Amor. Um Sentimento Terrível. escrita por camila_guime


Capítulo 25
As Visitas à Mansão Malfoy


Notas iniciais do capítulo

Meninas, outra vez eu nao sei se o cap. demorou ou nao, eu estou fora de órbita de novo. Está frio e eu acabei de escrever o capítulo, o maior até hoje eu acho.
Bom, Boa Leitura!



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Cap.25

A parte de aparatar estando enfeitiçados foi uma das piores experiências para Rony e Harry. Hermione acordou do desmaio assim que aterrissaram na frente dos portões Malfoy, mas já estava amarrada a cordas também. O olhar aterrorizado e molhado de lágrimas de Hermione fez Harry e Rony terem pensamentos terrivelmente dolorosos. Queriam estar felizes por vê-la de novo, mas a situação atual trazia uma onda sinistra de medo.

Do alto de sua janela, onde definhava dia após dia, Draco avistou uma movimentação pela alameda central da mansão. Reconheceu aqueles homens entrando, e não estranhou o vaivém de comensais por ali. O estranho eram os prisioneiros serem trazidos para a Mansão. Olhando mais precisamente, três fatores fizeram o coração de Draco disparar. Primeiro, os topos de cabeça negra, ruiva e castanha. Segundo, a última cabeça visível tinha longos cabelos. Terceiro, ele conhecia a dona daquele cabelo. O resto foi só seguir a lógica: cabelo preto e ruivo... Não tinha como estar errado!

Draco disparou pela mansão descendo os degraus de mármore, esperando não ser interceptado por ninguém no caminho até lá. Saiu pelos fundos, evitando a sala de visitas, onde provavelmente sua mãe estaria, e deu a volta pelo saguão lateral, chegando à entrada exatamente na hora em que os quatro comensais largavam três prisioneiros no chão de pedra, e um deles erguia o braço para abrir à porta.

 — O que significa isso? – Perguntou Draco usando seu tom mais autoritário.

Os comensais se viraram para ele. Harry, Rony e Hermione viraram o que podiam do pescoço para vê-lo. Hermione sentiu o coração na boca e lágrimas de desespero e ansiedade desceram de seus olhos. Ela não podia dar a nenhuma pista de que pedia ajuda, caso contrário, a casa cairia ao chão. Harry e Rony trocaram olhares tensos.

Ainda em momento nenhum Draco olhou diretamente para os prisioneiros.

— Nós o capturamos senhor! – Disse um dos homens. — É Harry Potter, e os outros dois! – O Comensal apontou com a varinha para eles.

Outros dois comensais pegaram os três prisioneiros como se fossem entulho e os virou para frente de Draco. Ele, porém, continuou sem olhá-los.

— Acha que minha casa é quartinho para prisioneiros? – Inquiriu Draco com tom de nojo. — Não pense que vai enfiá-los na minha sala de estar!

— Não senhor, nós só...

— Só nada! – Cortou Draco. — Sabe onde é lugar de prisioneiro? Leve-os para o porão, e esperem na cozinha que eu vá chamar meu pai.

— Devemos convocá-lo? – Um outro comensal disse, e não precisava ser muito esperto para saber que se referia a Voldemort.

— Estão malucos! Devemos averiguar se esse é mesmo o santo Potter!

— Mas senhor... A cicatriz é a mesma...

— Só me digam uma coisa: vocês já o viram pessoalmente antes?

— Não senhor.

— Então não discutam comigo!

— Sim senhor.

Draco girou sobre os calcanhares e marchou de volta pelo saguão da mansão. Chegando aos fundos, abriu uma porta que dava para uma completa escuridão. Com a luz da varinha, Draco liderou o grupo por uma escada de degraus estreitos que descia rente à parede. Se esbarrando e se batendo, Harry, Rony e Hermione, por fim, conseguiram chegar à sala lá em baixo. Draco acendeu as luzes. Era uma sala pequena e redonda, de paredes e chão de pedra. Não havia nada ali a não ser o resto de uma cadeira velha e quebrada num canto. Com horror, Hermione reconheceu a cena das memórias de Draco: era onde a vidente morrera depois da premonição.

