Chance To Love escrita por Fernanda Melo


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Desta vez consegui postar no dia certo hein?!
Mas está aí mais um capítulo frasquinho depois de um muito tenso...



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- Chegamos. Eu disse enquanto parava o carro na garagem. Liz queria logo entrar em casa e poder dormir no seu próprio quarto. Todos nós estávamos felizes por finalmente poder voltar para casa e poder ter um pouco mais de conforto. Depois desses meses acho que não queria ver minha cara tão cedo, provavelmente eu estaria um monstro de cansado que me encontrava. - Eu quero um banho. Ela disse logo que passou pela a porta principal. Ela havia acabado de tomar banho no hospital e já queria mais um? Liz parecia um pouco melhor do que nós, mas sua feição abatida ainda não saiu de seu rosto, ela provavelmente deveria estar cansada de ter ficado tanto tempo doente e ainda por cima no hospital. Alice e eu estávamos um caco, pelo motivo de não conseguirmos dormir direito, às vezes revezávamos para poder dormir, aquele sofá era completamente desconfortável de se deitar e eu, deixava com que Alice dormisse na poltrona perto da cama que Liz estava, pois era mais confortável, sabe eu me virava naquela regra do ‘Eu sou homem, posso me virar do jeito que der’. - Mas você acabou de tomar. Eu disse, já bocejando só de ver o sofá e a poltrona da minha própria casa que era mil vezes mais confortável o sono já pesava, mas ainda queria tomar um banho, para poder relaxar um pouco mais. - Mas a água daqui é mais gostosa. Ela argumentou, eu e Alice sorrimos, eu fui arrumar as coisas dela que havíamos levado para o hospital, as roupas sujas eu coloquei no cesto talvez amanhã eu lave, hoje para mim é o dia mundial do descanso mais que bem merecido, enquanto Alice foi ajudar a Liz em seu segundo banho mais confortante de acordo com ela. Eu aproveitei para tomar um banho, estava cansado e com sono, não dormi durante essas semanas, às vezes cochilava naquele sofá, mas era por poucas horas. Assim que acabei o banho fui preparar algo leve para nós comermos, estávamos todos cansados, não dormíamos direito, não comíamos. Logo depois de algum tempo com o almoço já pronto elas desceram. - Desculpa, mas não ia agüentar esperar vocês. Disse já comendo, havia meia hora que o almoço estava pronto. - Tudo bem, não precisava esperar, ainda tinha que me arrumar. Disse Alice com o cabelo semi úmido bem penteado. - Isso ta parecendo comida de hospital. Reclamou Liz, eu fingi uma cara de ofendido e ela riu, pelo menos alguém aqui estava com um pouco de energia, mas não posso dizer que ela não tenha me contagiado. - Calma você nem comeu. Eu disse rindo. – Tem salada na geladeira. Nós comemos calmamente e em seguida fomos para a sala, chequei meus e-mails, tinha muita coisa de trabalho, mas certamente hoje não faria nada além de descansar e curtir a família. Passado alguns minutos, Liz pegou no sono e Alice também, fui pegar um cobertor e coloquei nas duas, já que elas dormiam juntinhas, fechei as cortinas da casa, voltei a sentar no sofá ao lado delas e me cobri, passado poucos minutos, peguei no sono. Apenas voltei a acordar com alguns risos de Liz. - Shh filha o papai ainda está dormindo. Dizia Alice baixinho. - Desculpa mamãe. Olhei para o lado sem que elas percebessem e as vi abraçadas e ainda com o cobertor enrolado nelas. Liz se aconchegou no ombro da Alice que lhe fazia cafuné. Logo Alice percebeu que eu havia acordado, eu voltei a me sentar no sofá, e foi só aí que Liz percebeu que eu havia acordado. Ela pulou no meu colo e me deu um abraço, adorava quando ela fazia isso. - Oi, o que vocês estão vendo? - Desenho. Ela disse olhando para mim, logo ela voltou para perto da mãe e eu fui lavar meu rosto, para tirar a cara de sono. Quando voltei me sentei novamente no sofá, mais perto delas. Liz começou a ter uma pequena crise de tosse, que era normal de acordo com o médico, ela ainda não estava totalmente curado, ela ainda tem que tomar os remédios