Amor. Um Sentimento Terrível. escrita por camila_guime


Capítulo 5
A Primeira Noite


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura



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Cap. 05

A Primeira Noite

A sudoeste de Hogwarts, Rony, Luna e Miguel Corner caminhavam à frente, seguidos de alunos da Lufa-Lufa e outros da Corvinal. Eram um grupo tranquilo, mesmo que Crabbe estivesse nele, mas parecia um fantasma afastado de todos... Rony malmente notou sua presença.

Aqueles que possuíam conhecidos se uniam entre si, e os que estavam sozinhos não faziam questão de chamar atenção ou procurar fazer amizade naquele momento. Estavam apreensivos a respeito de para onde iriam para pensar em qualquer coisa.

Foi quando uma professora, Septima Verctor, aritimância, desceu do ar numa vassoura, parando em frente ao grupo. Os alunos, surpresos, se sentiram também aliviados por ser alguém que já conhecessem. Rony não a tinha como uma melhor opção, era a professora preferida de Hermione, tão durona e chata quanto Snape era com ele... Mas diferentemente do diretor da Sonserina, Septima era justa.

— Boa-noite queridos! – Disse a mulher com seu tom forte e beleza madura, que inspirava segurança.

— Boa-noite professora Vector.

— Vocês habitarão a região exterior do castelo, e não me refiro das paredes. Há um acampamento erguido logo após as muralhas, e é lá que acontecerão nossos estudos diários. Não se aflijam ou se assustem. Há uma extensão de muralha nos protegendo, mas é necessário que fiquemos fora do perímetro onde os demais alunos circularão, devido aos exercícios que praticaremos. Então, subam em suas vassouras e aproveitem para se despedir da imagem de Hogwarts, pois lá fora, voltar a entrar será um dentre os objetivos de vocês.

Um calafrio percorreu a espinha de Rony. As vassouras de todos surgiram do horizonte como se obedecessem a uma ordem silenciosa. Rony agarrou a dele. Uma garota próxima a ele deu um suspiro, e Rony ouviu algo como: “que lindo...”, mas tentou não olhar para ver quem era. Montou em sua vassoura e seguiu ainda pareado à Luna a professora Vector à frente.

Ao Norte, Neville, Dino e Padma estavam sentados no gramado, esperando pelo que viria. A gêmea roia a unha enquanto Dino tentava acalmá-la.

— Parvati vai ficar legal...

— É. Ela está com Harry. – Neville apoiou.

— Como se isso fosse me deixar mais tranquila. – Padma rolou os olhos. — Harry Potter tem que se preocupar com a própria segurança, não com Parvati!

— É, pode ser. Mas Harry nunca abandonaria um amigo. Ele sabe que você se preocupa. Ele e Gina estão com ela, estarão bem! – Dino abraçou a garota.

— Obrigada...

Neville se sentiu quase sobrando por ali, até que professora Aurora Sinistra, astronomia, apareceu, como se tivesse brotado do chão, bem à frente dos alunos. Sua pele marrom e olhar sereno pareciam deixá-la quase abstrata sob o céu à noite. Ela se dirigiu a todos com uma voz tão plácida e ao mesmo tempo tão intensa, que era impossível não ouvir.

— Alunos... Sigam-me.

Não precisava mais que isso. Os aproximadamente vinte alunos se levantaram do gramado e seguiram Aurora prontamente. Ela deu um sutil sorriso à Neville, o que deu força ao garoto. Por um momento, aquela mudança brusca e esquisita não pareceu tão ruim.

As mesmas informações que Magia Real e Espírito Bravo receberam foram repassadas à Razão da Magia. A diferença era que estes últimos se alojariam logo atrás de Hogwarts, num pedaço protegido de floresta entre a escola e Hogsmeade. Contudo, nada parecia assustador ou preocupante com a segurança e a proteção da sublime professora Sinistra ali.

O mesmo não era dito de Varinhas de Fogo. Harry e Gina esperavam, preocupados, pelo líder que ainda não se apresentara. Cho e Parvati conversavam próximas a eles. Era estranho olhar para um canto e ver Goyle ali, sozinho e emburrado, entre tantos corvinais, grifinórios e lufa-lufas.

A noite já estava ficando fria quando finalmente passos foram ouvidos. O grupo se levantou do gramado, pronto para ouvir explicações, virando-se e encontrando a figura de um homem, robusto e alto.

— Não é o...

— Novo professor de feitiços... – Harry concluiu por Gina.

