It Started Out As A Feeling escrita por Becky_Lovegood


Capítulo 12
Of Tag on Horses and Hide & Seek




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Três semanas depois da coroação…

- Você não me pega! – ela gritou enquanto cavalgava cada vez mais rápido.

- É isso o que você pensa! – gritou ele de volta, tentando alcançá-la com seu cavalo.

No palácio, Edmundo junto com Lúcia e Susana procuravam os dois apaixonados, que haviam saído em um pega-pega a cavalo. Os dois riam alto, sem se importar com nada.

Rebeca se inclinou para a frente e sussurrou no ouvido de sua égua:

- Mais rápido, Serena.

E assim o animal acelerou. A garota olhou de relance por cima do ombro, certificando-se de que Pedro estivesse bem longe, então sussurrou de novo:

- Entre a esquerda, Serena, para a nossa trilha secreta.

A égua relinchou, como se estivesse rindo.

- Eles não vão nos encontrar... – Rebeca sussurrou para si mesma com um sorriso enquanto Serena tomava rapidamente o caminho estreito à esquerda.

Assim que conseguiu atingir uma boa velocidade, Pedro tentou alcançar a Cavaleira. Sim, ele só tentou, pois assim que percebeu algo se movimentando nas árvores ao seu redor, ele soube que Rebeca havia feito de novo. Ela tinha sumido por uma de suas trilhas.

O Grande Rei parou seu cavalo bruscamente, olhando em volta.

- Ei, não vale! Você conhece esses caminhos melhor que eu! – reclamou.

Algo se mexeu em algum lugar e ele ouviu a risada doce da garota ecoar no ar.

- Venha me pegar... – ela declarou em voz alta e então Pedro ouviu Serena relinchar e barulho de trotes.

O Grande Rei desceu do cavalo e olhou em volta. Decidiu virar a direita, pelo caminho com menos árvores. Ele escutou seu cavalo relinchar e, ao olhar para trás, viu o animal balançar a cabeça. Pedro sorriu, voltando para perto do cavalo e fazendo carinho em seu focinho. “Ele está me ajudando”, concluiu ao observar o cavalo indicar o caminho à esquerda com a cabeça. Sorrindo, o garoto caminhou entre as árvores.

Serena relinchou de novo em algum lugar à direita de Pedro. Ele escutou trotes e decidiu seguir na direção do som. Deu alguns passos e por um instante viu um lampejo de algo branco um pouco mais à frente. “Serena”, concluiu e seguiu naquela direção, esperando encontrar a Cavaleira.

Mas na verdade só encontrou o cavalo da garota. Serena relinchou, balançando a crina. Pedro ouviu um riso doce e suave preenchendo o ar. Ele virou-se, olhando em volta e aguçando os ouvidos para ouvir melhor o som.

- Está se divertindo? – Rebeca perguntou.

“Bem, enquanto estivermos conversando, eu posso seguir sua voz e tentar encontrá-la”, Pedro pensou consigo mesmo.

- Isso não vale! Você me enganou! Onde você está?

Ela riu mais uma vez e ele caminhou na direção da fonte do som, prestando muita atenção.

- Venha me encontrar. Vamos lá, Pedro, um cavaleiro deve conhecer cada pedaço de Nárnia.

O garoto caminhou por entre as árvores, a voz da Cavaleira ficava cada vez mais próxima.

- Acho que estou perto. Eu vou te achar.

- Tão rápido? – ela sorriu – Como conseguiu?

- Não sei. Acho que posso te sentir.

A floresta ficou silenciosa de repente e Pedro soube que a garota estava corando. Ele sorriu consigo mesmo.

- Me encontre e daí vamos saber se isso é verdade. – ela declarou após algum tempo.

O Grande Rei caminhou a passos lentos até chegar a uma clareira. Lá estava a garota, que continuava falando.

- Você já está perto? Acho que também posso te sentir. Estou certa ou você pegou o caminho errado de novo? – falou em tom de brincadeira, ainda virada de costas para ele.

Não tinha percebido que ele estava ali, Pedro notou. Ele a envolveu por trás com seus braços fortes, abraçando sua cintura. Rebeca arquejou em surpresa.

- Eu acho que não. – ele sussurrou em seu ouvido.

Ela sorriu, virando-se para ele.

– Você. Você me encontrou.

- Eu sempre vou te encontrar.

O sorriso de Rebeca se alargou.

- Isso quer dizer que você pode me sentir?

- Sim, eu posso te sentir. – Pedro pegou a mão dela e colocou em seu próprio coração – Bem aqui.

