It Started Out As A Feeling escrita por Becky_Lovegood
Rei Pedro saiu de sua tenda e observou com curiosidade Oreius. Se o centauro já estava de volta ao Acampamento, isso significava que Edmundo também estava lá. Rebeca apareceu ao lado do narniano e apontou para uma direção, indicando onde Edmundo estava. Susana e Lúcia apareceram logo atrás de Pedro e observaram o recém chegado, que conversava com Aslam.
“Ele é diferente dos irmãos”, Rebeca pensou, “Não tem os olhos claros como os outros três. Eles são castanhos, da cor dos meus. Ele é diferente, mas agora eu vejo que Pedro também é diferente. Tem o cabelo claro e o dos irmãos é escuro. Acho que é por isso que Edmundo e Pedro não se dão bem. Um tem o cabelo e os olhos claros e o outro é totalmente o oposto, cabelo e olhos escuros. A aparência diferente deve mostrar que as personalidades também não são iguais. Mas Edmundo pode ser bom, afinal. Ele pode ter traído a família, mas tem algo de bom nele.”
Aslam terminou a conversa e se afastou. Então, Edmundo se aproximou do pequeno grupo, de cabeça baixa.
- Susana, Lúcia. Desculpem.
As duas abraçaram o irmão, indicando que não importava mais o que tinha acontecido.
- Pedro... – o garoto olhou com receio para o mais velho – Me desculpe...
- Só... Só tente não se perder. – Pedro respondeu, desculpando o irmão.
- Que bom ver vocês de novo! – Edmundo então olhou para Rebeca – Agora, você eu não conheço...
- Rebeca Bell, Cavaleira de Nárnia. Você deve ser Edmundo. – Rebeca estendeu uma mão e Edmundo a apertou.
- A Feiticeira falou sobre você, mas eram mentiras, claro. Você é diferente do que ela contou. Só sei que é a garota da profecia.
- Isso mesmo, mas me chame só de Rebeca, certo? Agora descanse um pouco, você passou por muita coisa. – a cavaleira respondeu, apontando para a tenda dos Reis.
***
Edmundo POV –
Deitei na cama da tenda e observei o teto. A Feiticeira mentiu tanto. Aslam é diferente do que ela me disse. E Rebeca é diferente do que ela disse. Meus irmãos parecem gostar dela e eu gosto também. Uma batalha vai começar e eu sei que Pedro quer lutar. E eu não vou deixar ele não lutar. Continuei observando o teto e logo eu adormeci.
***
- Ed, acorda! – Susana me balançou – Você quer comer?
- Claro! – eu exclamei, sentindo minha barriga vazia.
Saí da tenda com Susana e nos sentamos no chão, aonde havia uma mesa baixa com torradas e suco. Agarrei uma torrada, coloquei na boca e percebi que eram incrivelmente gostosas. Agarrei então mais duas e dei algumas mordidas. Lúcia me observava com divertimento.
- Guardei um pouco de comida para a viagem de volta. – Pedro disse.
- Nós vamos para casa? Mas eu não quero ir, por que vamos? – Lúcia perguntou desapontada.
- Sim, Lu. Você, Susana e Edmundo vão para casa, prometi a mamãe que os manteria seguros, mas também prometi a Rebeca que eu ficaria. E eu quero mesmo ficar e lutar.
- Eles precisam de todos nós e você sabe disso. Ree precisa de nós quatro.
- Lúcia, é perigoso demais. Você quase se afogou e Edmundo quase foi morto, se não fosse por Rebeca, isso teria acontecido.
- E é por isso que temos que ficar. A profecia diz que Rebeca não pode derrotar a Feiticeira sozinha, ela precisa de nós todos. – Susana protestou.
- Eu vi o que a Feiticeira pode fazer e não quero que esse povo sofra com isso. Só com a nossa ajuda, Rebeca vai conseguir. – falei com determinação.
- Pronto. Está decidido. – Susana se levantou.
- Onde está indo? – perguntei.
- Chamar Rebeca para ela nos treinar um pouco. – ela disse e pegou seu arco e flecha.
***
Terceira Pessoa POV –
Susana foi até a tenda de Rebeca, levando Lúcia junto. O arco e a aljava escorregando pelo braço. Encontrou a cavaleira bem na hora em que ela deixava a tenda.
- Susana, Lúcia! Precisam de alguma coisa? – ela perguntou gentilmente.
- Na verdade, queríamos chamá-la para nos ajudar a treinar. – Susana disse com relutância.
- Por acaso eu ouvi direito? Vocês querem treinar? Treinar para quê exatamente? – Rebeca exclamou surpresa.
- Sim, treinar. Pensei melhor e acho que vou ficar para lutar. – Susana continuou.
- Você não sabe o quanto eu esperei para transformá-la em uma arqueira.