— Vão para a cozinha. Não perturbem ninguém na casa. Eu mando meu pai para lá assim que ele estiver pronto. – Ordenou Draco.

— Essas coisas são deles, meu senhor! – Um outro comensal colocou no chão as varinhas de Harry e Rony, a de Harry quebrada, a Capa da Invisibilidade, a bolsinha de contas de Hermione, e a Taça de Hufflepuff.

Os olhos de Harry praticamente saltaram para a Taça, que ainda não tinha sido destruída. Draco, porém, fez pouco caso dos pertences deles, e deixou os comensais se retirarem para, só então, finalmente olhá-los de verdade.

Quando se assegurou que a porta estava fechada, ele libertou as mordaças dos três.

— Draco! – Hermione suspirou, tensa.

— O que vai ser idiota? – Disse Ron, estupefato.

— Sinceramente eu ainda estou pensando! – Draco ignorou a grosseria dele e se virou para Hermione. — O que diabos você inventou de fazer! Eu não disse que eles estavam por toda parte?

— Então você sabia onde ela estava? – Rugiu Rony. — Eu disse, Harry, eu disse que ele sabia!

Mas Harry ainda não conseguia pensar no que dizer. Draco também não deu respostas a Rony.

— O que você queria que eu fizesse? Assim que pude, escapei! – Respondeu Hermione.

— Escapou? Agora é que você está presa mesmo! – Draco contrapôs.

— EI! – Harry chamou. — Não sei o que vocês têm aí, mas daria pra terminar de nos soltar?

Draco se virou com um olhar feio para Harry, mas foi até ele e Rony e desfez o resto das amarras, fazendo o mesmo com Hermione em seguida. Harry correu para colocar a horcrux e a capa na bolsinha de contas de Hermione e pendurá-la no próprio pescoço, pegou também o pedaço do espelho de Sírius, que tinha enrolado na meia e (depois de ter mais um lampejo dos olhos de Dumbledore) guardou-o na bolsinha também. Rony correu para apanhar a varinha, e em seguida apontou para Draco, pegando a todos de surpresa.

— O que você está fazendo? – Esganiçou Hermione.

— Vamos embora daqui! E você pode esquecer qualquer planinho, Malfoy!

— Do que você está falando Weasley? – Retorquiu Draco. — Se vocês saírem daqui de qualquer jeito vão ser pegos de novo, e dessa vez eu não vou poder impedir que eles esfreguem vocês na cara de Você-Sabe-Quem!

— Ah é! Isso se eles já não estiverem vindo pra cá agora mesmo, não? – Implicou Ron.

— Minha mãe está tomando chá na sala, com medo de enfiar a cara fora da janela. Meu pai saiu com Belatiz, já que aparentemente o cofre dela em Gringotes foi arrombado. – Draco estreitou os olhos para Harry e Rony. — E Você-Sabe-Quem está longe daqui agora, não se sabe onde...

— No túmulo de Dumbledore. – Interrompeu Harry. — Eu o vi tentando derrubar os feitiços e violar o túmulo, - ele explicou principalmente para Hermione, que parecia alheia a tudo.

— A Varinha-das-Varinhas, é claro! – Alcançou Draco. — Estava com Dumbledore!

— O QUE? – Assombrou-se Hermione.

— Exato. – Concordou Harry. — E agora que ele é o dono dela, estaremos perdidos. A menos que eu consiga entrar em Hogwarts e... Não posso contar! – Harry se refreou.

Mas Hermione lembrou-se das horcruxes, e arregalou os olhos para Harry, numa conversa silenciosa, onde Harry assentiu com um aceno de cabeça. Hermione sentiu o coração tornar a subir para a boca.

— Certo. Já terminaram de confraternizar? – Ironizou Rony. — Podemos ir embora desse mausoléu antes que seus parentes ou Você-Sabe-Quem apareça?