- Sempre.

- Sempre. – ele repetiu e ela se apoiou na ponta dos pés para beijá-lo – Eu te amo.

Rebeca colocou os pés de volta no chão e abriu os olhos rapidamente. Ela olhou para o garoto e sorriu, corando.

- Eu também te amo.

Foi a vez do Grande Rei sorrir. Então ele se afastou, dando passos para perto das árvores.

- Eu queria te dar uma coisa. – falou, virando-se para a floresta e assobiando. Seu cavalo apareceu e Pedro tirou algo de um bolso da sela, a garota não conseguiu ver o que era. Então ele se ajoelhou na sua frente e um anel apareceu na mão dele – Rebeca Bell, você me daria à honra de ser minha namorada?

Rebeca abriu a boca em surpresa, um sorriso começando a se formar em seus lábios.

- É claro que sim, Pedro Pevensie.

Pedro colocou o anel no dedo da garota. Então se levantou, sorrindo com animação. Ele envolveu a cintura dela e a puxou mais para perto, se inclinando para beijá-la. Os braços de Rebeca abraçaram o pescoço do garoto e os dedos dela acariciaram seu cabelo.

De repente, o cavalo de Pedro relinchou, interrompendo-os. Os dois se separaram, rindo. A Cavaleira olhou em volta.

- Acho melhor voltarmos.

- Tem razão. Edmundo, Susana e Lúcia devem estar nos procurando. Nós avisamos eles que iríamos para a cozinha do Castelo já fazem duas horas. Eles ainda devem estar nos procurando. – Pedro falou e ambos riram.

Rebeca balançou a cabeça com um sorriso e deu um selinho rápido nele. Então ela se virou e assobiou, chamando Serena. O cavalo branco apareceu.

- Ótimo trabalho, garota. – disse enquanto acariciava o focinho do animal.

Pedro se ajeitou na sela e olhou para Rebeca. Um pensamento se formou em sua mente. A garota mal tinha subido em Serena quando ele declarou:

- Corrida até o castelo.

E saiu em disparada, passando por ela como uma rajada de vento. Rebeca abriu a boca em surpresa, antes de rir e sair atrás do garoto, batendo nas laterais de Serena com suas botas. Os dois riam e tentavam ultrapassar um ao outro, fazendo curvas e desviando de árvores. Logo eles já estavam trotando pela entrada de Cair Paravel, saltando dos cavalos e subindo as escadas para a biblioteca. Susana olhava pela janela impacientemente, Lúcia estava sentada em uma poltrona olhando em volta com fascinação e Edmundo observava algum livro que estava por ali. Quando os dois entraram, Susana imediatamente voltou-se para eles.

- Onde vocês estavam?! Tem noção de há quanto tempo estamos procurando os dois? – ela disse, zangada.

- Nós saímos um pouquinho, só isso. – Pedro deu de ombros.

- Só isso? Nós ficamos horas procurando vocês e... – ela se interrompeu quando viu o anel no dedo de Rebeca – Ah, meu Aslam! Isso é o que eu estou pensando?

Rebeca sorriu com timidez e confirmou com a cabeça. Susana deu um pulo e abraçou a garota com força.

- Eu não acredito! Eu finalmente tenho uma cunhada! Minha cunhadinha!

Lúcia levantou da poltrona, franzindo a testa. Susana soltou Rebeca, sorrindo largamente.

- Não entendi. O que isso quer dizer? – a pequena perguntou.

- Quer dizer, Lu, que Ree e Pedro estão namorando. – Susana explicou com alegria.

O rosto de Lúcia se iluminou.

- Como nos livros de contos de fadas? Ree e Pedro se amam? Isso é tão lindo. Ela é uma princesa e ele é o cavaleiro dela.

Pedro riu e trocou um olhar cúmplice com Rebeca, que estava corada. Edmundo se aproximou, com um sorriso.

- Parabéns para os dois. Pelo menos Pedro tem uma garota, enquanto eu estou aqui sozinho.

Todos riram e Edmundo balançou a cabeça, segurando-se para não rir também.

- Ah, coitadinho. – Rebeca declarou, fazendo todos rirem de novo.


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Notas finais do capítulo

Então, me desculpem o atraso! Bloqueio criativo é uma bosta, né. Mas os próximos capítulos virão mais rápido, eu prometo. Me digam o que acharam, me falem que me odeiam pelo atraso, mas comentem. Eu fiquei com saudades de vocês! Não vou demorar mais! Um beijo pra vocês!