Rebeca abriu um grande sorriso e entrou novamente na tenda. Não demorou nem um segundo e ela já estava de volta, segurando seu arco e sua aljava e com uma braçadeira de couro.
- Nossa! Seu arco é incrível, sabia? – Rainha Susana disse perplexa.
- Obrigada, o seu também é impressionante. Agora, vamos?
As três meninas percorreram o Acampamento, indo em direção a arena de treinamento. Era um campo verde, bem extenso. Os alvos estavam posicionados a várias distâncias diferentes.
- Tudo bem. Primeiro, me mostre o que você sabe. – Rebeca apontou para os círculos ao longe – Tente um tiro.
- Mas eu não sei nem como colocar a flecha na corda! – Susana reclamou.
- Só tente. Faça do seu jeito.
A garota mais velha se posicionou totalmente virada de lado e reta, os pés juntos. Incrivelmente, ela conseguiu acomodar a flecha no lugar certo. Então levantou o arco, trouxe a mão da corda até a orelha e num gesto rápido, ela atirou. O único som que foi ouvido em seguida foi da flecha caindo no momento em que atingia as 20 jardas.
- Você nem mesmo chegou perto! – Lúcia exclamou tentando segurar a risada.
- Ah, acho que consegui ver isso por mim mesma, Lúcia! – Susana retrucou.
- E é exatamente por isso que você errou. – Rebeca interviu e Susana a observou com uma sobrancelha arqueada.
- Como assim? – ela perguntou.
- Apenas tente mais uma vez. Só que agora eu vou ajudá-la.
Rainha Susana se posicionou novamente da mesma forma que estava antes e Rebeca lançou-lhe um olhar severo.
- Não fique inteira reta, afaste as pernas uma da outra, recue o seu pé direito e avance o esquerdo. Não tanto assim! Você precisa manter o equilíbrio, por isso você posiciona os pés dessa maneira, mas não exagere no espaçamento.
- Tudo bem, assim está bom? – Susana perguntou, tentando aprender tudo direito.
- Certo, agora pode levantar o arco, mas não tão rapidamente. Não o aperte e mantenha-o na vertical. Isso, assim. Deixe seu braço que segura o arco esticado e o cotovelo deve estar virado para fora. A mão fica no alinhamento do antebraço. Ajuste a altura, agora. Um pouco mais baixo... Perfeito!
- Entendi. E agora? – Susana tentava manter-se paciente.
- Você vai puxar a corda com três dedos, o indicador, o médio e o anular. Eles vão ser chamados de dedos de gatilho. Puxe suavemente, na mesma velocidade em que você levantou o arco. O rabo da flecha fica entre o dedo indicador e o dedo médio e você deve tomar cuidado para não apertá-lo. Espere, puxe a corda um pouco mais. Não! Não até a sua orelha, espere ela chegar até sua boca, seus dedos devem ficar roçando os seus lábios. – Rebeca continuou – Então, incline a cabeça para o ombro do braço que segura o arco e alinhe a corda pelo centro do nariz e do queixo. Feche um dos olhos e veja se você observa a corda formando uma linha que corta o alvo ao meio.
- Sim, chegou a hora de atirar? – Susana perguntou já impaciente.
- Espere! Sempre atire com calma. Outra coisa importante. A respiração deverá estar paralisada à meio, sem ser trancada. O pulmão não deve estar nem cheio nem todo vazio. Então respire fundo... Agora solte o ar, mas não chegue ao final da expiração. Você não deve ter pressa em nada, certo?
- Tudo bem, estou calma. – Susana relaxou.
- Muito bem, então feche os olhos. – Rebeca falou claramente.
- O quê?!
- Ah Susana, você estragou tudo agora que se mexeu! – Lúcia reclamou.
Susana observou o que tinha feito, ela abaixou o arco quando gritou “o quê?!”. Rebeca caminhou até onde ela estava e a ajudou a voltar à posição de antes.
- Sim, você vai fechar os olhos. Por que acha que não acertou da outra vez? Tente sentir o tiro de olhos fechados e depois podemos treinar com os olhos abertos.
- Bom... Se eu errar, não foi minha culpa! – Susana disse fechando os olhos.
- Certo! Chegou a hora de atirar! Esse é o único momento em que você deve usar a rapidez, mas você deve sentir o movimento fluir em câmera lenta. Abra rápido e uniformemente os dedos de gatilho, ao mesmo tempo em que você puxa a mão para trás, sem desviá-la para o lado.
Susana assim o fez. Sentiu os dedos se desgrudarem da sua boca e, em seu lugar, a corda passar roçando por seus lábios com um zunido fino. A flecha sibilou no ar e Susana já estava prestes a abrir os olhos e abaixar o arco quando Rebeca disse:
- Ainda não! Mantenha o braço em posição de tiro até ouvir o impacto de sua flecha no alvo. E...