— Não vai dá! – Disse Hermione tendo um grande esclarecimento, como se uma lâmpada se ascendesse no seu cérebro. Ela viu Harry e Rony se virarem embasbacados. — Se formos embora agora, os Comensais vão saber que Draco nos deixou escapar!

— E? – Questionou Ron.

— E aí que vão matá-lo! – Hermione esganiçou.

— Ainda não entendi o problema...

Hermione olhou feio para Rony e olhou de volta para Harry, procurando apoio. Por mais que Harry também não se importasse tanto com o que seria de Draco depois que fugissem, e que achasse que ele poderia muito bem fugir também, o olhar suplicante de Hermione era mais importante para ele.

— Hm... Ron... – Harry disse segurando o braço do amigo. — Hermione tem razão. Não podemos sacrificar ninguém. Não foi por isso que chegamos até aqui.

Rony avermelhou como um pimentão. Estava ultrajado. Querida contra-argumentar e fazê-los ver a idiotice com que estavam se preocupando, mas não tinha mais palavras para tamanho absurdo.

— Ele pode vim com a gente! – Falou Hermione.

Draco se virou para ela, surpreso e até certo ponto emocionado. Rony, encolerizado e insultado, bufou e virou de costas, indo sentar no último degrau da escada. Harry foi atrás dele para contê-lo

— Hermione... – Draco falou num tom baixo, procurando o mínimo de privacidade. — Eu não posso ir com vocês!

— O que? – Hermione sentiu os olhos se encherem novamente. — Se for pelo Ron...

— Não, não é... É a Marca. Eles vão poder me rastrear. Onde eu estiver com vocês, eles vão nos encontrar. Não poderia fazer isso... Se eu sair da mansão, já era!

Hermione ergueu a mão para o rosto de Draco, lutando para pensar em outra alternativa.

— Eu não posso deixar que eles façam isso... Mas Harry realmente precisa ir! É o único jeito de destruí-lo...

— Eu sei. Seja lá o que Harry esteja fazendo, e por mais que não seja um apreço pessoal, eu tenho noção de que só ele pode destruir Você-Sabe-Quem. Por isso é que eu torço por ele... – Admitiu Draco com uma espécie de rancorosa admiração. — Mas não vou deixar que você se sacrifique!

— Você não tem escolha. – Determinou Hermione sabendo que Draco já havia encontrado a mesma alternativa que ela. Então, virando-se para os outros meninos, anunciou: — Eu vou ficar. Você e Rony vão terminar o que têm de fazer!

— O QUE? – Harry e Rony se levantaram.

— Como eu disse: se fugirmos eles vão matar Draco, isso na mais piedosa das hipóteses, mas ao mesmo tempo, vocês não podem ficar aqui, precisam ir embora e destruir as Vocês-Sabem-O-Que! Então...

— Isso é loucura Hermione! Seja lá onde você esteve, afetou seu cérebro! – Argumentou Harry.

— Vocês têm que confiar em mim! – Ratificou Hermione. — Eu tenho que ficar. E eu sei que posso me virar!

— Hermione, passamos por muita coisa pra te perder de novo agora! – Rony disse angustiado, por um momento esquecendo da raiva. — Eu não vou a lugar nenhum se você não for com a gente! – Rony cedeu um abraço apertado em Hermione.

Aquilo sufocou mais o coração de Hermione do que ela poderia imaginar. Teve que segurar o impulso para não sentar no chão e começar a chorar desesperadamente.

— Eu vou encontrar vocês, eu juro. Em uma hora, se eu não me encontrar com vocês... – Hermione hesitou. Dessa vez foi ela que se precipitou e pulou para abraçar Harry. Esticando-se ainda mais para conseguir somar Rony ao abraço.

A cena era tão forte que Draco se sentiu comprimido pela emoção deles. Estava presente, mas ao mesmo tempo tão distante daquilo que eles compartilhavam entre si... Draco foi para um canto, virando de costas, como se não pudesse apreciar aquilo por muito tempo.

