Chance To Love escrita por Fernanda Melo


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

O primeiro capítulo é apenas um prólogo para vocês entenderem a história e em como todas as outras espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/162756/chapter/1

Nós não temos mesmo a mínima noção do que é a vida, de como devemos vivê-la, de como devemos realizá-las. Porem é nos deslizes da vida que aprendemos o verdadeiro significado dela. E foi depois de um grande sofrimento que aprendi a dar valor maior, não quer dizer que eu não dava muito valor, era simplesmente pelo fato de não ser o bastante. Passei a ver os mundos com outros olhos e percebi-me aquelas coisas que passavam em jornais ou até me chegavam a ouvidos ou aconteceram com pessoas próximas a mim, que eu nunca imaginei que podia acontecer comigo, passaram então acontecer e percebi que era um pesadelo.

___

                Era tarde em forks fazia um frio como quase todos os dias do ano, nada que alguém que já está acostumado não agüente. Eu nasci e cresci aqui junto a minha irmã gêmea Rose e meus pais, sabe nós não éramos aquelas famílias típicas que se amam ou daquelas que vivem distantes um dos outros, mas todos ali sabem que um ama o outro, nós éramos todos distantes e meus pais de religião completamente diferente acham que os filhos tem que seguir os mesmos passos dos pai. Enfim tudo passou a se complicar quando Rose disse que estava grávida, mas, porém não havia casado ainda, então minha mãe deu um daqueles chiliques dela e expulsou a própria filha de casa.

                Rosalie sofreu muito depois disso, mas os Cullen eram de bom coração Esme e Carlisle logo aceitaram sua nora em casa e ela e Emmett trataram de se casar, ela passou então ter uma vida mais alegre, pois teve seu filho e se casou com o homem que ela sempre me dizia ser o homem de sua vida. Mas também nessa mesma época eu já conhecia a mulher da minha vida, a única que sabia os meus segredos, a única que tinha meu alto e maior respeito eterno Mary Alice Brandon Cullen. Ela é irmã de Emmett e claro minha mãe não perdeu a oportunidade de dizer algo e quando ela me disse que não era para me relacionar com Alice eu para contrariá-la pedi a mesma em casamento.

                Alice aceitou na mesma hora, pois nosso amor era grande e me lembro de quando conversamos pela primeira vez na faculdade, nós não cursávamos a mesma matéria, ela cursava moda e eu arquitetura eu a conheci através de Emmett que por fim cursava a mesma matéria que minha irmã. Ela sempre fora a garota dos meus sonhos, claro que já me envolvi com outras, mas como eu queria ter a conhecido antes.

                Eu estava completamente feliz por saber a pouco que Alice me daria um filho, ela estava de quase um mês e eu estava como um pai bobalhão queria apenas o conforto de minha mulher e de meu futuro filho ou filha. Hoje havia conseguido terminar meu trabalho mais cedo e iria embora para casa aproveitar que Alice não precisou ir para o trabalho hoje o que já era ótimo. O transito estava tranqüilo não era como todos os dias de fim de tarde que estavam aquele caos. Não demorou muito até chegar em casa e poder paparicar minha linda mulher.

                Assim que abri a porta principal a percebi ali sentada no sofá, percebi ela se virar e dar um daqueles seus lindos sorrisos para mim, nesse momento eu odiei ter que fechar a porta e quando finalmente pude voltar para olhá-la abri meu sorriso para ela. Eu adorava sempre estar ao seu lado e odiava ir ao trabalho ou em qualquer lugar que não possa estar perto de Alice.

                - Estava com saudades. Ela disse sentando em meu colo e eu não resisti em apenas ficar olhando aquele seu lindo rosto delicado sem beijá-la, fora um beijo longo, bem demorado, demonstrando o nosso amor. Logo após este beijo lhe acariciei a barriga, a pesar de não ter muita diferença. Ela sorriu para mim ao ver o que eu sempre fazia todos os dias.

                - Será que é menino ou menina? Eu perguntei a olhando fixamente com um largo sorriso bobo em meu rosto, Alice fez cara de pensativa com aquele seu sorriso no rosto. Continuamos em alguns breves segundos de silêncio até ela finalmente quebrar esse silêncio.

                - Sinceramente sou horrível em adivinhar, mas queria que fosse uma menina. Ela disse com aquela sua cara de sapeca. Eu sorri em imaginar em ter uma princesa aqui em casa, apesar de não tirar a idéia de poder jogar futebol com meu campeão.