— Sim senhor Harry Potter, - intercalou o homem. Ainda caminhava, meio distante, distante demais para ter ouvido Harry. — Professor Edward Scott. Espero que se lembrem...

O homem se aproximou mais. Seu casaco preto o deixava maior ainda visto de perto, e Gina se manteve firme ao lado de Harry. Contudo, Edward trazia o mesmo sorriso cordial no rosto, só que, por alguma razão, o instinto de Harry não o permitia ficar tranquilo.

— Bem, eu serei o líder de vocês, Varinhas de Fogo. Desculpem o atraso, estive conversando com Macgonagall, acertando algumas coisas a respeito de nossas atividades futuras. Vocês vão se hospedar em um acampamento montado a noroeste, então me sigam, e eu lhes direi o que, por hora, lhes cabe saber...

Parvati parecia ter se conformado depois que Cho a convenceu de que Padma estaria em boas companhias, como Luna e seu namorado, Miguel. Goyle seguiu o grupo por último, relutante e pensativo. Gina e Harry se entreolharam duvidosos, mas assim como todos, seguiram o professor. Logo descobriram que não estariam dentro dos limites de Hogwarts, mas além de suas muralhas, um espaço aberto, onde fora projetado uma torta moradia de madeira, que parecia ameaçar cair com um sopro. Lembrava um pouco a Toca, só que era quadrada, não tão alta e nada hospitaleira.

Edward explicou sobre os motivos de segurança que os faziam ter que se mudar para fora do terreno da escola. Explicou, assim como Jacques, Septima e Aurora explicaram aos seus grupos, que estariam participando de aulas e competições simultaneamente, e que teriam de se enturmar com o par que lhes fosse atribuído. Esta parte causou desconforto em uns grupos.

— Eis a lista de duplas! – Jacques anunciou erguendo um pergaminho à altura dos olhos.

O grupo de sonserinos (mais Hermione e Simas) se encontrava sentado numa clareira envolta de feitiços protetores em meio à Floreta Proibida. O clima era simplesmente taciturno. Draco era o único que parecia mais entediado que qualquer coisa, a final, já sabia o que esperar, e viu que Jacques não se esqueceu disso também. Logo, o professor Malfoy começou a ler a relação.

— Blásio Zabini e Theodore Nott; Pansy Parkinson e Simas Finningan; Hermione Jean Granger e... Draco Black Malfoy;…

Hermione parou de ouvir depois que entendeu todas as insinuações de Draco durante seu dia. Estava pasmada, mas de certa forma, era como se já esperasse pro isso. Olhou de canto de olho e conseguiu captar a imagem de Draco virando de costas e se retirando do seu arco de visão, provavelmente indo para trás do grupo, como se não precisasse ouvir mais nada ali. Ela também não prestou mais atenção no resto da lista. Tanto fazia naquele momento! Sua sorte já estava em jogo.

— Agora, juntem-se aos seus pares. – Ordenou Jacques, que logo notou a preguiça de uns, o desembaraço de outros, e a relutância dos grifinórios. Então, apressou: — Eu disse “agora”. Senhor Finningan e Srta. Granger.

Hermione tentou encarar Jacques e demonstrar seu desprazer, mas assim que encontrou os olhos esverdeados do professor, sua língua pareceu adormecer, e fraquejou, sem conseguir se levantar. Quando menos esperou, uma mão fria a pegou pelo braço, erguendo-a do chão numa experiência mal executada de gentileza.

― Vamos Granger, não o faça expor-nos mais ainda! – Disse Draco se referindo ao Jacques, e como ele fez com que meio grupo virasse o olhar para a dupla.

― Vai com calma, Malfoy, e me solta! Cobra peçonhenta!

Hermione puxou o braço e enfrentou Draco numa troca de olhares ariscos.

― Sangue-ruim fajuta! Sinceramente, como pode ser uma Magia Real?

― Se você pode pensar, eu posso ser rainha Elizabeth! – Ela desdenhou.

― Ora, sua...

Hermione ia tirando a varinha do bolso, mas Malfoy segurou seus braços com firmeza, ameaçador. Jacques achou que era hora de intervir, e como se nem estivesse prestando atenção anunciou:

― As duplas devem se dar bem o mais de pressa possível, caso contrário, não passarão sequer na primeira tarefa! Por isso, amanhã não terão o domingo livre... – Hermione e Draco paralisaram onde estavam, a ponto de brigarem, e encararam Jacques como se o que ele disse fosse um absurdo. ― Neste domingo, as duplas estarão num sistema de parceiragem, e devem aproveitar o tempo para se conhecerem e criarem... Afinidade. Amanhã será apresentada a primeira tarefa, e é imprescindível que aprendam um pouco um do outro, o mínimo. Agora... Formem um arco agora, em duplas.

