Chance To Love escrita por Fernanda Melo


Capítulo 2
Capítulo 2




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[Jasper]

Alguns meses depois...

                Já se passou um ano que havia me casado com Alice e depois de termos conquistado todos nossos sonhos queríamos o mais simples deles que era apenas ter um filho, mas Alice não conseguia engravidar, ultimamente ela andava meio triste, ela queria ter um filho para poder nos alegrar, queria poder vê-la feliz.

                Hoje era fim de semana iríamos passá-lo na casa da mãe dela. Estava ainda com sono por ter ficado até tarde acordado trabalhando, eu era arquiteto e tinha muitas plantas para fazer. Acordei e percebi que Alice ainda dormia feito um anjo. Tentei sair da cama sem acordá-la, mas minhas tentativas foram em vão.

                - Bom dia. Disse ela olhando para mim, como ela me fazia feliz apenas de olhar para aquele seu doce sorriso.

                - Bom dia, dormiu bem? Ela fez que sim com a cabeça.

                - E você? Perguntou ela passando a mão em meus cabelos.

                - Sim. Eu menti ainda estava exausto e queria dormir, mas nada que um belo sorriso da Alice não pudesse resolver. – Vou fazer o café. Disse dando um beijo nela.

                - Daqui a pouco eu desço só vou me arrumar.

                - Está bem. Desci as escadas e fui para a cozinha, às vezes sabia o que a Alice sentia, pode ser estranho, mas estava querendo acordar a noite e embalar meu bebê até ele ou ela conseguir dormir, ter que arrumar todos seus brinquedos espalhados e todas as bagunças que ele fizesse, queria sentir a sensação de ser pai pela primeira vez e ficar desesperado por não saber o que o bebê quer quando chorar, trocar fraudas, dar mamadeira. Eu queria ter aquela sensação, pelo menos uma vez.

                - Em que você está pensando? Perguntou Alice me abraçando e me dando um beijo.

                - Em nada, eu estava distraído. Eu tentei disfarçar não queria dizer para ela o que pensava com medo dela ficar triste.

                - Percebi estava te chamando a um tempão. Ela me disse com aquele seu sorriso sapeca que tanto demorou a voltar depois deste triste ocorrido.

                - Nós vamos depois do almoço para a casa da sua mãe?

                - É temos que passar na instituição antes esqueceu? Eu fechei os olhos e fiz careta, havia realmente me esquecido das crianças.

                - Sim esqueci, então deixa andar rápido com o café as crianças devem estar nos esperando.

                - Eu adoro ir visitá-las, elas ficam contentes quando vamos lá. Ela disse enquanto se sentava em um dos bancos perto da bancada.

                - É principalmente com você, há e hoje tem uma nova moradora a Isabel me disse que chegou uma menina de dois anos lá quinta feira.

                - Jazz e você me diz isso só hoje? Ela fez uma careta irresistível de brava, mas ela estava verdadeiramente brava comigo.

                - Me desculpe essas semanas foram muito corridas. Eu disse me lembrando muito bem do que havia acontecido. Alice agora não podia engravidar e também nem queria mais, porque nesses meses para cá ela havia descoberto que havia engravidado, mas acabou sofrendo um aborto espontâneo, ela ficou muito magoada, pensei que ela nunca fosse mais sair do quarto, mas ela superou o obstáculo.

                - Eu sei. Vamos logo quero ver a menina. Disse ela animada, terminei de fazer o café e nos servimos, fomos os dois nos arrumar, assim que acabamos nos dirigimos para a instituição, quando entramos as crianças vieram nos abraçar, eles gostavam muito da gente, a Alice vinha aqui sempre que podia, parecia que isso preenchia a falta de um filho pra ela.

                - Oi crianças. Ela disse abraçando todos em um abraço em conjunto.

                - Lice você pode nos contar uma história depois? Perguntou uma menina de cabelos cacheados. Se não me engano essa era a Beatriz, ela chegou aqui já faz dois anos e ninguém quis adotá-la pelo motivo dela já estar bem crescidinha. Todos na instituição tinham uma história triste para contar, alguns bebês que chegavam aqui era porque alguns pais irresponsáveis não os queriam, as maiores era porque os pais haviam morrido e parentes não assumiram a guarda e tem também as que foram rejeitadas pela família adotiva, essas eram as histórias mais triste que tinham.