                - E se for um menino? Ela me olhou com o mesmo sorriso no rosto e já até imaginava o que ela iria dizer, pois para todas as mães o que importava era o filho vir com saúde.

                - O que importa é que ele ou ela venha com saúde e parecido com o pai. Eu lhe puxei para mais perto de mim levemente, os nossos lábios se encontraram suavemente. E depois de alguns minutos ali.

                - Vamos preparar o jantar? Eu disse lhe dando um beijo em sua bochecha, ainda com meus braços passados em volta de sua cintura, sua pequena cintura. Alice então me deu o último beijo, um selinho rápido e então começou a sair do meu colo, mas percebi Alice voltar para o sofá com uma cara de dor e passando a mão na barriga. – Alice. Eu lhe chamei ela não olhou para mim, já estava completamente confuso e perturbado por aquilo que eu imaginava estar realmente acontecendo. – Deus Alice, o que está acontecendo? Ela gemeu de dor e por esse momento senti meu coração parar e eu perder todas as minhas forças. Mas eu tinha que ter forças para livrar Alice de um sofrimento maior, eu sabia o que estava acontecendo. Rapidamente a peguei no colo e a levei para meu carro.

                Coloquei-a no banco de trás e fui a toda velocidade para o hospital. Eu estava desesperado e nem percebi avançar alguns sinais vermelhos. Pouco me importava as leis de trânsito eu queria salvar minha esposa e meu futuro filho ou filha. Quando finalmente chegamos ao hospital, cheguei gritando desesperado por alguém para me ajudar, tirei Alice do carro e a coloquei na maca que um dos enfermeiros veio trazer. Eu estava tão desesperado e ainda tinha que ficar na sala de espera, esperando por alguma resposta, se eles conseguiram salvar a vida do meu filho, eu não conseguia ficar sentado eu andava de lá para cá sentava e sem perceber eu comecei a chorar e mal percebi o tempo passar.

                Eu estava com meu rosto escondido entre minhas mãos e levei um susto quando senti uma mão me tocar nos ombros. Levantei a cabeça de imediato e percebi que era um médico, ele estava com uma cara normal, como todos os médicos quando vinham lhe dar uma noticia boa ou ruim. Eu rapidamente me levantei e fiquei lhe encarando como se com meu olhar o mandasse dizer logo o que aconteceu.

                - E então doutor, como está minha mulher? E o bebê? Meu coração palpitava muito rápido, como se ele fosse a qualquer momento parar de bater e então assim ele fez quando percebi o silêncio e o desviar de olhos do médico a minha frente, deixei minhas lágrimas escaparem, o desespero foi tanto que não saia mais nada da minha boca.

                - Eu sinto muito, mas não conseguimos salvar seu filho. Aquelas palavras foram a medida que meu chão foi se desmoronando, era como se um buraco negro se abrisse bem aonde eu estava em pé. Por quê? Porque isso tinha que acontecer? Eu não temia só pela minha dor, mas Alice estava tão empolgada, até já tinha comprado a primeira roupinha de uma cor que desse para ambos os sexos. Nesse momento vi que teria que ser forte, por ela, para que o mundo e a vida dela não perdessem o rumo.

                - Eu quero ver minha esposa. Eu disse enxugando minhas ultimas lágrimas. Ele assentiu com a cabeça e disse que era para eu ter paciência, que em casos como o de Alice as mulheres não aceitavam as noticias e acabavam entrando em depressão, disse também que era para ter muito cuidado quando for dar a notícia. Eu apenas assenti e ele fez um simples gesto simples com a mão mostrando a porta do quarto onde ela se encontrava.

                Assim que a abri encontrei com a Alice desacordada, ela levaria algum tempo para acordar, eu puxei a poltrona para perto da cama dela e antes que eu me sentasse eu lhe acariciei suas bochechas e lhe dei um beijo em sua testa. Quando ela acordasse seria mais difícil, seria muito difícil, ter que contá-la o que realmente aconteceu. Eu temo pela sua reação e uma das palavras que o médico disse pairava em minha cabeça, depressão.

                Deixei que meu corpo se relaxasse na poltrona, não conseguiria pregar os olhos, não enquanto tudo isso passasse. Eu não resisti em não segurar sua mão. Acariciava-lhe levemente, pedindo-a para abrir os olhos e me dizer que está tudo bem, eu queria que isso não passasse de um pesadelo, de um pesadelo maldoso que minha mente decidira criar para me assustar, mas não era assim, era real, nosso filho se foi e só nos restou agora o sofrimento para superarmos, mas a pergunta é será que iremos superar isso?