Draco não soube como ia conseguir manter a cabeça fora d’água com Hermione, era abusada e ousada demais para que ele se mantivesse apático o tempo todo. Sua teimosia era irritante, como se já não bastasse ser uma sangue-ruim!

― Eu não sei o que fiz para merecer isso! – Resmungou Hermione se desprendendo de Draco e seguindo para uma posição no arco. O garoto foi atrás dela, tentando conter a jorrada de insultos e maldições que fervilhavam em sua cabeça.

Uma vez formado o arco, Jacques começou a conjurar sacos de dormir, um par em frente a cada dupla. Cada vez mais a noite parecia ficar pior. A boa da vez era que eles dormiriam sob o céu aberto, a meio metro um do outro. Havia quatro miúdas construções que deviam ter três metros quadrados: dois banheiros masculinos, dois femininos. Jacques deixou um olho-mágico enfeitiçado pairando em cima do acampamento, e depois de mais algum blá-blá-blá que Hermione nem quis ouvir, ele desapareceu na escuridão da floresta, assegurando-os de que eles estavam envoltos por feitiços que não deixaria ninguém se aproximar... E ninguém sair.

― E ele ainda disse que não era um acampamento! - Draco debochou tirando um lençol da mochila e enfiando no saco de dormir.

― E eu ouvi dizer que não era o inferno! – Hermione rebateu.

― Está concordando comigo, Granger?

― Acho que no quando essa palhaçada esquisita é medonha e horrível, sim!

― Já é um começo...

A noite já se fazia densa, muitos ali pareciam ter conseguido pegar no sono. Hermione espiou pela fresta aberta de seu saco de dormir, e olhou para um lado, Pansy Parkinson estava abraçada a um travesseiro extra e respirava uniformemente. Estava dormindo. Adiante dela, Simas parecia profundamente relaxado, e aquilo fez Hermione se sentir feliz por ele. Virando-se para o outro lado, porém, avistou seu “parceiro”. Draco dormia com o saco de dormir aberto até a cintura, o que deixou seu braço escorregar para fora. Estava apenas com um suéter branco de mandas compridas, e Hermione por um momento pensou que ele poderia estar com frio.

Notando sua tolice, a garota sacudiu a cabeça e tentou se focar, analisando-o e constatando, a partir de sua respiração lenta e pausada e sua imobilidade, que Draco parecia realmente dormir. Então, Hermione olhou para cima, o olho mágico que Jacques deixou sobrevoando sobre o “acampamento” deles continuava a rondar, até que notou seu movimento e se focou nela. Porém, sem demonstrar pesar, culpa ou medo, Hermione abriu o saco de dormir e seguiu até as edificações de banheiros. Ninguém poderia a impedir de ir lá seja a hora que fosse! Ninguém poderia colocar um olho-mágico lá também, então, acreditou que seria um bom lugar.

Ao entrar no lugar, sentiu a estranheza de estar num lugar totalmente exposto. Porém, tentou afastar isto de sua mente e se concentrar no que queria fazer. Ligou as torneiras das duas pias e a que enchia a banheira fazendo um barulho suficientemente alto para que ela pudesse cochichar sem ser ouvida do lado de fora. Sentou-se no chão, perto de um armário improvisado e retirou de dentro da blusa o medalhão que Harry lhe dera. Abriu-o sentindo as mãos tremerem, e olhou fixamente para um dos espelhos, visualizando quem chamaria primeiro. Inexplicavelmente Ronald foi o nome evidente que passou por sua cabeça.

— Quero ver Ronald Bilius Weasley, - anunciou.

Logo, o reflexo no espelho deixou de mostrar os olhos castanhos dela, abrindo uma imagem escura, completamente ilegível., o reflexo no espelho deixou de mostrar os olhos castanhos dela, abrindo uma imagem escura, completamente ileg

— Ron! – Hermione cochichou aproximando o espelho de seu rosto. — Ronald!

Hermione queria entender onde estaria o espelho. Mataria Rony se ele tivesse o deixado jogado dentro da mochila! Porém, logo ela escutou um: “Hum... Mione...”, que mais parecia alguém roncando.

— Rony! Rony fala comigo!