                - Claro, apenas vou resolver algumas coisas e depois vou contar uma história para vocês. Ele saiu do abraço apertado entre as crianças.

                - Jasper, Alice que bom ver vocês. Disse Isabel se aproximando.

                - Igualmente. Eu disse pegando a mão de Alice.

                - Venham até a minha sala. Fomos andando até onde existiam todas as papeladas das crianças, queríamos realmente saber sobre a nova menina.

                - E a nova menina Isabel? Como ela está?

                - Bem, ela se chama Elize Anne Smith, tem apenas dois anos, os pais morreram em um assalto na casa dela, família de classe media alta, muitos bens preciosos aí sabem o que aconteceu.

                - Os bandidos entraram apenas pra assaltar e mataram os pais. Tirei uma breve conclusão.

                - É me parece que o pai tentou chamar a polícia, um dos bandidos viu e atirou no pai, a mãe tentou fugir com a menina e acabou sendo morta também. Ela terminou de falar e vimos Anna trazer um bebê para perto de nós.

                - Olá, Isabel ela acabou de acordar. Tentei olhar para o rosto da pequena, mas quando me viu ela se aconchegou ainda mais no ombro da Anna, ela devia estar assustada com tudo aquilo, era um mundo novo para ela, pessoas estranhas, nem ter mais os pais por perto para protegê-la, devia ser mesmo difícil.

                - Ela está assustada, ela não interage muito com o pessoal, deve estar assustada. Disse Isabel ao perceber a reação da Elize.

                - Posso pegá-la um pouco? Perguntou Alice, ela estava ansiosa para segurar a pequena em seu colo, dava para perceber em seu olhar.

                - Não sei se ela vai aceitar, mas pode. Disse Anna entregando Elize para Alice, ela ameaçou a chorar, resmungou um pouco quando viu que estava sendo tirada do colo da Anna, mas quando ela olhou para Alice e foi para seu colo ficou quieta, era como se Alice a tranqüilizasse automaticamente em um simples olhar.

                - Ela é tão linda. Disse Alice acariciando as bochechas rosadas de Elize, ela abriu um sorriso quando a Alice fez isso, pude perceber que Alice ficou muito feliz. Elize era tão linda ela tinha seus cabelos loiros e olhos verdes, percebi que Alice havia se encantado com Elize e ela com Alice.

                - Vamos às crianças estão esperando e leve a Elize ela gostou de você. Eu disse para Alice, as crianças deviam estar impacientes com nossa demora, iríamos contar uma historia para os menores e depois eu iria jogar beisebol com os maiores. Eles adoravam quando estávamos lá.

                - Vamos, vamos Liz? Ela perguntou olhando para os Elize, que bateu palmas rindo, ela era uma criança muito esperta, percebi que Alice havia gostado muito dela e ela da Alice, é isso, ela estava para adoção iria colocar meu nome para adotar Elize. Chegando à sala onde as crianças estavam nos sentamos junto com elas.

                - Que história vocês querem ouvir?

                - Branca de neve.

                - Não, os três porquinhos. Eu olhei para Alice que estava a sorrir pela confusão das crianças, nenhuma concordavam com a história de ninguém.

                - Então, era uma vez uma princesa chamada Alice... Comecei a contar a história, bem estava inventando e emendando história com história. – E... Amanhã eu prometo que volto para terminar a história. Disse olhando para meu relógio e ouvindo um coral de aah em minha volta. – Ah criançada amanhã eu prometo que vou voltar e acabar a história e contar se o cavalheiro Jasper vai resgatar a princesa das garras do bruxo. Eu disse passando a mão na cabeça de uma das crianças. Eles saíram para brincar e ouvi um chorinho.

                - O que ela tem? Perguntei sem saber ao certo se ela tinha fome ou cólica, se eu fosse pai realmente estaria perdido.