                Algumas horas depois mal havia percebido que eu havia dormido e ainda estava exausto, eu percebi que ainda segurava a macia mão de Alice e que ela ainda não acordara daquele seu profundo sono. Então decidi ir até a janela olhar um pouco a vista por ali. Ver se minha mente aceitasse aquela notícia. Depois não resisti em voltar a olhar Alice, vê-la dormindo assim era melhor do que vê-la como eu imaginava que ela ficaria quando contasse a péssima novidade.

                - Jazz... Gelei no momento que ouvi sua voz, não a voz doce e linda de sempre, mas uma voz fraca e cansada que me deu pequenos calafrios. Por longos segundos pensei que minha perna não permitiria que fosse até ela, mas depois de muito esforço eu consegui, fique com medo de que Alice percebesse o que aconteceu. – O que houve? Ela perguntou meio confusa, estava me esforçando para não deixar minhas lágrimas caírem. Eu me aproximei de vagar e lhe segurei a mão levemente, depois a beijei sem nada ainda dizer, acho que não tinha força na voz para dizer isso. – Jazz aconteceu alguma coisa? Ela começou a se desesperar, percebi que ela começou a se lembrar das coisas que aconteceram, percebi as lágrimas dela começarem a cair sem controle algum. – Não... Não pode ser... Ela disse fazendo sinais repetitivos de negação e então percebi que não resisti e deixei algumas lágrimas caírem. – É MENTIRA... ISSO NÃO PODE TER ACONTECIDO... Ela gritou e parece que aqueles gritos me fizeram sentir ainda mais os sofrimentos dela, meu Deus por quê? Porque com ela? Alice não merecia passar por isso. Ela sempre fora tão frágil, como uma bonequinha de porcelana que em qualquer movimento iria se quebrar.

                - Alice, meu amor, eu sinto muito, muito mesmo... Eu... Eu não queria que fosse assim, mas não quero lhe ver sofrer tanto assim meu amor... Não quero... Não consegui conter as lágrimas, e fui abraçar Alice que se desmanchou em lágrimas. Eu lhe apertei em meus braços como se tivesse passando todas minhas forças para ela. – Eu vou estar aqui com você, sempre, eu prometo. Nesse momento eu lhe segurava o rosto molhado em lágrimas para que ela me olhasse e me ouvisse.

                - Jazz... O nosso bebê... Não pode ser... NÃO PODE SER. Ela gritou novamente, eu sabia que isso iria acontecer. E meu coração estava quebrado e não conseguia juntar os pedaços, não vendo Alice no estado que ela se encontrava, de repente o médico entrou com uma enfermeira no quarto e com uma seringa, praticamente era para sedar Alice. – Não, eu não quero... Ela disse se debatendo para que eu a soltasse, eu apenas queria o bem dela e ela ficar gritando euforicamente em um hospital não seria a melhor coisa. Eles com muita dificuldade aplicaram o remédio em Alice e por fim ela sossegou um pouco, mas não caiu no sono. Ela ainda continuava chorando, mas como prometido eu iria ficar ao lado dela.

                - Lice, minha pequena, não fique assim... Eu passei a mão pelo seu rosto secando suas lágrimas e tirando alguns fios de cabelo de seu lindo rosto. Ela continuou chorando, mas não me pronunciava nenhuma palavra.

                - Jazz... Ela disse fraca e sonolenta. – Me desculpe... Eu... Queria tanto ter nosso filho... Ela derramou mais algumas lágrimas. – Me desculpe Jazz... Porque ela estava pedindo desculpas? Ela não tinha culpa. Por fim percebi Alice fechar seus olhos vencidos pela sonolência e deixando cair à última lágrima de seu rosto e percebi que aquele pesadelo apenas estava começando.

                Logo desejava que isso acabasse, mas não foi assim que aconteceu durante o tempo que Alice teve que passar no hospital. Ela sempre teve pesadelos com aquele dia e as vezes tinha que ser sedada, pois parecia que ela não estava em si e ficava descontrolada. Havia alguns dias que ela ficava tranqüila, mas chorava e muito e nem conversava com seus pais ou parentes que vinham visitá-la, nem mesmo comigo. Aquilo estava me matando por dentro e sabia o que me esperava pela frente.

