Metal Gear: Outer Heaven escrita por Eden X


Capítulo 3
Intruso N313: Inserção




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Um barulho intenso invadia os ouvidos de Snake. Ele tentou abrir os olhos, mas só viu escuridão. Tentou falar, mas suas palavras sairam de um jeito estranho, palavras que ninguém conseguia entender.
"É o efeito da droga." - fala uma voz familiar.
Logo em seguida, alguem o pegou pelo braço e o ergueu. Snake se sentiu estranho e então o jogaram num banco duro e frio. Ele ainda estava nú.
"O-onde eu-u es-estou...?" - pergunta com dificuldades Snake.
"Espaço aéreo de Galzburg." - respondeu a voz familiar - "Já faz sete horas que você está inconsciente. Creio que lhe demos muita droga. Mas em breve os efeitos irão cessar, e você estará apto a realizar aquilo que Campbell lhe ordenou." - completou.
Snake tentou erguer o seu braço, mas não conseguiu. Mas sua visão estava melhorando e conseguiu reconhecer o homem da voz familiar. Era o Mestre Miller.
"M-mestre...?" - perguntou com dificuldade - "O que-e está f-fazendo....aqui?" - completou Snake.
"Eu sou o seu suporte, Snake. Estarei numa base americana em Galzburg para lhe dar informações, enquanto você realiza a sua missão." - responde Miller.
Snake se escora contra a parede de metal e olha para cima.
"Um avião." - pensou para sí mesmo.
Snake olhou novamente para Miller que estava sentado a sua frente, mexendo em equipamentos.
"Snake, como procedimento padrão da unidade, você apenas ira para a missão com equipamentos básicos, como rádio, camuflagem, faca e ração. Armas e outros equipamentos terão que ser adquiridos em campo." - explicou.
Snake, então finalmente conseguiu levar a mão até sua cabeça.
"Preciso de um cigarro." - resmunga Snake, que passa a mão pelo seu rosto - "Não sabia desse lance de drogar os próprios operativos da FOXHOUND." - completa.
"Bem,. agora você sabe. Procedimento padrão. Tem mais pessoas envolvidas nesta missão, e se você for capturado, suas identidades podem estar comprometidas." - explicou Miller.
O veterano McDonnel mexe numa mala e tira uma sacola transparente, com uma roupa de cor esverdeada dentro, e a joga para Snake, que a segura sem jeito.
"Seu uniforme. Vista-o." - ordena Miller.
Mesmo com os movimentos ainda estabanados, Snake veste o uniforme com dificuldade. Miller o alcança os seus cuturno e o seu coldre, que Snake veste numa ação automática.
Nesse momento um soldado surge. Ele sempre estava ali, observando a situação, mas Snake nunca o perceberá.
"10 minutos para o salto." - diz o soldado.
Snake escuta o soldado, mas não esboça nenhuma reação, até que Miller o joga outro equipamento.
"Oxigênio. Você precisará para realizar o salto HALO." - comenta - "Bote a mascará." - completa Mestre Miller.
Snake encaixa a estranha mochila em seu coldre e coloca a mascará. Logo em seguida o soldado se aproxima e lhe entrega uma mochila. O pará quedas.
Snake o coloca também, juntamente com uma espécie de relógio para monitorar a altitude, velocidade e temperatura.
Miller então o alcança uma espécie de polchete, contendo mais alguns equipamentos. Snake o coloca em seu cinto, e então, ele estava finalmente pronto.
"5 minutos pro salto." - comenta o soldado.
Miller se levanta e segue até Snake e o ergue do banco.
"Está melhor?" - pergunta Miller.
"Sim. A dormência passou." - responde Snake.
"Certo. Irei para a cabine. A partir de agora, tudo está nas suas mãos." - fala Miller que se afasta de Snake e entra por uma pequena porta de metal.
Só estavam Snake e o soldado na gélida parte traseira do avião.
"Iniciando despressurização." - fala o soldado num tom alto.
De repente toda a sala fica avermelhada, resultado de um sinal luminoso.