                - Ela está com fome Jaz. Disse Alice com certeza. Como ela sabia? Eu estava com uma cara de pateta como se não soubesse de nada. – Instinto feminino. Ela me respondeu me dando um beijo. – Vou ir à cozinha dar mamadeira a Elize enquanto você brinca com eles está bem?

                - Sim senhora. Nós rimos um para o outro, fui brincar com as crianças não por muito tempo ainda teria que passar em casa para tomar um belo banho antes de ir para a casa da Esme. Deixei as crianças continuarem a brincar e fui até a cozinha, vi Alice a embalar Elize em seu colo, ela já devia estar dormindo, pois estava bem quietinha. Fui me aproximando até ela me perceber por ali. – Vamos meu amor?

                - Vamos só vou colocar a Elize no berço e vamos está bem?

                - Claro, vou com você. A acompanhei até o berçário ela colocou Elize cuidadosamente no berço, que se remexeu um pouquinho, mas não acordou, nós nos despedimos de Anna e Isabel e voltamos para casa, lá já fui direto para o banho e pelo visto Alice também, ela me parecia um pouco cansada ou tensa talvez. Ela havia ido trocar de roupa e eu aproveitei para ir fazer o mesmo. – Você gostou da Elize?

                - Ela é uma graça.

                - Ela gostou muito de você e deu para perceber que você muito dela. Disse abraçando Alice.

                - Ela é um anjinho, muito meiga. Disse Alice não muito animada, ela devia estar mal por ter perdido nosso filho.

                - Alice você está bem?

                - Estou. Ela saiu de perto de mim e percebi ela passar a mão em seu rosto, ela devia estar chorando, eu queria tanto poder fazer essa dor passar, minha Alice não fica assim, ela se trancou no banheiro novamente, eu apenas me joguei na cama, não sabia o que fazer, será que iria começar tudo de novo? Será que aquela depressão iria voltar, eu tinha que dar um ponto final nisso.

                - Alice, saia daí, por favor. Eu ouvi a porta ser destrancada e ela se virar rapidamente para eu não ver a cara dela, mas eu segurei seu braço e a puxei até meu peito, ela desatou a chorar, ouvia seus soluços. – Lice nós vamos superar isso meu amor.

                - Jaz eu apenas queria ter um filho.

                - Shh, fique calma, não quero te ver assim mais, vou estar sempre aqui ao seu lado meu amor, sempre. Eu disse abraçando mais forte a Alice a levei até a cozinha, peguei um dos remédios que o médico a havia receitado. – Toma vai lhe fazer bem. Ela recusou, já era de se esperar ela sempre se recusava os remédios. – Alice... Ela estendeu a mão e depois engoliu o remédio. – Você quer ir para a casa da sua mãe ainda?

                - Vamos. Eu estendi minha mão para ela e ela pegou, eu a puxei devagar e lhe beijei.

                - Onde está aquele sorriso que sempre me faz sentir melhor? Ela abriu um pequeno sorriso e eu lhe devolvi outro. – Tudo vai dar certo, você verá.  Nós fomos em direção a casa da Esme onde todos já se encontravam.

                - Oi. Eu disse para todos ainda com a Alice por perto.

                - Oi queridos. Disse Esme se aproximando. – Vocês chegaram bem na hora do almoço.

                - Até que enfim. Disse Emmett fazendo todos rirem. Acho que Alice ver o Emmett com o filho lhe fez ficar um pouco mal, mas ela não queria demonstrar na frente da família.

                - Está tudo bem filha?

                - Está sim mãe não precisa se preocupar. Fomos para mesa fizemos nossa refeição e voltamos para sala, Ryan pediu para que a Alice brincasse com ele, ela adorava o sobrinho então por isso brincou com ele um pouco até ir dormir no colo do pai. Alice veio para perto de mim e encostou sua cabeça no meu ombro, conversamos um pouco ela devia estar um pouco cansada e acabou por adormecer eu a levei para seu antigo quarto e fiquei durante algum tempo com ela, eu tinha certeza do que eu iria fazer, queria que esse sofrimento acabasse, a deixei dormindo fui até a sala peguei minha jaqueta e saí sem dizer nada.


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