No outro lado do espelho, Rony dormia de bruços sobre uma cama de colchão ralo, dentro de um quartinho pequeno e básico, feito de madeira. Debaixo de si, de repente, começou a sentir uma vibração em direção ao peito. Aos poucos foi sendo retirado de seu sono. Sobressaltou ao sentir o medalhão tremer, ouvindo murmúrios como se alguém tentasse falar com a boca tapada. Depois de breves segundos de confusão, ele finalmente conseguiu puxar o objeto de dentro da camisa e abri-lo. Um brilho clareou seu rosto como uma mini-televisão.

— Hermione! Puxa! – Disse esfregando o rosto amassado.

— O que você estava fazendo? – Ralhou ela já sem paciência.

— Desculpa, eu estava dormindo! Não grite, por favor... Mas seja como for, estou muito feliz que você tenha aparecido!

Hermione apertou o sorriso. Também estava muito feliz por vê-lo, mas estava nervosa demais para falar qualquer coisa sobre isso.

— Então, onde você está? – Perguntou ligeiramente.

— Numa espécie de estalagem improvisada que eles montaram fora dos muros da escola. Quer dizer, tem uma muralha imensa ao nosso redor que serve de proteção, mas ainda assim, não é Hogwarts! – Rony sussurrou tudo abafando o som indo falar debaixo do travesseiro. — E você? Onde os colocaram?

— Na Floresta Proibida.

— O QUE?

— Silêncio Ronald!

— Desculpe.

— Pois é. Adivinhe: quem é o líder da Magia Real? – Hermione fingiu um entusiasmo irônico.

— Quem?

— Jacques Malfoy...

— Por Merlin! Acho que eles esqueceram que Draco e Jacques são parentes! Como poderiam colocá-los juntos? Não acham que...

— Que Jacques passaria a mão na cabeça de Draco? Bem... Até agora ele tem sido bem impessoal, mas eu também tenho minhas desconfianças...

— Certo. Eu acho que poderíamos chamar o Harry...

— Tudo bem!

Hermione e Rony pediram ao outro lado de seus espelhos para Harry Potter aparecesse. Como se ele estivesse esperando por isso, Harry abriu o objeto no primeiro vibrar e já deu de cara com Hermione de um lado e Rony do outro. Sorriu aliviado por ver os rostos deles bem.

— Pessoal! Eu estava indo me comunicar, mas não sabia se estariam em condições de falar. – Disse o rapaz.

— Harry, eu estou feliz em vê-lo! – Hermione disse.

— Onde e como você está? – Rony encurtou o caminho.

— Fora do Castelo. Fora de Hogwarts, numa espécie de Toca, como um prédio, só que isso aqui parece ter sido feito de varetas e construído pelo Grope!

Hermione e Rony sorriram. Harry parecia mais preocupado se a construção ia ficar de pé do que se ele teria que enfrentar Voldemort no dia seguinte.

— Que horror! Mas não está pior que Hermione: ela está na Floresta Proibida! – Rony anunciou.

— Acrescente aí que eu estou dormindo em sacos de dormir com o céu em lugar de teto! – Ela rolou os olhos.

— Como? Mcgonagall pirou? Como ela permitiu que alunos fossem...?

Hermione interrompeu a indignação de Harry:

— Eu sei, eu sei... Mas estamos cercados de feitiços. Ninguém entra ninguém sai. Agora vão: digam quem é o líder de vocês!

— Septima Vector.

— Edward Scott.

Hermione teve de segurar a respiração. Não acreditava que tanto ela quanto Harry estavam presos a completos estranhos enquanto Rony tirara a sorte grande de estar com a professora que ela particularmente mais gostava!

— Droga! Eu não acredito... – Hermione reclamou. Rony logo entendeu.

— Não sinta inveja, eu não queria estar com ela tanto assim... Septima: Hermione a adora, sabe... – Ele explicou a Harry. — Mas eu te entendo, - voltou-se para a garota, — ninguém merece ficar com Jacques Malfoy...

— Hermione está com o Malfoy? – Harry surtou.

— Tio e sobrinho... – Hermione admitiu derrotada.

— COMO?

— Haverá um sistema de parceiragem, e Draco e eu... Bem... Somos parceiros.

Ronald corou instantaneamente e começou a insultar:

— Cobra peçonhenta! Aquela doninha! Eu poderia ir aí e dar um nó no pescoço desse imbecil... Ele te tratou mal? Ele tentou algo ruim? Hermione é só dizer que...

— Rony! – Harry chamou. — Se acalma...

— É, Ron, está tudo bem. Draco não está diferente de todo o dia. Eu sei me cuidar!

— Hermione! – Harry chamou. — Curioso... Aqui também teremos sistema de parceiragem...

— Aqui também! – Rony anunciou.

