da menina.

                - Eu... Eu. - Ela não conseguiu terminar de dizer apenas desmaiou, quando seu corpo ia sofrer um impacto contra o chão Jasper a segurou, depois a pegou no colo e a levou para o quarto onde ele e Alice ficavam, pois o outro quarto era ocupado pelos seus primos também. Carlisle mediu sua pressão que estava baixa por sinal. Alice estava aflita tendo apenas que assistir tudo de mãos dadas com Jasper. Assim que ela acordou ou melhor começou a tremer os olhos eles já ficaram atentos. Ela abriu os olhos e viu seu avô e seus pais em sua volta e não conseguia lembrar o que aconteceu.

                - Você está melhor? - Seu avô perguntou a examinando com o olhar. Ai sim ela lembrou que havia desmaiado e na frente de todos da sua família.

                - Estou sim. - Ela disse tímida.

                - Vou deixar vocês a sós. - Carlisle viu que sua filha e seu genro queriam conversar com a filha.

                - Filha o que foi aquilo? - Jasper disse se aproximando, ele estava um pouco sério, queria saber o que estava acontecendo. Liz não tinha uma resposta para dar ao pai então permaneceu em silêncio. – Não vai me dizer isso também? - Ele começou a ficar nervoso, não gostava de estar por fora das coisas e ver a filha assim só piorava a situação. – Você não vai me falar?!

                - Jasper, você esta nervoso, fique calmo. - Mas Jasper ficou um pouco mais furioso, estava preocupado com a filha, queria saber o que acontece com ela para poder ajudar, mas ela nunca lhe dizia nada.

                - Você está agindo muito estranha Liz, não conversa mais com a gente, vive escondendo as coisas que lhe acontecem, agora não está mais comendo, o que mais você está escondendo de mim? - Liz sentiu seus olhos encherem de água, ela nunca viu seu pai falar assim com ela, nervoso e alterado. E ela ficou se perguntando na cabeça se havia mesmo excluído seu pai de tudo e ele tinha razão.

                - Nada. - Ela disse já chorando. Alice não sabia o que fazer naquele momento se amparava a filha ou se acalmava seu marido. Ela nunca viu Jasper assim, então ficou preocupada.

                - Jasper, por favor, Liz está doente ela precisa descansar.

                - O que você tem? Diga-me, pelo menos uma coisa.

                - Eu não sei. - Ela já estava em prantos, não conseguiu segurar o choro e ver seu pai gritando assim com ela lhe fez achar que ele não a amava mais. Esse pensamento fez com que ela saísse correndo do quarto e foi direto para perto da floresta perto da casa dos avós.

                - O que você pensa que está fazendo Jasper? - Alice perguntou em um tom de voz um pouco alterado. Jasper por sua vez viu a burrice que havia feito e isso só lhe caiu a fixa agora. Alice foi atrás da filha e Jasper ficou no quarto sentado na cama com o rosto entre as mãos.

                - O que eu fiz? - Ele estava arrependido, agiu por impulso estava preocupada com a filha e ele só agia assim porque queria o bem dela e queria que ela tomasse cuidado, mas foi a pior maneira de lhe dizer isso. Perto da floresta Liz estava encostada em uma árvore com a cabeça encostando no joelho e com os braços entrelaçando as pernas, Alice ao ver aquela cena pensou em nunca perdoar Jasper, mas eles teriam uma longa conversa esta noite.

                - Filha, não fica assim. - Alice sentou no lado dela e passou o braço em volta de seu ombro. Ela olhou para mãe com o rosto completamente úmido de lágrimas que Alice fez questão de enxugá-las.

                - Ele não gosta mais de mim? - Ela perguntou com medo da resposta, Alice lhe deu sorriso confortante para ver se lhe acalmava.

                - Jasper ainda te ama Liz, ele apenas ficou muito preocupado com você e suas reações ultimamente, ele queria saber o que estava acontecendo com você, conversar um pouco. Estava com medo que você se isolasse. Ele se preocupa muito com você, por isso ele agiu assim. Não o leve a mal. - Liz abraçou a mãe e continuou chorando ainda se lembrava dos gritos do seu pai e ainda estava com medo, e já havia perdoado ele. Depois de algum momento as duas decidiram voltar para dentro da casa e Liz tinha que descansar um pouco.

                Jasper a esperava no quarto completamente decepcionado com ele mesmo, assim que viu que Liz ficou estática quando o viu ele se sentiu pior, ele tinha amedrontado a filha e não sabia se ela o perdoaria. Ela se sentou na cama e Jasper não queria perder mais tempo.

                - Liz, eu vou entender se você não quiser conversar comigo, mas me perdoe pelo que fiz. Eu perdi o controle estava nervoso por ver você assim, mas eu sei que mesmo assim não era motivos para eu gritar com você.

                - Tudo bem pai. Eu também tenho culpa nisso. - Ela disse com o olhar baixo. Jasper se sentiu culpado e não sabia mais o que dizer. Os dois conversaram mais algumas coisas e Jasper deixou bem claro que estava arrependido. Depois ele foi conversa com Alice, os dois tiveram uma conversa séria sobre o assunto e Jasper prometeu que iria mudar isso nele para não magoar mais quem ele ama.


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