                No dia que Alice recebeu alta, o médico lhe receitou alguns remédios, variedades de calmante. Era isso mesmo que eu temia e o que aconteceu, Alice entrou em depressão e fiquei com medo de que ela nunca mais voltasse a ser aquela Alice alegre e sorridente que sempre conhecia. Eu estava sendo forte todo este tempo, tentava ao máximo não chorar na frente de Alice para que ela não ficasse mal. Ela havia se ausentado por um tempo no trabalho e eu pedi para que eu pudesse ficar cuidando dela e meus sócios me apoiaram.

                Alice mau saia da cama e estava de um jeito que nunca pensei que fosse a ver um dia. Sua pele já estava pálida de mais e tinha algumas vezes seus olhos inchados de tanto chorar. Como eu queria poder trazer minha pequena de volta. Mas isso tudo não foi o pior, até a primeira semana passar. Eu nunca devia tê-la deixado sozinha nem que se fosse para preparar seu café.

                Eu a chamei duas vezes e ela nem se manifestou, então já comecei a ficar preocupado e subi rapidamente para o nosso quarto, ela não estava na cama e então pensei que ela estivesse no banheiro, a porta estava trancada e não ouvia nenhum barulho sequer.

                - Alice, você está aí? Ela não respondeu meu Deus o que será que ela estava fazendo. Fiquei a chamando pelo nome até que não agüentei mais e arrombei a porta. Quando entrei fiquei perplexo nunca imaginei que algum dia Alice chegaria a esse ponto, ao ponto de depressão tão forte que ela fosse capaz de tentar suicidar, de cortar o próprio pulso.

                Rapidamente tirei minha blusa e a rasguei, enrolando em volta de seus pulsos, em seu pulso esquerdo o ferimento parecia pior, ela não deve ter tido força para cortar o outro. E novamente fomos para o hospital. O enfermeiro juntamente com o médico a levaram para dentro e eu mais uma vez tive que ficar apreensivo na sala de espera. Eu só queria que isso não chegasse a este ponto.

                Depois que o médico autorizou minha entrada no quarto de Alice, fui o mais rápido que pude, eu estava com medo e ao mesmo tempo bravo com ela. Assim que entrei vi que ela já estava acordada, seus dois pulsos enfaixados, ela passava a mão sobre um deles com uma expressão de dor. Eu estava muito bravo com a atitude dela e estava me contendo para não lhe chamar a atenção como se fosse seu pai. Ela parecia ter vergonha do que fez nem um momento ela olhos nos meus olhos, ficava apenas de cabeça baixa.

                - Porque você fez isso? Eu perguntei tentando me acalmar estava com vontade de chorar, de gritar de tudo ao mesmo tempo, ela não tinha direito de pensar apenas nela, como eu ficaria? Como os pais e os irmãos dela ficariam? Nesse momento pensei que ela não havia pensado no ato de egoísmo que ela cometera.

                - Me... Me desculpe. Ela disse em voz baixa e chorosa. Nesse momento meu coração se amoleceu não conseguia mais vê-la assim, mas também não podia passar a mão na cabeça dela por ter feito isso.

                - Eu te desculpo... Mas, você por um momento parou para pensar? Eu lhe perguntei ao mesmo tempo minha mente me dizia que estava certo, mas meu coração dizia que eu poderia fazê-la ficar pior. – Alice me prometa que nunca mais vai fazer isso, por favor?!

                - Jazz... Percebi uma lágrima cair no lençol, ela ainda continuava de cabeça baixa. – Eu sou uma tola, só estou lhe dando trabalho e... Eu encostei a mão em seus lábios. Ela estava se culpando de novo.

                - Eu sei que está sendo difícil para você. Eu puxei seu rosto devagar para que ela me olhasse. – Eu não posso dizer que sei o que você está sentindo, porque sentimento de mãe é diferente, mas sei que está difícil, sei o quanto você queria ter este filho. Eu lhe enxuguei uma das lágrimas que lhe desciam pelo rosto. – Mas, por favor, não pense em me deixar, nunca mais, já foi duro perder um filho, eu não conseguiria perder a mulher da minha vida. Eu deixei que as lágrimas caíssem, só de pensar que nesse momento Alice não estaria mais aqui. Eu lhe abracei e por este momento ao contrário da ultima vez que estivemos aqui, ela retribuiu o abraço. Então ela desabou em choro. Sabia o quanto aquilo era difícil, mas a minha única esperança era que ela melhorasse para eu poder ver aquele seu sorriso que sempre me fizera feliz em qualquer momento.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Que tal um review???



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Chance To Love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.