— Como vamos saber onde nos encontrar? – Rony perguntou.

— Você ainda está com seu Espelho de Dois Sentidos? – Perguntou Harry.

Hermione apalpou os bolsos.

— Acho que deixei cair na areia da praia... – Disse Hermione decepcionada. Os meninos estranharam, mas mentalmente concordaram que não dava tempo para perguntar que praia era essa que Hermione falou.

— Eu tenho um desses! – Disse Draco entrando na conversa e mostrando o outro lado do espelho que Hermione lhe dera.

— Certo. Eu ainda tenho o meu! – Disse Rony. — Está com você, não está Harry?

— Está. Então daqui à uma hora vamos tentar entrar em contado. – Disse Harry. — Acho que devemos ir para Hogsmead...

— HOGSMEAD? – Perguntou Hermione.

— Eu tenho que achar um jeito de entrar em Hogwarts! – Insistiu Harry. — Eu acho que ele realmente deixou uma daquelas coisas lá.

— As passagens secretas do castelo foram vedadas! – Informou Draco. — Além do mais, acho uma má ideia, já que eles colocaram um comensal em cada esquina, dementadores, e feitiços anti-Potter em todo o lugar!

— Mas eu preciso tentar! – Harry persistiu. — Temos a capa do papai. E não vamos conseguir nada se ficarmos parados!

— Vamos tentar acabar com isso logo! – Anunciou Ron determinado a detonar com cada horcrux. — E se você não fizer de tudo para Hermione sair viva daqui logo, - disse a Draco, — eu juro, Malfoy, que eu mesmo vou acabar com você!

Draco ouviu a ameaça, mas não estava realmente preocupado com isso. Se ele não conseguisse proteger Hermione, ficaria grato em Rony acabar com ele.

— Então? Desaparatamos? – Perguntou Harry.

— Não dá. – Disse Draco. — Não dentro dos muros da mansão...

— E O QUE VAMOS FAZER? – Esganiçou Rony.

— Me dêem só um minuto para pensar! – Pediu Draco, mas então, de repente, sons foram ouvidos no início da escada do porão.

Os quatro petrificaram. Draco assumiu a frente, seguido de Harry e Rony, e depois Hermione.

— Tem alguém descendo... – Sussurrou ele, tenso.

Aos poucos, uma silhueta redonda e atarracada se formou na parte de cima da escada. Harry entortou o pescoço para olhar melhor. Logo, o gorducho alcançou o porão.

— AH! – Rabicho assombrou-se. — Potter... Granger, Weasley e... Senhor Draco?

— Eles chegaram? – Draco perguntou erguendo a varinha na altura do pescoço de Rabicho.

— Sua tia e seu pai estão muito preocupados, - confessou ele, amedrontado. — Devo informá-los que o senhor capturou os ladrõezinhos? – Os olhos de Rabicho brilharam malévolos.

Draco hesitou.

— Não fale nada a eles! – Disse, sem ideias.

— Ah! – Exclamou Rabicho, percebendo a postura defensiva de Draco. — O senhor Malfoy não vai gostar nada disso... Devo chamar... Voldemort!

NÃO!

Draco tentou investir contra Rabicho, mas ele devolveu o feitiço, a varinha na mão metálica, e Draco caiu desacordado no chão. Rony tentou investir, mas também teve o feitiço desviado. Hermione, antes mesmo de conseguir agir foi atingida por um Crucio. Ao mesmo tempo, Harry caiu no chão, suas mãos pressionando a cabeça, e lá dentro, imagens de Voldemort parecendo voar junto com as nuvens, com certeza tentando chegar à mansão.

Rabicho se precipitou para Harry, que parecia estar sob efeito de um Crucio também, de tanto que se contorcia em agonia. Rony, que se levantava tonto, foi acudir o amigo, tentar evitar que Rabicho o tocasse, mas o bruxo avançou contra ele. Rony bloqueou o ataque e revidou. Hermione acabava de sair do efeito da maldição e lançou um Protego em volta de Draco, que estava com um ferimento feio na cabeça, jazendo no chão. Rony atingiu Rabicho na mão humana, e ele urrou de dor. Hermione puxou Rony para trás dela, tentando protegê-lo do retorno de Rabicho, mas ele foi para Harry, que agora se reerguia.