— Vocês já sabem com quem ficarão?

— Eu fui escalado com o Miguel Corner, Corvinal.

Rony anunciou sem demonstrar nada de mais, mas Harry não recebeu a notícia tão bem sendo Miguel o ex de Gina, atual namorado de sua ex, Cho e, para completar sendo o parceiro de Rony, o seu melhor amigo.

— Harry? E o seu? – Hermione quis saber. Harry ainda parecia perdido relacionando as coisas. — Harry?

— Ah! – O garoto voltou. — Bem... Minha parceira é Gina.

— Gina? – Rony estranhou. — Ué! Não deveriam te colocar com alguém superimprovável? Por que só eu e Hermione estamos com gente estranha?

— Eu sei isso é estranho, mas também é improvável já que o “provável” seriam me pôr com alguém estranho também. E se querem saber, eu estou bem com essa ideia. Pelo menos assim vai dar para pensar com mais clareza, sem eu ter que ficar preocupado com cada um num lugar diferente! – Harry desabafou.

— Ele tem razão. – Disse Hermione. — Pelo menos você sabe que Gina está com alguém de confiança...

Rony olhou para Hermione, envergonhado, e tentou dar um sorriso amigável.

— Tudo bem, desculpe Harry.

— Não por isso. – Harry sorriu. — Mas então... A metodologia deles vai se repetir para todos ou vocês acham que esse “sistema de parceiragem” significa alguma coisa realmente?

— Acho que por enquanto não quer dizer muita coisa. Depende dessa “atividade” que eles vão fazer a gente executar... – Hermione disse com sensatez. — Mas e os outros? Neville, Luna...

— Ah, Luna está fazendo par com Crabbe... É uma coisa bizarra. Ela fala, fala e ele continua como uma pedra ao lado dela. Não sei quem deve estar sofrendo mais ali! – Rony anunciou.

— Coitada da Luna... – Harry disse. — Cho parece que arranjou um jeito de falar com o... Miguel... Ele passou informações para ela, que passou para Parvati, que falou para Gina, que contou pra mim...

— DIZ LOGO!

— Bem, Miguel disse para Cho, que disse para... Enfim! Neville e Justino são uma dupla, e Dino e Padma estão juntos. Parvati ficou mais tranquila, pobrezinha, estava uma pilha sem notícias da irmã... A propósito, Parvati e Cho são uma dupla. Goyle ficou com Seam, um garoto da Corvinal.

— Aqui Simas está com Pansy Parkinson. O resto eu não conheço e nem me interesso em conhecer... – Disse Hermione.

— Pansy? Não era a namoradinha do Malfoy? – Harry questionou.

— Era mesmo! – Rony alcançou. — Mas eu soube que ele só ficou com ela por que ela era monitora, e conseguia fazer a cabeça da garota para deixá-lo sair escondido das masmorras...

— Sempre achei que aquela garota era tão das trevas quanto ele... – Harry comentou. — Devem continuar confabulando asneiras por aí... Coitado do Simas...

— HUMHUM! – Hermione arranhou a garganta. — Licença, eu não quero a novela Draco e Pansy... Podemos voltar pra realidade?

— Desculpe.

— Então, amanhã nos disseram que não teremos o dia livre, e já deu para perceber que como suspeitávamos, não vamos poder circular por Hogwarts... Eu acho que deveríamos nos falar toda noite, mas se por acaso não puderem, não precisam atender.

— Então todo dia a uma da manhã? – Rony bocejou olhando no relógio.

— Tudo bem para mim... – Harry disse.

— Certo...

Hermione ia falar quando sentiu algo molhado escorrendo perto de sua perna. Olhou a banheira e a pia do banheiro e viu que tudo transbordava.

— Tudo bem aí Hermione?

— Eu estou num banheiro... Tudo está ensopando, eu tenho que ir...

— Bem que eu ouvi barulho de água... – Harry meditou.

— Então tchau, até mais! – Disse a garota sem dar tempo para a água chegar até o lado de fora do banheiro.

Hermione enfiou o medalhão para dentro da blusa e fechou todas as torneiras. Tirou a rolha dos ralos e esperou toda água escoar para só então sair do banheiro. A noite do lado de fora estava bem mais fria, ou era impressão dela? Mas de uma coisa Hermione não poderia duvidar por que viu:

Draco Malfoy terminava de se enfiar dentro do saco de dormir e novamente fechava o zíper até a altura da cintura.

De onde será que ele estava vindo? O que teria feito fora dali? O olho-mágico de Jacques não interferira em nada?

Continua...


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler!
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Mila.