"2 minutos para o salto. Abrindo rampa!" - exclama o soldado.
E então a rampa começa a abrir. Um forte vento entra pelas frestas que estavam surgindo e derrepente raios luminosos cegaram tanto Snake quanto o soldado por um tempo.
"Nascer do sol..." - comenta o soldado.
Snake se levanta e se dirige para a rampa.
"20 segundos para o salto!" - exclama mais forte o soldado.
A rampa esta toda estendida e Snake estava na ponta dela. Cinco, quatro três, dois e de repente a luz que era vermelha ficou verde.
E então Snake saltou.
O avião estava ficando mais distante e o chão mais perto, a medida que o mundo girava para Snake. Mas em poucos movimentos ele estava estabilizado na liberdade que o céus propunha.
"Snake, está me escutando?" - uma voz surge no rádio.
"Sim. Alto e claro." - responde.
A voz em questão era de Roy Campbell, que lhe passaria os últimos tópicos da missão.
"Snake, você descerá fora dos limites de Outer Heaven em si, mas na zona de conflito gerado por sua expansão territorial. Essa zona era pertencente a Gindra." - fala Campbell - "Então, você tera um suporte não-oficial" - completa.
"Não-oficial? Está falando da resistência?" - indaga Snake.
"Sim. Você recebera ajuda direta da resistência, como armas, equipamentos e logística. Tudo para você poder exercer o seu trabalho." - responde Campbell.
"Bom. Não preciso me preocupar em achar um hotel então, huh?" - comenta Snake, enquanto o seu corpo se aproxima mais e mais do solo. Em breve ele teria que abrir o para quedas.
"Snake, seu primeiro objetivo é entrar em contato com a resistência e pegar a localização do Dr.Madnar." - fala Campbell.
"Entrar em contato com a resistência e pegar a localização de Madnar. Gotcha." - comenta Snake.
O chão se aproximava e então Snake leva o seu braço até a mochila e puxa uma corda. Em segundos o para quedas se abriu, fazendo o corpo de Snake sentir a lei da inércia.
Agora ele estava se aproximando da densa floresta lentamente.
"Arvores...." - pensou.
E então, eu poucos minutos, Snake estava descendo pelas copas das arvores. Galhos batiam em seu rosto e corpo, e então ele ficou preso.
"Droga. Eu odeio isso." - pensou novamente.
Snake estava dependurado num galho graças ao para quedas, que já estava todo rasgado. Se pensar duas vezes, ele tirou a sua faca e cortou as cordas. Um reflexo automático do treinamento, que só era esquecido quando o corpo encontrava o solo de uma maneira não muito confortavel.
Snake tinha caido de uma altura considerável, no meio de folhas e galhos que estava no chão.
A floresta era densa, e pouca luz do sol entrava pelas copas das arvorés. O ar era leve e a temperatura agradável. Por um momento Snake aproveitou a sensação enquanto estava deitado no chão, até que o seu rádio emitiu um bip. Ele demorou um pouco para atender, mas logo depois de mais alguns toques ele mexeu no dispositivo em seu pescoço.
"Qual é a situação, Snake?" - pergunta Campbell.
"Nenhum osso quebrado." - responde.
"Isso é bom." - comenta o Coronel, precedido por uma risada - "Snake, entramos em contato com a resistência. Você está a alguns quilômetros ao leste de uma de suas bases. Porém há um problema." - completa.
"Qual problema?" - pergunta Snake.
"Um grupo de soldados de Outer Heaven." - responde o Coronel - "Eles estão entre você e a base da resistência. Estão em um numero perto dos 50 soldados. Parece que estão realizando um exercicio na area." - completa.
"Exercício? Isso não é bom..." - fala Snake.
"De qualquer forma, um membro da resistência está indo ao seu encontro." - comenta Campbell.
"Ao meu encontro?" - pergunta Snake.