— Olá, olá Potter! – Guinchou Rabicho, os olhinhos miúdos faiscando. — O Mestre já vem...

— Deixe-nos em paz Rabicho! – Disse Harry, já que não tinha uma varinha.

— NÃO CHEGUE PERTO DELE! – Gritou Ron.

Rabicho só fez um furtivo movimento que pegou Rony de surpresa, batendo contra Hermione e lançando os dois contra a parede oposta.

— RABICHO! – Chamou Harry. — Você não tem por que estar fazendo isso. Você-Sabe-Quem não vai ter mais apreço por você quando eu estiver morto. Meus pais eram seus amigos, eles ainda esperam que você possa se redimir...

— CALADO POTTER! – Disse Rabicho vacilante. Seus olhinhos pequenos arregalados pelas suas memórias infelizes.

— NÃO. Você tem que ouvir. – Continuou Harry. — Deixe-nos sair daqui. Deixe-nos sair e você se redime com eles. Por sua causa eles estão mortos, mas agora você tem a chance de tentar fazer o inverso. Eu posso destruí-lo. Eu posso destruir Voldemort... Se você me ajudar.

Rabicho pareceu por um momento hipnotizado por Harry, até que deixou escapar um som que ia de um choro a um rangido e, subitamente agarrou o pescoço de Harry, empurrando-o contra a parede.

— Não faça a esc... – Harry engasgou. — Não escolha errado de novo Pedro...

Os olhos de Pedro faiscaram e se estreitaram. Depois, se abriram como se considerasse... E então sua mão metálica agarrou seu pescoço, soltando Harry, que caiu tossindo no chão. Pedro se apoiou pela parede, mas logo estava inerte no chão. A mão de metal só então desfazendo o aperto na garganta do próprio dono.

Harry, horrorizado, mas sem tempo de pensar naquilo, correu para Rony e Hermione, que se levantavam cambaleando.

— Precisamos dar o fora daqui! – Disse ele. — Draco?

Draco se sentava também, colocando a mão atrás da cabeça e trazendo-a de volta, suja de seu próprio sangue. Hermione foi até ele, mas ele não a deixou ver o ferimento.

— Vocês vão ter que correr para o muro nos fundos. Tem uma fenda nas pedras, acho que dá para passarem por lá... – Disse Draco, sua voz meio grogue.

— Então vamos logo! – Apressou Rony. Mas já era tarde.

Novos ruídos foram ouvidos no alto do porão.

— DROGA! – Sussurrou Rony.

Mas então, de repente, um estalido, e uma figura pequena, ossuda e de grandes olhos brilhantes apareceu no meio do porão.

— DOBBY? – Os três, Harry, Rony e Hermione, disseram em coro.

— Olá amigos! – Disse o elfo em seu tom doce. — Harry Potter está precisando de ajuda. Dobby veio para ajudar Harry Potter...

— Você pode desaparatar daqui com a gente Dobby? – Perguntou Harry com um sorriso inoportuno, mas incontido, no rosto.

Dobby acenou um “sim” com a cabeça.

— Vão. Eu ainda vou ficar! – Anunciou Hermione.

Draco foi até o pé da escada e conjurou algum feitiço.

— Saiam logo! – Disse Draco. — Eles ainda não estão tentando entrar. Esse feitiço só vai dificultar a passagem! E Dobby! – Chamou. — Leve-os para Hogsmead em segurança, e não volte para cá.

Dobby olhou para Harry, depois para Draco e acenou em concordância. Pegou a mão de Harry e Rony.

— Esperem! – Disse Hermione de repente. Correu até Draco e pegou o Espelho de Dois Sentidos do bolso dele. — Jacques Malfoy! – Chamou e quase no mesmo instante os olhos verde de Jacques apareceram bravos.