e continuar com o tratamento, mas pelo menos pode fazer isso agora em casa. Alice foi lhe dar os remédios. Depois ela voltou correndo para o sofá, com um pirulito, ela estava toda feliz. - Hei eu também quero pirulito. Eu disse brincando com Liz. Alice bateu o pirulito de leve na minha cabeça, fazendo com que Liz risse. – Isso dói sabia? Ela riu para mim. - Melhorou fadinha? Perguntou Alice se sentando ao meu lado e sentando Liz em seu colo, sinceramente estou começando a achar que a gente está estragando a Liz... Pensando melhor como minha avó sempre me dizia excesso de carinho nunca é demais. - Por que aconteceu alguma coisa? Eu olhei para elas. - O remédio é ruim. Disse ela fazendo uma careta, eu não me agüentei e comecei a rir. Ela deitou no sofá com o cobertor, Alice ficou junto comigo, Nós começamos ver um filme de ação, mas Alice não deixou ver por causa dos tiros, as pessoas morrendo e tudo mais que tinha no filme. Então resolvi deixar no desenho mesmo, pelo menos era engraçado. Depois de algumas horas Liz acabou pegando no sono novamente, ninguém agüenta hospital não é mesmo? - Ela está mesmo cansada. Disse Alice olhando a filha dormir. - É, mas também quem iria agüentar ficar no hospital durante um mês? Eu disse me lembrando de cada dia torturante, principalmente as duas primeiras semanas, que Liz estava muito mal. - Aquilo cansa. Ela suspirou cansada só de lembrar daquele lugar. - Teve uma vez que eu quase fugi do hospital. Eu disse rindo no final. - Dessa eu não sabia seu fujão. - O médico disse que eu teria que ficar lá pelo menos uma ou duas semanas, eu havia quebrado minha perna feio e teria que fazer cirurgia, acabou que passou uma semana da cirurgia e fiz o tratamento em casa. - Na adolescência eu nunca fiquei internada, não me lembro quando eu era mais nova, talvez. - Sorte sua, por que é horrível. Eu a abracei mais forte ainda ela olhou um pouco para Liz dormindo. - Ela é tão linda dormindo não é? Parece um anjinho. Ela disse toda sorridente, babando pela nossa filha. - É sim, mamãe coruja. Eu não perdi a oportunidade de brincar com a cara dela e nós nos beijamos, apenas um beijo curto para não incomodar Liz que a qualquer movimento brusco podia acordar. - Ela foi a melhor coisa que já me aconteceu. Alice olhava para ela fixamente com um largo sorriso no rosto, provavelmente relembrando do momento em que ela veio para nossa casa pela primeira vez e já nos chamou de papai e mamãe. Nesta época perguntamos a uma psicóloga se era comum a criança chamar os pais adotivos de pai e mãe de imediato e ela me disse que pelo o pequeno tempo que nós cuidamos dela na instituição ela criou uma imagem de pai e mãe em nós, mas isso para mim foi uma grande vitória, pois eu já contava os dias para poder chamá-la de minha filha. - Ela é especial. Só de pensar que ela já passou por muita coisa. - Nunca me imaginei sem meus pais sabia?! Deve ser difícil, principalmente para uma criança. Nessa época é a que mais precisamos deles. - É, mas agora ela tem uma mãe coruja e um pai... - Mais coruja que a mãe. Ela me interrompeu, nós rimos baixinho para não incomodar Liz, que se remexeu um pouco no sofá. - Mamãe, deita abraçada aqui comigo? Ela perguntou com aquela sua voz dengosa, que eu mais achava um truque para que nós não conseguíssemos nunca dizer um não. - Meu amorzinho é claro que deito. Ela foi para o lado dela lhe beijando o rosto, ao abraçar Liz, percebi a expressão preocupada de Alice. - O que foi? - Ela está com febre, vou pegar o remédio. Alice foi buscar o remédio que estava ali perto. - Você está bem meu anjo? Eu perguntei tirando uma mecha de seu cabelo de seu rosto angelical. - To papai. Alice logo voltou e deu o remédio para Liz, depois deixou o remédio na mesinha de centro e deitou ao lado dela. Descobriu ela um pouco, mas percebi que Liz não gostou pela careta que ela fez. - Mamãe, to com frio. Ela resmungou, a carinha que ela fez e o ênfase que ela colocou na frase foi tanta que eu não consegui em me conter de soltar um riso. - Eu sei meu amor, mas