Um ruído oco a interrompeu. Lúcia vibrou e Susana começou a abrir os olhos relutantemente. A flecha não tinha atingido o centro, mas estava próxima.
- O que você ia dizer? – Susana perguntou com satisfação.
- Quando você atirar de olhos abertos, não tente ver a flecha em vôo. Continue se concentrando na linha que a corda cria, visualizando o centro do alvo. – Rebeca falou com um sorriso.
- Pode deixar. – Susana garantiu.
- Ah! Parabéns, Su! Foi muito bom!
Rebeca se aproximou da mais velha e a abraçou. Lúcia juntou-se no abraço. De repente ouviram som de galopes. Pedro e Edmundo apareceram. Pedro montando um unicórnio branco e Edmundo um cavalo puro sangue inglês marrom.
- Por acaso a arqueira é tão experiente que também consegue empunhar uma espada? – Pedro desafiou.
- Desculpe, mas o Papai Noel só me deu um arco e uma flecha, Pedro. – Susana se aproximou dos irmãos.
- Ãhn, eu estava falando com a Rebeca... – Pedro e todos os outros riram, com exceção de Susana. Ele se virou para a cavaleira – E então, o que acha de treinar comigo e com Ed?
- Tudo bem, mas os dois estão a cavalo, então não é justo. Esperem um pouco. – Rebeca falou.
Ela virou de costas, assobiou e alguns segundos depois, mais galopes eram ouvidos. Um cavalo puro sangue lusitano branco surgiu no gramado.
- Esta é Serena. – Rebeca disse acariciando o focinho da égua – Ela praticamente cresceu comigo.
- Muito prazer. – Lúcia fez uma reverência usando a saia do vestido que ela usava.
- Tudo bem. Susana, você consegue continuar sem mim. E, Lu, você vai cuidar para que ela não fique apressada demais.
- Pode deixar, vou ficar bem calma, Ree. – Susana garantiu mais uma vez.
Pedro desceu do unicórnio para ajudar Rebeca a montar, mas tarde demais. A garota subiu na sela com um único, suave e preciso salto.
- Podemos treinar? – Edmundo pediu e os dois assentiram.
Susana e Lúcia continuaram atirando em cada alvo enquanto os outros três estavam envolvidos em um pequeno duelo. Edmundo tentava segurar a espada pesada e manter-se em cima do cavalo.
- Ed, você precisa controlar seu peso. Levante a espada e mantenha as costas retas. – Rebeca explicou.
Edmundo fez o que ela disse. Pedro estava indo bem para alguém que lutava em cima de um cavalo pela primeira vez. Ele investiu contra o irmão, que recuou seu animal alguns passos. Então Rebeca guiou Serena até o meio do círculo que os dois meninos formavam e avançou com a espada na direção de Pedro, causando um barulho metálico alto. Ele recuou bastante com a primeira investida de Rebeca e então ela investiu contra Edmundo, que recuou também. A cavaleira tinha vencido. Os três estavam prestes a descerem dos cavalos quando Oreius apareceu.
- Rebeca, é importante! Venha, agora! E traga os Reis juntos!
O cavalo de Edmundo ficou agitado com a chegada repentina do centauro.
- Calma, cavalinho! – ele o acalmou.
- Meu nome é Philip. – o cavalo disse seriamente – Serena, ele me chamou mesmo de cavalinho?
- Creio que sim, Philip. – a égua de Rebeca respondeu em tom divertido.
- Me desculpe. – Edmundo murmurou, surpreso pelo cavalo ter falado.
- Creio que nosso treino vá ser adiado. – Rebeca exclamou séria – O que aconteceu, Oreius?
- A Feiticeira irá fazer uma visita. Ela sabe que você está aqui, sabe que os Reis estão aqui e que nós conseguimos Rei Edmundo de volta. Ela deseja convocar uma reunião com Aslam. Já deve estar chegando aqui.
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Eu demorei, não demorei? Vou pedir desculpas 100 vezes por ter demorado. Vamos lá:
Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa.
Pronto, 100! E agora mais uma vez, só pra dar 101 vezes: Me desculpem realmente. Eu fiquei sem tempo, tive muitas provas. E quando eu passava aqui era pra ler fanfic. Eu to com o capítulo pronto já faz tempo, mas quando que eu ia poder postar né? Ok, vamos esquecer isso. O capítulo tá aqui agora. O que acharam dele? Amaram ou odiaram? Abandono ou continuo a fanfic? Ficou tudo perfeito, ótimo, bom, dá pro gasto ou lixo? Opiniões construtivas, ok? Beijos, amos vocês. Até semana que vem. (sim, vou postar semana que vem o próximo capítulo. Até lá.)