"Sim. Vocês deverão se encontrar próximo do local de exercícios das tropas de Outer Heaven. Lá, o membro da resistência o levará até a sua base. A partir desse ponto, ao obter a localização de Dr.Madnar, seu objetivo será de resgata-lo. Ao realizar a operação, um helicóptero da OTAN será enviado até a base da resistência para pegar Dr.Madnar. Nesse meio tempo você terá que realizar o segundo objetivo da missão." - explica Campbell.
"Descobrir os planos de Outer Heaven." - comenta Snake.
"Exato. Interrogue Dr.Madnar sobre o motivo de seu seqüestro. Quais os objetivos de Outer Heaven." - ordena o Coronel.
"Interrogar Dr.Madnar e descobrir os objetivos de Outer Heaven. Entendido. Mais alguma coisa?" - pergunta Snake.
"Sim. McDonnel Miller está se preparando na base militar Americana em Galzburg para lhe oferecer suporte. Se precisar informações sobre armas, equipamento e táticas de combate, entre em contato com ele. A sua freqüência é 141.80. Se estiver com problemas na missão ou queira relatar algo, a minha freqüência é 140.85." - fala Campbell.
"E Big Boss? Ele não faz parte da missão?" - indaga Snake.
"Big Boss está numa viagem. Eu não sei para onde. A informação é classificada, mas provavelmente é algo relacionado ao Pentágono." - responde Campbell.
"Coronel, eu tenho uma pergunta. Eu sempre pensei que fosse um subordinado de Big Boss, e não um amigo." - fala Snake.
"Ah, sim." - fala Campbell, com um certo tom de alegria.
"Como você o conheceu?" - pergunta Snake.
"Para que o interesse agora?" - pergunta Campbell.
"Bem....eu não conheço muitas pessoas que sejam amigos de uma lenda como Big Boss." - responde.
"Ah, bem, eu e Big Boss nos conhecemos numa missão na década de 70. Eu fui capturado quando estava nos Boinas Verdes, realizando uma missão na Colômbia. Para a minha sorte, Big Boss também estava na prisão. Desde lá, eu e ele sempre estivemos juntos, desde a fundação da FOXHOUND." - comenta o Coronel, relembrando os tempos antigos.
"Você lutou ao lado de Big Boss?!" - pergunta espantado Snake.
"Sim. Algumas vezes. Mas quando Big Boss estabeleceu a FOXHOUND em 70, eu comecei a me interessar em papeis mais burocráticos. Então me tornei o responsável pelo recrutamento dos operativos da unidade, enquanto Big Boss lutava nas guerras civis da África." - responde o Coronel.
"Eu estou impressionado." - fala Snake.
"Porque?" - indaga Campbell.
"Lutar ao lado de Big Boss. Um herói. É uma honra para poucos soldados." - fala Snake.
"Então eu fui um dos muitos soldados que não tiveram essa honra." - comenta uma nova voz no rádio. Era Miller.
"Ah, Mestre!" - exclama Snake.
"Estou pronto aqui á um tempo e tomei a liberdade de escutar a conversa de vocês. Big Boss, o maior soldado deste século. Me lembro de quando ele me recrutou para ajudar no treinamento dos operativos. Um homem misterioso, eu diria." - comenta Miller.
"Ah, Miller. Eu que lhe indiquei graças aos seus trabalhos na SAS (Special Air Service - Serviço Aéreo Especial, as forças especiais Britânicas) e nos Boinas Verdes, como instrutor de sobrevivência." - fala Campbell.
"E eu lhe agradeço por isso." - responde Miller.
Um momento de silêncio ocorre, enquanto Snake olha ao seu redor.
"Snake, hora de acabar com o bate-papo. Temos um trabalho a fazer." - fala Campbell.
"Certo. Objetivo primário, se encontrar com o membro da resistência." - comenta Snake.
"Exato. Snake....que Deus esteja com você." - fala Campbell antes de desligar o rádio.
Então, escutando a sinfonia da natureza tocada pelos pássaros, Snake olha mato a dentro, como se estivesse procurando algo, e então, tudo começa.
"Começando operação Intruso N313, agora."


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