sua febre tem que abaixar. Ela passou a mão na cabeça da filha, fazendo carinho de leve. Liz às vezes tremia um pouco devido ao vento que entrava pela janela, então resolvi ir até lá e fechá-la. - Mamãe, amanhã a gente pode ir ao parque? Liz perguntou diretamente, sem nenhuma pausa. - Mas meu amor você está doente. - Mamãe eu estou melhor. Ela disse tentando convencer Alice de levá-la eu apenas ficava observando as duas, queria passar abatido, pois depois Alice me pedia ajuda e Liz fazia biquinho para mim apoiá-la seria jogo sujo. - Está bem, vai fazer bem pra você pegar um pouco de sol. Ela sorriu, enquanto Alice começou a passar a mão na bochecha de Liz. Eu acabei me levantando indo buscar um copo de suco, passado alguns minutos olhei para o lado e vi as duas dormindo, como se fossem princesas. Eu fui pegar uma câmera e tirei uma foto das duas dormindo, claro que se Alice visse ela mandaria eu apagar, se queixaria de seu cabelo desarrumado e então resolvi logo tratar de salvá-la no meu computador. Na hora do jantar fui para a cozinha, preparar algo para comermos, enquanto isso as duas ainda dormiam, quando terminei fui acordá-las, mas dava até pena. As chamei bem calmamente, Alice foi a primeira a acordar, enquanto Liz demorou um pouco. - Acorda sua preguicinha. Eu disse fazendo cócegas nela. Ela riu e se remexeu depois a peguei no colo e estendi a mão para ajudar Alice a se levantar. Alice se sentou a mesa e coloquei Liz na cadeira a nossa frente. Começamos a comer de vagar e conversávamos sobre algumas coisas, eu sempre puxava algum assunto que desse para Liz poder conversar conosco, ela não gostava de ficar calada durante muito tempo. Depois do jantar voltamos para a sala, Liz não estava com tanto sono mais eu tinha descansado o bastante, já que eu não era muito de dormir, Alice ainda tinha uma cara de sono. Ela era a que mais não dormiu nessas semanas. Chamei Alice para se deitar no sofá já que ela estava cuidando de Liz o tempo inteiro, disse que podia cuidar dela, olharia se ela estava com febre e daria o remédio na hora certa, foi um custo muito grande convecê-la de que eu daria conta, mas por fim ela cedeu e deixou que eu cuidasse de Liz e se deitou no sofá pegando no sono logo em seguida - Filha vou levar a mamãe lá pra cima ta bom? Ela fez que sim com a cabeça, enquanto brincava com sua boneca. Quando voltei ela continuava a brincar. – Você quer ir dormir? Ela balançou a cabeça repetidamente fazendo que não. - Papai, podemos desenhar? - Claro, vou pegar uns papeis e uns lápis. Me levantei e fui até o quarto dela, onde tinha tudo que ela gostava de brincar. Voltei e nos sentamos no tapete, ela continuava com a boneca desta vez em seu colo. Eu acabei entrando na brincadeira, mesmo não desenhando nada bem. Ficamos ali até um pouco mais tarde, até ela começar a ficar com sono. - Era uma vez uma pequena princesa chamada... - Alice. Ela disse. Ela sempre colocava o nome da mãe nas histórias. - Muito bem, a princesa Alice morava em um castelo bem grande com seu marido, o principe Jasper. Eu ri um pouco. – Eles eram felizes, por terem realizados muitos dos seus sonhos, como se formarem na faculdade, mas a felicidade dos dois não era completa. - Essa história me é familiar. - Era a primeira história que contamos para você, quando você veio para casa pela primeira vez. Posso continuar? Ela fez que sim. – Bem, eles sonhavam em ter um bebê, que alegrassem todos os seus dias de suas vidas. Mas em um certo dia, Alice foi andar pelo bosque. Percebi que ela havia pegado no sono, mas continuei contando a história, enquanto a escrevia no caderno, uma das várias histórias que eu havia escrito. Depois lhe dei um beijo na bochecha, apaguei a luz e fechei a porta. Fui para meu quarto percebi que Alice não estava na cama, logo ela saiu do banheiro desta vez de pijama. Deixei o caderno em cima do criado mudo, e a abracei, lhe dando um beijo suave, antes de nos deitar para a primeira noite de sono em nossa casa novamente.


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