— Hermione, para onde...

— NÃO! Jacques me ouça! Encontre Harry agora mesmo em Hogsmead e o ajude a entrar em Hogwarts!

— O que?

— Faça o que eu digo!

Jacques arregalou os olhos e viu atrás de Hermione a cabeça de Harry e Draco. Sabia que eles estavam em apuros. Apressadamente combinou uma das ruas de Hogsmead para se encontrarem.

— Mentalizem esse nome! – Disse Jacques antes de sumir.

Dobby, porém, sabia bem o lugar que Jacques dissera, e por coincidência, era para lá mesmo que levaria Harry e Rony.

— Certo? – Perguntou o elfo.

Harry e Rony (que ainda olhava para Hermione desaprovando sua escolha) então desaparataram com Dobby. Sons de pancadas ressoaram na parte de cima, e Hermione agarrou o braço de Draco.

— Quem bloqueou essa porcaria de passagem? Rabicho, seu verme imundo! – Chiou a voz de Belatriz.

— E o que fazemos agora? – Cochichou Hermione.

— Vamos ter que lutar... – Respondeu Draco simplesmente, olhando fixamente para Hermione, mas por algum motivo “medo” era a única coisa que não estava impressa naquele olhar.

Hermione, num breve movimento, beijou Draco antes de ouvirem o grande estrondo, e aporta do porão (ou melhor, os estilhaços dela) voaram escada abaixo. Hermione correu para um canto e empurrou Draco para a escuridão debaixo dos degraus.

— Fique aí. Seja lá o que veja, enquanto eu não chamar você, você não me saia daí! – Disse autoritariamente.

— O que? Ela vai...

— Fica, Draco! Por favor!

E então Hermione correu para o outro lado da sala, se abaixando no chão, como se tivesse ficado presa ali sozinha todo aquele tempo. No instante seguinte, Belatriz descia os degraus, empertigada, como se esperasse que alguém a aplaudisse. Seus olhos loucos sob as pálpebras pesadas faiscaram com a figura encolhida e sofrida de Hermione.

— Ora, ora, ora... Se não é a nossa infeliz Sangue-Ruim! – Disse ela.

Parecia estar olhando para um monte de ouro, até que bateu em algo no pé da escada, e chutou Rabicho para virá-lo de peito para cima.

— O que significa isso? – Guinchou.

— Ele se matou – respondeu Hermione.

— SE MATOU? – Engasgou Belatriz notando a mão metálica em torno do pescoço de Rabicho. — Esse rato inútil!

Belatriz chutou o braço de Rabicho para longe do seu caminho e foi até Hermione. Agarrou-a pelo braço com força, erguendo-a do chão. Hermione gemeu, mas não se impôs.

— Ora, onde estão os outros? – Inquiriu.

— Que outros? – Hermione ousou perguntar, mas Belatriz, em resposta, apertou-lhe mais o braço até suas unhas enterrarem na pele de Hermione. — AH! PÁRA! EU NÃO SEI DE OUTROS! ESTAVA SÓ EU AQUI!

MENTIRA! Eles disseram os três! “Capturamos os três!” – Gritou Belatriz batendo Hermione contra a parede. Draco se segurou para continuar nas sombras.

— Eu não sei de nada. Eu estava desmaiada, e só tenho eu aqui! – Chorou Hermione.

Belatriz, os olhos fundos brilhando de ódio e loucura, sorriu, o rosto próximo do de Hermione.

— Sendo assim, mais castigo para você! – Sussurrou. — Há quem queira te ver... Vamos lá para cima!

E saiu puxando Hermione pelo pulso. Ela ainda olhou por cima do ombro enquanto se batia todinha para subir as escadas. Draco as seguia se escondendo.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Meninas, tem um banner nesse capítulo que eu vou postar assim que der!
Enfim, eu espero que vocês comentem suas opiniões pra mim ok? *-*
Eu vou indo agora!
Obrigada por ler!
Mila